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Estudo dos polimorfismos C1236T, G2677T e C3435T do gene MDR1 em pacientes portadores de doenças inflamatórias intestinais / Study of C1236T, G2677T, C3435T MDR1 gene polymorphisms in patients with inflammatory bowel disease

Renata de Sá Brito Fróes 25 January 2013 (has links)
Estudos recentes têm avaliado a presença de polimorfismos do gene multidroga resistente 1 (MDR1), que codifica o transportador de membrana de efluxo chamado de P-glicoproteína, seu potencial papel na suscetibilidade das doenças inflamatórias intestinais (DII) e suas possíveis correlações com aspectos clínicos das DII. Dados conflitantes podem resultar da análise genética de populações distintas. Investigamos se os polimorfismos do gene MDR1 estão associados com as DII em população do sudeste do Brasil e suas possíveis correlações com fenótipos, atividade de doença, resposta ao tratamento e efeitos colaterais. Como métodos, a presente pesquisa trabalhou com 146 pacientes com Doença de Crohn (DC) e 90 com Retocolite Ulcerativa Idiopática (RCUI), que foram recrutados através de critérios diagnósticos estabelecidos. Os polimorfismos do MDR1 mais comumente descritos na literatura, C1236T, G2677T e C3435T, foram avaliados por PCR. As frequências genotípicas de pacientes com RCUI e DC foram analisadas na população de estudo. Associações de genótipo-fenótipo com características clínicas foram estabelecidas e riscos estimados para as mutações foram calculados. Nenhuma diferença significativa foi observada nas freqüências genotípicas para os polimorfismos G2677T/A e C3435T do MDR1 na DC ou na RCUI. O polimorfismo C1236T foi significativamente mais comum na DC do que na RCUI (p = 0,036). Na RCUI foram encontrados mais homens nos polimorfismos C1236T e G2677T no grupo de heterozigotos. Foram encontradas associações significativas entre o polimorfismo C3435T do gene MDR1 em pacientes com fenótipo estenosante na DC (OR: 3,16, p = 0,036), em oposição ao comportamento penetrante (OR: 0,31, p = 0,076). Na DC, associações positivas também foram encontradas entre o polimorfismo C3435T, à atividade moderada/severa da doença (OR: 3,54, p = 0,046), e à resistência / refratariedade ao corticosteróide (OR: 3,29, p = 0,043) nos homozigotos polimórficos. Nenhuma associação significativa foi encontrada entre os polimorfismos do MDR1 e categorias fenotípicas, atividade de doença ou resposta ao tratamento da RCUI. Em conclusão, os resultados do presente estudo sugerem que os polimorfismos do gene MDR1 poderiam estar implicados na susceptibilidade a DC e no seu fenótipo estenosante, como também estarem associados com uma resposta inadequada ao tratamento em um grupo de pacientes com DC. A forte relação com a DC suporta a existência de papéis adicionais para o MDR1 em mecanismos específicos subjacentes na patogênese da DC, como o controle da microbiota intestinal, mediação e regulação da fibrose. Além disso, compreender os efeitos de vários fármacos associados a estas variantes do MDR1 pode contribuir para a prescrição personalizada de regimes terapêuticos.
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Estudo dos polimorfismos C1236T, G2677T e C3435T do gene MDR1 em pacientes portadores de doenças inflamatórias intestinais / Study of C1236T, G2677T, C3435T MDR1 gene polymorphisms in patients with inflammatory bowel disease

Renata de Sá Brito Fróes 25 January 2013 (has links)
Estudos recentes têm avaliado a presença de polimorfismos do gene multidroga resistente 1 (MDR1), que codifica o transportador de membrana de efluxo chamado de P-glicoproteína, seu potencial papel na suscetibilidade das doenças inflamatórias intestinais (DII) e suas possíveis correlações com aspectos clínicos das DII. Dados conflitantes podem resultar da análise genética de populações distintas. Investigamos se os polimorfismos do gene MDR1 estão associados com as DII em população do sudeste do Brasil e suas possíveis correlações com fenótipos, atividade de doença, resposta ao tratamento e efeitos colaterais. Como métodos, a presente pesquisa trabalhou com 146 pacientes com Doença de Crohn (DC) e 90 com Retocolite Ulcerativa Idiopática (RCUI), que foram recrutados através de critérios diagnósticos estabelecidos. Os polimorfismos do MDR1 mais comumente descritos na literatura, C1236T, G2677T e C3435T, foram avaliados por PCR. As frequências genotípicas de pacientes com RCUI e DC foram analisadas na população de estudo. Associações de genótipo-fenótipo com características clínicas foram estabelecidas e riscos estimados para as mutações