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Determinações potássio-argônio em rochas localizadas próximas ou no litoral norte do estado de São Paulo / Not available

Bruno Minioli 01 March 1969 (has links)
A análise radiométrica de 36 amostras pelo método K-Ar de rochas localizadas ou próximas do litoral norte do Estado de São Paulo é aqui representada. O trabalho se baseou, principalmente, nasdeterminações em minerais de rochas graníticas, metamórficas e em rocha total de diques básicos, pertencentes à chamada faixa orogênica (cinturão) Paraíba, que se estende ao longo da costa oriental do Brasil. Foram efetuadas determinações em 24 minerais, havendo acentuada preferência nas análises em biotita, por apresentar esse mineral maior retentividade de Ar entre os minerais disponíveis e por ser bastante difundido na litologia da região. Nas rochas intrusivas básicas as análises se concentraram em rocha total, por serem de granulação muito fina e, conseqüentemente, de difícil separação de seus minerais constituintes mais adequados para as determinações radiométricas. Os dados obtidos foram estudados separadamente e o padrão geral das análises apresenta uma boa concordância entre 460 - 470 m.a. para as rochas graníticas e metamórficas e 130 m.a. para os diques, indicando um resfriamento regional após fase de metamorfismo, com posteriores eventos intrusivos no mesozoico. / Not available
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Esboço da evolução geológica pré-cambriana da folha de Pilar do Sul, SP-SF.23-Y-C-IV-4 / Not available.

Dirceu Pagotto Stein 16 April 1985 (has links)
A área estudada compreende a Folha Pilar do Sul (SF 23-Y-C-IV-4), localizada a oeste da cidade de São Paulo, da qual dista aproximadamente 140 quilômetros. É delimitada pelos paralelos 23°45\' e 24°00\' de latitude sul e pelos meridianos 47°30\' e 47°45\' de longitude oeste, perfazendo cerca de 675 km2. Os estudos foram realizados em nível compatível com a escala de 1:50 000 e objetivaram esboçar a evolução geológica pré-cambriana da área, concatenando-se os processos litogenéticos, deformacionais, metamórficos e magmáticos que foram caracterizados. A reconstituição estratigráfica pode ser entendida através da ordenação de distintas associações de rochas. Desta forma, em direção ao topo, tem-se: metamorfitos do Complexo Pré-Açungui, metamorfitos do Grupo São Roque, rochas granitóides e cataclásticas, e coberturas sedimentares fanerozóicas e diques de diabásio. O Complexo Pré-Açungui é admitido Pré-Proterozóico Superior, tendo sido correlacionado a porções basais da supracrustais que se apresentam no sul paulista e leste paranaense. Tais porções são consideradas basais do Grupo Açungui lato sensu e denominadas também Formação, Grupo ou Complexo Setuva. Os metamorfitos da área estudada, provisoriamente designados Complexo Pré-Açungui, constituem-se na continuidade dessas seqüências identificadas no Vale do Ribeira. O Complexo Pré-Açungui foi subdividido em três grandes unidades, que são, sumariamente, filitos, xistos, e xistos feldspatizados localmente migmatizados. As mesmas mostram passagens amplas e transicionais entre si e podem ser englobadas em duas seqüências. A seqüência oriental tem caráter mais basal, englobando xistos, feldspatizados ou não, e migmatitos localizados. Nestas rochas se interpõem núcleos de paragnaisses e principalmente de ortognaisses, além de constantes e delgados corpos de boudins de anfibolitos. A seqüência ocidental é francamente filítica, com intercalações de quartzito e de corpos de metabasitos espessos aparecendo em nível bem definido. Várias subseqüências se individualizam, merecendo destaque a subseqüência metavulcano-sedimentar, caracterizada pela presença de metabasitos e possíveis metatufos associados. Esse conjunto de rochas sofreu três fases principais de deformação, sendo a primeira delas caracterizada principalmente pela forte transposição impostas às seqüências. As duas fases subsequëntes são relacionadas a intensos processos de crenulação. Processos lineagênicos, responsáveis por grandes falhas transcorrentes e insignificantes falhas normais ligadas à Reativação Wealdeniana, completam o quadro deformacional. O metamorfismo se apresenta em duas fases principais, a primeira progressiva e regional, alcançando o grau médio a forte. A segunda evidencia-se através de porfiroblastos, sendo caracterizada como de grau fraco a médio e possivelmente também de caráter regional. Os processos subseqüentes correspondem a metamorfismo de contato e dinâmico, que se associam a intrusões granitóides e falhamentos, respectivamente, e a uma fase de metamorfismo retógrado. Além do magmatismo pré-tectônico, caracterizado por metabasitos, metaultrabasitos e ortognaisses, duas fases principais de natureza ácida são registradas. Correspondem aos granitóides da Suíte Piedade e da Suíte Tapiraí, do final do Proterozóico, e da Suíte Pilar do Sul, posterior às suítes anteriores, do Eo-Paleozóico. Raros diques de diabásio mesozóicos registraram a última manifestação magmática. Os metamorfitos do Grupo São Roque afloram em área extremamente restrita, não permitindo uma caracterização representativa deste grupo. Tais fatos levaram a considerá-lo à luz da bibliografia, o que implica atribuí-lo ao Proterozóico Superior. Correlações entre o Grupo São Roque e o Complexo Pré-Açungui não são consideradas factíveis no momento. As coberturas fanerozóicas são representadas pelo Grupo Tubarão (Formação Itararé), cujos sedimentos denotam condições continentais e ação de geleiras, e pelos sedimentos aluviais cenozóicos presentes em terraços subatuais e planícies atuais. / The studied area corresponds to the Pilar do Sul Quadrangle (SF.23-Y-C-IV-4) at 1:50,000 scale. It is located 140 km to the west of São Paulo City, between the coordinates 24°45\', 24°00\' South, and 47°45\', 47°45\' West, and comprises about 675 square kilometers. The main target of this work was to outline the Precambrian geologic evolution of the area by means of the general data on lithogenetic, deformational, metamorphic and magmatic processes. Stratigraphy was established through the ordering of different rock associations. Therefore, older rocks are metamorphic rocks of the Pré-Açungui Complex, followed by metamorphic rocks of granitoid and cataclastic rocks, dolerite dikes and a Phanerozoic sedimentary cover. The Pré-Açungui Complex is believed to be older than the Upper Proterozoic. It is correlated to lower parts of supracrustals which are present in southern São Paulo State and eastern Paraná State. The Pré-Açungui Complex was divided in the following three broad lithologic units: phyllites, schists and feldspathic schists locally migmatized. These units show wide transitional boundaries and may be grouped into two sequences. The lower eastern sequence comprises schists, feldspathized schists and locally migmatites, with nuclei of paragneiss and mainly ortogneiss, and also frequent and thin bodies and boudins of amphibolites. The upper western sequence is mainly constituted by phyllites, with intercalated quartzites and thick stratigraphically well defined