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A Formação Pariquera-Açu e depósitos relacionados: sedimentação, tectônica e geomorfogênese / Not available.

Melo, Mário Sérgio de 13 June 1990 (has links)
O objetivo dos estudos realizados foi a determinação das correlações entre sedimentação, tectônica, paleoclimas e feições morfológicas (Níveis de terraços) na área de afloramento da Formação Pariquera-Açu, cobertura sedimentar continental cenozoica no bairro vale do Rio Ribeira do Iguape, no litoral sul do Estado de São Paulo. Com base nas características litológicas e relações estratigráficas observadas, os depósitos cenozoicos anteriormente atribuídos à Formação Pariquera-Açu foram separados em cinco unidades principais distintas: Formação Sete Barras (definida durante a realização do presente estudo); Formação Pariquera-Açu (para a qual apresenta-se proposta de redefinição no presente estudo), compreendendo uma fácies fanglomerática de leques aluviais coalescentes, uma fácies de planície fluvial meandrante, e uma fácies lacustre; depósitos de cascalhos em nível superior de terraços (situados em posição topográfica mais elevada); depósitos de cascalhos em nível intermediário de terraços (rebaixados em relação aos anteriores); e depósitos colúvio-aluviais. A Formação Sete Barras é constituída de depósitos rudáceos de leques aluviais aparentemente gradando para depósitos finos, lacustres, formados provavelmente no Paleógeno, sob condições de clima seco. Preenche o Gráben de Sete Barras, uma depressão tectônica de direção N50E, formada na interseção da Zona de Cisalhamento de Cubatão (pré-cambriana a cambro-ordoviciana) com o Alinhamento de Guapiara (mesozoico), durante fase de esforços trativos na direção WNW-ESSE, contemporâneos da sedimentação. A reativação de falhas WNW-ESE paralelas ao Alinhamento de Guapiara no Neógeno, sob ação de esforços trativos reorientados na direção E-W, acarretou basculamentos de blocos e barramentos da paleofrenagem, ensejando a acumulação da Formação Pariquera-Açu, sob condições de clima úmido, e com o nível relativo do mar abaixo do atual. Junto às falhas desenvolveu-se sistema de leques aluviais coalescentes, gradando lateralmente para planície fluvial meandrante e lago. Durante o final do Neógeno e o Pleistoceno a região foi submetida a soerguimento diferencial, com entalhamento progressivo da drenagem, mais pronunciado no bloco relativamente mais elevado, a SW do Alinhamento de Guapiara. Fases de clima seco possivelmente conjugadas com fases de quiescência tectônica ensejaram então a elaboração de dois níveis escalonados de terraços com cascalhos, estes depositados em sistema fluvial entrelaçado. Formaram-se ainda na área depósitos colúvio-aluviais no final do Neógeno e no Pleistoceno, quando o paleo-relevo já era muito semelhante ao atual. Estes depósitos aparentemente refletem remobilizações maciças do regolito durante oscilações climáticas, e apresentam-se truncados por falhas, indicando tectônica sin e pós-sedimentar. Esta última é testemunhada principalmente por falhas inversas e com rejeito direcional cortando os depósitos colúvio-aluviais, que indicam fase de esforços compressivos de direção NE-SW, ativos provavelmente no Pleistoceno Inferior. Diferenças nas cotas dos aluviões em baixos terraços nos dois blocos separados pelo Alinhamento de Guapiara sugerem que discreta tectônica residual possa estar determinando soerguimento diferenciado dos blocos até os tempos geológicos mais recentes. / Cenozoic deposits previously attributed to the Pariquera-Açu Formation (a continental sedimentary cover of the low Ribeira do Iguape River valley, Southern São Paulo State, Brazil) can be separated in five different units: Sete Barras Formation (proposed in this study); Pariquera-Açu Formation (reviewed in this study); two topographic levels of gravels in fluvial terraces; and colluvial-alluvial deposits. The Sete Barras Formation is constituted of coarse fanglomeratic deposits probably grading to clayey lacustrine layers. They were formed probably in the Palaeogene, under dry climate. This sedimentary unit fills the Sete Barras Graben, an elongated tectonic depression trending N50E, just in the intersection of the ENE-WSW Cubatão Shearing Zone (Proterozoic to Cambrian-Ordovician) and the WNW-ESE Guapiara Alignment (Mesozoic), Tractive stresses trending WNW-ESE synchronous to the sedimentation have originated the graben trough. Reoriented tractive stresses trending E-W which were active during the Neogene reactivated WNW-ESE faults parallel to the Guapiara Alignment. This caused block tilting and drainage damming, and accumulation of the Pariquera-Açu Formation, under humid climate and lower sea level. Three facies can be recognized in this formation: fanglomeratic, fluvial meandering and lacustrine. Differential uplift during the end of the Neogene and the Pleistocene raised the SW block of the Guapiara Alignment. Two main levels of fluvial terraces with gravels and sands of braided system were then developed on this raised block, during dry climate phases and conditions of sea level stability. Colluvial-alluvial deposits younger than the terraces were formed when pleorelief was very similar to present-day relief. These deposits are related to the Quaternary climatic changes. They are cut by inverse and strike-slip faults which indicate compressive stresses trending NE-SW, active probably during Lower Pleistocene. Geomorphological characteristics of modern alluvial plains indicate also some possible tectonic activity along the Guapiara Alignment during recent geological times.
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Evolução Tectono-Sedimentar da Formação Santa Bárbara na Sub-Bacia Camaquã Ocidental, RS

Almeida, Renato Paes de 09 March 2001 (has links)
Na região centro-sul do Rio Grande do Sul, sobre rochas metamórficas e ígneas do Escudo Gaúcho, ocorrem coberturas não metamorfizadas de idade neoproterozóica a cambriana, agrupadas sob a denominação de Grupo Camaquã. De acordo com a proposta de Fragoso Cesar et al. (\'2000 POT. b\'), esse grupo é composto por três formações: Maricá (siliciclástica basal), Crespos (vulcânicas andesíticas e riolíticas, piroclásticas e rochas sedimentares associadas), e Santa Bárbara (siliciclástica superior). A Formação Santa Bárbara é caracterizada por uma espessa sucessão (mais de 4000 metros) de conglomerados e arenitos, com siltitos subordinados, de ambientes aluviais e marinhos costeiros. Essa unidade aflora em três sub-bacias contíguas limitadas por falhas de direção NNE, denominadas Camaquã Ocidental, Central e Oriental, compreendendo diversas ocorrências isoladas por coberturas mais recentes (formações Pedra Pintada e Guaritas da Bacia do Paraná) em uma faixa de aproximadamente 70 km de largura por 150 km de extensão. Na sub-bacia Camaquã Ocidental, a Formação Santa Bárbara aflora continuamente em uma área de mais de 500 km² na região dos Arroios do Seival, Lanceiros e Santa Bárbara que constitui a área-tipo da formação. Essa exposição foi estudada através da aplicação de diversas técnicas da geologia sedimentar visando a caracterização dos ambientes deposicionais, da evolução paleogeográfica e da estratigrafia de seqüências. A Formação Santa Bárbara na sub-bacia Camaquã Ocidental é composta por cinco unidades litoestratigráficas, incluindo conglomerados, arenitos e ritmitos arenosos e sílticos. A petrografia sedimentar revela o caráter imaturo desses sedimentos, com o predomínio de litoarenitos feldspáticos nas unidades de arenitos e na matriz dos conglomerados. Três seqüências deposicionais sensu Vail et al. (1977) foram identificadas com base no reconhecimento das principais superfícies erosivas que limitam pacotes com afinidade genética e no reconhecimento dos tratos de sistemas deposicionais. Os padrões de empilhamento e as variações de espessura dos tratos de sistemas sugerem um aumento gradual das taxas de subsidência da primeira para a segunda seqüência. A terceira seqüência apresenta evidências de um controle tectônico na arquitetura deposicional, condicionada pelo soerguimento de um alto interno à bacia. Os ambientes deposicionais da formação podem ser agrupados em dois grandes conjuntos: ambientes aluviais com abundantes fácies de rios entrelaçados rasos e amplos e de leques aluviais com predomínio de processos de enchentes em lençol; e ambientes marinhos rasos e transicionais, com fácies estuarinas com ação de marés, além de fácies lagunares e costeiras com ação de ondas. As análises de paleocorrentes indicam dois padrões de transporte