foram calculados. Nenhuma diferença significativa foi observada nas freqüências genotípicas para os polimorfismos G2677T/A e C3435T do MDR1 na DC ou na RCUI. O polimorfismo C1236T foi significativamente mais comum na DC do que na RCUI (p = 0,036). Na RCUI foram encontrados mais homens nos polimorfismos C1236T e G2677T no grupo de heterozigotos. Foram encontradas associações significativas entre o polimorfismo C3435T do gene MDR1 em pacientes com fenótipo estenosante na DC (OR: 3,16, p = 0,036), em oposição ao comportamento penetrante (OR: 0,31, p = 0,076). Na DC, associações positivas também foram encontradas entre o polimorfismo C3435T, à atividade moderada/severa da doença (OR: 3,54, p = 0,046), e à resistência / refratariedade ao corticosteróide (OR: 3,29, p = 0,043) nos homozigotos polimórficos. Nenhuma associação significativa foi encontrada entre os polimorfismos do MDR1 e categorias fenotípicas, atividade de doença ou resposta ao tratamento da RCUI. Em conclusão, os resultados do presente estudo sugerem que os polimorfismos do gene MDR1 poderiam estar implicados na susceptibilidade a DC e no seu fenótipo estenosante, como também estarem associados com uma resposta inadequada ao tratamento em um grupo de pacientes com DC. A forte relação com a DC suporta a existência de papéis adicionais para o MDR1 em mecanismos específicos subjacentes na patogênese da DC, como o controle da microbiota intestinal, mediação e regulação da fibrose. Além disso, compreender os efeitos de vários fármacos associados a estas variantes do MDR1 pode contribuir para a prescrição personalizada de regimes terapêuticos.
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Detecção da expressão dos genes associados à resistência múltipla à droga, OCT1 e MDR1 e do gene BCL2 em linfoma difuso de grandes células B\" / Detection of the expression of genes associated with multiple drug resistance, OCT-1 and MDR-1 and BCL-2 gene in diffuse large B-cell lymphoma

Gouveia, Gisele Rodrigues 15 February 2017 (has links)
O linfoma difuso de grandes células B (LDGCB) é o subtipo de linfoma mais comum em países em desenvolvimento. Entretanto, apesar de sua prevalência e importância, ainda existem poucas publicações com dados epidemiológicos para a população brasileira. Conhecer os fatores de prognóstico é imperativo para identificar os pacientes que responderão melhor ao tratamento, além de permitir sua individualização terapêutica. Alguns estudos demonstraram que pacientes com o mesmo Índice Internacional de Prognóstico (IPI) podem apresentar diferentes sobrevidas, justificando a necessidade de identificar novos marcadores biológicos de prognóstico. O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto prognóstico da expressão dos genes BCL2, MDR1 e OCT1, de suas respectivas proteínas e da translocação t(14;18), nos desfechos de resposta completa (RC), sobrevida global (SG), sobrevida livre de doença (SLD) e sobrevida livre de progressão (SLP) em pacientes com LDGCB. Foram avaliados de forma retrospectiva 98 pacientes com LDGCB de novo tratados com R-CHOP. A expressão gênica foi avaliada por PCR em Tempo Real com RNA extraído de amostras parafinadas. A expressão proteica foi avaliada pelo método de imuno-histoquímica. A mediana de idade foi de 54,5 anos e 49 pacientes (50%) eram do sexo masculino. Sessenta e quatro pacientes (85,3%) obtiveram RC, com uma mediana de acompanhamento de 2,66 anos. A expressão mediana de BCL2, MDR1 e OCT1 foi 6,27; 0 e 24,49, respectivamente. Não encontramos impacto prognóstico da expressão do gene BCL2 na RC (p=0,277), SG (p=0,068) e SLD (p=0,860). Porém, a expressão de BCL2 >= à mediana associou-se à menor SLP (p=0,040). Encontramos associação entre expressão do gene OCT1 >= à mediana e pior prognóstico para SG (p=0,010) e SLP (p=0,016). Porém, não observamos impacto prognóstico da expressão de OCT1 para RC (p=0,464) e SLD (p=0,717). Não houve associação entre expressão do gene MDR1 e das proteínas BCL-2, Pg-p e OCT-1 com o prognóstico dos pacientes em relação à RC, SG, SLD e SLP. O número de sítios extralinfonodais (p=0,004 e p=0,005), estádio clínico (p < 0,001 para ambas), IPI (p < 0,001 para ambas) e nível de DHL (p=0,010 e p=0,008) apresentaram impacto prognóstico na SG e SLP, respectivamente. Quando os pacientes foram estratificados pelo estádio, IPI e idade, o grupo com expressão de OCT1 >= à mediana e IPI intermediário-alto ou alto risco apresentou pior SG (p=0,048) e o grupo com idade >= 60 anos e expressão de OCT1 >= à mediana apresentou pior prognóstico para SG e SLP (p=0,025 para ambas). Em