bodies of metabasites. Many subsequences may be individualized; the most outstanding of them is the metavolcano-sedimentary sequence which is characterized by metabasites associated with rocks that are probably metatuffs. Three main deformational phases affected the metamorphic rocks. The first one is characterized by intense transposition which affects the rock units. The other two younger phases are related to intense crenulation processes. These main phases are followed by a lineagenic process which was responsible for large transcurrent displacements, and by small normal faults believed to be related to the so-called Wealden Reactivation. Two main metamorphic stages were defined. The early one is regional and progressive from medium to high degree. The second one is indicated by the presence of porphiroblasts and is characterized by a low to medium degree; it has probably a regional character. Thermal and cataclastic metamorphism associated respectively to granitoid intrusions and faulting, followed by diaphthoresis are the final processes. Besides the pre-tectonic magmatism characterized by metabasites, mataultrabasites and ortogneiss, two magmatic phases of acid nature were recognized which correspond to Upper Proterozoic granitoid rocks of the Piedade and Tapiraí Suites, and the younger Eopaleozoic Pilar do Sul Suite. The last magmatic event is represented by Mesozoic dolerite dikes. A better characterization of the São Roque Group in the area was not possible due to the restrict area of its outcroping. Previous data indicate its age to be Upper Proterozoic. Up to this moment there is not definitive data that allow to correlate it to Pré-Açungui Complex. Phanerozoic covers are representated by tills of the Tubarão Group (Itararé Formation) and alluvial Cenozoic sediments in terraces and floodplains.
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Estudo Morfotectônico do Setor Setentrional do Alinhamento do Rio Moji-Guaçu, Estado de São Paulo / Not available.

Alexandre Magno Feitosa Sales 22 February 2000 (has links)
O alinhamento do Rio Moji-Guaçu, em sua porção norte no Estado de São Paulo, é uma feição morfológica importante mas sua origem geológica ainda não foi elucidada. O estudo morfotectônico do setor setentrional do Alinhamento do Rio Moji-Guaçupermitiu o reconhecimento de várias feições morfotectônicas contínuas, presentes ao longo do alinhamento, e feições com outras orientações de menor expressão. Essas estruturas são realçadas principalmente pela organização da rede de drenagematual. O estudo morfotectônico feito através do mapa de superfícies de base, mapa de alinhamento de drenagem e fotolineamentos, propiciou a compartimentação da área em domínios, delimitados pelas principais direções de estruturas e confirmadospela análise de estruturas rúpteis (juntas). O primeiro e principal domínio morfotectônico engloba estruturas de orientação geral NW-NNW e reflete a direção de ocorrência do lineamento ao longo dos rios Moji-Guaçu e Pardo através dasmorfoestruturas definidas na área. O segundo domínio corresponde ao conjunto de estruturas E-W e próximas destas, ocorrentes ao longo do vale do Rio Grande e em outras regiões. O terceiro domínio morfotectônico inclui estruturas de direção NE,pouco extensas, constituindo direções preferenciais de falhas de escala mais representativa e de adensamento de fraturas. A análise do conjunto de estruturas indica a vigência de regime transcorrente sinistral, com binário orientado segundo NNW.Neste modelo, as estruturas de direção NNW-NW, NNW-NNE, NW-SE, WNW a E-W e NE correspondem, respectivamente, a fraturas dos tipos R, P, T, R\' e X, com possível transtração ao longo do lineamento, promovendo escalonamentos e espessamento nosdepósitos aluviais na calha dos rios Moji-Guaçu e Pardo. As estruturas conhecidas como Alinhamento Magmático do Cabo Frio e Alinhamento do Rio Moji-Guaçu, são as principais feições regionais. Na intersecção dessas feições ocorrem as rochasalcalinas ) das proximidades de Jaboticabal, Taiúva, Piranji, Aparecida do Monte Alto e Guariba (SP), na Bacia Bauru desta forma, as manifestações alcalinas cretáceas e neocretáceas atestam a existência de atividade tectônica ao longo dosAlinhamentos de Cabo Frio e do Rio Moji-Guaçu. Do estudo pode-se concluir que o Lineamento do Rio Moji-Guaçu, termo aqui proposto, na sua porção setentrional é balizador da borda leste da Bacia Bauru, responde pela ocorrência de sismitos naFormação Adamantina, exerce controle sobre focos de magmatismo alcalino e comporta-se como zona trancorrente sinistral com estruturas coerentes com o modelo de Riedel. / The Northern portion of the Moji-Guaçu Alignment (São Paulo State) is an important morphologic feature whose geological origin remains uncertain. Morphotectonic studies along this section of the alignment have revealed several continuous and other less-consistent features showing different orientations. These structures are expressed mainly by the current organization of the drainage net. In order to carry these morphotectonic studies out several tools were employed (base surfaces maps, drainage alignments maps, and photolineaments maps), wich have led to the division of the area in domains defined by the main directions of the structures and confirmed by the analysis of ruptile structures (joints). The first and main morphotectonic domain is characterised by structures oriented roughly NW-NNW which reflect the direction of the lineament along the Moji-Guaçu and Pardo rivers. The second domain is related to the E-W- and close-oriented structure along the Rio Grande valley and other regions. The third morphotectonic domain includes widespread small-scale NE-oriented structures wich probably represent closely-spaced fractures and joints. The analysis of the whole set of structures has indicated a left-lateral transcurrent regime associated to a NNW binary. According to this model the NNW-NW, NNW-NNE, NW-SE, WNW to E-W and NE structures would correspond to the R, P, T, R\' and X fractures, respectively. Transtractive displacements along the lineament would have promoted stepped-faulting and thickening of the alluvial deposits in the Moji-Guaçu and Pardo rivers. The features known as Cabo Frio Magmatic Alignment and Rio Moji Guaçu Alignment are the main regional features. In the site where they intercept each other occurs alkaline rocks (Bauru Basin, region of Jaboticabal, Taiúva, Piranji, Aparecida do Monte Alto and Guariba (SP). These Cretaceous and Neocretaceous alkaline magmatic manifestations argue for the existence of a significant tectonic activity along both Cabo Frio Magmatic Alignment and Rio Moji-Guaçu Alignment. On the basis of this research one can conclude that the Northern portion of the Rio Moji-Guaçu Lineament ( term proposed in this work) marks out the Eastern boundary of the Bauru Basin and controls the alkaline magmatism foci, being responsible for the occurrence of rocks associated to seismic activities of the the Adamantina Formation. It also acts as a left-lateral strike-slip shear zone whose related structures are compatible with the Riedel model.