sedimentar aluvial: um transversal à estruturação da bacia, associado aos leques aluviais; e outro paralelo ao eixo da bacia, com transporte axial para norte em planícies de rios entrelaçados. As paleocorrentes das fácies marinhas costeiras indicam bimodalidade de correntes de maré, com predomínio das correntes de vazante para norte e com correntes de enchente subordinadas para sul, além da presença, no trato transgressivo da terceira seqüência, de correntes de deriva litorânea para sudoeste, associadas à ação de ondas. A integração das análises de proveniência de clastos com as interpretações dos ambientes deposicionais e as análises de paleocorrentes levaram a duas conclusões. Primeiramente observou-se que há grande correlação entre os litoclastos presentes na bacia e os litotipos do embasamento hoje adjacente, indicando ausência de grandes movimentações transcorrentes nas falhas de borda. Além disso, identificou-se que a contribuição detrítica do alto de Caçapava do Sul, constituída de filitos, metabasitos e diversas fácies do Granito de Caçapava do Sul, passa a ocorrer apenas na terceira seqüência deposicional, fato interpretado como indício de que o isolamento entre as bacias Camaquã Ocidental e Camaquã Central ocorreu apenas em um período tardio de evolução da Formação Santa Bárbara. A integração de todas as informações obtidas sugere que a Formação Santa Bárbara depositou-se em uma bacia extensional tipo rift, com falhas limitantes de rejeito normal ou oblíquo, porém sem grandes rejeitos direcionais, com preenchimento sedimentar controlado principalmente pela subsidência tectônica, aporte clástico e padrões de transporte sedimentar, que modificam as respostas à variações eustáticas. / The Camaquã Group crops out in the central region of the state of Rio Grande do Sul, laying above the igneous and metamorphic rocks of the Gaúcho Shield. This group is composed of thick sedimentary successions of neoproterozoic to cambrian age, divided into three formations: Maricá (lower siliciclastic), Crespos (volcanic and volcano-sedimentary) and Santa Bárbara (upper siliciclastic). The Santa Bárbara formation is characterised by a thick (over 4000 meters) succession of conglomerates and sandstones, with minor siltstones, of alluvial and coastal marine environments. It crops out in three contiguous sub-basins limited by NNE trending faults, named Camaquã Ocidental (Western Camaquã), Camaquã Cental (Central Camaquã) e Camaquã Oriental (Eastern Camaquã), including various occurrences isolated by younger sedimentary deposits (Pedra Pintada and Guaritas formations of the Paraná Basin) in a belt 70 km wide and 150 km long. The Camaquã Ocidental sub-basin has a continuous exposition of the Santa Bárbara formation of more than 500 km². The eastern part of this sub-basin, namely the region of Seival, Lanceiros and Santa Bárbara rivers, is the type-area of the formation. The present study has focused on this area and was based on the application of a series of techniques of sedimentary geology to characterise the depositional environments, paleogeographic evolution and sequence stratigraphy of the unit. The Santa Bárbara formation in the Camaquã Ocidental sub-basin is composed of five lithostratigraphic units, including conglomerates, sandstones and sandstone/siltstone rhythmites. Sedimentary petrography analysis have revealed the immature nature of the sandstones and the sandy matrix of the conglomerates, characterised as feldspathic lithoarenites. A sequence stratigraphy approach has been applied to understand the evolution of the sedimentary infill through the identification of erosional unconformities bounding units with chronostratigraphic significance. Three stratigrahic sequences were recognised. The first two represent eustatic cycles preserved in a context of rising subsidence rates, as deduced from the stacking pattern and the variation of thickness of the systems tracts. The third stratigraphic sequence shows evidences of tectonic control upon the depositional architecture, with both the subsidence end the volume of detritus being strongly influenced by the uplift of the Caçapava do Sul Highland. The depositional environments of the Santa Bárbara formation can be grouped into two categories: alluvial environments, mainly shallow and wide braided rivers and sheetflood-dominated alluvial fans; and shallow marine / coastal environments, with tide-dominated estuarine facies, lagoons and wave-dominated shorelines. Paleocurrent analysis indicate two main patterns of alluvial sedimentary transport: one transversal to the basin axis and related to the alluvial fans, and another parallel to the axis, with axial transport towards north related to braided river distal plains. The paleocurrents of the coastal marine facies indicate bimodality of tidal currents, with the ebb current being the dominant one (towards north) and the flood current the subordinate (towards south). Longshore currents related to a wave-dominated shoreline were identified in the transgressive tract of the third sequence, with currents towards southeast. The comparison between the provenance analysis and the basement lithologies, considering also the depositional environments and paleocurrent data, has lead to two main conclusions: l) There is great correlation between the composition of the lithoclasts of the basin and the basement lithologies that crop out today at their vicinity, suggesting that there were no great transcurrent movements at the border faults. 2) The clastic contribution from the Caçapava do Sul Highland, consisting mainly phylites, metabasics and various facies of the Caçapava do Sul Granite, is present only in the third sequence, indicating that the isolation of the Camaquã Ocidental sub-basin from the Camaquã Central sub-basin occurred only at the last stages of the evolution of the Santa Bárbara formation. All of the data and interpretations obtained suggest that the Santa Bárbara formation has been deposited in an extensional rift basin, with normal (dip-slip) border faults, maybe with some oblique movement but without great strike-slip displacement. The sedimentary architecture seems to be controlled mainly by tectonic subsidence, sedimentation rates and transport patterns, which have modified the response to eustatic fluctuations.
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Tectônica fanerozoica ao longo da zona de cisalhamento Jundiuvira, SP / Not available.

Silva, Tiago Borges da 14 October 2011 (has links)
A Zona de Cisalhamento Jundiuvira (ZCJ), com extensão reconhecida de aproximadamente 300 km na região centro-leste do Estado de São Paulo, é uma feição tectônica suavemente curviplanar de direção média ENE. Com traçado subparalelo à linha-de-costa e às grandes feições geológicas e geomorfológicas regionais, tais como as serras do Mar e da Mantiqueira, além do Rift Continental do Sudeste do Brasil, esta zona de cisalhamento possui grande importância na compartimentação do embasamento pré-cambriano da região, justapondo blocos ou terrenos de níveis crustais e naturezas diferentes. De caráter dúctil no Neoproterozoico, a ZCJ foi posteriormente reativada, em nível crustal mais raso. Com base na análise estrutural de alvos selecionados, com rochas, sedimentos e paleossolos datados e situados na sua área de influência, a tectônica fanerozoica daZCJ foi objeto de estudo do presente trabalho, que visou a determinação de diferentes eventos de reativação e dos campos de esforços a eles relacionados. Trabalhos prévios de mapeamento geológico apresentaram posições algo discrepantes para diferentes segmentos da ZCJ, o que exigiu a análise geomorfológica de modelos digitais de elevação, elaborados com base em dados do Shuttle Radar Topography Mission, para a melhor definição do traçado desta megaestrutura e escolha de um mapa base que guiasse a seleção de dados prévios da literatura e de alvos para os levantamentos estruturais de campo. Foram selecionados como alvos o Granito de Itu, ediacarano, a Bacia do Pico de Itapeva, ediacarana a cambriana, rochas permocarboníferas do Grupo Itararé, na borda leste da Bacia do Paraná, o Maciço Alcalino de Passa Quatro, neocretáceo, e depósitos coluviais e paleossolos quaternários do Planalto de Campos do Jordão. Baseado em trabalhos de campo e análise de dados preexistentes foram caracterizados episódios de reativações fanerozoicas, assim distribuídos: distensão NW-SE no Ediacarano-Cambriano, transpressão destral resultante de encurtamento na direção E-W a WNW-ESSE de provável idade ordoviciana, transcorrência destral com