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Evolução estratigráfica e paleogeográfica da sequência de deglaciação eopermiana do grupo Itararé, nordeste da Bacia do ParanáMottin, Thammy Ellin January 2017 (has links)
Orientador : Dr. Fernando Farias Vesely / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Terra, Programa de Pós-Graduação em Geologia. Defesa: Curitiba, 18/04/2017 / Inclui referências : f. 97-114 / Área de concentração: Geologia exploratória / Resumo: O intervalo superior do Grupo Itararé no leste da Bacia do Paraná contém o registro do final da glaciação Neopaleozoica, marcada na região de Ibaiti-PR, por espessa sucessão dominada por diamictitos. Palinomorfos característicos da zona de intervalo Vittatina costabilis, subzona Protohaploxypinus goraiensis foram identificados em litotipos lamosos e permitiram atribuir idade Eopermiana (Asseliana-Sakmariana) para a parte superior do Grupo Itararé nesta região da bacia. Através da análise faciológica e mapeamento geológico, foram identificadas cinco unidades geneticamente relacionadas, que denotam diferentes graus de influência glacial e são denominadas da base para o topo, como: (1) Leques subaquosos de outwash, compreendendo conglomerados, arenitos bem a mal selecionados, lamitos e diamictitos, (2) Depósitos de transporte em massa inferiores, representados por diamictitos maciços ou com evidências de deformação penecontemporânea, (3) Frente deltaica influenciada por maré, contendo ritmitos e arenitos com acamamento flaser, (4) Planície deltaica influenciada por maré, essencialmente constituída por arenitos e conglomerados e (5) Depósitos de transporte em massa superiores, representados por diamictitos maciços e com blocos alóctones. O reconhecimento do arranjo vertical das associações de fácies e a correlação com perfis raios-gama de subsuperfície permitiram estabelecer padrões deposicionais bem definidos no topo do Grupo Itararé, que se estendem para o interior da Bacia nas direções oeste e sudoeste. Dessa forma, foram interpretados dois episódios de avanço de margens glaciais para o interior da bacia marinha e o posterior recuo, marcados pela colocação de dois níveis de diamictitos. O ambiente marinho é corroborado pela assembleia palinológica característica desse ambiente, representada principalmente por algas da classe Prasinophyceae e acritarcos. Ambos os intervalos de deposição de diamictito envolveram processos de transporte em massa de depósitos anteriormente formados e sedimentos fornecidos pelas geleiras, e que provavelmente foram disparados pelo efeito do rebound isostático decorrente do recuo glacial. A análise de paleocorrentes em depósitos de outwash e deltaicos, aliada ao estudo da cinemática de deformações penecontemporâneas de diamictitos, permitiu estabelecer um padrão de paleofluxo principal para sudoeste, o que implica em uma área fonte glacial situada a nordeste da área de estudo. Este padrão de paleotransporte diverge do estabelecido para os níveis inferiores do Grupo Itararé e provavelmente é explicado por um centro glacial que não as Terras Altas de Windhoek (sudeste da África). Palavras chaves: Era glacial Neopaleozoica; paleogeografia; depósitos de transporte em massa; estratigrafia glacial. / Abstract: The uppermost interval of the Itararé Group in the eastern Paraná Basin record the final stages of the Late Paleozoic Ice Age and, in the Ibaiti region, is marked by a diamictite-bearing succession. Characteristic palinomorphs of the Vittatina costabilis interval zone, Protohaploxypinus goraiensis subzone were identified in muddy lithotypes and allowed to establish an early Permian (Asselian - Sakmarian) age to the upper Itararé Group in this part of the basin. Through facies analysis and geological mapping, five genetically related units were identified, which denote variable degrees of glacial influence and are named, from base to top, as: (1) Subaqueous outwash deposits that encompass conglomerates, poorly- to well-sorted sandstones, mudstones and diamictites, (2) Lower mass-transport deposits, represented by massive and deformed diamictites, (3) Tide-influenced delta front, consisting of rhythmites and flaser-bedded sandstones, (4) Tide-influenced delta plain, essentially constituted by sandstones and conglomerates and (5) Upper mass-transport deposits, containing massive diamictites and diamictites with allochthonous blocks. The recognition of the vertical stacking of facies and facies associations and its correlation to subsurface gamma-ray profiles allowed the determination of well defined depositional trends in the top of the Itararé Group, that extend both westwards and southeastwards. Therefore, two episodes of ice margin advances onto a marine basin were interpreted, each marked by an event of mass-transport deposit (MTD) emplacement. The determination of a marine environment is corroborated by the palynological assemblage, mainly due to the presence of algae of the Prasinophyceae class (e.g. Tasmanites sp.) and acritarchs (e.g. Deusilites sp.). Both events of MTD deposition involved mass-transport process of previously accumulated deposits and glacially-derived debris and were probably triggered by the isostatic rebound effects associated with the ice margins retreat. Paleocurrent analysis on outwash and deltaic deposits combined with kinematic analysis of penecontemporaneous deformations in diamictites indicated a main southwestwards paleoflow, which implies a glacial source located northeast of the study area. This paleotransport pattern diverges from the established for the lower levels of the Itararé Group and should be explained by an ice-spreading center different from the Windhoek highlands (southeastern Africa). Keywords: Late Paleozoic Ice Age, paleogeography, mass-transport deposits, glacial stratigraphy
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