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Evolução policíclica da infra-estrutura da porção sul do Estado de Minas Gerais e regiões adjacentes do Estado de São Paulo / Not available.

Artur, Antonio Carlos 20 May 1988 (has links)
Este trabalho é o resultado do estudo de uma área com cerca de 40.000 km2, localizada na região sul do Estado de Minas Gerais e regiões adjacentes do Estado de São Paulo. Objetivou-se, com a presente pesquisa, esboçar uma evolução geológica crustal para os terrenos da infra-estrutura da região considerada. Para tanto, foram efetuados mapeamento e compilação de dados geológicos, litológicos e estruturais da área enfocada, que adicionalmente foi submetida a estudos petrográficos, geocronológicos e tipologia do zircão. Os terrenos pré-cambrianos da infra-estrutura da área em foco são agrupados nos Complexos Barbacena e Guaxupé, de idades arqueanas; Complexo Amparo, de idade transamazônica; e os Complexos Pinhal e Campos Gerais, de idades brasilianas. As sequências supracrustais são relativas ao Grupo Babuí e às Formações Eleutério e Pouso Alegre, de idades brasilianas e aos Grupos São João Del Rei e Canastra, bem como ao Complexo Andrelândia/Itapira/Carrancas, referíveis ao evento transamazônico. Os terrenos da infra-estrutura apresentam evolução geológica complexa, policíclica e polifásica, com o registro de eventos tectonometamórficos ocorridos no Arqueano, no Proterozóico Inferior e Proterozóico Superior, caracterizados ao nível tanto de fenômenos de acreção vertical quanto de retrabalhamento crustal. No Arqueano a crosta foi gerada dominantemente à partir da acreção vertical, a qual foi transformada, por retrabalhamentos crustais, em granulitos, ortognaisses e migmatitos. Os primeiros compõem o Complexo Guaxupé, enquanto os ortognaisses e migmatitos, são os representantes principais do Complexo Barbacena. Os dados geocronológicos para os ortognaisses e rigmatitos, oscilam entre 3,4 e 2,4 b.a. e estão particularmente agrupados nos intervalos entre 3,0-2,9; 2,8-2,7 e 2,5-2,4 b.a. No proterozóico Inferior as litologias arquanas foram, em grande parte, modificadas atravé da acreção vertical e de ) processos deformacionais e anatéticos, dando origem ao Complexo Amparo. No primeiro grupo das modificações, incluem-se as intrusões de numerosos corpos granitóides com destaque para os corpos de São Gonçalo do Sapucaí, Cristália e Porto dos Mendes. Os retrabalhamentos crustais envolvem, pelo menos, duas fases de migmatização das litologias arquanas acompanhadas de novas fases de dobramentos e transposições. As datações geocronológicas apontam dois períodos principais de migmatização e intrusões magmáticas, enquadradas nos intervalos entre 2,2 e 2,1 b.a. e entre 1,9 e 1,8 b.a. No Proterozóico Superior ocorrem novas modificações das litologias pretéritas (arqueanas e do proterozóico inferior) tanto por acreção vertical quanto por retrabalhamentos crustais envolvendo migmatização, responsáveis pela geração do Complexo Pinhal, e cisalhamentos dúcteis e rúpteis, que induzem à geração do Complexo Campos Gerais e às Faixas de Cisalhamento Pouso Alegre/Varginha e Ouro Fino/Jacuí. A acreção vertical, muito intensa em boa parte da região considerada, é de caráter essencialmente calco-alcalino e, subordinadamente, subalcalina e alcalina, com destaque para os batólitos de Jaguariúna, Morunçaba, Socorro, Pinhal, Caldas, Pedra Branca e Mococa, entre outros. O retrabalhamento crustal é polifásico, e se caracteriza por duas fases principais de migmatização acompanhadas de dobramentos e transposições. Superpõem-se a estas duas fases, a intensa transposição referentes aos cisalhamentos dúcteis e rúpteis, que imprimem às rochas estruturas blastomiloníticas, miloníticas e ultramiloníticas. Os estudos radiométricos efetuados em migmatitos, granitóides e gnaisses blastomiloníticos, forneceram idades, aproximadas, entre 880 e 550 m.a.. A integração das observações geológicas dos terrenos de infra-estrutura em modelos geo-tectônicos, torna-se difícil para as áreas arqueanas e transamazônicas situadas fora do Craton do ) São Francisco. Este fato, deve-se a sua obliteração pelos fenômenos brasilianos que reduziram substancialmente a área de exposição de rochas com feições geológicas originais intactas. Assim, só foi possível a caracterização primária de algumas litologias que indicam a moldagem da crosta continental, tanto através de processos de acreção quanto por retrabalhamentos crustais através de deformação, metamorfismo e anatexia. A frequência e características desta litologia indicam um crescimento crustal essencialmente por acreção vertical, acompanhado de retrabalhamentos que afetam rochas, dominantemente, de pequena vivência crustal. Já para as áreas brasilianas a integração das litologias em associações mais amplas acompanhadas da caracterização de sua distribuição espacial, bem como da determinação do tipo de deformações presentes e da compartimentação tectônica regional, permite inserir a evolução crustal em modelos geotectônicos correntes. No caso da área investigada, as feições mencionadas tem muitas características em comum com áreas de colisão continental. / This research is a result of the geological study of an area that comprises about 40.000km², and lies at southern region of Minas Gerais state and adjoining regions of São Paulo state. This study had as the main goal, to draft an global crustal geological evolution to the infra-structure terrains of the region. Thus geological mapping were fulfilled and geological, lithological and structural data compilation were considered, and complementaryly petrographic, geochronologic and zircon typology studies were added. The infra-structure Precambrian terrains of the focused area may be grouped into Archean Barbacena and Guaxupé Complexes: transamazonic Amparo Complex; and the brazilian Pinhal and Campos Gerais Complexes. The supracrustal sequences may be ascribed to the brasilian Eleuterio and Pouso Alegre Formations and Bambui Group, and transamazonic Canastra of São João del Rei Groups and finally the Andrelandia/Itapira/Carrancas Complexes. The infra-structure terrains present policiclic and poliphasic geological evolution, that embrace the tectonic metamorphic events occurred in the Archean, in the Lower Proterozoic and Upper Proterozoic, characterized by vertical accretion and crustal reworking. In the Archean the crust was generated dominantly by vertical accretion, which was transformed, by crustal reworking into granulites, orthogneisses and migmatites. The Guaxupé Complex is composed by granulites and the Barbacena Complex has as the main constituents the orthogneisses and migmatites. The geochronological data relative to orthogneisses and migmatites range between 3,4 and 2,4 b.y. and are particularyly grouped at the intervals from 3,0-2,9; 2,8-2,7; and 2,5-2,4 b.y.. In the Lower Proterozoic the Archean lithologies were, in great amount, modified by vertical accretion and anatectics and deformational processes, making up the Amparo Complex. In the first group of transformation one may include the ubiquitous granitic emplacements specially the São Gonçalo do Sapucai, Cristalia and Porto dos Mendes granitic bodies. The crustal reworkings embrace at least two phases of migmatization of the Archean lithologies, together with new phases of deformations and transpositions. The