direção de compressão NE-SW e idade neocretácea, distensão com direção geral NW-SE de idade eocena-oligocena ou miocena, transcorrência destral com direção de compressão NW-SE e idade pleistocena terminal a holocena, e deformações com SHmáx alternado segundo as direções NE-SW e NW-SE de idade holocena. O desenvolvimento do trabalho permitiu também demonstrar que, ao menos na área de influência da ZCJ, as deformações registradas em rochas do Grupo Itararé são de origem tectônica e desvinculadas de glaciotectonismo. A colocação de diques de rochas alcalinas neocretáceos no Maciço Alcalino de Passa Quatro parece ter respondido a um controle tectônico duplo, da ZCJ para os diques de direção NW-SE, e do Alinhamento Magmático de Cabo Frio para os diques de direção NE-SW. No Planalto de Campos do Jordão foram reconhecidas falhas possivelmente cossísmicas e com intervalo de recorrência da ordem de \'10 POT.3\' anos, além de deformações holocênicas dispostas de forma provavelmente contínua por pelo menos 10 km ao longo da ZCJ, o que apresenta implicações para a paleossismicidade regional. O desenvolvimento do presente estudo permitiu estabelecer um quadro inicial das diferentes deformações ocorridas ao longo da ZCJ durante o Fanerozoico. O refinamento deste quadro depende da descoberta de novos depósitos falhados e do maior aporte de dados geocronológicos. / The Jundiuvira Shear Zone (JSZ), with a length of approximately 300 Km in the central-eastern parto f the State of São Paulo, Brazil, is a gentle arcuate curviplanar tectonic feature in a general ENE-trending. It subparallels the present-day coastline as well as the main geologic and features, such as the serras do Mar and Mantiqueira ranges and the Continental Rift of Southeastern Brazil. The JSZ played a major role in the compartmentation of the Precambrian basement rocks of the region and is responsible for the juxtaposition of blocks or terrains of different nature and crustal levels. With a ductile behavior during the Neoproterozoic, the JSZ was reactivated in shallow crustal levels afterwards. The present study aimed to decipherate the Phanerozoic tectonics, reactivation episodes and their respective stress-fields along the JSZ, based on structural analysis of selected targets with dated rocks, sediments and paleosols distributed in the area of influence of this shear zone. Available geologic maps showed somewhat discrepant tracks in different segments of the JSZ. Geomorphologic analysis of digital elevation models elaborated using the data from Shuttle Radar Tography Mission was performed in order to better delineate this megastructure, and in choosing a base-map as a guide to select previous data from literature as well as the targets for field structural analysis. The selected targets are as follows: the Ediacaran Itu Granite; the Ediacaran to Cambrian Pico de Itapeva Basin; the Permocarboniferous sedimentary rocks of the Itararé Group, in the eastern part of the Paraná Basin; the Late Cretaceous Passa Quatro alkaline massif; and Quaternary colluviums and paleosols covering the JSZ in the Campos do Jordão plateau. Field survey and available data allowed to recognize different episodes of Phanerozoic fault reactivation along the JSZ. During the Ediacaran the shear zone was subject to a NW - SE-oriented extension. It was followed by a right-lateral transpression with an E-W to WNW-ESE-oriented shortening of a probable Ordovician age. A right-lateral transcurrence with a NE-SW-oriented extension tooks place during the Late Cretaceous. A NW-SE-trending extension was active during the Eocene-Oligocene or in the Miocene. More recent deformations comprise a right-lateral strike-slip faulting during the Late Pleistocene and the Holocene, and deformations with SHmax in orthogonal positions, NE-SW and NW-SE-oriented, of Holocene age. This study also demonstrates that, at least in the area of influence of the JSZ on the overlying sedimentary rocks of the Itararé Group, the deformations are of tectonic origin, without relationships to glaciotectonism. The emplacement of alkaline dikes in the Passa Quatro massif seems to have occurred as a response to a double tectonic control, the JSZ to the NW-SE- oriented and the Cabo Frio Magmatic Alignement to the NE-SW-trending dikes. Possible coseismic faulting, with a 10³ years reccurrence time, as well as evidence of surface rupture for at least 10 km along the JSZ were recognized in the Campos do Jordão plateau, with implications for regional paleoseismicity. Finally, the development of this work allowed to define a rough sketch of the different deformations alon the Jundiuvira Shear Zone during the Phanerozoic. The improvement of this model depends on discovering new occurrence of faculted rocks, deposits and paleosols as well as of new geochronological data.
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Evolução geotectônica da Bacia do Alto Tocantins, Goiás / Not available.

Reis Neto, José Manoel dos 29 December 1983 (has links)
Este trabalho objetiva determinar a evolução geotectônica da Bacia do Alto Tocantins - G.O., com base em dados geocronológicos é petrográficos das unidades litológicas. A reunião em estudo localiza-se no Centro-oeste Brasileiro, e foi dividida, do ponto de vista estratigráfico, em seqüências do embasamento, intrusivas graníticas e seqüências metamórficas proterozóicas. Nas seqüências do embasamento foi caracterizada uma unidade mais antiga constituída de rochas granito-gnáissicas, com idade em torno de 3.200 m.a.. Nestes terrenos foi detectado também um evento tectônico-magmático posterior, caracterizado por rochas metassedimentares e corpos granodioríticos, com idade próxima de 2.500 m.a.. As rochas denominadas de intrusivas graníticas possuem composição granítica (\"sensu lato\"), tamanhos variados e idades entre 1.800 e 1.400 m.a.. Nas seqüências metamórficas proterozóicas foram incluídas rochas metassedimentares, sobrepostas discordantemente à seqüência do embasamento, pertencentes a diferentes grupos. Foi caracterizado adiconalmente um metamorfismo mesozonal de idade proterozóica inferior/média (Grupos Serra da Mesa), e um metamorfismo epizonal, posterior, de idade próxima à 600-500 m.a., caracterizado, principalmente, pelo Grupo Bambuí. Este último metaorfismo afetou indistintamente todas as rochas da região, fato este evidenciado pelos resultados K-Ar, que forneceram idades em torno de 500 m.a. de resfriamento. / Not available.
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Evolução geotectônica os complexos Vila Nova e Tumucumaque na porção nordeste do cráton amazônico, Amapá

Borghetti, Cristiano January 2018 (has links)
Esta tese investigou as relações estratigráficas entre as rochas metavulcanosedimentares do Complexo Vila Nova (CVN) e os ortognaisses do Complexo Tumucumaque (CT) na região da Vila Nova, Amapá. As relações entre os complexos foram definidas através do mapeamento geológico e estrutural integrado com dados geofísicos (aeromagnetometria e aerogamaespectroscopia), análise petrográfica e geocronologia. O CVN é uma sequencia do tipo greenstone belt localizada na porção sudeste do Escudo das Guianas, nordeste do Cráton Amazônico. Esta região está inserida na Província Maroni-Itacaiúnas, cinturão móvel paleoproterozóico que circunda o núcleo arqueano da Província Amazônia Central. A integração dos dados permitiu definir as principais unidades litológicas e estruturas, que foram representadas nos mapas geológicos nas escalas 1:100.000 e 1:50.000. As relações estratigráficas foram suportadas por análises geocronológicas pelos métodos U-Pb e Lu-Hf em zircão através da técnica de LA-ICP-MS, aplicada em zircões detríticos de metassedimentos do CVN e em cristais ígneos de rochas dos Complexos Vila Nova e Tumucumaque. O contato entre os complexos são definidos por zonas de cisalhamentos dúcteis. O CVN é composto por metassedimentos clásticos intercalados com metabasaltos e meta-andesitos, contendo camadas subordinadas de formações ferríferas e manganesíferas, xistos calci-silicáticos e mármores. Estas unidades foram afetadas por um metamorfismo orogênico sob condições de baixo a médio grau, entre as fácies Xistos Verdes Superior e Anfibolito Médio, sob pressão intermediária. O CT é constituído por gnaisses tonalíticos a granodioríticos, anfibolitos, metagranitóides e gabros intrusivos, com registro metamórfico entre a fácies Anfibolito Médio a Superior. Levantamentos estruturais sugerem que os complexos foram afetados pelos mesmos processos de deformação e metamorfismo, que resultaram em uma foliação