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Evolução tectono-metamórfica da seção Bom Jardim de Minas (MG) - Barra do Pirai (RJ) : setor central da faixa Ribeira / Not available.

Heilbron, Monica da Costa Pereira Lavalle 30 September 1993 (has links)
Na seção geotransversal Bom Jardim de Minas (MG) - Barra do Piraí (RJ), segmento central da Faixa Móvel Ribeira (FR), quatro escamas de empurrão, imbricadas de SE para NW, cavalgam o Domínio Tectônico Autóctone (DTA), situado na margem sul-sudeste do Cráton de São Francisco (CSF). O Domínio Tectônico Paraíba do Sul (DTPS) representa a escama superior e cavalga o domínio Tectônico Juiz de Fora (DTJF) que, por sua vez, se superpõe aos terrenos dos domínios tectônicos Andrelândia Alócone (DTAND) e Andrelândia Parautóctone (DTAP). No DTAND foram identificados dois conjuntos litológicos: a) supracrustais do Protetozóico Médio, constituem o Ciclo Deposicional Andrelândia (CDA). Rochas metabásicas invadem o CDA e sua assinatura geoquímica é indicativa tanto para afinidade toleítica continental como para basaltos do tipo N-Morb; e b) seu embasamento constituído por ortognaisses tonalíticos, migmatíticos, intrudidos por granodioritos e granitos, e por rochas granulíticas. Este conjunto é denominado Complexo Mantiqueira (CM) e sua histoória geológica remonta ao Arqueano, com importante retrabalhamento e acresção crustais no Proterozóico Inferior. O DTJF é caracterizado por uma intercalação tectônica de dois conjuntos distintos: a) metassedimentos correlacionáveis ao CDA, com intrusões de rochas metabásicas e idêntico empilhamento tectono-estratigráfico que o do DTAND; e b) granulitos ortoderivados, de composição e características geoquímicas variadas, integrantes do Complexo Juiz de Fora (CJF). No DTPS, ocorre o Grupo Paraíba do Sul (GPS), constituído por xistos e paragnaisses com intercalações de rochas carbonáticas e calciossilicáticas, invadido pela Suíte Intrusiva Quirino-Dorândia (SIQD), composta por ortognaisses graníticos, monzoníticos e granodioríticos, de provável afinidade calcioalcalina. Os três domínios tectônicos investigados em maior detalhe (DTAND, DTJF e DTPS) mostram a mesma evolução metamórfica e ) deformacional, com diferenças em estilo estrutural e intensidade do metamorfismo atribuídas a distintos níveis crustais superpostos durante intenso encurtamento crustal. As faces da Deformação Principal (\'D IND. 1\' + \'D IND. 2\') são responsáveis pelo imbricamento destas escamas de empurrão. Compõem o quadro da Deformação Principal: dobras apertadas a isoclinais, assimétricas, acilíndricas, associadas à foliação penetrativa (\'S IND. 2\' ou \'S IND. 1\' + \'S IND. 2\'); dobras em bainha e tubulares; zonas de cisalhamento com formação de rochas miloníticas; e forte lineação de estiramento. A análise estrutural geométrica permitiu a visualização de um modelo cinemático evolutivo, típico para áreas de convergência oblíqua. Na etapa \'D IND. 1\' a cedo-\'D IND. 2\', o transporte tectônico principal é para NW, em direção ao CSF; o intenso encurtamento causa a verticalização das estruturas já formadas e a incorporação de lascas do embasamento; na etapa tardi-\'D IND. 2\', a deformação principal passa a possuir uma importante componente direcional dextral, especialmente no contato do DTPS com DTJF. Nesta última etapa é ativado o empurrão basal do DTAND, pós-ápice térmico, resultando em pertubações no padrão metamórfico previamente estabelecido. Após a compartimentação tectônica causada pela deformação principal, os três domínios experimentam os efeitos das fases de deformação tardias (\'D IND. 3\' e \'D IND. 4\'). A deformação \'D IND. 3\' ainda é típica para ambientes compressivos, e origina o redobramento das estruturas já formadas, com planos axiais subverticais e eixos de caimento suave NE-SW. A estrutura de dobramento \'D IND. 3\' observada de escala regional, a Megassiforma do Rio Paraíba do Sul (MSPS), faz com que voltem a aflorar, no flanco SE (região da Serra do Mar), as escamas tectônicas observadas no flanco NW (Serra da Mantiqueira). O caráter heterogêneo de \'D IND. 3\' origina importantes zonas de cisalhamento ) dúcteis transpressivas dextrógiras, como a do Rio Paraíba do Sul (ZCPS). \'D IND. 4\' causa dobras suaves a abertas associadas a zonas de cisalhamento de direção NNW, em regime dúctil-rúptil. A análise das componentes de rejeito e o giro anti-horário destas zonas de cisalhamento são sugestivos para um regime de deformação transtensiva. Duas etapas metamórficas \'M IND. 1\' e \'M IND. 2\' estão associadas à tectônica convergente. A etapa \'M IND. I\', com ápice térmico sin-\'D IND. 2\', possui regime de pressão intermediária a alta, e é responsável pelo padrão metamórfico inverso observado. A etapa \'M IND. 2\' em regime de pressão mais baixa, é associada à deformação \'D IND. 3\' e à geração de rochas granitóides do tipo I e S, que invadem principalmente o DTPS. As etapas \'M IND. 1\' e \'M IND. 2\' são interpretadas como contínuas e decorrentes de um processo de colisão continental: \'M IND. 1\' é representante da época de deslaminação e \"underthrusting\" do DTAND, subductado para SE, por baixo do DTJF e DTPS; e \'M IND. 2\' é resultante da duplicação crustal com refusão dos metassedimentos e de seu embasamento, na etapa tardi-colisional. A investigação litogeoquímica do CJF permitiu a individualização de quatro séries magmáticas distintas: a) Série toleítica de Alto \'Tio IND. 2\', enriquecida em elementos litófilos de raio iônico grande, típica para magmatismo basáltico intraplaca; b) Série Toleítica de baixo \'Tio IND. 2\'; c) Série Calcioalcalina; e d) Série Calcioalcalina de Alto \'K IND. 2\'\'O\'. As três últimas apresentam características geoquímicas de ambientes colisionais, e podem representar estágios diferentes na evolução de um rco magmático cordilherano. A integração dos dados obtidos com os disponíveis na literatura permitiu a elaboração de um modelo de evolução tectônica ensiálica para o setor central da FR investigado, com a implantação de bacias intracontinentais no Proterozóico Médio, e por seu intenso ) encurtamento no Evento Termo-tectônico Brasiliano (Ett-B). Processos como deslaminação, \"underplating\" e subducção A (para SE) do segmento litosférico do DTAND sob o DTPS poderiam ser responsáveis pelos efeitos metamórfico-deformacionais e pelo magmatismo identificado na seção geotransversal. O DTJF representaria uma zona de sutura desta etapa de colisão oblíqua, com intensa incorporação e retrabalhamento de segmentos crustais mais profundos. / Detailed geological mapping combined with structural, metamorphic, geochemical and geochronological analysis were carried out at the Bom Jardim de Minas(MG)- Barra do Piraí(RJ) geotransect, southeastern Brazil. These data led to a regional tectonic subdivision for the central segment of Late Proterozoic (Brasiliano-Panafrican) Ribeira Belt (FR). Imbricated from se to NW towards the southern and southeastern margin of São Francisco Craton (CSF), five tectonic domains were identified. From top to bottom, these are the following: a) The Paraíba do sul tectonic Domain (DTPS) is characterized by the Paraíba do Sul Group(GPS), a metasedimentary sequence with abundant carbonatic and calcsilicatic intercalations . This unit is intruded by calcalkaline granitoids with strong deformation ( SIQD - Quirino -Dorândia Intrusive Suíte). Orthogneisses and granulitic rocks probably constitute the basement of the GPS.b) The Juiz de for a Tectonic Domain (DTJF) represents a terrane of tectonic mixing between metasediments of the Middle Proterozoic Andrelândia Depositional Cycle (CDA) and Early Proterozoic to archaean orthogranulites of the Juiz de fora complex(CJF).c)The Andrelândia Allochthonous and Parautochthonous Tectonic Domains (DTAND and DTAP) are characterized by the CDA and basement rocks of the Mantiqueira Complex(a typical High Grade Terrain) and the barbacena Complex (low grade granite-Greenstone terrain).d) The Autochthonous Tectonic Domain (DTA),bordering the CSF, is composed of the Andrelândia (CDA), Lenheiro (CDL) and Tiradentes (CDT) metasedimentary depositional sequences. The latter two represent the rift pgase, and are separated in time from the Carandaí Transgressive period by an erosional extensional period, with mafic dike emplacement. After a new erosional interval with exposition of basement rocks, the CDA transgressive sequence was deposited. Basement rocks in the DTA are similar to those in the DTAP and DTAND tectonic domains.Thrust sheet stacking was achieved during \'D IND.1\' + \'D IND.2\' deformation, responsible for the generation of the most important structures detected along the geotransect, such as: ductile shear zones with reverse and dextral components, asymmetrical recumbent to inclined folds, a penetrative \'SIND2\' foliation (with mylonitic character in the DTJF), stretching and mineral lineations, sheath and tubular folds. Differences in style and intensity of \'D IND.1\' + \'D IND.2\' deformation are observed among the tectonic domains, and are attributed to different crustal levels. The geometrical analysis combined with the study of shear sense indicators allowed the following Kinematic interpretation, characteristic of an oblique collision: a) \'D IND.1\' to early- \'D IND.2\' phase- SE-NW compression produced thrusts, recumbent and sheath folds, refolding and incipient development of \'S IND.2\' foliation; b) syn-\'D IND.2\' phase - as the compression continued early structures are verticalized and the deformation evolved to component with dextral lateral movement. The basal thrusts of DTJF and DTPS are activated at this stage. The former domain concentrated the effects of deformation; c) Late -\'D IND.2\' - the direction of tectonic transport became progressively more oblique causing reactivation of thrusts with a dextral directional component, especially at the contact between DTPS and DTJF. At this moment the basal thrust of dtand is activated causing a metamorphic \"jump\" between this domain and the DTAP. Two metamorphic stages, probably continuous in time, were identified in the metasedimentary sequences: a) \'M IND.1\' stage resulted in parageneses of intermediate to high pressure, contemporary with the \'D IND 1\' + \'D IND.2\' deformation. The metamorphic grade increases to the south, from the Kyanite to the K-feldspar zones; and b) syn-\'D IND.3\' deformation \'M IND.2\' stage generated high temperature-low pressure parageneses with I and S type granitoid intrusions, especially located at antiformal structures . The \'M IND.1\' stage was probably associated with delamination and A-subduction of DTAND domain at the beginning of collision. The observed inverted metamorphic zonation emphasizes this interpretation. \'M IND.2\' represents the post-collisional stage, with higher temperature gradient and extensive melting of duplicated crust.A division of Juiz de Fora Complex in four magmatic series is proposed, based on lithogeochemical studies. The Medium and High K2O calcalkaline and the low TiO2 Tholeiitic series are similar to igneous rocks of modern cordilleran magmatic arcs.The High-TiO2 Tholeiitic series is enriched in LILE and specially in REE, characterizing an intraplate basaltic magmatism. Granulite facies metamorphism related to the Transamazonic tectono-Thermal event (early Proterozoic) affected all these series. Finally, an ensialic tectonic evolution is envisaged for the Andrelândia Basin: a) Thermal relaxation following the Transamazonic Event induces the formation of Middle Proterozoic sedimentary basins, inicially with a rift phase with mafic dykes (CDL e CDT), passing to an interior sag phase (CDC e CDA); b) Delamination and A-subduction, probably associated with underplating, start to operate. Basic and minor ultrabasic intrusions, possibly along with volcanoclastic sediments, all derived from mantle underplating, reflect the final and more unstable stage of the Andrelândia Basin; c) As the subduction of DTAND proceeds, crustal shortening and tectonic incorporation of basement rocks (\'D IND.1\'+ \'D IND.2\') are associated with the \'M IND.1\' metamorphic Stage (Brasiliano Event Ett-B); d) After collision, crustal duplication leads to extensive partial melting of CDA and its basement. The emplacement of I and S type granitoids and the syn-\'D IND.3 M IND.2\' metamorphic stage characterize this tectonic period (Late Brasiliano Event).