conclusão, a expressão de MDR1 não apresentou impacto no prognóstico de portadores de LDGCB, porém, a expressão do gene BCL2 >= à mediana foi associada a menor SLP. Além disso, a hiperexpressão de OCT1 apresentou valor preditivo de prognóstico para a SG e SLP em pacientes com LDGCB tratados com R-CHOP / The diffuse large B-cell lymphoma (DLBCL) is the most common lymphoma subtype in developing countries. However, despite its prevalence and importance, there are still few publications showing the epidemiological data of the Brazilian population. Knowing the prognostic factors is imperative to identify patients supposed to better respond to treatment, as well as to allow their therapeutic individualization. Some studies have shown that patients with the same International Prognostic Index (IPI) may present different survival rates, thus justifying the need to identify new prognosis biomarkers. The aim of this study was to assess the prognostic impact of the genes BCL2, MDR1 and OCT1 and their respective proteins and t (14; 18) translocation on the complete response (CR), overall survival (OS), disease-free survival (DFS) and progression-free survival (PFS) of patients with DLBCL. We retrospectively assessed 98 patients with de novo DLBCL treated with R-CHOP. The gene expression was assessed through real-time PCR using RNA extracted from paraffin samples. The protein expression was assessed through the immunohistochemistry method. The median age was 54.5 years; 49 patients (50%) were men. Sixty-four patients (85.3%) had CR and median follow-up 2.66 years. The median expression of BCL2, MDR1 and OCT1 was 6.27; 0 and 24.49, respectively. We did not find the prognostic impact of the BCL2 gene expression on CR (p = 0.277), OS (p = 0.068) and on DFS (p = 0.860). However, the expression of BCL2 >= the median was associated with the lower PFS (p = 0.040). We found association between OCT1 gene expression >= the median and worse prognosis for OS (p = 0.010) and PFS (p = 0.016). However, we did not find the prognostic impact of OCT1 expression on CR (p = 0.464) and DFS (p = 0.717). There was no association between the MDR1 gene expression and the BCL-2, Pg-p and OCT-1 proteins, and the patients\' prognosis regarding CR, OS, DFS and PFS. The number of extranodal sites (p = 0.004 and p = 0.005), the clinical status (p <0.001 for both), the IPI (p < 0.001 for both) and DHL levels (p = 0.010 and p = 0.008) presented PFS, respectively. When the patients were stratified by stage, IPI and age, the group with OCT1 expression at the median and intermediate-to-high or high-risk IPI had worse OS results (p = 0.048) and the patients in the age group >= 60 years and expression of OCT1 >= the median presented worse prognosis for OS and PFS (p = 0.025 for both). Therefore, the MDR1 expression had no impact on the prognosis of DLBCL carriers. However, the expression of the BCL2 gene >= the median was associated with lower PFS. In addition, the OCT1 hyperexpression presented a predictive prognosis value for OS and PFS in patients with DLBCL treated with R-CHOP
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Detecção da expressão dos genes associados à resistência múltipla à droga, OCT1 e MDR1 e do gene BCL2 em linfoma difuso de grandes células B\" / Detection of the expression of genes associated with multiple drug resistance, OCT-1 and MDR-1 and BCL-2 gene in diffuse large B-cell lymphoma

Gisele Rodrigues Gouveia 15 February 2017 (has links)
O linfoma difuso de grandes células B (LDGCB) é o subtipo de linfoma mais comum em países em desenvolvimento. Entretanto, apesar de sua prevalência e importância, ainda existem poucas publicações com dados epidemiológicos para a população brasileira. Conhecer os fatores de prognóstico é imperativo para identificar os pacientes que responderão melhor ao tratamento, além de permitir sua individualização terapêutica. Alguns estudos demonstraram que pacientes com o mesmo Índice Internacional de Prognóstico (IPI) podem apresentar diferentes sobrevidas, justificando a necessidade de identificar novos marcadores biológicos de prognóstico. O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto prognóstico da expressão dos genes BCL2, MDR1 e OCT1, de suas respectivas proteínas e da translocação t(14;18), nos desfechos de resposta completa (RC), sobrevida global (SG), sobrevida livre de doença (SLD) e sobrevida livre de progressão (SLP) em pacientes com LDGCB. Foram avaliados de forma retrospectiva 98 pacientes com LDGCB de novo tratados com R-CHOP. A expressão gênica foi avaliada por PCR em Tempo Real