regional S1-2 orientada segundo a direção N70-85ºW. Esta foliação está afetada por uma fase de deformação mais tardia, que gerou dobras F3 de escala regional e com formas abertas a fechadas, e com eixos direcionados segundo a direção NW-SE. Os zircões detríticos dos metassedimentos do CVN apresentaram idades arqueanas (entre 3.6 e 2.7 Ga), com participação muito subordinada de idades paleoproterozóicas (entre 2.5 e 2.37 Ga). As idades Neo- a Meso-arqueanas, entre 2.85 e 2.67 Ga, foram identificadas em ortognaisses e gabros do CT, enquanto idades Paleoarqueanas, entre 3.0 e 3.5 Ga, foram descritas em ortognaisses das regiões de Tartarugalzinho (3.48 Ga) e da Vila Nova (3.3 Ga). Os resultados U-Pb das amostras do CT apontam para dois 2 episódios magmáticos, um Meso-arqueano (2.85-2.81Ga) e um Neo-arqueano (2.67 Ga). Os dados de Lu-Hf também confirmam a existência de uma ampla área de embasamento Arqueano na região estudada. A idade máxima de deposição da bacia é definida pela idade de 2.170 ±9 Ma, representando a cristalização dos metandesitos do CVN. As rochas metavulcânicas do greenstone belt Vila Nova foram depositadas durante o Riaciano sobre um embasamento arqueano e apresentam composição geoquímica semelhante a das rochas de arcos de ilhas e bacias de retro-arco. A justaposição tectônica destas unidades esteve associada, provavelmente, ao fechamento de um antigo oceano, culminando com um evento de metamorfismo regional orogênico colisional que estruturou as rochas da Província Maroni-Itacaiúnas. / This work investigated the stratigraphic relationships between metavolcanosedimentary rocks of the Vila Nova Complex (CVN) and the orthogneisses from Tumucumaque Complex (CT) in the Vila Nova region, Amapá. The relationships among the complexes were defined through geological and structural mapping integrated with geophysical data (aeromagnetometry and aerogamaespectroscopy), petrographic analysis and geochronology. The CVN is an association of greenstone belt type located in the southeastern portion of the Guiana Shield, northeastern of the Amazonian Craton.This region is inserted in the Maroni-Itacaiúnas Province, a paleoproterozoic mobile belt that surrounds the archean core of the Central Amazon Province. The integration of the data allowed us define the main lithological units and structures, which were represented in the geological maps presented in the 1:100.000 and 1:50.000 scales. The stratigraphic relationships were supported by geochronological analysis by U-Pb and Lu-Hf methods in zircon using the LA-ICPMS technique, applied on detrital zircons from metasediments of the CVN and igneous crystals from Tumucumaque and Vila Nova Complexes. The contact between the complexes are defined by ductile shear zones. The CVN is composed of clastic metasedimentary rocks interspersed with metabasalts and meta-andesites, containing subordinate layers of iron and manganese formations, calci-silicate schists and marbles. These units were affected by an orogenic metamorphism under low to medium degree conditions, between the upper green schist and middle amphibolites facies, under intermediate pressure. The CT is constituted by granodioritic tonalitic gneisses, amphibolites, metagranitoids and intrusive gabbros, with metamorphic registration between the amphibolite medium to superior facies. Structural surveys suggest that the complexes were affected by the same processes of deformation and metamorphism, which resulted in a regional foliation S1-2 oriented according to the N70-85ºW direction. This foliation is affected by a later deformation phase, which generated F3 folds of regional scale and with open to closed forms and with axis according to the direction NW-SE. The detrital zircons of the CVN metassediments indicated Archaean ages (between 3.6 and 2.7 Ga), with very subordinate participation of Paleoproterozoic ages (between 2.5 and 2.37 Ga). The Neo- to Mesoarchaean ages between 2.85 and 2.67 Ga, were identified in orthogneisses and gabbros of the CT, while Paleoarquean ages between 3.0 and 3.5 Ga, were found in gneiss of the Tartarugalzinho (3.48 Ga) and Vila Nova regions (3.3 Ga). The U-Pb results obtained from samples of the CT indicate two magmatic episodes, one 4 Mesoarchean (2.85-2.81 Ga) and one Neoarchean (2.67 Ga). The Lu-Hf data also confirm the existence of a large Archaean basement area in the studied region. The maximum deposition age of the basin is defined by the age of 2.170 ± 9 Ma, representing the crystallization of the metandesites of the CVN . The metavulcanic rocks of the Vila Nova greenstone belt were deposited during the Rhyacian on an Archean basement and present a geochemical composition similar to the rocks of the island arc and retro arc basin. The tectonic overlap of these units was probably associated with the closure of an ancient ocean, culminating in a collisional orogenic regional metamorphism event that structured the rocks of the Maroni-Itacaiúnas Province.
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Caracterização Estrutural e Geocronológica dos Domínios Tectônicos da Porção Sul-Oriental do Estado de São Paulo

Passarelli, Claudia Regina 18 September 2001 (has links)
O grande incentivo para realização deste trabalho, foi a complexidade geológica que envolve os terrenos Pré-Cambrianos da porção sul-oriental do Estado de São Paulo, tendo como cidades limites principais, Mongaguá, Sete Barras, Pariquera-Açu, Iguape e Peruíbe. Utilizando-se de diversas ferramentas como a petrologia, geologia estrutural, geoquímica, geocronologia e geologia isotópica, procurou-se melhor definir e caracterizar os terrenos que constituem a área de estudo, reconhecendo-se quatro importantes blocos tectônicos. O quadro tectônico atual observado na região estudada, estabeleceu-se no final do Neoproterozóico, como resultado de colagens associadas à formação do Gondwana Ocidental. O Bloco Embu, ocorre a norte da Zona de Cisalhamento Cubatão (ZCC), predominando, na área de estudo, rochas metassedimentares, localmente migmatíticas, e granitos peraluminosos intrusivos. Apresentam forte estruturação em torno de E-W, reflexo do Sistema de Cisalhamento Cubatão Itariri (SCCI). Os litotipos graníticos apresentaram idades de formação em torno de 600 Ma (U-Pb - monazitas), interpretadas como, relacionadas à fase tardi-colisional do Cinturão Ribeira, responsável pelo desenvolvimento do SCCI. O Bloco Mongaguá, é limitado a NW pela ZCC, a SW pela Zona de Cisalhamento Itariri (ZCI) e a leste pelo Oceano Atlântico. Predominam rochas gnáissico-migmatíticas, envolvendo termos graníticos e dioríticos. As rochas graníticas deste domínio foram subdivididas em três grupos principais: Granito Tipo Itariri, Areado e Ribeirão do Óleo. Apresentam estruturação geral E-NE, com exceção das rochas gnáissicas de Itanhaém, com estruturação NW e mergulhos sub-horizontais. Os termos graníticos apresentaram heranças isotópicas com idades U-Pb (zircões) no intercepto inferior entre 580 e 640 Ma. Os valores próximos a 600 Ma, foram interpretados como relacionados à época de mistura de magmas (mingle / mix), possivelmente em processos) distensionais. As análises isotópicas de Nd e Sr indicam que os precursores crustais destas rochas se diferenciaram do manto em épocas paleoproterozóicas distintas e tiveram origens a partir de fontes distintas com características de reservatórios crustais. O Bloco Registro é limitado a norte pelo SCCI e a sul pela Zona de Cisalhamento Serrinha (ZCS). É composto por rochas graníticas com feições migmatíticas, que mostram diferentes graus de assimilação com material máfico diorítico, e rochas metassedimentares, representadas pelos paragnaisses do Maciço da Juréia. Apresenta estruturação NW, e E-NE, quando influenciadas pela cinemática do SCCI. As rochas granito-migmatíticas sugerem associação com processos distensionais, com formação de diques sin-plutônicos e enclaves, relacionados a mingling e mixing de materiais distintos, ocorrido possivelmente em épocas paleoproterozóicas (idades U-Pb zircões entre 2.2 e 1.9 Ga). Adicionalmente, mostram-se intensamente afetadas pelo evento tectono-termal brasiliano, apresentando rochas gnáissicas com idades U-Pb (zircões) de 600 Ma, e idades intercepto inferior em torno de 580 Ma. As idades \'T IND. DM\' obtidas concentram-se principalmente entre 2.7 e 2.9 Ga. As rochas gnáissicas do Maciço da Juréia apresentaram idade U-Pb em monazitas de 750 Ma, interpretada como importante evento térmico gerador de metamorfismo do fácies anfibolito. O Granito Votupoca, intrusivo nas rochas