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Geologia da Formação Aquidauana (Neopaleozóico, Bacia do Paraná) na Porção Centro-Norte do Estado de Mato Grosso do Sul.

Gesicki, Ana Lúcia Desenzi 27 February 1997 (has links)
Este trabalho resulta da investigação das rochas sedimentares da Formação Aquidauana (Carbonífero-Permiano) em Mato Grosso do Sul sob a abordagem da análise de fácies sedimentares, visando o reconhecimento dos principais sistemas deposicionais e respectiva disposição paleofisiográfica, de forma a contextualizar a deposição da unidade dentro da glaciação gondvânica neopaleozóica. As estruturas tectônicas ocorrentes tanto nas rochas paleozóicas quanto nos depósitos coluviais e aluviais cenozóicos da área foram também alvo deste estudo no sentido de delinear pioneiramente o tectonismo deformador pós-Paleozóico, de caráter rúptil, atuante na configuração da atual borda oeste da Bacia do Paraná. A subdivisão estratigráfica informal da Formação Aquidauana em três intervalos - inferior, médio e superior - resultou no reconhecimento de onze associações de fácies sedimentares representativas de distintos sistemas deposicionais. O intervalo inferior é caracterizado por sistemas deposicionais aluvial e fluvial entrelaçado com retrabalhamento eólico localizado, dispostos lateralmente a ambiente subaquático raso provavelmente marinho shoreface e offshore, onde a sedimentação foi resultante de retrabalhamentos durante tempestades episódicas e de intensa ressedimentação confinada ou não-confinada, possivelmente promovida por avanços e/ou proximidade das geleiras ao ambiente sedimentar. O intervalo médio é marcado pelo afogamento generalizado do sítio sedimentar, quando se instala deposição essencialmente pelítica procedente de correntes de turbidez de baixa densidade, num cenário de melhoria das condições climáticas, que teria permitido a proliferacão de organismos bentônicos, configurando fase interglacial. A retomada de sedimentação subaquática, progressivamente mais rasa e resultante de fluxos trativos de maior energia, caracterizam a base do intervalo superior. Nela, o topo do intervalo médio é intensamente retrabalhado pela instalação de fluxos gravitacionais de sedimentos de diversos graus de coesão, que assinalam a retomada dos avanços de geleiras à bacia e um novo ciclo sedimentar. Esta fase de ressedimentação foi seguida pela instalação de sucessões shoaling upward, num contexto de linha de costa progradante assolada por tempestades, pelo avanço de braid deltas e pela ampliação das áreas de exposição subaérea. Neste cenário, durante os picos de glaciação (stadial maxima), os avanços de glaciares promoveram substancial aporte de sedimentos rudáceos à bacia, que foram progressivamente ressedimentados por ocasião dos seus recuos, tanto em condições subaéreas quanto subaquáticas, devido às oscilações do nível d\'água do corpo aquoso antes retraído. As indicacões sedimentares apontam para condições climáticas bastante severas (há indícios de que o substrato sedimentar tenha estado congelado) e de acentuada aridez (predomínio de sedimentacão eólica). O topo do intervalo superior registra significativa ampliação das áreas de sedimentação eólica e não exibe mais nenhum indício da proximidade de geleiras. O sistema deposicional eólico é caracterizado por depósitos de dunas de médio porte e amplas áreas de deposição de sand sheets, nos quais se desenvolveram depósitos lacustres terrígenos e carbonáticos (bancos oolíticos), com discretos indícios de precipitação de sais. Acredita-se ter este conjunto sedimentar se formado já num cenário pós-glacial, regido por condições climáticas tão áridas quanto nas outras associações de fácies da Formação Aquidauana, mas possivelmente mais quentes. Seria correlato, em termos estratigráficos e paleoambientais, à Formação Dourados. A análise das paleocorrentes deposicionais revela que a migração dos fluxos canalizados e fluxos gravitacionais foi voltada para NW e SW, exceto no conjunto sedimentar correlato à Formação Dourados, marcado por significativo transporte fluvial para SE. O regime de ventos variou de uma constante direção de migração de NW para SE, no intervalo inferior, para uma distribuição bimodal no intervalo superior, caracterizando ventos predominantes provenientes de SW e Sul. Os pavimentos estriados pelo gelo indicam que o avanço das geleiras neopaleozóicas foi de SSE para NNW, provenientes das mesmas áreas-fontes de geleiras admitidas para o Grupo ltararé na borda leste da Bacia do Paraná. O tectonismo deformador do pacote sedimentar paleozóico na borda oeste da bacia está relacionado a cinco fases distintas: a) fase de extensão E-W, sin-deposicional ao topo do pacote sedimentar neopaleozóico (possivelmente Formação Dourados), acompanhada de abalos sísmicos; b) fase de transcorrência dextral, pós-Jurássica, associada a binário de direção E-W, com eixo de máxima compressão (\'sigma IND. 1\') de direção NW-SE e de máxima extensão (\'sigma IND. 3\') de direção NE-SW; c) fase de compressão E-W, neotectônica, reconhecida através famílias de juntas conjugadas de cisalhamento que afetam indistintamente depósitos coluviais quaternários e sedimentos paleozóico-mesozóicos; d) fase de compressão NE-SW, neotectônica, provavelmente associada a binário sinistral de direção E-W, identificada através de falhas direcionais que foram reativadas posteriormente, na fase de extensão E-W, como falhas normais que afetam, além dos sedimentos paleozóicos, depósitos aluviais quaternários de baixos terraços. / Neopaleozoic glaciation in western Gondwana covered more than 1,000,000 km² of the Paraná Basin in Brazil. Along the western border of this basin, in Mato Grosso do Sul State, glacial deposits are encompassed within the Carboniferous-Permian Aquidauana Formation. Facies analysis of this unit has permitted the recognition of eleven facies associations grouped in three stratigraphic intervals. The lower interval is characterized by an alluvial fan and fluvial-braided system with minor aeolian reworking. These deposits grade laterally to marine shoreface and offshore deposits related to storm-dominated reworking and expressive confined and unconfined resedimentation possibly caused by glacial advance. The middle interval represents an interglacial phase marked by extensive flooding with fine sedimentation caused by low-density turbidity processes. At this time, a warmer climate favoured proliferation of benthic organisms. The lower part of the upper interval is marked by shallow-water conditions with high energy tractive flows and intense resedimentation of material reworked from the top of the middle interval. These flows indicate a new phase of glacier advance into the basin and a new sedimentary cycle. This interval is characterized by shoaling-upward successions in a context of progradational shoreline under storm-dominated conditions, by the advance of braid deltas and by increasing subaerial exposition. ln this scenario, during the peaks of glaciation (stadial maxima), glacier advances increased the clastic supply to the basin, and this material was progressively submitted to subaerial and subaqueous resedimentation during glacier retreat as a consequence of ftuctuating base level. A very cold, severely arid climate is suggested by evidence for frozen ground and the predominance of aeolian sedimentation. The top of the upper interval records widespread aeolian sedimentation without evidence of ice activity. The aeolian system of this interval is characterized by medium-sized barchan-like dunes, sand sheets and minor fluvial-braided streams, as well as small saline lakes under conditions of high evaporation. This part of the upper interval is correlated with the Dourados Formation. Paleocurrent analysis reveals that migration of channelized and gravity flows was towards the NW and SW, except at the top of the upper interval, correlated with the Dourados Formation, where fluvial transport was towards the SE. Paleowind directions, despite some variations, show wind blowing from the S-SW. lce-striated pavements indicate glacier migration from SSE to NNW, showing the same source-area of glaciers as recognized along the eastern border of the Paraná Basin (ltararé Group). Analysis of brittle structures indicates that the Paleozoic rocks of the western border of the Paraná Basin in Mato Grosso do Sul State were subject to multiple deformations related to five phases of tectonic movements: 1) E-W synsedimentary tectonism, evidenced by clastic dykes related to seismic activity during the deposition of the top of the upper interval (Dourados Formation); 2) a post-Jurassic NW-SE compression and NE-SW extension associated with an E-W right-lateral transcurrent binary; 3) an E-W probably neotectonic compression recorded by families of shear-joints in Paleozoic, Mesozoic and Cenozoic (Quaternary) deposits; 4) a NE-SW neotectonic compression, probably associated with an E-W left-lateral transcurrent binary; 5) an E-W extension that affects Paleozoic, Mesozoic, as well as Holocene colluvial and alluvial deposits.
