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A inflexibilidade do espaço cartográfico, uma questão para a geografia: análise das discussões sobre o papel da cartografia / The inflexibility of space cartography, a matter for the geography: analysis of the discussions on the role of cartography

Fonseca, Fernanda Padovesi 09 September 2004 (has links)
Esta é uma das questões-chave da pesquisa: haveria um consenso que a Cartografia é a linguagem ideal para a expressão da Geografia? O que poderia ser uma óbvia resposta positiva, não o é. Não vivemos em um tempo no qual parece haver uma subtilização da Cartografia pela Geografia? Não estaríamos perdendo esse recurso sem que houvesse reação? Mas, qualquer Cartografia serve à Geografia? A verificação de qual Cartografia serviria à Geografia, um objetivo desse trabalho, leva em consideração a movimentação teórica no interior da disciplina que pode ser qualificada como de renovação. Nossa preocupação fica mais completamente expressa da seguinte maneira: haveria um desenvolvimento da Cartografia em consonância com a renovação da Geografia? Na pesquisa, inicialmente, verificamos se algumas transformações da Geografia escolar, em tese influenciadas pela renovação da Geografia, teriam alcançado a Cartografia escolar. Afinal, o segmento de renovação da Geografia que assume um viés mais epistemológico assumiu a reconstrução teórica do conceito de espaço geográfico, o que seguramente traria conseqüências para a representação cartográfica. Nesse sentido, constatamos uma ausência de novidade no campo da Geografia escolar e na Cartografia que se pratica, o que nos obrigou a dirigir nosso olhar para outros aspectos da relação Cartografia e Geografia, no mundo acadêmico, ambiente em que a renovação da Geografia estaria se desenvolvendo. Na produção acadêmica, igualmente, após análise crítica exaustiva, se constatou pouca discussão sobre a relação Cartografia e Geografia, sobre a renovação da Geografia e sobre a epistemologia da Cartografia nos trabalhos acadêmicos brasileiros. E uma adesão quase que inconsciente a uma Cartografia naturalizada, tratada como um veículo enrijecido sobre bases imutáveis. Conseqüentemente, revelam-se lacunas referentes às reflexões sobre representação e linguagem e o papel dessas na produção do conhecimento geográfico que se renova. Que elaborações, gêneros de discussão e reflexões a Cartografia em Geografia deveria considerar? O que há para atualizar nos campos em que houve novas aquisições teóricas, tal como o das reflexões sobre linguagens? Que considerações teóricas podem ser produtivas na investigação de caminhos para a constituição de uma Cartografia geográfica, que represente o espaço geográfico entendido como dimensão do social, tal como propugna a Geografia renovada? Para se responder essas questões, exige-se algum empenho em Cartografia teórica, campo no qual esse trabalho pretendeu dar uma contribuição. / Is there a consensus that Cartography is the ideal language to express Geography? This is one of the key issues of our research. However, what might deserve an obvious affirmative answer, actually does not. Are we not living in a time when Cartography seems to be subtilized by Geography? Are we not losing this resource without putting up a struggle? On the other hand, does any Cartography at all avail Geography? Ascertaining which Cartography might avail Geography, one of the aims of this paper, must take into account the theoretical movements within this discipline - movements that might be deemed a concerted effort of renewal. Perhaps our concern is better expressed as follows: Are there developments in Cartography that are consonant with the renewal of Geography? Our study initially examines if certain changes in school Geography (which, in principle, should be affected by Geography\'s renewal) have succeeded in reaching school Cartography. Indeed, the more epistemological segment of Geography\'s renewal has taken on the theoretical reconstruction of the concept of geographic space - with inevitable consequences on cartographic representations. However, we have found an absence of novelty in the realm of school Geography and of hands-on Cartography. This led us to seek other aspects of the relationship between Cartography and Geography in the academic world, the setting where Geography\'s renewal is supposedly taking place. After exhaustive critical analysis, we have likewise found in academic production only sparse discussion on the relationship between Cartography and Geography, on the renewal of Geography and on the epistemology of Cartography in Brazilian academic papers. Furthermore, we have observed an almost unconscious adherence to a naturalized sort of Cartography, seen as a rigid medium set on immutable bases. Consequently, there are certain gaps in the current thinking on representation and language - and on their role in producing renewed geographic knowledge. What sort of cogitation, what kind of discussion and reflection should Cartography as part of Geography consider? What must be brought up to date in the fields (e.g., that of reflections on languages) where new theoretical acquisitions have occurred? What theoretical considerations might be useful in investigating ways to establish a geographic Cartography that represents geographic space understood as a dimension of the social sphere - as propounded by Geography\'s renewal? To answer such questions, a certain effort in theoretical Cartography is required, the field in which this paper hopes to make a contribution.
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A inflexibilidade do espaço cartográfico, uma questão para a geografia: análise das discussões sobre o papel da cartografia / The inflexibility of space cartography, a matter for the geography: analysis of the discussions on the role of cartography