com RNA extraído de amostras parafinadas. A expressão proteica foi avaliada pelo método de imuno-histoquímica. A mediana de idade foi de 54,5 anos e 49 pacientes (50%) eram do sexo masculino. Sessenta e quatro pacientes (85,3%) obtiveram RC, com uma mediana de acompanhamento de 2,66 anos. A expressão mediana de BCL2, MDR1 e OCT1 foi 6,27; 0 e 24,49, respectivamente. Não encontramos impacto prognóstico da expressão do gene BCL2 na RC (p=0,277), SG (p=0,068) e SLD (p=0,860). Porém, a expressão de BCL2 >= à mediana associou-se à menor SLP (p=0,040). Encontramos associação entre expressão do gene OCT1 >= à mediana e pior prognóstico para SG (p=0,010) e SLP (p=0,016). Porém, não observamos impacto prognóstico da expressão de OCT1 para RC (p=0,464) e SLD (p=0,717). Não houve associação entre expressão do gene MDR1 e das proteínas BCL-2, Pg-p e OCT-1 com o prognóstico dos pacientes em relação à RC, SG, SLD e SLP. O número de sítios extralinfonodais (p=0,004 e p=0,005), estádio clínico (p < 0,001 para ambas), IPI (p < 0,001 para ambas) e nível de DHL (p=0,010 e p=0,008) apresentaram impacto prognóstico na SG e SLP, respectivamente. Quando os pacientes foram estratificados pelo estádio, IPI e idade, o grupo com expressão de OCT1 >= à mediana e IPI intermediário-alto ou alto risco apresentou pior SG (p=0,048) e o grupo com idade >= 60 anos e expressão de OCT1 >= à mediana apresentou pior prognóstico para SG e SLP (p=0,025 para ambas). Em conclusão, a expressão de MDR1 não apresentou impacto no prognóstico de portadores de LDGCB, porém, a expressão do gene BCL2 >= à mediana foi associada a menor SLP. Além disso, a hiperexpressão de OCT1 apresentou valor preditivo de prognóstico para a SG e SLP em pacientes com LDGCB tratados com R-CHOP / The diffuse large B-cell lymphoma (DLBCL) is the most common lymphoma subtype in developing countries. However, despite its prevalence and importance, there are still few publications showing the epidemiological data of the Brazilian population. Knowing the prognostic factors is imperative to identify patients supposed to better respond to treatment, as well as to allow their therapeutic individualization. Some studies have shown that patients with the same International Prognostic Index (IPI) may present different survival rates, thus justifying the need to identify new prognosis biomarkers. The aim of this study was to assess the prognostic impact of the genes BCL2, MDR1 and OCT1 and their respective proteins and t (14; 18) translocation on the complete response (CR), overall survival (OS), disease-free survival (DFS) and progression-free survival (PFS) of patients with DLBCL. We retrospectively assessed 98 patients with de novo DLBCL treated with R-CHOP. The gene expression was assessed through real-time PCR using RNA extracted from paraffin samples. The protein expression was assessed through the immunohistochemistry method. The median age was 54.5 years; 49 patients (50%) were men. Sixty-four patients (85.3%) had CR and median follow-up 2.66 years. The median expression of BCL2, MDR1 and OCT1 was 6.27; 0 and 24.49, respectively. We did not find the prognostic impact of the BCL2 gene expression on CR (p = 0.277), OS (p = 0.068) and on DFS (p = 0.860). However, the expression of BCL2 >= the median was associated with the lower PFS (p = 0.040). We found association between OCT1 gene expression >= the median and worse prognosis for OS (p = 0.010) and PFS (p = 0.016). However, we did not find the prognostic impact of OCT1 expression on CR (p = 0.464) and DFS (p = 0.717). There was no association between the MDR1 gene expression and the BCL-2, Pg-p and OCT-1 proteins, and the patients\' prognosis regarding CR, OS, DFS and PFS. The number of extranodal sites (p = 0.004 and p = 0.005), the clinical status (p <0.001 for both), the IPI (p < 0.001 for both) and DHL levels (p = 0.010 and p = 0.008) presented PFS, respectively. When the patients were stratified by stage, IPI and age, the group with OCT1 expression at the median and intermediate-to-high or high-risk IPI had worse OS results (p = 0.048) and the patients in the age group >= 60 years and expression of OCT1 >= the median presented worse prognosis for OS and PFS (p = 0.025 for both). Therefore, the MDR1 expression had no impact on the prognosis of DLBCL carriers. However, the expression of the BCL2 gene >= the median was associated with lower PFS. In addition, the OCT1 hyperexpression presented a predictive prognosis value for OS and PFS in patients with DLBCL treated with R-CHOP

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