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Formação Poti (Carbonífero inferior) da Bacia do Parnaiba

Góes, Ana Maria 05 September 1995 (has links)
Este trabalho refere-se a análise faciológica das rochas siliciclásticas da Formação poti (carbonífero Inferior) e das unidades limítrofes (fomações Longá e Piauí), tomando-se como base dados de superfície e de subsuperfície coletados, respectivamente, na borda leste e oeste (Poço 2-IZ-I-MA) da Bacia do Parnaíba. Os resultados deste estudo levaram ao reconhecimento de duas seqüências deposicionais distintas, separadas por discordância. A primeira seqüência inclui depósitos do topo da Formação Longá e base da Formação Poti (Grupo canindé). A segunda seqüência contém depósitos das porções basais da Formação Piauí (Grupo Balsas). A análise faciológica dos dados de superfície revelou que a seqüência Longá (topo)/Poti (base) é representada por depósitos plataformais, litorâneos e fluviais, os quais estão organizados em uma sucessão dominantemente progradante. O ambiente de plataforma é representado por pelitos laminados (lama de offshore), bem como por arenitos finos com estratificação cruzada hummocky, laminação truncada por onda e laminação plano-paralela (introduzidos pela ação de tempestades). Ambientes litorâneos são representados por depósitos de a) shoreface (arenitos finos a médios com estratificação swaley); b) tidal sand ridges (arenitos finos a médios com estratificação cruzada sigmoidal; c) planícies de maré (ritmitos com acamamento flaser, wavy e linsen) d) barras de foreshore (arenitos finos com laminação plano-paralela, fitobioturbados e com lineações de corrente) e e) laguna (siltitos e intercalações arenitos/siltitos com laminação plano-paralela). Os depósitos fluviais são constituídos por arenitos grossos a conglomeráticos com estratificações cruzada tabular e acanalada, interpretados como resultantes de migração de barras e dunas subaquosas em sistema do tipo entrelaçado. Estudo complementar da sequência referida acima, baseando-se em dados de subsuperfície, combinando análise faciológica de testemunhos (Poço 2-IZ-1-MA) com a correlação com outros poços, sugerem deposição em sistemas deltaicos com retrabalhamento por ondas e marés, o qual evoluiu, em parte, para estuário (topo da Formação Poti). Neste contexto deltaico-estuarino, as fácies mais proximais correspondem à Formação Poti e as mais distais à Formação Longá. A análise faciológica de parte da seqüência referente a base da Formação Piauí (Grupo Balsas) revelou depósitos de dunas eólicas, leques aluviais e de wadis, caracterizando um sistema desértico. A sedimentação Piauí foi desenvolvida em um cenário de progressiva de mudança de paleolatitudes, tendendo a bacia a condições climáticas cada vez mais quentes e áridas. Os litotipos rudáceos e a presença de depósitos perturbados evidenciam a presença de abalos sísmicos concomitantes com a deposição, os quais provavelmente, resultaram de movimentações tectônicas relacionadas às manifestações precursoras da agregação do Supercontinente Pangea, durante o Permiano O clima vigente durante a deposição da seqüência Poti-Longá era do tipo temperado, sem evidências de quaisquer influências glacial ou periglacial na sedimentação. Altas taxas de evaporação são sugeridas pela presença das seguintes feições: a) estruturas do tipo teepees, b) concreções de gipsita (\"rosa do deserto\"); c) pseudomorfos de minerais evaporíticos e d) crescimento secundário eodiagenético defeldspatos. Durante a deposição da seqüência sobrejacente, condições climáticas mais quentes e áridas prevaleceram, culminando com um período de intensa desertificação da bacia. Acredita-se que a tendência a climas cada vez mais severos possa ser atribuída a agregação do Supercontinente Pangea. A evolução sedimentar das duas seqüências referidas acima só pode ser entendida, considerando-se o quadro geotectônico da Província Sedimentar do Meio-Norte do Brasil, onde estas acham-se inseridas. Esta província, anteriormente considerada como unidade geotectônica única (isto é, Bacia do Parnaíba), apresentou evolução policíclica, o que permite compartimentá-la em diferentes bacias com gêneses e idades distintas (bacias do Parnaíba, das Alpercatas, do Grajaú e do Espigão-Mestre). A Bacia do Parnaíba, com área de 400.000km², representa porção remanente de extensa sedimentação intracratônica afro-brasileira. Três grandes ciclos transgressivos regressivos (correspondentes aos grupos Serra Grande, Canindé e Balsas) são reconhecidos. Estes depósitos acumularam-se do Siluriano até a continentalização da bacia no Triássico, refletindo a formação do Pangea. No Jurássico, em decorrência do início dos processos relacionados com a desagregação do Paleocontinente Gondwana, a região central da Província Sedimentar do Meio-Norte foi abatida, gerando um sistema de riftis denominado de Anficlise das Alpercatas. Este \"rifteamento\" atingiu uma área de 70.000km², onde sedimentos fluvio-lacustres (formações Pastos Bons e Corda) acumularam-se, formando uma sucessão de 200m de espessura. Rochas vulcânicas de idades jurássica a eocretácea (formações Mosquito e Sardinha) ocorrem em associação a estes depósitos. No Cretáceo, como resultado da abertura do Atlântico, a sedimentação foi deslocada pala novos sítios deposicionais. Ao norte, Bacia do Grajaú (área de 130.000km²) estabeleceu-se como resultado da fase de subsidência térmica, promovendo a acumulação de 800m de sedimentos eólico-lagunares (formações Codó, Grajaú e Itapecuru). Concomitantemente, uma area de 170.000km² subsidiu ao sul, resultando na Bacia do Espigão-Mestre, onde, pelo menos, 400m de depósitos fluvio-eólicos foram acumulados (Grupo Areado e Formação Urucuia). / This research focused on siliciclastic rocks of the Poti Formation (Lower Carboniferous) and adjacent units (Longá and Piauí formations), based on both surface and subsurface, data from the east and west (well 1-IZ-1-MA) portions of the Parnaíba Basin, respectively. The results of this study led to the recognition of the distinticve depositional sequences, separated by an unconformity. The first sequence encompasses deposits of the uppermost portion of the Longá Formation and lowermost portion of the Poti Formation (Caninde Group). The second sequence comprises the lowermost portion of the Piauí Formation (Balsas Group). Faciological analysis based on surficial data revealed that the Longá-Poti sequence is represented by shelf, nearshore and fluvial deposits, arranged in a prograding succession. Shelf environment is represented by laminated pelites (offshore muds), as well as sandstones with hummocky cross stratification, parallel and wave generated truncating lamination (storm deposits). Nearshore environment is represented by deposits of: a) shoreface (fine- to medium-grained sandstones with swaley cross stratification); b) tidal sand ridges fine- to medium-grained sandstones with sigmoidal cross stratification); c) tidal flat rhythmites with flaser, wavy, and linsen bedding); d) offshore bars (fine-grained sandstones with plane parallel lamination, phytobioturbation, and parting lineation); and e) lagoon (siltstones and interlayered siltstones/sandstones with plane parallel lamination). Fluvial deposits are represented by conglomeratic to coarse-grained sandstones showing tabular and trough cross stratification, attributed to migration of subaqueous bedforms and bars formed in a braided system. Additional studies of the sequence referred above, based on subsurface data Combining facies analysis of cores (well 1-IZ-1-MA) and correlation of e-logs from this and twelve other wells from the Parnaíba Basin, suggests deposition in a deltaic environment reworked by waves and tidal currents. The delta would have evolved to an estuary at the top of the Poti Formation. Within this deltaic-estuarine system, the Poti Formation represents more distal facies, while the Longá Formation represents more distal facies. Diagenetic studies of the Poti formation based on core data revealed evidences of significant textural and mineralogical changes, which indicates eo- and mesodiagenetic stages. Eodiagenesis is indicated by: a) introduction of clay by biogenetic processes: b) mechanical compaction; and c) secondary feldspar growth. Mesodiagenesis is indicated by: a) chemical compaction; b) cementation by quartz, smectite, barite, calcite, kaolinite and dolomite; and c) dissolution of the newformed minerals. The faciological analysis of the sequence represented by the Piauí Formation (Balsas Group) revealed eolian, alluvian fan and wadis deposits, characterizing a desertic depositional system. Rudaceous and disturbed deposits attest the presence of seismic chocks contemporaneous to the deposition, probably resulting from tectonic movements associated with the formation of the Pangea. Climate during deposition of the Poti-Longá sequence was temperate, without evidences by glacial or periglacial influences, with high evaporation rates, as suggested by the following features: a) teepee structures; b) gippsite concretions (\"desert roses\"); c) pseudomorphs of evaporitic minerals; and d) secondary feldspar growth. During the deposition of the overlying sequence, warmer and arid climatic conditions prevailed, which culminated with an intensive desertification of the basin. It is though that more severe climates resulted from the formation of Pangea in the Permian. The sedimentary evolution of the two sequences referred above can only be understood considering the geotectonic scenario of the Brasilian Middle-North sedimentary Province, in which these sequences are insert in. Three major transgressive regressive cycles (equivalent to Serra Grande, Canindé and Balsas groups) are recognized. These deposits (3,000m of thickness) accumulated from Silurian to Triassic as a response of the Pangea formation. During the Jurassic, with the Gondwana split out, the central portion of the Middle-North sedimentary Province sank due to the formation of a rift system (Alpercatas Amphiclise). This rifting reached an area of 70,000km², where fluvio-lacustrine sediments (Pastos Bons and Corda formations) accumulated, resulting in a succession having 200m of thickness. Jurassic and Eocretaceous volcanic rocks (Mosquito and Sardinha formations) occur in association of these deposits. During the cretaceous, as a result of the Atlantic ocean opening, sedimentation shifted to new depositional sites. Northward, the Grajaú Basin (130,000km²) established due to thermal subsidence, promoting accumulation of eolian-lagunar deposits (Codó, Grajaú, and Itapecuru formations), which reached 800m in thickness. Simultaneously, an area (170,000km²) located southward sank, resulting in the Espigão-Mestre Basin, where at least 400m of fluvio-eolian deposits accumulated (Areado Group and Urucuia Formation).
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Evolução tectono-metamórfica da seção Bom Jardim de Minas (MG) - Barra do Pirai (RJ) : setor central da faixa Ribeira / Not available.

Monica da Costa Pereira Lavalle Heilbron 30 September 1993 (has links)
Na seção geotransversal Bom Jardim de Minas (MG) - Barra do Piraí (RJ), segmento central da Faixa Móvel Ribeira (FR), quatro escamas de empurrão, imbricadas de SE para NW, cavalgam o Domínio Tectônico Autóctone (DTA), situado na margem sul-sudeste do Cráton de São Francisco (CSF). O Domínio Tectônico Paraíba do Sul (DTPS) representa a escama superior e cavalga o domínio Tectônico Juiz de Fora (DTJF) que, por sua vez, se superpõe aos terrenos dos domínios tectônicos Andrelândia Alócone (DTAND) e Andrelândia Parautóctone (DTAP). No DTAND foram identificados dois conjuntos litológicos: a) supracrustais do Protetozóico Médio, constituem o Ciclo Deposicional Andrelândia (CDA). Rochas metabásicas invadem o CDA e sua assinatura geoquímica é indicativa tanto para afinidade toleítica continental como para basaltos do tipo N-Morb; e b) seu embasamento constituído por ortognaisses tonalíticos, migmatíticos, intrudidos por granodioritos e granitos, e por rochas granulíticas. Este conjunto é denominado Complexo Mantiqueira (CM) e sua histoória geológica remonta ao Arqueano, com importante retrabalhamento e acresção crustais no Proterozóico Inferior. O DTJF é caracterizado por uma intercalação tectônica de dois conjuntos distintos: a) metassedimentos correlacionáveis ao CDA, com intrusões de rochas metabásicas e idêntico empilhamento tectono-estratigráfico que o do DTAND; e b) granulitos ortoderivados, de composição e características geoquímicas variadas, integrantes do Complexo Juiz de Fora (CJF). No DTPS, ocorre o Grupo Paraíba do Sul (GPS), constituído por xistos e paragnaisses com intercalações de rochas carbonáticas e calciossilicáticas, invadido pela Suíte Intrusiva Quirino-Dorândia (SIQD), composta por ortognaisses graníticos, monzoníticos e granodioríticos, de provável afinidade calcioalcalina. Os três domínios tectônicos investigados em maior detalhe (DTAND, DTJF e DTPS) mostram a mesma evolução metamórfica e ) deformacional, com diferenças em estilo estrutural e intensidade do metamorfismo atribuídas a distintos níveis crustais superpostos durante intenso encurtamento crustal. As faces da Deformação Principal (\'D IND. 1\' + \'D IND. 2\') são responsáveis pelo imbricamento destas escamas de empurrão. Compõem o quadro da Deformação Principal: dobras apertadas a isoclinais, assimétricas, acilíndricas, associadas à foliação penetrativa (\'S IND. 2\' ou \'S IND. 1\' + \'S IND. 2\'); dobras em bainha e tubulares; zonas de cisalhamento com formação de rochas miloníticas; e forte lineação de estiramento. A análise estrutural geométrica permitiu a visualização de um modelo cinemático evolutivo, típico para áreas de convergência oblíqua. Na etapa \'D IND. 1\' a cedo-\'D IND. 2\', o transporte tectônico principal é para NW, em direção ao CSF; o intenso encurtamento causa a verticalização das estruturas já formadas e a incorporação de lascas do embasamento; na etapa tardi-\'D IND. 2\', a deformação principal passa a possuir uma importante componente direcional dextral, especialmente no contato do DTPS com DTJF. Nesta última etapa é ativado o empurrão basal do DTAND, pós-ápice térmico, resultando em pertubações no padrão metamórfico previamente estabelecido. Após a compartimentação tectônica causada pela deformação principal, os três domínios experimentam os