geochronological data display two main periods of migmatization and magmatic intrusions, situated in the intervals between 2,2 and 2,1 b.y. and between 1,9 and 1,8 b.y. In the Upper Proterozoic occurred new transformations of ancient lithologies (Archean and Lower Proterozoic lithologies) by vertical accretion and crustal reworkings characterized by migmatization, responsible to the growing of Pinhal Complex and give rise ductiles and ruptiles shearing zones that leads to generation of Campos Gerais Complex and the Shear Belts of Pouso Alegre/Varginha and Ouro Fino/Jacui. The vertical accretion too intense in great part of focused area, is essentially of calcalkaline character and locally sub-alkaline and alkaline, exemplified with conspicuousness by the Jaguariuna, Morungaba, Socorro, Pinhal, Caldas, Pedra Branca, Mococa batholithes, and so on. The crustal reworking is poliphasic and may be characterized by two main phases of migmatization, followed by deformations and transpositions. Superimposed to these two phases, there is a strong transposition characterized by ruptiles and ductiles shearing events, that imprints in the rocks blastomylonitic, mylonitic and ultramylonitic structures. The radiometric data carried out in migmatites, granites and blastomylonitic gneisses provided age values of approximately 880 and 500 m.y., with concentrations of values in the intervals of 585 and 560 m.y. The ductile phase would have occurred before 560 m.y. and the ruptile phase would be situated at 490 m.y. The integration of geological observations, of the infra-structure terrains in geotectonic models becames difficult to Archean and transamazonic areas situated outside of São Francisco craton. This is because of obliteration of original features of rocks by brasilian fenomena. Thus, it was only to make the primeval characterizations of some lithologies which indicates the continental crust moulding by accretion processes as well as by crustal reworking through deformation, metamorphism and anatexis. The frequence and features of this lithologies indicate a crustal growth essentially by vertical accretions and by reworkings that affect rocks predominantly of little crustal time of residence. On the hand, concerning to brasilian areas, the integration of lithologies in ample associations and characterization of its special distribution as well as of determination of deformation types occured and of regional tectonic compartmentalization, allow us to insert crustal evolution in updated geotectonic models. In the case of investigated area the mentioned features have several characteristics in common with continental collisions areas.
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Sistemas deposicionais e paleogeografia do Subgrupo Itararé (Neopaleozóico da Bacia do Paraná), na região entre Itu e Indaiatuba, SP / Not available.

Salvetti, Rodrigo Artur Perino 29 June 2005 (has links)
O Subgrupo Itararé contém o mais expressivo registro da glaciação que atingiu a Bacia do Paraná durante o Neopaleozóico. Junto a borda leste da bacia, em especial na área entre Itu e Indaiatuba (SP), este registro é caracterizado essencialmente por depósitos glácio-marinhos, representativos de períodos de mar relativamente mais baixo intercalados com registros de mar relativamente alto. Com base na análise de fácies e suas associações, foram identificadas na área de estudos, oito unidades faciológicas: fácies diamictito compacto; fácies arenito grosso imaturo; fácies conglomerado desestruturado; fácies folhelho homogêneo; fácies folhelho com intercalações silto-arenosas; fácies folhelho rítmico; fácies arenito médio; e fácies diamictito de matriz areno-argilosa, agrupadas em quatro associações de fácies. A partir das associções analisadas, e de suas relações laterais e verticais, foram interpretados quatro sistemas deposicionais principais: sistema subglacial/proglacial; sistema glácio-marinho distal; sistema glácio-marinho proximal; e sistema de leques submarinos. Estes sistemas deposicionais estão articulados na forma de três grandes tratos de sistema: trato de sistema deposicional glacial (sistema subglacial/proglacial); trato de sistema deposicional marinho profundo (sistemas glácio-marinho distal e de leques submarinos); e trato de sistema deposicional marinho raso (sistema glácio-marinho proximal). Não há evidências, na área de estudos, da presença de sistemas deposicionais tipicamente terrestres. A evolução paleogeográfica interpretada para a área de estudos leva em consideração uma área topograficamente irregular, intensamente escavada pelos sucessivos avanços da geleira, quando se formariam os depósitos subglaciais. Com o recuo do gelo, o mar avança rapidamente sobre as regiões deprimidas, formando um grande corpo de água marinha. Áreas mais altas serviriam como fonte para sedimentos grossos e fluxos gravitacionais de massa, dando origem ao sistema de leques submarinos. Nas áreas protegidas das correntes litorâneas e da ação de ondas mais intensas, depositam-se folhelhos rítmicos. A fase de regressão marinha, devida tanto a compensação glácio-isostática como ao recrudescimento das condições glaciais, permite a progradação de corpos arenosos deltáicos na porção sul da área de estudos, e fluxos arenosos subaquosos na porção norte. / The Itararé Subgroup contains the more expressive record of the glaciation that reached the Parana Basin during the Neopaleozoic. Near to the east margin of the basin, in special in the area between Itu and Indaiatuba (SP), the sedimentary sucession is characterized essentially by glaciomarine deposits representative of alternated periods of low and high sea-level. Eight facies has been indentified: compact diamictite; immature coarse sandstone; strutureless conglomerate; homogeneous shale; shale with silte-sandstones intercalations; rhythmic shale; fine to medium sandstones; and sand-argillaceous diamictites. From the characteristics of the as well as this lateral and vertical relations, four main deposicionais systems had been interpreted: subglacial/proglacial system; distal glaciomarine system; proximal glaciomarine system; and submarine fans system. These deposicional systems are articulated in in three systems tracts: glacial deposicional system tract (subglacial/proglacial system); deep marine deposicional system tract (distal glaciomarine and of submarine fans systems); proximal marine system tract (proximal glaciomarine system). It does not have evidences, in the area of studies, of the formation of typically terrestrial deposicionais systems. The interpreted paleogeografy of the area takes in consideration a topografically irregular area, intensely excavated by the successive advances of the glacier, when the subglacial deposits were formed. With the retreat of the ice, the sea advances quickly on the depressed regions, forming a great sea water body. Higher areas would serve as source for coarse sediments and gravitational sedimentary flows in a submarine fan system. In the protected areas of littoral the deposition of rhythmic shales occurred. The phase of sea regression as a result of the glacio-isostatic compensation as well as the intensification of the glacial conditions, allows the subaquous progradation of deltaic sand bodies in the south portion of the area, and sand debris flows in the north portion of the studied area.
