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Geografia, militância e marxismo: a trajetória de Horieste Gomes e sua participação no Movimento de Renovação da Geografia Brasileira / Geography, activism and marxismo: the course of Horieste Gomes and his participation in the Brasilian Geography Renewal Movement

Freitas, Weder David de 29 September 2014 (has links)
Submitted by Erika Demachki (erikademachki@gmail.com) on 2015-02-06T19:52:11Z No. of bitstreams: 2 Tese - Weder David de Freitas - 2014.pdf: 7192806 bytes, checksum: 3b4291ec3f9c8fe18a398eaab3e7b0fa (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Approved for entry into archive by Erika Demachki (erikademachki@gmail.com) on 2015-02-06T19:52:26Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Tese - Weder David de Freitas - 2014.pdf: 7192806 bytes, checksum: 3b4291ec3f9c8fe18a398eaab3e7b0fa (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-02-06T19:52:26Z (GMT). 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In Brazilian Geography, in the 1960s, 1970s and 1980s, there was a meeting between these two factors, providing a moment of epistemological rupture and the formation of a new geographical science conception. This meeting enabled a reinterpretation of Geography and its social function, both in the social context, particularly the military dictatorship actions, and the politicalacademic setting, with the possibility of a pure Marxist reading, with no interference. However, to go only to the original Marxism in a political framework developer was not enough. There was a difficult task to be done: join Marxist theory to geographical science. How could that be, since Geography traditionally dealt better with physical aspects than with humans? How to include Marxism in a science that for several years, had only as a method the description? These issues, although secondary in this research, are a difficult mission to the authors, who are the protagonists of Geography Renewal Movement, as Horieste Gomes, with a clearly Leninist conception, he can solve in their own way, all of these problems. First by understanding that the scientific neutrality should not exist for this geographical thinking, which means that the researcher must adhere the worker group, carry out a research focusing on this concept. With this argument, he strongly criticizes the previous currents, Traditional and Quantitative Geography. It is also possible to understand that the geographer can contribute to the formation of a society with transformative consciousness, so, to adopt a dialectical and historical materialism is what best contributes to this process. So, this method is the only one that is able to provide a totalizing and emancipatory analysis. From this point of view, he makes his considerations about geographical knowledge with no dichotomy between Physical and Human Geography. To understand that there is a relationship between human and that it is mediated through work and to understand this, from the historical and dialectical materialism, it is possible to realize that nature is historicized and that man is naturalize, as this relationships gets narrow. Finally, he clarifies that only the socialist mode of production is able to harmonize the relationship between human and nature, since this perspective, nature would not be seen only as a resource and the socialization of contemplation could generate a environmental consciousness. / Esse trabalho tem como objetivo entender a participação do professor Horieste Gomes no Movimento de Renovação da Geografia Brasileira. Para tanto, lançamos mão do método da abordagem contextual proposto por Berdoulay ([1981] 2003) para subsidiar nossa pesquisa. Ao se pautar nessa perspectiva metodológica, investigamos o desenvolvimento da Geografia, em especial, a chamada Geografia Crítica e a participação de Horieste Gomes no Movimento de Renovação. Entendemos que a ciência se desenvolve a partir de dois fatores importantes: o primeiro é o contexto social, em que está presente e o segundo são as bases teórico-metodológicas que vão alicerçar o pensamento científico. Na Geografia brasileira, nas décadas de 1960, 1970 e 1980, houve o encontro entre esses dois fatores, propiciando um momento de ruptura epistemológica e a formação de uma nova concepção de ciência geográfica. Este encontro possibilitou uma releitura da Geografia e de sua função social, tanto no contexto social, notadamente pelas ações da ditadura militar, como no cenário político-acadêmico, com a possibilidade de uma leitura marxista na fonte – sem intermediações. Todavia, somente ir aos originais do marxismo dentro de um quadro político revelador, não foi o suficiente. Havia a necessidade de realizar uma difícil tarefa: casar a teoria marxista com a ciência geográfica. De que modo isso poderia ocorrer, já que tradicionalmente a Geografia lidou melhor com os aspectos físicos do que com os humanos? Como incorporar o marxismo numa ciência que, por vários anos, tinha como método apenas a descrição? Essas questões, apesar de secundárias nesta pesquisa, dão o tom da difícil missão dos autores, que são protagonistas do Movimento de Renovação da Geografia, como é o caso de Horieste Gomes. Ele, com uma concepção claramente leninista, consegue resolver, de seu modo, todos esses problemas. Primeiro pelo entendimento de que a neutralidade científica não deve existir para essa corrente do pensamento geográfico, isto é, o pesquisador deve tomar partido pela classe trabalhadora, realizar sua pesquisa com enfoque nessa concepção. Com esse argumento, critica veementemente as correntes anteriores, a Geografia Tradicional e a Quantitativa. Também entende que o geógrafo pode contribuir para a formação de uma consciência transformadora da sociedade, por isso, a adoção do materialismo histórico e dialético é o que melhor contribui para tal processo. Pois, este é o único método capaz de produzir uma análise totalizante e emancipadora. A partir deste ponto de vista, faz suas considerações acerca do conhecimento geográfico sem que haja a dicotomia entre a Geografia Física e a Humana. Compreende que há uma relação entre o homem e a natureza mediada pelo trabalho e que ao entender esta, a partir do materialismo histórico e dialético, percebe que a natureza é historicizada e o homem é naturalizado, conforme ela se estreita. Por fim, esclarece que somente o modo de produção socialista é capaz de harmonizar a relação entre homem e natureza, visto que nessa perspectiva, a natureza não seria vista apenas como recurso e a socialização de sua contemplação poderia gerar uma consciência socioambiental.

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