Fernanda Padovesi Fonseca 09 September 2004 (has links)
Esta é uma das questões-chave da pesquisa: haveria um consenso que a Cartografia é a linguagem ideal para a expressão da Geografia? O que poderia ser uma óbvia resposta positiva, não o é. Não vivemos em um tempo no qual parece haver uma subtilização da Cartografia pela Geografia? Não estaríamos perdendo esse recurso sem que houvesse reação? Mas, qualquer Cartografia serve à Geografia? A verificação de qual Cartografia serviria à Geografia, um objetivo desse trabalho, leva em consideração a movimentação teórica no interior da disciplina que pode ser qualificada como de renovação. Nossa preocupação fica mais completamente expressa da seguinte maneira: haveria um desenvolvimento da Cartografia em consonância com a renovação da Geografia? Na pesquisa, inicialmente, verificamos se algumas transformações da Geografia escolar, em tese influenciadas pela renovação da Geografia, teriam alcançado a Cartografia escolar. Afinal, o segmento de renovação da Geografia que assume um viés mais epistemológico assumiu a reconstrução teórica do conceito de espaço geográfico, o que seguramente traria conseqüências para a representação cartográfica. Nesse sentido, constatamos uma ausência de novidade no campo da Geografia escolar e na Cartografia que se pratica, o que nos obrigou a dirigir nosso olhar para outros aspectos da relação Cartografia e Geografia, no mundo acadêmico, ambiente em que a renovação da Geografia estaria se desenvolvendo. Na produção acadêmica, igualmente, após análise crítica exaustiva, se constatou pouca discussão sobre a relação Cartografia e Geografia, sobre a renovação da Geografia e sobre a epistemologia da Cartografia nos trabalhos acadêmicos brasileiros. E uma adesão quase que inconsciente a uma Cartografia naturalizada, tratada como um veículo enrijecido sobre bases imutáveis. Conseqüentemente, revelam-se lacunas referentes às reflexões sobre representação e linguagem e o papel dessas na produção do conhecimento geográfico que se renova. Que elaborações, gêneros de discussão e reflexões a Cartografia em Geografia deveria considerar? O que há para atualizar nos campos em que houve novas aquisições teóricas, tal como o das reflexões sobre linguagens? Que considerações teóricas podem ser produtivas na investigação de caminhos para a constituição de uma Cartografia geográfica, que represente o espaço geográfico entendido como dimensão do social, tal como propugna a Geografia renovada? Para se responder essas questões, exige-se algum empenho em Cartografia teórica, campo no qual esse trabalho pretendeu dar uma contribuição. / Is there a consensus that Cartography is the ideal language to express Geography? This is one of the key issues of our research. However, what might deserve an obvious affirmative answer, actually does not. Are we not living in a time when Cartography seems to be subtilized by Geography? Are we not losing this resource without putting up a struggle? On the other hand, does any Cartography at all avail Geography? Ascertaining which Cartography might avail Geography, one of the aims of this paper, must take into account the theoretical movements within this discipline - movements that might be deemed a concerted effort of renewal. Perhaps our concern is better expressed as follows: Are there developments in Cartography that are consonant with the renewal of Geography? Our study initially examines if certain changes in school Geography (which, in principle, should be affected by Geography\'s renewal) have succeeded in reaching school Cartography. Indeed, the more epistemological segment of Geography\'s renewal has taken on the theoretical reconstruction of the concept of geographic space - with inevitable consequences on cartographic representations. However, we have found an absence of novelty in the realm of school Geography and of hands-on Cartography. This led us to seek other aspects of the relationship between Cartography and Geography in the academic world, the setting where Geography\'s renewal is supposedly taking place. After exhaustive critical analysis, we have likewise found in academic production only sparse discussion on the relationship between Cartography and Geography, on the renewal of Geography and on the epistemology of Cartography in Brazilian academic papers. Furthermore, we have observed an almost unconscious adherence to a naturalized sort of Cartography, seen as a rigid medium set on immutable bases. Consequently, there are certain gaps in the current thinking on representation and language - and on their role in producing renewed geographic knowledge. What sort of cogitation, what kind of discussion and reflection should Cartography as part of Geography consider? What must be brought up to date in the fields (e.g., that of reflections on languages) where new theoretical acquisitions have occurred? What theoretical considerations might be useful in investigating ways to establish a geographic Cartography that represents geographic space understood as a dimension of the social sphere - as propounded by Geography\'s renewal? To answer such questions, a certain effort in theoretical Cartography is required, the field in which this paper hopes to make a contribution.

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