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A Bacia de Água Bonita, uma passagem marinha eopaleozoica no Brasil Central / not available

Aguiar, Marília Pulito de 12 April 2013 (has links)
A Bacia de Água Bonita localiza-se na região limítrofe entre os estados de Tocantins e Goiás, a meio caminho das grandes sinéclises intracratônicas do Paraná e do Parnaíba. Com cerca de 10 km de largura e 90 km de comprimento, a bacia segue o trend geral NE do Lineamento Transbrasiliano (LTB). Sua origem foi associada previamente a um gráben de preservação de rochas sedimentares ou como uma bacia transtrativa resultante de uma transcorrência dextral ao longo do LTB. Levantamentos de campo realizados na região para o presente trabalho mostraram distribuição de fácies coerente com uma incursão marinha de nordeste para sudoeste. Em conjunto com dados de paleocorrentes, paralelas a estrutura do lineamento, sugere-se que estes sedimentos tenham se depositado ao longo de uma calha alongada na direção NE-SW condicionada por estruturas prévias do embasamento, relacionadas ao LTB. Evidências de tectonismo ativo durante a sedimentação, como falhas sinsedimentares e estruturas de liquefação (diques clásticos e convoluções), indicam que o lineamento também foi uma estrutura ativa durante a instalação da bacia. No presente trabalho o preenchimento sedimentar da bacia foi dividido em duas unidades: a Formação Água Bonita, unidade basal, essencialmente rudáceo-psamítica, com depósitos de ambiente costeiro, transicional e marinhos de plataforma rasa, em parte sobre influência glacial, e a Formação Vereda Verde, superior, essencialmente pelítica, com depósitos deltaicos e marinhos profundos. Nas vizinhanças da bacia ocorre a Formação Araguaçu, com diamictitos glaciais, aos quais é também relacionada uma nova ocorrência de pavimento subglacial, ora descrita. As duas unidades da bacia foram relacionadas às sequências correspondentes ao ciclo ordoviciano-siluriano das bacias do Paraná (Grupo Rio Ivaí) e do Parnaíba (Grupo Serra Grande). A Formação Araguaçu, a julgar pelo sentido de deslocamento da geleira, representaria a um registro da glaciação permocarbonífera. Com base nos dados de campo, apresenta-se um novo modelo para a origem da Bacia de Água Bonita, como uma área de subsidência controlada por falhas do LTB no embasamento. A presença de sedimentos marinhos corrobora a ideia de que essa depressão tectônica, na região central do Brasil, tenha sido uma passagem marinha transcontinental que ligou as costas norte e sul do Gondwana durante a transgressão marinha landoveriana, em congruência com modelos anteriores sustentados por dados paleofaunísticos. / The Água Bonita Basin is located in central Brazil, halfway between the large Paraná and Parnaíba intracratonic basins. With about 10 Km wide and 90 Km long, the basin follows the general NE-oriented trend of the Transbrasiliano Lineament (TBL). It was previously considered as a post-sedimentary graben or as a left-lateral strike-slip basin associated with the TBL. A recent investigation of the basin has revealed facies distribution consistent with a marine incursion from northeast to southwest, an idea corroborated by paleocurrent data, which preferred orientation parallels the orientation of the basin suggesting that sediment transport followed a trough controlled by the TBL. Although no faults were identified limiting the basin, the presence of clastic dykes and other soft-sediment deformation structures - interpreted as seismites - and of NE-SW-oriented syn-sedimentary faults within the basin indicate that tectonics was active during sedimentation. The sedimentary fill of the basin was divided into two units: the Água Bonita Formation, a basal, essentially rudaceous-psamitic unit with aeolian, transitional and marine deposits, partly under glacial influence; and the overlying , pelitic, Vereda Verde Formation, with deltaic and marine deposits. In the region of the basin occurs the Araguaçu Formation, with glacial diamictites, which are also related to the new description of the occurrence of a subglacial pavement. The two units of the Água Bonita Basin were considered as correlated to the sequences of the Ordovician-Silurian cycle of the Paraná (Rio Ivaí Group) and Parnaíba (Serra Grande Group) basins, while the Araguaçu Formation as a record of the Permo-Carboniferous glaciation, as suggested by the sense of movement of the glacier. The data presented in this study allows the proposition of a model to the origin of the basin as an area of subsidence controlled by basement faults of the TBL. The presence of marine sediments corroborates the idea that this tectonic depression in central Brazil has been a transcontinental seaway which connected the north and south coasts of Gondwana during the Llandoverian marine transgression, in congruence with previous models supported by paleofaunistic data.