efeitos das fases de deformação tardias (\'D IND. 3\' e \'D IND. 4\'). A deformação \'D IND. 3\' ainda é típica para ambientes compressivos, e origina o redobramento das estruturas já formadas, com planos axiais subverticais e eixos de caimento suave NE-SW. A estrutura de dobramento \'D IND. 3\' observada de escala regional, a Megassiforma do Rio Paraíba do Sul (MSPS), faz com que voltem a aflorar, no flanco SE (região da Serra do Mar), as escamas tectônicas observadas no flanco NW (Serra da Mantiqueira). O caráter heterogêneo de \'D IND. 3\' origina importantes zonas de cisalhamento ) dúcteis transpressivas dextrógiras, como a do Rio Paraíba do Sul (ZCPS). \'D IND. 4\' causa dobras suaves a abertas associadas a zonas de cisalhamento de direção NNW, em regime dúctil-rúptil. A análise das componentes de rejeito e o giro anti-horário destas zonas de cisalhamento são sugestivos para um regime de deformação transtensiva. Duas etapas metamórficas \'M IND. 1\' e \'M IND. 2\' estão associadas à tectônica convergente. A etapa \'M IND. I\', com ápice térmico sin-\'D IND. 2\', possui regime de pressão intermediária a alta, e é responsável pelo padrão metamórfico inverso observado. A etapa \'M IND. 2\' em regime de pressão mais baixa, é associada à deformação \'D IND. 3\' e à geração de rochas granitóides do tipo I e S, que invadem principalmente o DTPS. As etapas \'M IND. 1\' e \'M IND. 2\' são interpretadas como contínuas e decorrentes de um processo de colisão continental: \'M IND. 1\' é representante da época de deslaminação e \"underthrusting\" do DTAND, subductado para SE, por baixo do DTJF e DTPS; e \'M IND. 2\' é resultante da duplicação crustal com refusão dos metassedimentos e de seu embasamento, na etapa tardi-colisional. A investigação litogeoquímica do CJF permitiu a individualização de quatro séries magmáticas distintas: a) Série toleítica de Alto \'Tio IND. 2\', enriquecida em elementos litófilos de raio iônico grande, típica para magmatismo basáltico intraplaca; b) Série Toleítica de baixo \'Tio IND. 2\'; c) Série Calcioalcalina; e d) Série Calcioalcalina de Alto \'K IND. 2\'\'O\'. As três últimas apresentam características geoquímicas de ambientes colisionais, e podem representar estágios diferentes na evolução de um rco magmático cordilherano. A integração dos dados obtidos com os disponíveis na literatura permitiu a elaboração de um modelo de evolução tectônica ensiálica para o setor central da FR investigado, com a implantação de bacias intracontinentais no Proterozóico Médio, e por seu intenso ) encurtamento no Evento Termo-tectônico Brasiliano (Ett-B). Processos como deslaminação, \"underplating\" e subducção A (para SE) do segmento litosférico do DTAND sob o DTPS poderiam ser responsáveis pelos efeitos metamórfico-deformacionais e pelo magmatismo identificado na seção geotransversal. O DTJF representaria uma zona de sutura desta etapa de colisão oblíqua, com intensa incorporação e retrabalhamento de segmentos crustais mais profundos. / Detailed geological mapping combined with structural, metamorphic, geochemical and geochronological analysis were carried out at the Bom Jardim de Minas(MG)- Barra do Piraí(RJ) geotransect, southeastern Brazil. These data led to a regional tectonic subdivision for the central segment of Late Proterozoic (Brasiliano-Panafrican) Ribeira Belt (FR). Imbricated from se to NW towards the southern and southeastern margin of São Francisco Craton (CSF), five tectonic domains were identified. From top to bottom, these are the following: a) The Paraíba do sul tectonic Domain (DTPS) is characterized by the Paraíba do Sul Group(GPS), a metasedimentary sequence with abundant carbonatic and calcsilicatic intercalations . This unit is intruded by calcalkaline granitoids with strong deformation ( SIQD - Quirino -Dorândia Intrusive Suíte). Orthogneisses and granulitic rocks probably constitute the basement of the GPS.b) The Juiz de for a Tectonic Domain (DTJF) represents a terrane of tectonic mixing between metasediments of the Middle Proterozoic Andrelândia Depositional Cycle (CDA) and Early Proterozoic to archaean orthogranulites of the Juiz de fora complex(CJF).c)The Andrelândia Allochthonous and Parautochthonous Tectonic Domains (DTAND and DTAP) are characterized by the CDA and basement rocks of the Mantiqueira Complex(a typical High Grade Terrain) and the barbacena Complex (low grade granite-Greenstone terrain).d) The Autochthonous Tectonic Domain (DTA),bordering the CSF, is composed of the Andrelândia (CDA), Lenheiro (CDL) and Tiradentes (CDT) metasedimentary depositional sequences. The latter two represent the rift pgase, and are separated in time from the Carandaí Transgressive period by an erosional extensional period, with mafic dike emplacement. After a new erosional interval with exposition of basement rocks, the CDA transgressive sequence was deposited. Basement rocks in the DTA are similar to those in the DTAP and DTAND tectonic domains.Thrust sheet stacking was achieved during \'D IND.1\' + \'D IND.2\' deformation, responsible for the generation of the most important structures detected along the geotransect, such as: ductile shear zones with reverse and dextral components, asymmetrical recumbent to inclined folds, a penetrative \'SIND2\' foliation (with mylonitic character in the DTJF), stretching and mineral lineations, sheath and tubular folds. Differences in style and intensity of \'D IND.1\' + \'D IND.2\' deformation are observed among the tectonic domains, and are attributed to different crustal levels. The geometrical analysis combined with the study of shear sense indicators allowed the following Kinematic interpretation, characteristic of an oblique collision: a) \'D IND.1\' to early- \'D IND.2\' phase- SE-NW compression produced thrusts, recumbent and sheath folds, refolding and incipient development of \'S IND.2\' foliation; b) syn-\'D IND.2\' phase - as the compression continued early structures are verticalized and the deformation evolved to component with dextral lateral movement. The basal thrusts of DTJF and DTPS are activated at this stage. The former domain concentrated the effects of deformation; c) Late -\'D IND.2\' - the direction of tectonic transport became progressively more oblique causing reactivation of thrusts with a dextral directional component, especially at the contact between DTPS and DTJF. At this moment the basal thrust of dtand is activated causing a metamorphic \"jump\" between this domain and the DTAP. Two metamorphic stages, probably continuous in time, were identified in the metasedimentary sequences: a) \'M IND.1\' stage resulted in parageneses of intermediate to high pressure, contemporary with the \'D IND 1\' + \'D IND.2\' deformation. The metamorphic grade increases to the south, from the Kyanite to the K-feldspar zones; and b) syn-\'D IND.3\' deformation \'M IND.2\' stage generated high temperature-low pressure parageneses with I and S type granitoid intrusions, especially located at antiformal structures . The \'M IND.1\' stage was probably associated with delamination and A-subduction of DTAND domain at the beginning of collision. The observed inverted metamorphic zonation emphasizes this interpretation. \'M IND.2\' represents the post-collisional stage, with higher temperature gradient and extensive melting of duplicated crust.A division of Juiz de Fora Complex in four magmatic series is proposed, based on lithogeochemical studies. The Medium and High K2O calcalkaline and the low TiO2 Tholeiitic series are similar to igneous rocks of modern cordilleran magmatic arcs.The High-TiO2 Tholeiitic series is enriched in LILE and specially in REE, characterizing an intraplate basaltic magmatism. Granulite facies metamorphism related to the Transamazonic tectono-Thermal event (early Proterozoic) affected all these series. Finally, an ensialic tectonic evolution is envisaged for the Andrelândia Basin: a) Thermal relaxation following the Transamazonic Event induces the formation of Middle Proterozoic sedimentary basins, inicially with a rift phase with mafic dykes (CDL e CDT), passing to an interior sag phase (CDC e CDA); b) Delamination and A-subduction, probably associated with underplating, start to operate. Basic and minor ultrabasic intrusions, possibly along with volcanoclastic sediments, all derived from mantle underplating, reflect the final and more unstable stage of the Andrelândia Basin; c) As the subduction of DTAND proceeds, crustal shortening and tectonic incorporation of basement rocks (\'D IND.1\'+ \'D IND.2\') are associated with the \'M IND.1\' metamorphic Stage (Brasiliano Event Ett-B); d) After collision, crustal duplication leads to extensive partial melting of CDA and its basement. The emplacement of I and S type granitoids and the syn-\'D IND.3 M IND.2\' metamorphic stage characterize this tectonic period (Late Brasiliano Event).
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Formação Poti (Carbonífero inferior) da Bacia do Parnaiba

Ana Maria Góes 05 September 1995 (has links)
Este trabalho refere-se a análise faciológica das rochas siliciclásticas da Formação poti (carbonífero Inferior) e das unidades limítrofes (fomações Longá e Piauí), tomando-se como base dados de superfície e de subsuperfície coletados, respectivamente, na borda leste e oeste (Poço 2-IZ-I-MA) da Bacia do Parnaíba. Os resultados deste estudo levaram ao reconhecimento de duas seqüências deposicionais distintas, separadas por discordância. A primeira seqüência inclui depósitos do topo da Formação Longá e base da Formação Poti (Grupo canindé). A segunda seqüência contém depósitos das porções basais da Formação Piauí (Grupo Balsas). A análise faciológica dos dados de superfície revelou que a seqüência Longá (topo)/Poti (base) é representada por depósitos plataformais, litorâneos e fluviais, os quais estão organizados em uma sucessão dominantemente progradante. O ambiente de plataforma é representado por pelitos laminados (lama de offshore), bem como por arenitos finos com estratificação cruzada hummocky, laminação truncada por onda e laminação plano-paralela (introduzidos pela ação de tempestades). Ambientes litorâneos são representados por depósitos de a) shoreface (arenitos finos a médios com estratificação swaley); b) tidal sand ridges (arenitos finos a médios com estratificação cruzada sigmoidal; c) planícies de maré (ritmitos com acamamento flaser, wavy e linsen) d) barras de foreshore (arenitos finos com laminação plano-paralela, fitobioturbados e com lineações de corrente) e e) laguna (siltitos e intercalações arenitos/siltitos com laminação plano-paralela). Os depósitos fluviais são constituídos por arenitos grossos a conglomeráticos com estratificações cruzada tabular e acanalada, interpretados como resultantes de migração de barras e dunas subaquosas em sistema do tipo entrelaçado. Estudo complementar da sequência referida acima, baseando-se em dados de subsuperfície, combinando análise faciológica de testemunhos (Poço 2-IZ-1-MA) com a correlação com outros poços, sugerem deposição em sistemas deltaicos com retrabalhamento por ondas e marés, o qual evoluiu, em parte, para estuário (topo da Formação Poti). Neste contexto deltaico-estuarino, as fácies mais proximais correspondem à Formação Poti e as mais distais à Formação Longá. A análise faciológica de parte da seqüência referente a base da Formação Piauí (Grupo Balsas) revelou depósitos de dunas eólicas, leques aluviais e de wadis, caracterizando um sistema desértico. A sedimentação Piauí foi desenvolvida em um cenário de progressiva de mudança de paleolatitudes, tendendo a bacia a condições climáticas cada vez mais quentes e áridas. Os litotipos rudáceos e a presença de depósitos perturbados evidenciam a presença de abalos sísmicos concomitantes com a deposição, os quais provavelmente, resultaram de movimentações tectônicas relacionadas às manifestações precursoras da agregação do Supercontinente Pangea, durante o Permiano O clima vigente durante a deposição da seqüência Poti-Longá era do tipo temperado, sem evidências de quaisquer influências glacial ou periglacial na sedimentação. Altas taxas de evaporação são sugeridas pela presença das seguintes feições: a) estruturas do tipo teepees, b) concreções de gipsita (\"rosa do deserto\"); c) pseudomorfos de minerais evaporíticos e d) crescimento secundário eodiagenético defeldspatos. Durante a deposição da seqüência sobrejacente, condições climáticas mais quentes e áridas prevaleceram, culminando com um período de intensa desertificação da bacia. Acredita-se que a tendência a climas cada vez mais severos possa ser atribuída a agregação do Supercontinente Pangea. A evolução sedimentar das duas seqüências referidas acima só pode ser entendida, considerando-se o quadro geotectônico da Província Sedimentar do Meio-Norte do Brasil, onde estas acham-se inseridas. Esta província, anteriormente considerada como unidade geotectônica única (isto é, Bacia do Parnaíba), apresentou evolução policíclica, o que permite compartimentá-la em diferentes bacias com gêneses e idades distintas (bacias do Parnaíba, das Alpercatas, do Grajaú e do Espigão-Mestre). A Bacia do Parnaíba, com área de 400.000km², representa porção remanente de extensa sedimentação intracratônica afro-brasileira. Três grandes ciclos transgressivos regressivos (correspondentes aos grupos Serra Grande, Canindé e Balsas) são reconhecidos. Estes depósitos acumularam-se do Siluriano até a continentalização da bacia no Triássico, refletindo a formação do Pangea. No Jurássico, em decorrência do início dos processos relacionados com a desagregação do Paleocontinente Gondwana, a região central da Província Sedimentar do Meio-Norte foi abatida, gerando um sistema de riftis denominado de Anficlise das Alpercatas. Este \"rifteamento\" atingiu uma área de 70.000km², onde sedimentos fluvio-lacustres (formações Pastos Bons e Corda) acumularam-se, formando uma sucessão de 200m de espessura. Rochas vulcânicas de idades jurássica a eocretácea (formações Mosquito e Sardinha) ocorrem em associação a estes depósitos. No Cretáceo, como resultado da abertura do Atlântico, a sedimentação foi deslocada pala novos sítios deposicionais. Ao norte, Bacia do Grajaú (área de 130.000km²) estabeleceu-se como resultado da fase de subsidência térmica, promovendo a acumulação de 800m de sedimentos eólico-lagunares (formações Codó, Grajaú e Itapecuru). Concomitantemente, uma