gnáissico-migmatíticas, correlacionado à Suíte Granítica Serra do Mar, apresentou idade de 582 Ma. O SCCI, constitui-se por granitóides, e subordinadamente metassedimentos, miloníticos e protomiloníticos. Para facilidade de estudo, foram considerados domínios distintos, onde o ramo A-B apresenta direção preferencial em torno de E-W e o ramo C em torno de N60E. As rochas afetadas pelo SCCI registraram, pelo menos, 2 fases importantes distintas de deformação. Uma fase está relacionada a uma ) movimentação sinistral com componente de abatimento para NW, com idade máxima de 600 Ma, e outra associada a movimentações sinistrais e dextrais com componente compressiva para SW. Reativações posteriores em condições mais rúpteis são observadas. Os litotipos investigados do Bloco Iguape, limitado a norte pela ZCS e a S-SE pelo Oceano Atlântico, envolvem rochas graníticas e metassedimentares com estruturação principal NE. As rochas metassedimentares englobam principalmente metassedimentos de baixo grau metamórfico. As rochas graníticas foram subdivididas em três grupos principais. Granitos que ocorrem no Maciço de Iguape, normalmente protomiloníticos, com idades em torno de 600 Ma, com assinatura geoquímica sugestiva de granitos de arcos-vulcânicos ou sin-colisionais. Os granitos da Serra do Paratiú/Cordeiro e os Granitos da Serra de Itapitangui, apresentam características de rochas graníticas do tipo intra-placa e idades em torno de 580 Ma. Os três grupos graníticos apresentaram carecterísitcas geoquímicas e isotópicas distintasl A ZCS, apresenta direção principal em torno de E-W, com movimentação dextral e afeta rochas graníticas e metassedimentares. Apresenta importante ramificação com direção SE, e movimentação sinistral. Possivelmente, a justaposição entre estes blocos tectônicos ocorreu em épocas neoproterozóicas muito próximas. Neste trabalho sugere-se que a justaposição do Bloco Embu ao Bloco Registro, através de em zona de cisalhamento com direção aproximadamente E-W, deu-se em torno de 606 Ma. Granitos peraluminosos intrusivos no Bloco Embu, com cerca de 598 Ma, associados ao SCCI, podem estar relacionados à justaposição do Bloco Mongaguá, aos Blocos Registro e Embu. Esta justaposição se deu através de uma movimentação sinistral na ramificação B (direção E-W) e dextral na ramificação C (direção NE) do SCCI. A associação do regime distensivo, interpretado como responsável pela geração ) as rochas gnáissico-migmatíticas do Bloco Mongaguá (612 \'+ OU -\' Ma), à cinemática de justaposição do Bloco Mongaguá aos Blocos Embu e Registro (598 \'+ OU -\' 8 Ma) ainda é incerta, podendo representar um regime anterior à justaposição dos blocos, ou mesmo um regime distensional associado a esta justaposição. A época mais provável da justaposição do Bloco Iguape ao Registro, entre 570 e 580 Ma é sugerida através de datações U-Pb em monazitas de protomilonito granítico da ZCS. Datações K-Ar em biotitas em torno de 500 Ma, obtidas em rochas miloníticas do SCCI e da ZCS, são interpretadas como referentes à reativações posteriores ocorridas nestas zonas de cisalhamento. / The main stimulus for the execution of this study was the geological complexity of the Precambrian terrains in the southeastern part of the state of São Paulo, between the cities of Mongaguá, Pariquera-Açu, Iguape and Peruíbe. An attempt was made to define the main features of the terrains in this area, using petrology, structural geology, geochemistry, geochronology and isotope geology. Four major tectonic blocks were separated. The present tectonic situation in the studied area is the product of collages related to the formation of West Gondwanaland, which ended in the Neoproterozoic. The Embu Block occurs north of the Cubatão shear zone (CSZ). In the studied area it is mainly composed os metasedimentary rocks, locally migmatized, and peraluminous granites. The structure is strongly E-W oriented as a result of the action of the Cubatão - Itariri shear system (CISS). U-Pb (monazite) ages of the granites of about 600Ma are interpreted as reflecting the late collisional stage of the Ribeira Belt which was responsible for the formation of the CISS. The NW limit of the Mongaguá block is the CSZ, while the western limit is the Itariri shear zone (ISZ), and th eastern limit is the Atlantic Ocean. The main rock type is gneiss-migmatite with granitic and dioritic compotions. Three main groups of granite, the Itariri, Areado and Ribeirão do óleo types, are encountered. The main structural direction in E to NE, with the exception of the Itanhaém gneisses which have a NW-SE structure and sub-horizontal dip. Analyses of zircon indicate crustal inheritance, and lower intercept U-Pb (zircon) ages fall between 580 and 640 Ma. Ages around 600Ma are believed to date a magma mixing/mingling event, which probably occurred during an extensional event. Sr and Nd isotopic compositions demonstrate that differentiation of the different crustal sources from the mantle occurred during defferent paleoproterozoic events. The Registro block, with the CISS as its northern limit and the Serrinha shear zone (SSZ) as its southern limit, is formed by granitic rocks with migmatitic aspect and showing different degrees of assimilation by dioritic material, and by the paragneisses of the Juréia massif. It has an NW-SE structure which swings to E or NE under the influence of the CISS. The migmatitic granites present evidence for the action of extensional processes in the form of Syn-plutonic dykes and enclave swarms. Mixing and mingling between the granitic and dioritic materials probably occurred between 2.2 and 1.9 Ga as shown by U-Pb (zircon) ages. The rocks were intensely affected by the Brasiliano tectono-thermal event, as shown by the lower intercept U-pb (zircon) ages of about 580Ma in gneisses which have model Nd Tdm ages concentrated in the 2.7 - 2.9 Ga interval. Gneiss from the Juréia massif gas a U-Pb (monazite) age of 750 Ma, believed to register the thermal event responsible for amphibolite-grade metamorphism. The Votupoca granite, a member of the Serra do Mar suite intruded into the gneiss-migmatites, has an age of 582+8Ma. The CISS cuts granitoids and subordinate metasediments, which are now protomylonites or mylonites. To simplify the study, the systems was divides into two different domains, in which the structure of the A-B domain in mainly E-W, while the structural direction of the C domain is N60ºE. At least two major deformation events affected the rocks. One of the phases, younger than 600Ma, was sinistral with northwestwards dip-slip. The other phase with southwestward compression involved both sinistral and dextral movements. Later reactivations under more brittle conditions also occurred. Rocks of the Iguape Block, limited northwards by the SSZ and south-southeastwards by the Atlantic Ocean, include granites and metasediments with a dominantly NE structural orientation. The metasediments are mostly in low metamorphic grade, while the granites comprise three separate geochronological and geochemical groups. Protomylonitic granites if the Iguape massif have ages around 600Ma, and have geochemical signatures of volcanic arc or syncollision granites. The granites of the Paratiú - Cordeiro and Itapitangui hills are 580 Ma intraplate granites. The SSZ has a dominantly E-W direction and dextral sense, but an important SE-oriented branch is sinistral. It is probable that the tectonic blocks were united during a short time interval in the Neoproterozoic. Here we suggest that the joining of the Embu Block to the Registro Block occurred at about 606Ma along an E-W shear zone. The 598Ma peraluminous granites intruded into the Embu Block may register the arrival of the Mongaguá Block against the newly formed Registro-Embu domain. This welding occurred along the sinistral, E-W oriented branch (B) and the NE-oriented dextral movement along branch C of the CISS. It is still uncertain whether there is an association between the tensional regime responsible for the formation of the gneiss-migmatites of the Mongaguá Block at about 612+3Ma, and the cinematic situation created by the union of the Mongaguá and Embu Registro blocks at 598+8Ma. The welding of the Iguape and Registro blocks probably occurred between 580 and 570Ma, as suggested by the U-Pb (monazite) age of the protomylonitic granites of the SSZ. Later reactivations of the CISS and SSZ at about 500 Ma are suggested by K-Ar ages of biotites.
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Evolução tectonometamorfica da nappe de Passos, sudoeste de Minas Gerais / Not available.