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Sedimentação Quaternária na Planície Costeira de Peruíbe-Itanhaém (SP)

Giannini, Paulo Cesar Fonseca 17 June 1987 (has links)
Este trabalho contém uma caracterização sedimentológica dos depósitos marinhos, com ênfase aos sedimentos arenosos, aflorantes ao longo da planície costeira de Peruíbe - Itanhaém, envolvendo basicamente distribuição granulométrica, mineralogia e morfometria. A planície costeira de Peruíbe-Itanhaém constitui-se numa faixa de cerca de 25 km de extensão contínua de sedimentos quaternários regressivos situada no litoral sudoeste do Estado de São Paulo, apresentando largura variável desde 4 até 14 km e altitudes entre 0 e 14 m. Tem como fronteiras naturais a Serra do Peruíbe (subsidiária da Serra do Itatins), a SW, o Morro do Poço de Anchieta e os morros Botoruçu, Araraú, e Novo Mundo, a NE, e a Serra das Laranjeiras (subsidiária da Serra do Mar), na parte interior. Entre o flanco norte da Serra do Peruíbe e a porção meridional da Serra das Laranjeiras, define-se, parcialmente controlado por lineamentos associados à Falha de Itariri, o sistema flúvio-paleolagunar dos rios Preto e Branco de Peruíbe, enquanto na extremidade oposta da planície (NE), ocorre outro sistema semelhante, compreendendo os rios homônimos de Itanhaém. Estes dois sistemas flúvio-paleolagunares constituem as únicas zonas de sedimentação areno-lamosa aflorantes na planície, apresentando-se nas demais áreas extenso lençol de sedimentos tipicamente arenosos (% fração areia > 94%). A continuidade deste lençol arenoso é interrompida apenas por pequenos afloramentos do embasamento cristalino na região de Bairro dos Prados e Abarebebê, cujo caráter paleolagunar pleistocênico é sugerido pela presença, em furos de sondagem, de níveis métricos de material pelítico escuro. Mais a NE, o cristalino volta a aflorar na Pedra dos Jesuítas, hoje ainda ilhada pelas águas, notando-se localmente ligeiro encurvamento no alinhamento de paleocordões holocênicos. A porção arenosa da cobertura sedimentar da Planície de Peruíbe-Itanhaém pode ser subdividida em três faixas paralelas à linha de costa: a faixa dos holocênicos sedimentos de praia atual (últimos 3000 anos), com 50 a 100 m de largura, a faixa dos sedimentos holocênicos interiores (5500 e 3000 anos A.P.), com largura de até 1,5 km e a faixa de sedimentos pleistocênicos, com largura variável, porém sempre superior a duas faixas mais externas. A distinção, a nível sedimentológico, entre estas três unidades de sedimentos regressivos foi um dos objetivos deste trabalho, tendo-se coletado, para isso, 26 amostras na faixa praial, 17 na faixa holocênica interior e 54 na área pleistocênica, além de 16 amostras de regolito das zonas de afloramento cristalino circunjacentes e de sedimentos fluviais, destinadas a inferência de áreas-fontes através de estudos de minerais pesados. Sedimentos areno-lamosos do sistema flúvio-paleolagunar não constituíram interesse central desta pesquisa, tendo-se amostrado apenas 5 pontos na região de Peruíbe especificamente relacionada à deposição da \"lama negra\" extraída para uso cosmético e medicinal. Nestas 5 amostras, além dos estudos morfométricos, granulométricos e mineralógicos, efetuou-se um fracionamento de material coloidal e argiloso, com dosagem de matéria orgânica e difratometria semi-quantitativa de argilo-minerais por fração. O tratamento matemático-estatístico dos resultados granulométricos, visando sua interpretação, incluíram a obtenção dos quatro momentos, segundo método gráfico clássico de Folk e Ward, tendo-se subseqüentemente utilizado estes momentos para a confecção de diagramas binários de dispersão, diagrama de Sahu por unidade sedimentar, correlação linear paramétrica de Pearson com coordenadas geográficas e mapas de superfície de tendência de regressão múltipla. Parâmetros mineralógicos de diferentes unidades sedimentares foram comparados entre si pelo método do qui-quadrado (X²), além de submetidos a testes de correlação linear com a coordenada geográfica, estes aplicados também às variáveis morfométricas. A variação dos parâmetros granulométricos estatíscos ao longo da planície, avaliada nos testes de correlação linear e nas superfícies de tendência, sugere que os sedimentos arenosos das três faixas regressivas foram transportados e depositados por correntes de deriva longitudinal, orientadas segundo o mesmo rumo observado hoje, isto é, de SW para NE. A influência destas correntes na sedimentação não teve, todavia, a mesma intensidade nas diferentes faixas, indicando que outro(s) fator(es) deve ter incidido com importância variável no decorrer da história deposicional. Estudos de proveniência de certos minerais pesados (andalusita, cianita, estaurolita), revelando sedimentos submersos da plataforma continental como área fonte provável, permitem apontar a migração transversal de material da antepraia, induzida por abaixamento do nível relativo do mar, como segundo fator de sedimentação. De acordo com a variação de importância relativa das correntes SW-NE no tempo, diagnosticada pela maior ou menor nitidez na queda do parâmetro desvio-padrão ao longo desse rumo, e de acordo com a variação de abundância de pesados oriundos da plataforma continental, a atuação da deriva litorânea na sedimentação foi mais efetiva durante a formação da faixa holocênica interna. As areias desta faixa foram depositadas presumivelmente durante o período de nível relativo do mar quase constante ocorrido entre 5500 e 3000 anos A.P., logo após o auge da Transgressão Santos. Entre 3000 e 1800 anos A.P., fase para a qual se admite um abaixamento suave, porém contínuo de nível relativo do mar, teria ocorrido a sedimentação da faixa de praia atual, com retrabalhamento por vaivém intensificado nos últimos 1800 anos. Estes fatores teriam encoberto a influência de correntes de deriva, justificando a pouco evidência de seleção longitudinal nas areias praiais modernas. Conforme ilustrado pelo Diagrama de Sahu, as condições energéticas de deposição destas areias diferem sensivelmente das condições deposicionais das areias holocênicas internas e pleistocênicas, sugerindo uma sedimentação praial contemporânea preponderantemente comandada pelo espraiamento, em contraste à sedimentação mais antiga, que se deu principalmente ao longo de barras de arrebentação, parte delas preservada na forma de alinhamentos de cordões. Variações geográficas nos parâmetros granulométricos, evidenciadas através dos mapas de tendência, indicam que a evolução, por acreção sedimentar, da geomorfologia costeira da planície, refletiu-se nas características da própria sedimentação. No início da regressão pleistocênica, as encostas dos morros de Boturuçu, Araraú e Novo Mundo, no extremo nordeste da paleocosta, criaram condições locais de praia de alto declive, tipo reflexivo, favorecendo o aumento de diâmetro médio no rumo da deriva. Com a progradação gradativa da costa, o declive da praia a NE baixou até igualar-se ao da região de Peruíbe, tornando a praia tipicamente dissipativa (queda de diâmetro médio no rumo da deriva) em toda extensão ainda no decorrer da regressão pleistocênica. No Holoceno, quando a linha de costa, em seu avanço progressivo rumo ao mar, atinge, a NE, o afloramento de cristalino do Morro do Poço, surge nesse local, um efeito de bloqueio e anulação de correntes de deriva, com conseqüências granulométricas e geomorfológicas visíveis. A seleção granulométrica e morfométrica na fração areia de sedimentos da zona flúvio-paleolagunar de Peruíbe é inferior a das areias do lençol que recobre maior parte da planície, reconhecendo-se a existência de áreas fontes distintas à jusante e a montante dos depósitos psamo-pelíticos. Semi-quantificação de argilo-minerais e dosagem de matéria orgânica, executados nas frações argilosa e coloidal destes sedimentos, evidenciam origem predominantemente continental (detrítica) para a matéria argilo-orgânica da fração argila e origem por amadurecimento