area de 170.000km² subsidiu ao sul, resultando na Bacia do Espigão-Mestre, onde, pelo menos, 400m de depósitos fluvio-eólicos foram acumulados (Grupo Areado e Formação Urucuia). / This research focused on siliciclastic rocks of the Poti Formation (Lower Carboniferous) and adjacent units (Longá and Piauí formations), based on both surface and subsurface, data from the east and west (well 1-IZ-1-MA) portions of the Parnaíba Basin, respectively. The results of this study led to the recognition of the distinticve depositional sequences, separated by an unconformity. The first sequence encompasses deposits of the uppermost portion of the Longá Formation and lowermost portion of the Poti Formation (Caninde Group). The second sequence comprises the lowermost portion of the Piauí Formation (Balsas Group). Faciological analysis based on surficial data revealed that the Longá-Poti sequence is represented by shelf, nearshore and fluvial deposits, arranged in a prograding succession. Shelf environment is represented by laminated pelites (offshore muds), as well as sandstones with hummocky cross stratification, parallel and wave generated truncating lamination (storm deposits). Nearshore environment is represented by deposits of: a) shoreface (fine- to medium-grained sandstones with swaley cross stratification); b) tidal sand ridges fine- to medium-grained sandstones with sigmoidal cross stratification); c) tidal flat rhythmites with flaser, wavy, and linsen bedding); d) offshore bars (fine-grained sandstones with plane parallel lamination, phytobioturbation, and parting lineation); and e) lagoon (siltstones and interlayered siltstones/sandstones with plane parallel lamination). Fluvial deposits are represented by conglomeratic to coarse-grained sandstones showing tabular and trough cross stratification, attributed to migration of subaqueous bedforms and bars formed in a braided system. Additional studies of the sequence referred above, based on subsurface data Combining facies analysis of cores (well 1-IZ-1-MA) and correlation of e-logs from this and twelve other wells from the Parnaíba Basin, suggests deposition in a deltaic environment reworked by waves and tidal currents. The delta would have evolved to an estuary at the top of the Poti Formation. Within this deltaic-estuarine system, the Poti Formation represents more distal facies, while the Longá Formation represents more distal facies. Diagenetic studies of the Poti formation based on core data revealed evidences of significant textural and mineralogical changes, which indicates eo- and mesodiagenetic stages. Eodiagenesis is indicated by: a) introduction of clay by biogenetic processes: b) mechanical compaction; and c) secondary feldspar growth. Mesodiagenesis is indicated by: a) chemical compaction; b) cementation by quartz, smectite, barite, calcite, kaolinite and dolomite; and c) dissolution of the newformed minerals. The faciological analysis of the sequence represented by the Piauí Formation (Balsas Group) revealed eolian, alluvian fan and wadis deposits, characterizing a desertic depositional system. Rudaceous and disturbed deposits attest the presence of seismic chocks contemporaneous to the deposition, probably resulting from tectonic movements associated with the formation of the Pangea. Climate during deposition of the Poti-Longá sequence was temperate, without evidences by glacial or periglacial influences, with high evaporation rates, as suggested by the following features: a) teepee structures; b) gippsite concretions (\"desert roses\"); c) pseudomorphs of evaporitic minerals; and d) secondary feldspar growth. During the deposition of the overlying sequence, warmer and arid climatic conditions prevailed, which culminated with an intensive desertification of the basin. It is though that more severe climates resulted from the formation of Pangea in the Permian. The sedimentary evolution of the two sequences referred above can only be understood considering the geotectonic scenario of the Brasilian Middle-North sedimentary Province, in which these sequences are insert in. Three major transgressive regressive cycles (equivalent to Serra Grande, Canindé and Balsas groups) are recognized. These deposits (3,000m of thickness) accumulated from Silurian to Triassic as a response of the Pangea formation. During the Jurassic, with the Gondwana split out, the central portion of the Middle-North sedimentary Province sank due to the formation of a rift system (Alpercatas Amphiclise). This rifting reached an area of 70,000km², where fluvio-lacustrine sediments (Pastos Bons and Corda formations) accumulated, resulting in a succession having 200m of thickness. Jurassic and Eocretaceous volcanic rocks (Mosquito and Sardinha formations) occur in association of these deposits. During the cretaceous, as a result of the Atlantic ocean opening, sedimentation shifted to new depositional sites. Northward, the Grajaú Basin (130,000km²) established due to thermal subsidence, promoting accumulation of eolian-lagunar deposits (Codó, Grajaú, and Itapecuru formations), which reached 800m in thickness. Simultaneously, an area (170,000km²) located southward sank, resulting in the Espigão-Mestre Basin, where at least 400m of fluvio-eolian deposits accumulated (Areado Group and Urucuia Formation).
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Geologia da Formação Aquidauana (Neopaleozóico, Bacia do Paraná) na Porção Centro-Norte do Estado de Mato Grosso do Sul.

Ana Lúcia Desenzi Gesicki 27 February 1997 (has links)
Este trabalho resulta da investigação das rochas sedimentares da Formação Aquidauana (Carbonífero-Permiano) em Mato Grosso do Sul sob a abordagem da análise de fácies sedimentares, visando o reconhecimento dos principais sistemas deposicionais e respectiva disposição paleofisiográfica, de forma a contextualizar a deposição da unidade dentro da glaciação gondvânica neopaleozóica. As estruturas tectônicas ocorrentes tanto nas rochas paleozóicas quanto nos depósitos coluviais e aluviais cenozóicos da área foram também alvo deste estudo no sentido de delinear pioneiramente o tectonismo deformador pós-Paleozóico, de caráter rúptil, atuante na configuração da atual borda oeste da Bacia do Paraná. A subdivisão estratigráfica informal da Formação Aquidauana em três intervalos - inferior, médio e superior - resultou no reconhecimento de onze associações de fácies sedimentares representativas de distintos sistemas deposicionais. O intervalo inferior é caracterizado por sistemas deposicionais aluvial e fluvial entrelaçado com retrabalhamento eólico localizado, dispostos lateralmente a ambiente subaquático raso provavelmente marinho shoreface e offshore, onde a sedimentação foi resultante de retrabalhamentos durante tempestades episódicas e de intensa ressedimentação confinada ou não-confinada, possivelmente promovida por avanços e/ou proximidade das geleiras ao ambiente sedimentar. O intervalo médio é marcado pelo afogamento generalizado do sítio sedimentar, quando se instala deposição essencialmente pelítica procedente de correntes de turbidez de baixa densidade, num cenário de melhoria das condições climáticas, que teria permitido a proliferacão de organismos bentônicos, configurando fase interglacial. A retomada de sedimentação subaquática, progressivamente mais rasa e resultante de fluxos trativos de maior energia, caracterizam a base do intervalo superior. Nela, o topo do intervalo médio é intensamente retrabalhado pela instalação de fluxos gravitacionais de sedimentos de diversos graus de coesão, que assinalam a retomada dos avanços de geleiras à bacia e um novo ciclo sedimentar. Esta fase de ressedimentação foi seguida pela instalação de sucessões shoaling upward, num contexto de linha de costa progradante assolada por tempestades, pelo avanço de braid deltas e pela ampliação das áreas de exposição subaérea. Neste cenário, durante os picos de glaciação (stadial maxima), os avanços de glaciares promoveram substancial aporte de sedimentos rudáceos à bacia, que foram progressivamente ressedimentados por ocasião dos seus recuos, tanto em condições subaéreas quanto subaquáticas, devido às oscilações do nível d\'água do corpo aquoso antes retraído. As indicacões sedimentares apontam para condições climáticas bastante severas (há indícios de que o substrato sedimentar tenha estado congelado) e de acentuada aridez (predomínio de sedimentacão eólica). O topo do intervalo superior registra significativa ampliação das áreas de sedimentação eólica e não exibe mais nenhum indício da proximidade de geleiras. O sistema deposicional eólico é caracterizado por depósitos de dunas de médio porte e amplas áreas de deposição de sand sheets, nos quais se desenvolveram depósitos lacustres terrígenos e carbonáticos (bancos oolíticos), com discretos indícios de precipitação de sais. Acredita-se ter este conjunto sedimentar se formado já num cenário pós-glacial, regido por condições climáticas tão áridas quanto nas outras associações de fácies da Formação Aquidauana, mas possivelmente mais quentes. Seria correlato, em termos estratigráficos e paleoambientais, à Formação Dourados. A análise das paleocorrentes deposicionais revela que a migração dos fluxos canalizados e fluxos gravitacionais foi voltada para NW e SW, exceto no conjunto sedimentar correlato à Formação Dourados, marcado por significativo transporte fluvial para SE. O regime de ventos variou de uma constante direção de migração de NW para SE, no intervalo inferior, para uma distribuição bimodal no intervalo superior, caracterizando ventos predominantes provenientes de SW e Sul. Os pavimentos estriados pelo gelo indicam que o avanço das geleiras neopaleozóicas foi de SSE para NNW, provenientes das mesmas áreas-fontes de geleiras admitidas para o Grupo ltararé na borda leste da Bacia do Paraná. O tectonismo deformador do pacote sedimentar paleozóico na borda oeste da bacia está relacionado a cinco fases distintas: a) fase de extensão E-W, sin-deposicional ao topo do pacote sedimentar neopaleozóico (possivelmente Formação Dourados), acompanhada de abalos sísmicos; b) fase de transcorrência dextral, pós-Jurássica, associada a binário de direção E-W, com eixo de máxima compressão (\'sigma IND. 1\') de direção NW-SE e de máxima extensão (\'sigma IND. 3\') de direção NE-SW; c) fase de compressão E-W, neotectônica, reconhecida através famílias de juntas conjugadas de cisalhamento que afetam indistintamente depósitos coluviais quaternários e sedimentos paleozóico-mesozóicos; d) fase de compressão NE-SW, neotectônica, provavelmente associada a binário sinistral de direção E-W, identificada através de falhas direcionais que foram reativadas posteriormente, na fase de extensão E-W, como falhas normais que afetam, além dos sedimentos paleozóicos, depósitos aluviais quaternários de baixos terraços. / Neopaleozoic glaciation in western Gondwana covered more than 1,000,000 km² of the Paraná Basin in Brazil. Along the western border of this basin, in Mato Grosso do Sul State, glacial deposits are encompassed within the Carboniferous-Permian Aquidauana Formation. Facies analysis of this unit has permitted the recognition of eleven facies associations grouped in three stratigraphic intervals. The lower interval is characterized by an alluvial fan and fluvial-braided system with minor aeolian reworking. These deposits grade laterally to marine shoreface and offshore deposits related to storm-dominated reworking and expressive confined and unconfined resedimentation possibly caused by glacial advance. The middle interval represents an interglacial phase marked by extensive flooding with fine sedimentation caused by low-density turbidity processes. At this time, a warmer climate favoured proliferation of benthic organisms. The lower part of the upper interval is marked by shallow-water conditions with high energy tractive flows and intense resedimentation of material reworked from the top of the middle interval. These flows indicate a new phase of glacier advance into the basin and a new sedimentary cycle. This interval is characterized by shoaling-upward successions in a context of progradational shoreline under storm-dominated conditions, by the advance of braid deltas and by increasing subaerial exposition. ln this scenario, during the peaks of glaciation (stadial maxima), glacier advances increased the clastic supply to the basin, and this material was progressively submitted to subaerial and subaqueous resedimentation during glacier retreat as a consequence of ftuctuating base level. A very cold, severely arid climate is suggested by evidence for frozen ground and the predominance of aeolian sedimentation. The top of the upper interval records widespread aeolian sedimentation without evidence of ice activity. The aeolian system of this interval is characterized by medium-sized barchan-like dunes, sand sheets and minor fluvial-braided streams, as well as small saline lakes under conditions of high evaporation. This part of the upper interval is correlated with the Dourados Formation. Paleocurrent analysis reveals that migration of channelized and gravity flows was towards the NW and SW, except at the top of the upper interval, correlated with the Dourados Formation, where fluvial transport was towards the SE. Paleowind directions, despite some variations, show wind blowing from the S-SW. lce-striated pavements indicate glacier migration from SSE to NNW, showing the same source-area of glaciers as recognized along the eastern border of the Paraná Basin (ltararé Group). Analysis of brittle structures indicates that the Paleozoic rocks of the western border of the Paraná Basin in Mato Grosso do Sul State were subject to multiple deformations related to five phases of tectonic movements: 1) E-W synsedimentary tectonism, evidenced by clastic dykes related to seismic activity during the deposition of the top of the upper interval (Dourados Formation); 2) a post-Jurassic NW-SE compression and NE-SW extension associated with an E-W right-lateral transcurrent binary; 3) an E-W probably neotectonic compression recorded by families of shear-joints in Paleozoic, Mesozoic and Cenozoic (Quaternary) deposits; 4) a NE-SW neotectonic compression, probably associated with an E-W left-lateral transcurrent binary; 5) an E-W extension that affects Paleozoic, Mesozoic, as well as Holocene colluvial and alluvial deposits.