Simões, Luiz Sergio Amarante 23 May 1995 (has links)
O objetivo do presente trabalho é documentar e explicar o metamorfismo inverso da Nappe de Passos, numa área de aproximadamente 2.700 km2, na parte sul da Faixa de Dobramentos Brasília, no Estado de Minas Gerais. O estudo foi baseado em análise estrutural, petrografia de cerca de 400 lâminas delgadas e análises de microssonda eletrônica, para caracterizações geotermobarométricas. Na porção sul da Faixa de Dobramentos Brasília, três unidades tectônicas são identificadas, sendo uma autóctone e duas alóctones. Estas unidades foram imbricadas, através de extensas falhas de empurrão, durante a orogênese brasiliana, a cerca de 600 Ma. A unidade tectônica superior, a Nappe de Passos, é uma sequência metassedimentar, essencialmente psamo-pelítica, com pequena contribuição de rochas metabásicas toleíticas, apresentando metamorfismo de fácies xisto verde a anfibolito superior. São reconhecidos dois ciclos deposicionais. O ciclo deposicional inferior é caracterizado por uma sedimentação matura, representada por quartzitos e mica xistos, enquanto o ciclo deposicional superior apresenta uma sedimentação imatura, representada por gnaisses, mica xistos, e, minoritariamente, quartzitos. A unidade tectônica intermediária é representada por um sistema de cavalgamentos, consistindo principalmente de quartzitos e filitos, do Grupo Canastra, metamorfisados em condições de fácies xisto verde inferior. Lascas tectônicas de rochas do embasamento e de sua cobertura metassedimentar, o Grupo Bambuí, são incluídas no sistema de cavalgamento. A unidade tectônica autóctone é representada por um embasamento granito-gnaisse-greenstone, Proterozóico Inferior (1.800 Ma) a Arqueano, o Complexo Campos Gerais, e uma cobertura metassedimentar do Proterozóico Superior, o Grupo Bambuí, o qual representa uma sequência plataformal, pelito-carbonática. Uma revisão da nomenclatura estratigráfica aplicada às sequências metassedimentares referidas acima, indica que o termo Grupo Araxá deve ser utilizado para as rochas da Nappe de Passos, no lugar do termo Grupo Araxá-Canastra, o qual tem sido usado por muitos autores. Na unidade tectônica intermediária o nome Grupo Canastra é recomendado para substituir os termos Sequência Metassedimentar de Carmo do Rio Claro e Sequência Serra da Boa Esperança. Uma foliação de baixo ângulo paralela às superfícies das falhas de empurrão, é reconhecida em cada uma das três unidades tectônicas. O desenvolvimento desta foliação foi parcialmente contemporâneo para as três unidades tectônicas. Além disto, o padrão estrutural torna-se mais complexo da unidade tectônica autóctone, inferior, para a unidade tectônica alóctone mais superior. O padrão estrutural da Nappe de Passos é caracterizado por uma foliação de baixo ângulo, geralmente paralela às unidades litoestratigráficas da nappe, e por uma lineação de estiramento/mineral, de orientação WNW, associada. Uma história de deformação não coaxial e um transporte de aproximadamente 150 km para ESE, são bem caracterizados por indicadores cinemáticos. Dois conjuntos de dobras normais, abertas a suaves, com baixo caimento, são superpostos à foliação principal. Apresentam orientação axial WNW e NNW-NE. As estruturas da nappe são agrupadas em quatro fases de deformação, D1 a D4, sendo que o transporte da nappe e a foliação principal são relacionados à fase D2. A Nappe de Passos é caracterizada por apresentar um gradiente metamórfico invertido, variando da fácies xisto verde médio até a fácies anfibolito superior. Dados geotermobarométricos indicam condições de 486°C - 6 kbar, próximo à base da nappe, que aumentam progressivamente até 739°C - 11,2 kbar, próximo ao topo da nappe. O metamorfismo invertido é interpretado como decorrente da deflexão das isotermas na zona de subducção, aliado à contínua expulsão das rochas de mais alta pressão para níveis crustais mais rasos, ocasionado pelo intenso cisalhamento não coaxial, típico do processo de subducção. Os dados litoestratigráficos, estruturais e metamórficos, indicam que a Nappe de Passos consiste de rochas metassedimentares, depositadas numa margem continental passiva. Subsequentemente, estas rochas foram deformadas e metamorfisadas numa zona de subducção e, então, tectonicamente expulsas para níveis crustais mais rasos, durante uma colisão continental do Ciclo Brasiliano. / The objective of this study is to document and explain the inverted metamorphism of the Passos Nappe over an area of 2,700 km2 in the southern part of the Brasilia Fold Belt in Minas Gerais State. Structural analysis in the field, more than 400 thin sections, and microprobe determinations for geothermobarometry support my results. In the southern part of the Brasília Fold Belt, three tectonic units, one autochthonous and two allochthonous, are identified. These were imbricated by large thrust faults during Brasiliano orogeny about 600 Ma. The uppermost tectonic unit, the Passos Nappe, is mainly a psammitic-pelitic metasedimentary sequence, with minor associated tholeiitic basic rocks, metamorphosed to greenschist to upper amphibolite conditions. Two depositional cycle are recognized. Its lower depositional cycle is characterized by a mature sedimentation represented by quartzites and mica schists, whereas its upper depositional cycle had an immature sedimentation and is now represented by gneiss and mica schists with minor associated quartzites. The intermediate tectonic unit is a thrust system, mainly consisting of quartzites and phyllites, the Canastra Group, all in the lower greenschist metamorphic grade. Slices of basement rocks and of the Bambuí Group, its metasedimentary cover, are included in the thrust system.The autochthonous tectonic unit has two parts: a granitic-gneiss-greenstone basement of Early Proterozoic (~1,800 Ma) to Archean age, the Campos Gerais Complex, and a Late Proterozoic metasedimentary cover, the Bambuí Group, which represents a politic-carbonate platform sequence. A review of the stratigraphic nomenclature applied to all the above metasedimentary sequences suggests that the term Araxá Group should be utilized for the rocks of the Passos Nappe, and not the Araxá-Canastra Group, which has been used by many workers. In the intermediate tectonic unit the name Canastra Group is recommended to replace the two terms Carmo do Rio Claro Metasedimentary Sequence and Serra da Boa Esperança Sequence. A low angle foliation, parallel to the thrust surfaces, is recognized in each of the three units. The development of this foliation was partially coeval for the three tectonic units. In addition, the structural pattern becomes more complex upward from the basal autochthonous to the uppermost allochthonous tectonic unit. The structural pattern of the Passos Nappe is mainly characterized by a low angle foliation, that generally parallels the litostratigraphic units of the nappe, and by an associated WNW mineral/stretching lineation. A noncoaxial strain history and a tectonic transport of about 150 km to ESE are well constrained by shear sense indicators. Two sets of open to gentle, low plunge, upright folds are superimposed on the main foliation, which has W-NW and NNW-NE axial trends. The nappe structures are grouped into four deformation phases, D1 to D4. The nappe transport and the main foliation are D2 related. An inverted metamorphic gradient, medium greenschist to upper amphibolite facies, is typical to the Passos Nappe. Geothermobarometric data indicate 486°C - 6 kbar near the nappe\'s base, and an increasing temperature and pressure conditions up to 739°C - 11.2 kbar, near the top of nappe. Deflection of isotherms in the subduction zone and continuous expulsion of more high pressure rocks to shallow crustal levels, due a strong noncoaxial shear, are believed to have caused this inverted metamorphism. Litostratigraphic, structural and metamorphic data suggest that the Passos Nappe consists of sedimentary rocks deposited on a passive continental margin; these were subsequently deformed and metamorphosed in a subduction zone, and then, squeezed out to a shallow crustal level during the continental collision of the Brasiliano Cycle.
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Evolução geotectônica da província Rio Negro-Jurena na região amazônica

Tassinari, Colombo Celso Gaeta 07 December 1981 (has links)
Neste trabalho procurou-se caracterizar geocronologicamente a Província Rio Negro-Juruema e propor-lhe uma evolução geotectônica, baseada, principalmente, na interpretação integrada de mais de três centenas de datações realizadas pelos métodos K/Ar, Rb/Sr e mais raramente U-Pb. Esta província desenvolveu-se na porção ocidental da Região Amazônica entre 1750 e 1400 Ma.. Foram caracterizados a fase principal de metamorfismo das rochas que compõem a infraestrutura da província ao redor de 1750 Ma., o intenso vulcano-plutonismo de caráter subseqüente próximo a 1600 Ma., a fase de metamorfismo epizonal representada pelas rochas supracrustais datadas em torno de 1550 Ma., os sedimentos considerados como molassóides datados em aproximadamente 1500-1400 Ma., o magmatismo básico terminal, representado pelo enxame de diques básicos que intrudiram a província entre 1400 e 1300 Ma., as intrusões de granitos cratogênicos com textura tipo \"Rapakivi\" em 1400 Ma. que marcam a transição das condições orogênicas para condições cratônicas, as atividades tipicamente cratogênicas representadas pelas intrusões de complexos alcalinos anelares entre 1400 e 1200 Ma.. Foram caracterizadas também as atividades magmáticas reflexas, causadas pelo desenvolvimento do evento geodinâmico Rio Negro-Jurema sobre o seu antepaís, tipificadas por intrusões de granitos cratogênicos e de diques básicos sobre a Província Amazônica Central. Após a estabilização tectônica da região Rio Negro-Jurema, também ocorreram sobre ela, manifestações ígneas reflexas, desta vez causada pela atuação do cinturão móvel Rondoniana em sua borda sudoeste. Apesar dos dados geocronológicos e geológicos serem, ainda, escassos, elaboramos uma evolução tectono-magmática para a Província Rio Negro-Jurema baseada no desenvolvimento de um \"móbile belt\", que seria o regime tectônico característico dos processos geodinâmicos formadores de crosta durante o Proterozóico Médio. Para explicar esta evolução consideramos um modelo geotectônico apoiado na Tectônica de Placas, imaginando que teriam ocorrido grandes movimentos horizontais, no proterozóico na região amazônica. / Not available.