secundário in situ (neoformação e transformação) para a matéria argilo-orgânica coloidal. / This work contains a sedimentological characterization of marine deposits, with emphasis to sandy sediments, outcroping along the Peruíbe-Itanhaém coastal plain, envolving basically granulometrical distribution, mineralogy and morfometry. Peruíbe-Itanhaém coastal plain consists in a continue strip of Quaternary regressive sediments situated in the southeast littoral of São Paulo State, with 25 km of extension, width variable from 4 to 14 km and altitudes oscillating between 0 and 14 m. This plain is bordered by the \"Serra de Peruíbe\" (subsidiary of \"Serra do Itatins\"), to SW, the Morro do Poço de Anchieta and Botoruçu, Arararú and Novo Mundo mounts, to NE, and the \"Serra das Laranjeiras\" (subsidiary of \"Serra do Mar\"), in the internal side. Between the north boundary of \"Serra do Peruíbe\" and the southern portion of \"Serra das Laranjeiras\", the fluvial - paleolagoonal system of Preto and Branco rivers of Peruíbe occurs, partially controlled by lineaments associated to Itariri Fault. On the opposite extremity of the plain (NE), another similar system takes place, comprising the homonimous rivers of Itanhaém. These two fluvial-paleolagoonal systems are the unique zones of sand-muddy superficial sedimentation in the plain since as in other places an extense sandy sheet is present (% sand > 94%). The continuity of this sandy sheet is interrupted only by small crystalline rocks outcrops at Bairro dos Prados and Abarebebê region. A paleolagoonal character to this region is suggested by the presence, in sondage holes, of metric banks of dark pelitical material. Towards NE, the crystalline basement turns to cutcrop at Pedra dos Jesuítas, that is still nowadays an island, and it is observed locally a light arching in the alignment of holocenic paleostrings. The sandy portion of sedimentary covering of Peruíbe-Itanhaém Plain can be subdivided into three strips that are parallel to the coastline: the strip of modern shore holocenic sediments (last 3000 years), 50 to 100 m wide; the strip of internal holocenic sediments (5500 to 3000 years B.P.), till 1,5 km wide, and the area of pleistocenic sediments, with variable width, but always bigger than the widths of externer strips. The distinction, at sedimentological context, among these three regressive sedimentary unities was one of the purposes of this work, having been collected for this 26 samples along the shore strip, 17 samples along the internal holocenic strip and 54 samples in the pleistocenic area. Additionally 16 samples of regolite were collected in the neighbouring crystalline zones and fluvial deposits, designed to the inference of source areas through heavy minerals studies. Sand muddy sediments from fluvial paleolagoonal systems did not constitute subject of central interest in this work, having been shown only 5 points at the specific region of Peruíbe related to deposition of \"lama negra\" (black mud) extracted for cosmetic and medicinal uses. These 5 samples, besides morfometrical, granulometrical and mineralogical studies, were submitted to separation of clayey and colloidal fractions, with organic matter determination and semiquantitative difratometry of clay minerals by fraction. The mathematical and statistical treatment of granulometrical results comprised the obtention of the four moments, according to the classical graphic method of Folk and Ward, having been used these moments to the construction of dispersion binary diagrams, Sahu diagram by sedimentar unity, linear parametric correlation of Pearson with geographic coordenates and trend surface maps of multiple regression. Mineralogical parameters of different sedimentar unities were compared by X² method and were subjected to tests of linear correlation with geographic coordenates, these tests being applied to morfometrical variables, too. The variation along the plain of granulometrical statistical parameters, evaluated by linear correlation tests and trend surface analysis, suggests that the sandy sediments of the three regressive strips were transported and deposited by longshore currents, orientated according to the same direction observed nowadays i.e., from SW do NE. The influence of these currents over the sedimentation have not had the same intensity at the different strips, indicating that other agents must have acted with variable importance along of the depositional history. Provenance studies of certain heavy minerals (andalusite, kyanite, staurolite), revealing submerse sediments of continental shelf as probable source area, indicate the transversal migration of offshore material, induced by lowering of relative sea level, as a second factor of sedimentation. According to the variation in time of relative importance of SW-NE currents, diagnosticated by the bigger or smaller sharpness in the decrease of standard deviation parameter along this bearing, and according to the variation in abundance of heavy minerals derived from the continental shelf, the action of longshore drift on the sedimentation attained its largest effectiveness during the formation of internal holocenic strip. The sands of this strip were deposited presumably during the period of almost constant relative sea level occurred between 5500 and 3000 years B.P., just after the peak of Santos transgretion. Between 3000 and 1800 years B.P., period to which was admited a weak and continuous lowering of relative sea level, would have occurred the sedimentation of the modern beach strip, with a reworking by swash and backwash intensified along the last 1800 years. These factors would have hidden the influence of longshore currents, justifying the scarce evidence of longitudinal sorting in modern beach sands. According to the illustration by the Sahu Diagram, the energetic conditions in deposition of these sands differ sensibly to depositional conditions of pleistocenic and internal holocenic sands, suggesting that the beach contemporaneous sedimentation is commanded by beach spreading, in contrast to more ancient Quaternary sedimentation, that was essentialy along surfing bars, today partially preserved in alignments of strings. Geographic variations in granulometrical parameters, evidenced by trend surface maps, indicate that the evolution of coastal geomorphology by sedimentary accretion reflected on the characteristics of the sedimentation. In the beginning of the pleistocenic regression, the hillside of Botoruçu, Araraú and Novo Mundo mounts, placed in the northeast extreme of the paleocoast, would have created local conditions to high slope (reflexive type) beach, propitiating the increase of mean grain size in the bearing of the longshore drift. With the gradative progradation of the coast, the beach slope to NE would have lowered till equalizing to the Peruíbe region, making the beach tipicalIy dissipative (decrease of mean grain size in the bearing of drift) along its whole extention, yet during the pleistocenic regression. In the Holocene, when the coastline continues its progressive advance into the sea and attains, to NE, the Crystalline outcrop of Morro do Poço, appears at this local, an effect of obstruction and annulment of longshore currents that has granulometrical and geomorphological consequences. The granulometrical and morphometrical sorting in the sand fraction of the fluvial-paleogoonal sediments of Peruíbe is inferior to the sorting of the sands of the sheet that covers the biggest part of the plain, suggesting the existence of distinct source area to upstream and downstream of tide currents. Semiquantification of clay minerals and organic matter determination, made on clayey and colloidal fractions of these sediments, evidence a predominantly continental (detritical) origin for the clay-organic material of clay fraction and a secondary origin by maturing in situ (neoformation and transformation) for the colloidal clay-organic material.