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Evolução ambiental da Bacia do Paraná durante o Neopermiano no leste de Santa Catarina e do Paraná / Not available.

Rohn, Rosemarie 07 March 1995 (has links)
A presente tese aborda a lito-, crono- e bioestratigrafia do Grupo Passa Dois, particularmente das formações Teresina e Rio do Rasto (membros Serrinha e Morro Pelado), visando interpretar a história ambiental e deposicional da Bacia do Paraná durante o Neopermiano. Os resultados fundamentam-se nos dados paleontológicos e litofaciológicos levantados ao longo de 16 estradas nos estados do Paraná e de Santa Catarina, e nas análises de testemunhos e de perfis geofísicos de poços situados no leste da bacia. Foram descritas 32 litofácies e discutidos, de modo sucinto, os possíveis Processos deposicionais e os prováveis paleoambientes de origem. A distribuição espacial de 13 espécies de bivalves da Formação Teresina (46 assembléias; 8 tafofácies) e 17 espécies da Formação Rio do Rasto (125 assembléias; 7 tafofácies) substancia a redefinição das zonas Pinzonella neotropica, Leinzia similis e Palaeomutela? platinensis e da Subzona Nothoterraia acarinata-Relogiicola delicata. Na área estudada, também ocorrem elementos das zonas Barbosaia angulata-Anhembia froesi e Pinzonella illusa, estabelecidas originalmente para depósitos das formações Serra Alta e Corumbataí no Estado de São Paulo. Entretanto, seu registro escasso inviabiliza ampliar formalmente a abrangência geográfica dessas zonas. Megafósseis vegetais são registrados em 14 afloramentos da Formação Teresina e em 133 afloramentos da Formação Rio do Rasto (no total, 8 tafofácies). São propostas as zonas Lycopodiopsis derbyi, Sphenophyllum paranaense e Schizoneura gondwanensis. Entre as duas primeiras zonas existe \"um intervalo florístico pobremente representado\" (informal), que deve refletir as mudanças ambientais ocorridas na transição entre as formações Teresina e Rio do Rasto. Sphenophyllum é um gênero seguramente permiano. A zona S. paranaense é a mais diversificada (abundantes glossopterídeas, filicíneas, pteridófilas, esfenófitas, entre outras). A Zona S. gondwanensis já atesta relativo declínio da vegetação, provavelmente por condições climáticas mais secas, com sobrevivência praticamente apenas das esfenófitas e de outros vegetais que ocupavam as margens dos corpos aquosos. De modo geral, as tafofloras estudadas são mais pobres que as coevas do Gondwana, sugerindo maior aridez na região da Bacia do Paraná. São conhecidas 13 espécies de conchostráceos na Formação Rio do Rasto e, através das novas investigações, o número de ocorrências elevou-se para 136 (192 assembléias; 9 tafofácies). Os conchostráceos evidenciam baixa salinidade da água e coadunam com a interpretação de condições climáticas relativamente secas. Ouanto à bioestratigrafia, são redefinidas as zonas Cyzicus sp., Monoleaia unicostata, Paranaleaia supina (incluindo a Subzona Palaeolimnadiopsis subalata) e o \"intervalo final\". Representantes da Família Leaiidae, encontrados quase até o topo da formação, constituem forte evidência da idade permiana. Os depósitos das formações Serra Alta, Teresina e Rio do Rasto foram Correlacionados e subdivididos em 11 intervalos de conotação cronoestratigráfica. Após a deposição da Formação lrati (unidade basal do Grupo Passa Dois), voltaram a ocorrer algumas grandes transgressões-regressões na Bacia do Paraná, condicionadas possivelmente pela tectônica global e pelas variações da pluviosidade. Os depósitos registram predominantemente as fases regressivas. Próximo à paleoborda da bacia (região de Santo Antônio da Platina), a coluna sedimentar está mais incompleta e há maior abundância de rochas calcíferas. Porém o caráter epicontinental muito raso da bacia resultou na preservação de fácies bastante similares entre as margens e as porções mais centrais, mascarando as grandes discordâncias provavelmente existentes ao longo da sucessão. A Formação Serra Alta representa o primeiro grande ciclo transgressivo-regressivo. A parte inferior da Formacão Teresina, correlacionável à Zona P.illusa da Formação Corumbataí no Estado de São Paulo, corresponde ao final dessa regressão. Nesse intervalo, pode ter subsistido alguma comunicação com a Bacia do Karoo, porém não mais com o oceano. Os raros fósseis que evocam paleoambiente \"marinho\" devem ser descendentes de organismos marinhos euritópicos bem mais antigos, a exemplo do que se observa atualmente no Mar Cáspio. Provavelmente incidiram fases de grande aridez durante a deposição da Formação Teresina que propiciaram o desenvolvimento de carbonatos nas margens do \"lago-mar\"; esses carbonatos comumente eram retrabalhados e transportados para áreas mais centrais da bacia, por fluxos induzidos por tempestades. A ampla distribuição geográfica de Pinzonella neotropica permite concluir que novas subidas do nível de base causaram inundações em grandes áreas (por exemplo, até o extremo nordeste do Estado de São Paulo e o Paraguai). O último ciclo transgressivo-regressivo reconhecido para a Formação Teresina deve ter sido controlado por acentuado aumento da pluviosidade. Nessa fase houve extinção dos bivalves da Zona P.neotropica, provavelmente causada por diminuição da salinidade. O Membro Serrinha registra ambiente deposicional lacustre raso, com grande aporte de areia através das desembocaduras dos rios e frequente retrabalhamento dos depósitos por ondas de tempestade. A reexpansão dos limites deposicionais da bacia, a dulcificação da água, a escassez dos carbonatos, as modificações da fauna e o melhor desenvolvimento da flora atestam condições climáticas mais úmidas. Não obstante a maior pluviosidade, devem ter ocorrido alguns grandes ressecamentos da bacia, manifestando-se principalmente pelas novas substituições das malacofaunas e pelo aparecimento de fácies eólicas e fluviais. O Membro Morro Pelado é caracterizado pelas evidências do crescente aumento da aridez. São comuns sucessões litológicas cíclicas (10-30 m de espessura) que devem representar a rápida progradação de barras de desembocadura após ligeiras subidas do nível de base (relacionadas a recorrências de clima um pouco mais úmido); no topo das sucessões cíclicas, são encontrados depósitos fluviais e/ou eólicos e superfícies de erosão. Algumas discordâncias intraformacionais, especialmente na região de Cândido de Abreu, indicam quedas do nível de base mais acentuadas, possivelmente relacionadas a alguma instabilidade tectônica. A Formação Pirambóia deve representar o apogeu da aridização, podendo ter iniciado a sua deposição no norte da bacia, enquanto ainda se acumulava a Formação Rio do Rasto nas porções mais centrais. Ponderando vários dados paleontológicos e informações de caráter global do Gondwana, a Formação Teresina provavelmente é kazaniana e a Formação Rio do Rasto, na área de afloramentos, é tatariana. / This thesis deals with litho-, crono- and bioestratigraphiy of the Passa Dois Group, particularly of the Teresina and Rio do Rasto Formations (Serrinha and Morro Pelado Members) in order to interpret the environmental/sedimentary history of the Paraná Basin during the Neopermian. The results are supported by paleontological and lithofaciological data, including the description of 32 lithofacies, collected along 16 roads in the states of Paraná and Santa Catarina, as well as by analyses of drill-cores and geophysical logs of boreholes situated in the eastern part of the basin. The spacial distribution of 13 species of bivalves of the Teresina Formation (46 assemblages; 8 taphofacies) and 17 species of the Rio do Rasto Formation (125 assemblages; 7 taphofacies) supports the redefinition of the Pinzonella neotropica, Leinzia simillis and Palaeomutela? zones, and of the Nothoterraia acarinata-Relogiicola delicata Subzone. ln the studied area, there are also representatives of the Barbosaia angulata-Anhembia froesi and Pinzonella illusa zones, originally established for deposits of the Serra Alta and Corumbataí Formations in the State of São Paulo, yet its sparse occurrence does not allow formal amplification of the geographic area of these zones. Plant megafossils are registered in 14 outcrops of the Teresina Formation and in 133 outcrops of the Rio do Rasto Formation (for a total of 8 taphofacies). The Lycopodiopsis derbyi, Sphenophyllum paranaense and Schizoneura gondwanensis zones are here revised. Between the first two zones there exists a poorly represented, informal floristic \"interval\", which must reflect environmental changes that occurred in the transition between the Teresina and Rio do Rasto formations. Sphenophyllum is certainly a Permian genus. The S. paranaense zone is the most diversified (abundant glossopterids, ferns, sphenopsids, among others). The S. gondwanensis zone already shows a relative decline in díversity, probably because of drier climatic conditions, with survival of practically only the sphenopsids and other plants that occupied the margins of aqueous environments. ln general, the studied taphofloras are poorer than other coeval Gondwana examples, suggesting drier conditions for the Paraná Basin region. Thirteen species of conchostracans are known in the Rio do Rasto Formation, and through new investigations, the number of occurrences has increased to 136 (192 assemblages; 9 taphofacies). The conchostracans comprise evidence of low salinity of water and support the interpretation of relatively dry climatic conditions. The Cyzicus sp., Monoleaia unicostata, Paranaleaia supine zones (including the Palaeolimnadiopsis subalata Subzone) and a \"final interval\" are redefined. Representatives of the Leaiidae Family, found until almost the top of the formation, constitute strong evidence for a Permian age. The deposits of the Serra Alta, Teresina and Rio do Rasto Formations were correlated and subdivided into 11 chronostratigraphic intervals. After deposition of the lrati Formation (basal unit of the Passa Dois Group), great transgressionsregressions started again in the Paraná Basin, possibly controlled by global tectonics and by variations in rainfall. The deposits document predominantly the regressive phases. Close to the paleo-margin of the basin (Santo Antônio da Platina region), the sedimentary record is more incomplete and there is a greater abundance of calcite bearing rocks. Even so, the epicontinental, very shallow character of the basin resulted in the preservation of very similar facies from the margin to the center, masking the great unconformities which probably exist throughout the succession. The Serra Alta Formation represents the first great transgressive-regressive cycle. The lower part of the Teresina Formation, equivalent to the P.illusa Zone of the Corumbataí Formation in the State of São Paulo, corresponds to the end of this regression. During this time, there may have been some aquatic communication with the Karoo Basin, but not with a true marine environment. The rare fossils of \"marine\" affinities must be descendants of much older eurytopic marine organisms, such as some invertebrates today in the Casplan Sea. There probably were phases of great aridity during the deposition of the Teresina Formation leading to the deposition of carbonates at the margins of the \"sea-lake\"; these carbonates commonly were reworked and transported to more central areas of the basin by storm-induced currents. The broad geographical distribution of Pinzonella neotropica indicates that new rises in water level caused inundation of great areas of the margin of the basin (for example, as far as the extreme northeast of the São Paulo State and Paraguay). The last transgressive-regressive cycle recognized for the Teresina Formation must have been controlled by a marked increase in rainfall. The extinction of bivalves of the P.neotropica zone, was probably caused by decreasing salinities. The Serrinha Member records a shallow lake environment, with a great input of river-mouth sand and frequent reworking of the deposits by storm waves. The new expansion of the sedimentary limits of the basin, the decreasing salinity of the water, the lack of carbonates, the modifications of the fauna and the greater diversity of the flora attest to more humid climatic conditions during deposition of this formation. ln spite of the greater rainfall, drops in great lake level must have occurred, as indicated mainly by new changes in the bivalve faunas and by the first occurrences of eolian and fluvial facies. The Morro Pelado Member is characterized by evidences of progressive desertification. Cyclic upward-thickening and -coarsening successions are common (10-3O m thick) which must represent progradation of mouth bars after small rises in water level (related to short intervals of slightly more humid climate); at the top of the cyclic successions, are observed fluvial and/or eolian deposits and erosion surfaces. Some intraformational unconformities in the upper portions of the formation, especially in the Cândido de Abreu region, indicate major lowering of the relative base level, possibly caused by tectonic instability. The Piramboia Formation must represent the climax of aridization, and its deposition may have begun in the northern part of the basin while the Rio do Rasto Formation was still accumulating in the more central portions. Much of the paleontological data collected, together with other information concerning Gondwana, suggest that the Teresina Formation is probably of Kazanian age, and the Rio do Rasto Formation, where exposed, is of Tatarian age.