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Estudo isotópico aplicado a caracterização geotectônica do domínio pernambuco-alagoas oeste, província borborema, Região Nordeste do Brasil

Cruz, Rodrigo Fabiano da January 2014 (has links)
A Província Borborema é um orógeno Neoproterozóico no nordeste do Brasil, composto por um mosaico de terrenos ou domínios tectônicos delimitados por grandes falhas. O Domínio Pernambuco-Alagoas Oeste é um complexo domínio tectônico na parte sul da Província Borborema que faz fronteira com a margem norte do Cráton do São Francisco. Dados U-Pb e Sm-Nd deste trabalho mostram que os grandes volumes de rochas graníticas do Domínio Pernambuco-Alagoas Oeste apresentam várias idades, relacionados a diferentes eventos tectônicos. O Evento Cariris Velhos, representado pelos ortognaisses Lobo (974±8 Ma) e Rocinha (956±2 Ma); o Ortognaisse Fulgêncio (1996±8 Ma), o Complexo Gnáissico-migmatítico de Riacho Seco (1992±27 Ma) e o Complexo Entremontes (2734±11 Ma) representam o embasamento Paleoproterozoico e Arqueano. Seis grupos de granitoides são reconhecidos: (I) Granitóides brasilianos (Ediacarano-Criogeniano), com idades modelo do Meso ao Paleoproterozoico; (II) Granitoides Cariris Velhos (Toniano), com idades modelo mesoproterozoicas; (III) Granitoides paleoproterozoicos do Domínio Pernambuco-Alagoas, com idades modelo do Neoarqueano ao Paleoproterozoico; (IV) Granitoides paleoproterozoicos do Núcleo Riacho Seco, com idades modelo arqueanas; (V) Granitoides arqueanos representadas pelas rochas do Complexo Entremontes; e (VI) granitoides do Cráton São Francisco exibindo idades modelo do Arqueano ao Paleoproterozoico. Neste trabalho também foram levantados dados de proveniência U-Pb no Domínio Pernambuco-Alagoas Oeste. Zircões detríticos variam desde o Arqueano ao Neoproterozóico: Três amostras do Complexo Cabrobó foram investigadas: (I) cordierita-sillimanita-cianita-turmalina-granada-biotita xisto, com maior população de zircões datando do Ediacarano e Criogeniano (zircão mais jovem com cerca de 550 Ma); (II) granada-biotita xisto, com população mais abundante datando do intervalo Toniano/Esteniano e menos abundante Criogeniano (idade mínima de zircão em ca. 643 Ma); e (III) turmalina-muscovita quartzito que contém zircões detríticos variando em idade entre 2,08 Ga e 1,58 Ga. Duas amostras do Complexo Metassedimentar de Riacho Seco foram analisadas: (I) biotita xisto com uma população mais abundante com idades entre 2,3 e 2,7 Ga (idade mínima de zircão com cerca de 2023 Ma) e (II) magnetita-biotita-muscovita quartzito, apresentando grãos de zircões detríticos com idades entre 1,9 e 2,7 Ga. Destacam-se entre os novos dados obtidos a idade paleoproterozoica do Complexo Gnáissico-migmatítico de Riacho Seco formado pela retrabalhamento de rochas arqueanas. A presença de inliers de embasamento Arqueano e Paleoproterozoico e um grande volume de granitoides Cariris Velhos no Domínio Pernambuco Alagoas Oeste. As rochas do Complexo Metassedimentar de Riacho Seco, cuja origem provavelmente relacionada com a erosão das rochas do Cráton do São Francisco. Podendo representar a exposição de uma bacia sedimentar Paleoproterozoica ou, alternativamente, representar uma sequencia de margem passiva Neoproterozoica, com os sedimentos originais sendo derivados da erosão das áreas cratônicas a sul. Minerais de monazita nas rochas estudadas apresentaram idades neoproterozicas indicando que o metamorfismo de alto grau teve lugar durante os últimos estágios do ciclo Brasiliano. / The Borborema Province is a Neoproterozoic orogen in northeastern Brazil, composed of a mosaic of terrains or tectonic domains delimited by faults. The Western Pernambuco-Alagoas Domain is a complex tectonic area in the southern part of the Province Borborema which borders the north edge of the São Francisco Craton. Data U-Pb and Sm-Nd in this work show that large volumes of granitic rocks of the Western Pernambuco-Alagoas Domain present various ages, related to different tectonic events. The Cariris Velhos Event, represented by Lobo (974±8 Ma) and Rocinha (956±2 Ma) orthogneisses; the Fulgencio Orthogneiss (1996±8 Ma), the Riacho Seco Gneissic-migmatitic Complex (1992±27 Ma) and the Entremontes Complex (2734±11 Ma) represents the Archean and Paleoproterozoic basement. Six groups of granitoids are recognized: (i) Brasiliano granitoids (Cryogenian-Ediacaran), with model ages of the Meso- Paleoproterozoic; (ii) Cariris Velhos granitoids (Tonian), with Mesoproterozoic model ages; (iii) Paleoproterozoic granitoids from Pernambuco-Alagoas Domain, with model ages of Neoarchean to Paleoproterozoic; (iv) Paleoproterozoic granitoids of Riacho Seco Nuclei, with Archean model ages; (v) Archean granitoid rocks represented by the Entremontes Complex; and (vi) granitoids of the São Francisco Craton showing model ages of Archean to Paleoproterozoic. This work also brings U-Pb provenance data from Western Pernambuco-Alagoas Domain rocks. Detrital zircons ranging from the Archean to Neoproterozoic ages: Three samples of Cabrobó Complex were investigated: (i) cordierite-sillimanite-kyanite-tourmaline-garnet-biotite schist, with the largest population of zircon dating of the Cryogenian/Ediacaran (youngest zircon with about 550 Ma), (ii) garnet-biotite schist, with more abundant population dating from Tonian/Stenian and less abundant Cryogenian (youngest zircon age of ca 640 Ma) and (iii) tourmaline-muscovite quartzite containing detrital zircons ranging in ages between 2.08 Ga and 1.58 Ga. Two samples from Riacho Seco Metasedimentary Complex were analyzed: (i) biotite schist with a more abundant population with ages between 2.3 and 2.7 Ga (youngest zircon age of about 2023 Ma) and (ii) magnetite-biotite muscovite-quartzite, showing zircons with ages between 1.9 and 2.7 Ga. Prominent among the new data obtained are Paleoproterozoic age from Riacho Seco Complex Gneissic-migmatitic formed by the reworking of Archean rocks. The presence of inliers from Archean and Paleoproterozoic basement. The large volume of Cariris Velhos granites on the domain. Metasedimentary rocks of the Riacho Seco Nuclei, whose origin probably related to the erosion of São Francisco Craton rocks. The exposure may represent a Paleoproterozoic sedimentary basin or alternatively, represent a sequence of Neoproterozoic passive margin, with the original sediment being derived from erosion of the cratonic areas to the south. Minerals of monazite in the rocks studied had neoproterozics ages indicating that the high-grade metamorphism took place during the latter stages of the Brasiliano cycle.
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A porção ocidental da faixa Alto Rio Grande: ensaio de evolução tectônica / Not available.

Mario da Costa Campos Neto 16 December 1991 (has links)
A Faixa Alto Rio Grande (FARG) é uma província tectônica Uruaçuana, do Proterozóico Médio, instalada sobre fragmentos de um microcontinente aglutinado em orógenos sucessivos no Arqueano e no Proterozóico lnferior. Foi intensamente retrabalhada na orogênese neoproterozóico Brasiliana, cujos terrenos foram a ela acrescidos, como os terrenos suspeitos da Nappe de Empurrão socorro-Guaxupé (NESG), quando do sistema de colagens da orogênese cambriana Rio Doce. Com uma abertura oceânica admitida há 1,7-1,8 Ga., iniciou-se o ciclo Uruaçuano, no qual a FARG correspondeu a evolução de um arco vulcano-grauváquico separado de uma margem continental passiva, na borda sul-sudoeste do Cráton do São Francisco (CSF). Em ambientes deposicionais dominados por processos de ressedimentação por fluxos gravitacionais de massa, grauvacas vulcanoclásticas de afinidades cálcio-alcalinas, associam-se a leques psamo-pelíticos distais. Controlados pela atividade vulcânica no arco e pela ascenção de um alto fundo que separou dois ambientes em um domínio de \"back arc\", esses depósitos (Sequência Deposicional Andrelândia) representaram o período de maior expansão das bacias. Transicionaram, através de uma série sedimentar condensada, a um estágio de convergência e de fechamento das bacias, que foram assoreadas por uma sequência psamítica progradacional ou regressiva (Sequência Deposicional ltapira). Plutonismo alcali-cálcico, de arco magmático maduro (Granito Gnaisses Taguar), podem representar as últimas manifestações identificadas no domínio do arco vulcânico. Depósitos psamíticos e subordinadamente pelito-carbonosos e pelito-carbonáticos, de um sistema deposicional costeiro (Sequência Deposicional Carrancas), foram transgressivos sobre restos de um estágio rifte precursor (Sequências Deposicionais Carandaí, Lenheiro e Tiradentes) na margem continental passiva. O substrato siálico antigo da FARG registrou a evolução de microplacas arqueanas, dominadas por uma sucessão de séries magmáticas cálcio-alcalinas. Foram marcadas por adelgaçamentos crustais e geração de bacias com extrusões máfico-ultramáficas de afinidades komatiíticas. Aglutinaram-se nas orogêneses do Proterozóico lnferior, organizadas de forma a constituir, na fragmentação e deriva Uruaçuana, domínios coerentes como substrato do arco vulcânico (Migmatitos Amparo com os Ortognaisses Serra Negra