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Evolução tectônica da extremidade meridional da faixa Brasília, região da Represa de Furnas, sudoeste de Minas Gerais / Not available.

Valeriano, Claudio de Morisson 30 April 1993 (has links)
Com base em levantamentos geológicos detalhados, integrados à escala de 1:100.000, é proposta uma subdivisão tectônica para a proporção meridional da Faixa Brasília (Proterozóico Superior), à borda SW do Cráton do São Francisco, região da represa de Frunas. A Nappe Araxá-Canastra (NAC) sobrepõe-se ao Sistema de Cavalgamento Ilicínea-Piumhi (SCIP), ambos empurrados sobre o domínio autóctone. A NAC é construída na base pelo Grupo Canastra, sobreposto gradacionalmente pelo Grupo Araxá. O primeiro apresenta uma sequência metassedimentar composta, da base para o topo, por: metapelitos e calci-filitos com lentes de mármore calcítico (unidade pelítico-carbonática); filitos sericíticos com intercalações de quartzito (unidade psamo-pelítica inferior); quartzitos puros a micáceos com intercalações de sericita filito e muscovita xisto (unidade psamítica); e muscovita xistos com intercalações de quartzito (unidade psamo-pelítica superior). Proporções crescentes de feldspato (e biotita) nos xistos do topo do Grupo Canastra marcam a sua gradação para o Grupo Araxá, que inicia-se por paragnaisses bandados com níveis de biotita xisto, com quartzito e calci-xisto subordinados. Em contraste à sedimentação de plataforma (ou sinéclise) continental estável do Grupo Canastra, o Grupo Araxá é marcado pela sedimentação mais variada e imatura. Rochas metabásicas ocorrem em todo o pacote, caracterizando um magmatismo toleítico tipicamente continental, com dois conjuntos composicionalmente distintos, de baixo (<2%) e alto (>2%) teores em titânio. Os metabasitos de baixo titânio (BTi) são mais pobres em elementos incompatíveis, apresentando padrões de elementos terras raras (ETR) achatados a pouco diferenciados; os metabasitos de alto titânio (ATi) são enriquecidos em elementos incompatíveis (especialmente Nb, Zr, Y e Ba), com padrões mais diferenciados de ETR. O SCIP é estruturalmente caracterizado como um conjunto imbricado de lentes tectônicas constituída por rochas da sequência Serra da Boa Esperança, de seu embasamento e minoritariamente do Grupo Bambuí. Três unidades metassedimentares integram a sequência Serra da Boa Esperança: provavelmente basal, a unidade Serra da Mamona constitui-se de metaconglomerado quartzítico passando ao topo para uma associação de filito sericítico e quartzítico com grânulos e seixos esparsos, e filitos hemáticos subordinados; a unidade Ilicínea sobrepõe-se à primeira e é composta predominantemente por ardósia e metassiltito laminado com intercalações decimétricas a métricas de metarenito ortoquartzítico grosso, puro e frequentemente com grânulos bem arredondados; a unidade Serra do Chapadão ocorre tectonicamente destacada das demais e constitui-se de uma alternância de metarenito ortoquartzítico puro a micáceo (bem arredondado e selecionado) e sericita filito, possivelmente representado uma variação lateral da unidade Ilicínea. Lentes tectônicas do embasamento evidenciam duas associações litológicas: um conjunto de hornblenda gnaisses, denominada Suíte TTG (tonalito-trondjemito-granodiorito), e um conjunto metavulcanossedimentar, cujas exposições mais setentrionais constituem o \"greenstone-belt de Piumhi\". Os hornblenda gnaisses miloníticos da suíte TTG são caracterizados litogeoquimicamente por uma gama composicional desde gabrodiotitos até granitos calcialcalinos, predominando os termos intermediários. Isócrona de afloramento (4 pontos) Rb-Sr em rocha total, de 2244 +- 104 Ma (razão inicial de 0,7015), indica sua idade anterior ao Proterozóico Médio. A associação metavulcanossedimentar inclui metapelitos negros, xistos e filitos máficos e ultamáficos, formação ferrífera bandada e cromititos subordinados. O embasamento do domínio autóctone é constituído por terreno granito-gnássico-migmatítico com núcleos subordinados de natureza granito-greenstone. Este domínio integra o embasamento do cráton São Francisco, na parte oriental da área de estudo, e o complexo Campos Gerais, na parte meridional. Este embasamento é recoberto discordantemente pelo Grupo Bambuí, no qual ora predominam ardósias e metassiltitos (metacalcários subordinados), ora conglomerados polimíticos com características de leques deltaicos e seixos provenientes das demais unidades mencionadas. Importante episódio de encurtamento crustal relacionado à orogênese Brasiliana, por volta de 600 Ma, induziu processos de deformação progressiva por cisalhamento de baixo ângulo, resultando na justaposição das três unidades tectônicas acima descritas. Diferenças de nível crustal nos estágios iniciais da deformação, em condições sin-metamórficas, foram responsáveis pelas diferenças observadas de estilos deformacionais e metamórficos: a NAC, com gradiente metamórfico inverso da fácies xisto verde (zona da biotita) na base à fácies anfibolito no topo, mostra duas gerações de dobramento apertado a isoclinal recumbente, ambas com foliações plano-axial penetrativas. Abundantes indicadores cinemáticos, como peixes de mica, foliação S-C e lineação de estiramento, indicam transporte tectônico com topo dirigido para leste. No SCIP, o metamorfismo não passa da zona da clorita. A primeira e principal fase de deformação gerou uma foliação penetrativa subparalela ao acamamento sedimentar com araras dobras megascópicas, também com transporte tectônico com topo para Leste, com maior grau dispersão nos dados direcionais. No Grupo Bambuí, a deformação principal gerou dobras mesoscópicas progressivamente apertadas e deitadas, com a proximidade do conjunto alóctone. Distante do conjunto alóctone as dobras são mais abertas e empinadas, com clivagem ardosiana plano-axial. As rochas do embasamento alóctone, envolvidas neste estágio deformativo, adquiriram foliação milonítica com grau de desenvolvimento heterogêneo e alterações metamórficas compatíveis com a fácies xisto verde inferior. Duas gerações de dobras geralmente abertas e empinadas, pós-metamórficas e sem foliação plano-axial, afetaram todo o conjunto após o seu imbricamento tectônico: a mais antiga com eixos com caimento suave para NW e a mais nova (e mais suave) com eixos N-S. Estas fases deram a estruturação final ao orógeno. Datações K-Ar, principalmente em mica branca, interpretadas juntamente com os dados preexistentes, indicam que o episódio de deformação principal se deu por volta de 600 Ma durante a orogênese Brasiliana. Durante tal evento termo-tectônico, o substrato autóctone não foi termicamente afetado de modo significativo, mostrando idades de resfriamento K-Ar (além de idades Rb-Sr) mesoproterozóicas ou mais antigas. Tal contexto caracteriza esta porção da faixa Brasília como estruturado por uma tectônica \"thin skinned\", ou seja, por cavalgamentos rasos, com transporte por distâncias superiores a 100km para a NAC e a 50km para o SCIP. / A tectonic subdivision is proposed for the southern and frontal portion of the Brasilia Fold Belt, based on detailed geologic mapping, compiled and presented on a 1:100,000 scale map. In the studied region, located in SW Minas Gerais State (SE Brazil), crustal shortening was achieved by thin-skinned thrusting and folding during Late Proterozoic (ca. 600 Ma) Brasiliano Cycle. Eastward directed tectonic transport of at least 100km is inferred for the thrust sheets now covering the relatively cold and stable southwestern border of the São Francisco Craton. Structural style, as well as metamorphic and lithologic characteristics, were used to define three main tectonic units: the uppermost Araxá-Canastra Nappe (ACN), the Ilicínea-Piumhi Thrust System (IPTS), and the Autochotonous Domain. The Canastra (base) and Araxá (top) Groups, of probable Middle Proterozoic age, comprise the ACN, in which major stratigraphic contacts are subparalel to the basal thrust plane. This nappe is characterized by inverted metamorphic zoning, grading from biotite zone greenschist facies at the bottom, to amphibolites facies, with kyanite-garnet mica schists at the top. Both groups contain interbedded greenschists and amphibolites of magmatic origin (probably dykes and/or minor extrusions), with typical continental tholeiitic flood basalt geochemical (including trace and rare earth elements) characteristics. Pelitic schists, with minor carbonatic (and quartzitic) lenses, comprise the lowermost portion of the Canastra Group, followed by interbedded quartzites and phyllites, with quartzitic predominance near the top. Muscoviteschists at the top of Canastra Group become progressively rich in feldspar and biotite, grading vertically to the basal paragneisses oh the Araxá Goup. In contrast to the stable continental shelf (or sag) sedimentation of the Canastra Group, unstable tectonic conditions, with more variable and immature sedimentation, mark the Araxá Group. The ITPS is composed of numerous thrust slices which splay upwards from a basal thrust plane, including rocks from the Serra da Boa da Esperança Sequence, its basement and from the Bambuí Goup. The Serra da Boa Esperança Sequence, of lower greenschist facies, contains quartzitic metaconglomerates at the base (Serra da Mamona Unit), always in contact with basement rocks. This unit is overlain by metapelites with abundant discontinuous beds of a distinct well sorted, well rounded coarse orthoquartzitic metarenite (Ilicínea Unit). Similar quartzites interbedded with sericitic phyllites comprise the Serra do Chapadão Unit, which is tectonically separated from the others. Basement rocks, interleaved by tectonic imbrication comprise an Early Proterozoic or older tonalite-trondjemite-granodiorite suite and a greenstone-belt volcanosedimentary association (mainly black shale, mafic and ultramafic schists, BIF and minor chromitite). A less deformed and more complete exposition oh the latter occurs north oh the studied area, referred to as the \"Piumhi greenstones\", with well documented komatiitic lavas containing spinifex textures. The basement of the autochtonous domain is a granite-migmatite-gneiss terrain, with minor greenstone-belt type associations and late granitoid intrusions. The Late Proterozoic Bambuí Group, lying incomformably on top of the basement, is predominantly composed of slate and metalistite with subordinated carbonatic rocks, with polymictic metaconglomerates that represent fan delta deposits. Differences in crustal level, at which syn-metamorphic main (and early) deformation took place, are responsible for differences in structural style and evolution. In the ACN, two generations of tight recumbent folding, with axial plane foliations, were developed during the tectonic transport. In the IPTS, low angle shearing formed a penetrative foliation with rare folds which is subparalel to sedimentary contacts. Late stages of the main deformation resulted in open folding of the foliation, truncated by discrete and numerous thrust planes. In the autochtonous Bambuí Group, a deformational gradient was established as result of the emplacement of the overlying thrust sheets: flat lying tight folds, with axial-plane slaty cleavage near the thrust contacts grade into upright, more open folds, with steep axial plane slaty cleavage. Basement rocks, involved in this tectonic imbrications, show mylonitic foliation, specially in gneisses, with overprinting of lower greenschist facies parageneses. Two sets of open to gentle, upright post-metamorphic megascopic folds, without axial plane foliation, were developed after the tectonic imbrications: an older one, with NW plunging axes, and a younger one, with N-S trending folds. K-Ar age determinations, mainly oh white mica of the ACN and the IPTS metasediments, interpretated in the context of previous data, indicate an approximate age of 600 Ma for the main deformation event. The autochtonous domain was not significantly heated or penetratively deformed during this event.
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Sistemas de transformação pedológica de solos lateríticos com couraça ferruginosa em silcrete e/ou planossolo: aplicação a cartografia da pedo-morfologia do médio Vale do Rio Paramirim - Bahia / Not available.

Nascimento, Nádia Regina do 14 September 1993 (has links)
Este trabalho trata do estudo das coberturas pedológicas no médio Vale do Rio Paramirim - Bahia. Descreve, analisa e interpreta os dados e de laboratório e identifica a distribuição espacial da pedo-morfologia, além de mostrar as relações entre as coberturas e a morfologia do relevo. A metodologia usada engloba estudos de campo, cartografia por sensores remotos e análises de laboratório. Com este estudo chegou-se à identificação de dois sistemas de transformação pedológica - \"solos lateríticos com couraça ferruginosa em silcrete e/ou planossolo e silcrete em planossolo\". A partir da identificação desses sistemas de transformação pôde-se detectar as relações entre as unidades de mapeamento, que indicaram a existência de seqüências genéticas de evolução da pedo-morfologia. Isto é, cada unidade mapeada representava uma etapa de evolução tanto da cobertura pedológica como do relevo. Com este estudo pôde-se evidenciar que: - os solos largamente cartografados na região, como latossolos, são na verdade, relíquias de uma cobertura laterítica com couraça ferruginosa, cuja gênese se diferencia daquela dos latossolos; - as coberturas dentríticas, cartografadas como depósitos residuais de superfície dee erosão, são na verdade, coberturas pedológicas; - essa cobertura laterítica está em desequilíbrio com as condições pedobioclimáticas atuais e ocupava, outrora, uma maior extensão; - o silcrete está em desequilíbrio, embora a presença de sílica secundária na fase argilosa da cobertura planossólica, represente um enriquecimento dessa última, em sílica; - a distribuição atual dos solos e dorelevo, é função da evolução do sistema de transformação pedológica. / This paper is about a research upon pedological mantles in the middle-valey of the Paramirim River in Bahia State - Brazil. It describes, analyses and interprets field and laboratory data as well as it demonstrates relations between mantles and relief. The adopted methodology comprehends field studies, remote sensing, cartographical and laboratory analyses. It identifies two pedological transformation systems - \"ferricrets lateriticals soils to silcrete and/or planosoils\". From this pedological transformation system it was possible to detecte relations amongst different mapping units that points out genetic pedo-morphological evolutions sequences. In other words, each mapping unit represents an evolution stage of pedological mantle as well as relief. This study evidenced that: - the soils mostly mapped in the Paramirim Middle-Valley with \"latossolos\"; - the detriticals mantles mapped with residual surface erosion deposits are pedological mantles; - this ferricrete lateritical soils are in imbalance with presently pedo-bioclimatic conditions and it used to be more extensive in environment; - the silcrete is in imbalance too although secondary silice in clay phase of planosolic mantle represents an enrichment in silice; - the currently distribution of soils and relief is function of pedological transformation system evolution.
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Evolução do Complexo Granitico Três Córregos a noroeste de Apiai - SP

Gimenez Filho, Antonio 17 May 1993 (has links)
Uma porção do Complexo Granítico Três Córregos no sul-sudoeste do Estado de São Paulo, com mapa geológico na escala 1:50.000 já disponível, foi objeto de investigações de cunho geocronológico e litoquímico. Estes mapas foram modificados e reinterpretados de forma integrada, sendo apresentados na escala 1:100.000. O objetivo principal dos estudos foi a caracterização da evolução do Complexo e contribuir para o debate quanto a sua colocação tectônica. Já as unidades metassedimentares existentes na área (do Complexo Metamórfico Apiaí-Mirim, Formação Água Clara, Grupo Itaiacoca e Formação Córrego dos Marques) não foram objeto dos estudos. Foram realizadas 53 determinações Rb-Sr, 15 K-Ar e duas análises experimentais pelo método U-Pb (zircões). Os estudos litoquímicos envolveram a interpretação dos dados de 40 análises de elementos maiores e traços, além de 10 análises de elementos terras raras. As principais modificações quanto à cartografia das unidades referem-se ao Complexo Metamórfico Apiaí-Mirim. Dois conjuntos litológicos anteriormente nele admitidos (ortognaisses e migmatitos) foram redefinidos. Os ortognaisses foram admitidos como Granitóides Orientados e incluídos, devido às semelhanças petrográficas, geoquímicas e padrão geocronológico, no Complexo Três Córregos. Os migmatitos foram subdivididos, sendo parte incluída nos Granitóides Orientados, parte admitida como Granitóides de Anatexia/Migmatitos e parte destacada como augen gnaisses. As duas primeiras foram incluídas no Complexo Três Córregos e, a última, interpretada como megaenclave englobado por este Complexo. Três principais unidades geológicas com características petrográficas, geoquímicas e geocronológicas distintas foram caracterizadas: a. Augen Gnaisses; b. Complexo Granítico Três Córregos; e c. Suíte Granítica Pós-Tectônica. Os augen gnaisses, juntamente com gnaisses finos que são seus enclaves (ambos de composição quartzo diorítica a quartzo monzodiorítica), apresentam comportamento geoquímico anômalo em relação às rochas do Complexo Três Córregos. Idades Rb-Sr obtidas nos gnaisses finos (ca. 1,8 Ga), foram as mais antigas obtidas neste trabalho. Um resultado U-Pb preliminar em augen gnaisse sugere idade também antiga. No Complexo Granítico Três Córregos foram incluídos quatro conjuntos litológicos: 1. Granitóides de Anatexia/Migmatitos; 2. Granitóides Orientados; 3. Suíte Porfiróide; e 4. Granito Lajeado. O primeiro conjunto não foi objeto de estudos experimentais. O segundo apresenta características petrográficas, geoquímicas e padrão geocronológico muito semelhantes ao terceiro. Este (Suíte Porfiróide) é o de maior expressão em área, sendo composto pelos granitos Barra do Chapeú, Saival, Córrego do Butiá, Capote e Paiol de Telha. O Granito Lajeado (4) representa um pequeno corpo de granito microporfirítico existente em meio à área do Granito Barra do Chapéu. Os granitóides do Complexo Três Córregos, objeto principal dos estudos, foram caracterizados como uma seqüência cálcio-alcalina, básica-intermediária-ácida, de granitóides do tipo I Caledoniano ou de soerguimento tardi a pós-colisional. Tais características são compatíveis com um ambiente de arco magmático tipo Andino (correlacionáveis a granitóides do Chile central). Os dados geocronológicos Rb-Sr obtidos indicam para a atividade deste arco o período entre 800 e 650 Ma atrás, o que é corroborado por uma indicação preliminar de idade U-Pb em zircão. As altas razões iniciais \'Sr POT. 87\'/\'Sr POT. 86\' obtidas são ilustrativas de processos de contaminação crustal na gênese deste Complexo. O padrão das idades aparentes K-Ar a nível regional permitiu indicar o intervalo temporal entre 625 e 600 Ma como do resfriamento relacionado ao soerguimento e estabilização do Ciclo Brasiliano. A Suíte Pós-Tectônica é constituída, na área, pelos granitos Correas e Sguário. O Granito Campina do Veado, fora da área, correlacionado a estes, foi também estudado. São granitos fortemente diferenciados e caracterizados, geoquimicamente, como do tipo intraplaca, formados por fusão crustal. Os dados Rb-Sr obtidos indicaram idade cambro-ordoviciana (480-520 Ma), surpreendentemente mais jovens que as idades K-Ar (564-596 Ma), as quais são aqui admitidas como mais realísticas para a idade de colocação destes corpos, em função dos altos erros das razões iniciais \'Sr POT. 87\'/\'Sr POT. 86\' obtidas e da existência de metassomatismo nestes granitos. / A portion of the Três Córregos Granitic Complex, south-southwest of the State of São Paulo, has been investigated in its geochronological and geochemical aspects. Previous geologic maps (1:50.000) that supported the field work were revised, adapted and integrated in a 1:100,000 scale map. The main subject of the studies done was the characterization of the evolution of such a Complex leading to discussion of its tectonic setting. On the other hand metassedimentary sequences belonging to the Apiaí-Mirim Complex, Água Clara and Córrego dos Marques Formations and Itaiacoca Group have been not investigated. Fifty three Rb-Sr (isochrons) and 15 K-Ar age determinations and two experimental analyses by the U-Pb (zircons) method have been performed. The geochemical studies involved data interpretation of 40 analyses for major and trace elements and further 10 analyses for Rare Earth Elements. These data have been discussed together with published chemical data on granitoids of the study area. The main rock units (migmatites and orthogneisses) exposed in the investigated area which have been considered previously as belonging to the Apiaí-Mirim Complex are here excluded from this Complex, based on their geological inferences, controlled by petrographic, geochemical and geochronological data: The migmatites are subdivided and included in the \"Oriented Granitoids\" and \"Augen Gneisses\". The formers are included within the Três Córregos Complex and the latter interpreted as a large enclave/xenolith within this Complex. The orthogneisses were considered as \"Oriented Granitoids\". As general three main geological units have been emphasized in the studies: a) Augen Gneisses; b) Três Córregos Granitic Complex; c) Pos-tectonic Granitic Suite. The Augen gneisses together with the thin, dark gneisses enclaves (both of quartz dioritic to quartz monzonitic composition) showed anomalous geochemical pattern comparatively to the units of the Três Córregos Complex. The thin gneisses yielded Rb-Sr isochron ages of ca. 1,8 Ga which are broadly comparable with one preliminary U-Pb zircon age also performed in the augen gneisses. To the Três Córregos Granitic Complex belong four lithological groups of rocks: 1) Anatetic/Migmatitic Granitoids (not studied); 2) Oriented Granitoids; 3) Porphiritic Suite (best exposed in the area), which is constituted by the Barra do Chapéu, Saival, Córrego do Butiá, Capote and Paiol de Telha Granites; and 4) Lajeado Granite, a small body within the Barra do Chapéu Granite. Chemically, the plutonic rocks of the Três Córregos Complex are consistent with a calc-alkaline sequence of basic-intermediate-acid character, corresponding to I-type Caledonian granitoids or tardi- to post-collisional uplift granitoids types. Those chemical features are compatible with that of an Andine arc magmatic tectonic setting. Radiometric data (Rb-Sr and U-Pb) indicate that such a plutonism took place between 800-650 Ma ago. Isotopic evidences given by the high \'Sr POT. 87\'/\'Sr POT. 86\' initial ratios obtained suggest that crustal contamination played an important role in the genesis of the rocks in coherence with the chemical data. The age pattern given by the distribution of K-Ar data in the investigated area may indicate that the regional cooling of the above proposed magmatic arc took place at the end of the Brasiliano Cycle, between 625-600 Ma ago. Finally, the Post-Tectonic Suite yielded K-Ar ages between 596 and 565 Ma. This Suite is represented by the Correas and Sguário granites, in the investigated area although other one body, the Campina do Veado Granite, may be a correllative outside the area, as supported by its chemical trend. As a whole the Suite is chemically characterized by strongly differenciated rocks of intraplate type. The high \'Sr POT. 87\'/\'Sr POT. 86\' initial ratios together with chemical data support a crustal origin for these rocks.

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