e Sequência Máfico-Ultramáfica Arcadas e o Complexo São Gonçalo do Sapucaí) e da margem passiva (Gnaisses Hellodora). Batolitos de uma série cálcio-alcalina (Suíte Serra de São Gonçalo o Ortognaisses Serra do Quiabeiro), deformados e metamorfisados, foram os últlmos registros, pós aglutinação, da história destes fragmentos crustais antigos. A colisão do arco vulcânico contra a margem continental passiva (sub-ciclo orogênico Taguar), registrado há 1,4 Ga., embricou, em um complexo sistema de cavalgamentos, lascas dos substratos antigos com as sequências deposicionais, transportando-os contra o CSF.. Esta pilha chegou a condições metamórficas no limite entre os graus médio-forte, materializando a foliação \'S IND.1\' nas supra-crustais. Estruturas relacionadas com outro evento colisional (sub-ciclo orogênico Andrelandiano) marcaram, há cerca de 1,1 Ga., o fim da evolução dos ambientes deposicionais Uruçuanos. O cisalhamento dúctil, dentro das lascas alóctones e no transporte retomado contra o CSF, levou ao empilhamento de nappes anticlinais, soterradas, no domínio ocidental interno da FARG, a condições de grau médio, zona de sillimanita, de um metamorfismo Barroviano materializado na foliação \'S IND.2\'. A esta dinâmica de placas opos-se, há 1,3 Ga., regimes de intenso adelgaçamento crustal, que foram precursores do espaço oceânico do ciclo tectônico Brasiliano. Uma longa evolução de um arco magmático tipo cordilherano e de natureza compressional, mantém registros até 650 Ma.. Um estágio orogênico colisional foi registrado em intenso imbricamento de distintos andares crustais, a partir dos granulitos inferiores, provavelmente descolados sob altas pressões. A ascenção e transporte, para NW do arco magmático da província Brasiliana, foi acompanhado de um metamorfismo de baixa pressão e anatexia das supracrustais. A FARG comportou-se como um orógeno transpressivo, ao longo de cinturões transcorrentes destrais, orientados E.NE-W.SW, oblíquos à compressão advinda da dinâmica do arco magmático e do fechamento do espaço oceânico na orogênese Brasiliana. Um dobramento assimétrico e inclinado para o interior das zonas em transpressão, ocorreu sob condições (grau fraco, zona da biotita) compatíveis com a establilização metamórfica nas zonas de cisalhamento. Seguiram-se domínios em transtensão, com a abertura de bacias lacustres (Formações pouso Alegre e Eleutério). A establilização da orogênese Brasliliana se deu há 585-600 Ma., com as séries plutônicas subalcalinas e do tipo-A, intrusivos no interior da NESG. Episódios orogênicos cambrianos, relacionados com a evolução de nova microplaca (a Orogênese Rio Doce), retomaram o campo de esforços anterior e acresceram a raiz do arco magmático brasliliano sobre FARG, como os terrenos suspeitos da NESG. Esses domínios tectônicos, agora justapostos, foram dobradas em estruturas anticlinoriais E.NE-W.SW, que admitiram uma clivagem e crenulagão e clivagem ardosiana como plano axial. O extremo ocidental da FARG foi redobrado na inflexão Bueno Brandão-Sapucaí, como uma mega-estrutura em bainha, devida ao avanço episódico da NESG para noroeste. Um regime compressivo, quase perpendicular, deixou os ultimos registros deformacionais. Um amplo dobramento N-S se superpôs aos anteriores e as zonas de cisalhamento verticais foram retomadas em tração (aquelas próximas a E-W), ou em transcorrência rúptil destral (aquelas a NE-SW). Essas deformações seguiram um magmatismo sienito-granítico restrito. No Ordoviciano lnferior o domínio da FARG e da NESG entrou em condições plataformais. / The Alto Rio Grande Belt (FARG) is a Middle Proterozoic Uruaçuano tectonic province thrust upon fragments of a microcontinent which came together in successive orogenies during the Archean and Early Proterozoic. lt was strongly reworked in the Late Proterozoic Brasiliano orogeny, whose terranes - the suspect terranes of the Socorro-Guaxupé Thrust Nappe (NESG) - were accreted to it during the Cambrian Rio Doce orogeny. The Uruaçuano cycle may have begun at 1.8-1.7 Ga by an oceanic opening and the FARG coresponds to the products of a graywacke-volcanic arc, separated from a passive continental margin in the south-southwest border of the São Francisco Craton (CSF). Cac-alkaline volcaniclastic graywackes are associated to distal psammo-pelitic fans in depositional environments dominated by gravity flow reworking processes. These deposits (Andrelândia Depositional Sequence) formed during the main basin expansion and were controlled by volcanic arc activity and by a rise which separated two environments in a back-arc domain. A condenses sedimentar series represent a transition to a convergent stage and during closure the basin was filled by a prograded or regressive psammitic sequence (ltapira Depositional Sequence). Alkali-calcic plutonism of a mature magmatic arc (Taguar granite gneisses) may represent the last identified manifestation of the volcanic arc domain. Psammitic and subordinately carbonaceous - and carbonatic-pelitic deposits, from a costal system (Carrancas Depositional Sequence), transgressed over remains of a precursor rift stage (Carandaí Lenheiro and Tiradentes Depostional Sequences) in the passive continental margin. The old sialic terranes of the FARG registered the evolution of Archean microplates dominated by a succession of calc-alkaline magmatic series. The microplates were marked by crustal thinning and generation of basins with komatiite-like mafic-ultramafic rocks. During the Early Proterozoic orogenies they were welded and during the Uruaçuano fragmentation and drift constituted coherent domains as both volcanic arc (Amparo Migmatites with Serra Negra Orthogneisses and Arcadas Mafic-Ultramafic Sequence and São Gonçalo do Sapucaí Complex) and passive margin (Heliodora Gneisses) basements. Deformed and metamorphosed calc-alkaline batholiths (Serra de São Gonçalo Suite and Serra do Quiabeiro Orthogneisses) were the last records of the post-welding history of these old crustal blocks. The collision of the volcanic arc with the passive continental margin (Taguar orogenic sub-cycle), registered at 1.4 Ga, pilled up slices of old basement and the depositional sequences in a complex thrust system and transported lt towards the CSF. This pile reached the limit between medium and high grade metamorphic conditions which promoted the \'S IND.1\' foliation in the supracrustais. Another collisional event (Andrelandiano orogenic sub-cycle), at about 1.1 Ga, is marked by related structures and marks the end of the Uruçuano depositional environment evolution. Ductile shearing in the allochthonous slices together with a new transport towards the CSF led to the pilling up of anticlinal nappes under medium grade, sillimanite zone, Barrovian type metamorphism related to the \'S IND.2\' foliation, in the western internal domain of the FARG. At 1.4 Ga, strong crustal thinning regimes which preceded the formation of oceanic basins of the Brasiliano tectonic cycle opposed the plate dynamics which acted previously. A long evolution of a cordilleran-type magmatic arc of compressional nature lasted up to 650 Ma. A collisional orogenic event was registered by tectonic stacking of distinct crustal segments, starting with the lowermost granulites which were probably decoupuled under high pressures. The upward movement and northwestward transport of the Brasiliano magmatic arc was followed by low pressure metamorphism and anatexis of the supracrustais. The FARG acted as a transpressive orogen along dextral transcurrent belts, ENE-WSW oriented, oblique to the compression of the magmatic arc dynamic phase and the direction of closing of the oceanic basin in the Brasiliano orogeny. Assymetric folding, tilted to the interio of the transpressive zones, occurred under low grade, biotite zone, metamorphic conditions compatible with metamorphic stabilization in the shear zones. Transtensive regimes followed with the opening of lacustrine basins (Pouso Alegre and Eleutério Formations). Stabilization of the Brasiliano orogeny occured at 585-600 Ma with A-type sub-alkaline plutonic series intrusive into the interior of the NESG. Cambrian orogenic episodes related to the evolution of a new microplate (the Rio Doce Orogeny) resume the earlier stress field and accreted the Brasiliano magmatic arc roots over the FARG, as the suspect terranes of the NESG. These tectonic domains, now juxtaposed, were folded in ENE-WSW anticlinorial structures which have axial plane cronulation and slaty cleavages. The westernmost portion of the FARG was refolded as a mega-sheath fold, in the Bueno Brandão-Sapucaí inflection, due to the northwestward episodic movement of the NESG. An almost perpendicular compressive regime is responsible for the last deformational records, a N-S open folding is superposed onto the earlier foldings and the vertical shear zones were reactivated in extensive regimes (the near E-W previous zones) or in dextral brittle transcurrency (the near NE-SW ones). These deformations followed a restricted syenite-granitic plutonism. In the Early Ordovician the FARG and NESG domain reached platformal conditions.

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