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Evolução paleogeográfica do Grupo Maricá, Neoproterozóico pré-600 Ma do Rio Grande do Sul / Not available.

Pelosi, Ana Paula de Meireles Reis 28 February 2005 (has links)
O Grupo Maricá corresponde à primeira unidade de cobertura do Rio Grande do Sul isenta de metamorfismo regional. Seus depósitos ocorrem por toda a borda ocidental de sua bacia -Bacia do Camaquã- estando no geral em contato por falha e, localmente, por discordância litológica com as unidades do Terreno Rio Vacacaí. De acordo com dados geocronológicos deste terreno pode-se inferir que a idade do Grupo Maricá é inferior a 620Ma-idade mínima do embasamento - e anterior a 600Ma - idade máxima de unidades posteriores. O objetivo da presente Tese de Doutoramento foi o estudo da evolução paleogeográfica desta sucessão basal da Bacia do Camaquã através do mapeamento 1:100.000 de todas suas áreas de ocorrência no Rio Grande do Sul, da descrição de suas assembléias litofaciológicas, da interpretação de seus sistemas e seqüências deposicionais, além do reconhecimento de suas áreas fontes através de análises de proveniência, paleocorrentes e estudos geocronológicos das principais áreas fontes. O mapeamento geológico do Grupo Maricá permitiu a separação de três unidades litoestratigráficas: (i) Formação Passo da Promessa, (ii) Formação São Rafael e (iii) Formação Arroio América. Estas formações foram reconhecidas em todas as áreas de ocorrência do Grupo Maricá e representam o desenvolvimento de duas seqüências deposicionais (Seqüência Maricá Inferior e Seqüência Maricá Superior), que possivelmente representam dois ciclos de elevação e rebaixamento do nível do relativo do mar. A Formação Passo da Promessa compreende depósitos de arenitos e arenitos conglomeráticos com estratificação cruzada acanalada, localmente contendo níveis de conglomerados, interpretados como formados por um sistema de planície fluvial de canais entrelaçados (Associação de Fácies Passo da Promessa). Estes depósitos fluviais apresentam um elevado grau de maturidade textural de sua carga clástica e paleocorrentes que apontam um transporte sedimentar predominantemente de S para N. As fácies encontradas na Formação São Rafael foram reunidas em três associações que representam distintos sub-ambientes de uma plataforma marinha. A Associação de Fácies Passo do Salsinho compreende depósitos de ritmitos arenosos tabulares, interpretados como formados por correntes de turbidez em ambientes de costa afora. A Associação de Fácies Lavras do Sul caracteriza-se por ritmitos arenosos e heterolíticos interpretados como formados em ambientes de face litorânea, devido à presença de diversas estruturas sugestivas da atuação de ondas normais e, até mesmo, de tempestade. A Associação de Fácies Três Estradas, que diferentemente das demais associações, ocorre de forma muito restrita, é composta por depósitos de ritmitos arenosos e pelíticos interpretados como formados em ambientes de águas rasas (antepraia), com alguns indícios de atuação de correntes de maré. A unidade de topo, Formação Arroio América, quase que essencialmente formada por arenitos, arenitos conglomeráticos e conglomerados, com exceção de dois níveis de ritmitos arenosos e pelíticos, é interpretada como formada por um sistema de planície fluvial de canais entrelaçados. As paleocorrentes apontam sentido de transporte para NE e NW. Seus fragmentos, assim como na unidade basal, também são caracterizados por apresentarem um elevado grau de maturidade textural. Os estudos de proveniência, paleocorrentes, petrográficos e geocronológicos dos fragmentos da fração calhau revelaram que as principais áreas fontes do Grupo Maricá eram compostas por álcalis feldspato granitos, tonalitos e milonitos graníticos com idades do Arqueano e Paleoproterozóico, além de uma contribuição pouco significativa de quartzo de veio, quartzitos e rochas vulcânicas ácidas e intermediárias. De acordo com estes dados, e com as paleocorrentes que vêm de sul, acredita-se que o Cráton Rio de La Plata e, possivelmente, o embasamento do Cinturão Dom Feliciano no Uruguai foram as entidades tectônicas que serviram de fonte para os depósitos aluviais desta unidade. As características litofaciológicas, o padrão de empilhamento dos sistemas deposicionais, a maturidade textural e a área fonte cratônica revelaram que a Bacia do Camaquã, durante o desenvolvimento do Grupo Maricá, era ampla e se desenvolveu em uma ambiente tectonicamente estável, sem evidência de atividade orogênica contemporânea. Estes elementos reafirmam a independência tectônica desta bacia frente às atividades tectônicas relacionadas à Orogenia Brasiliana na região. Conseqüentemente, permitem interpretara a Bacia do Camaquã durante a deposição do Grupo Maricá como uma bacia intracratônica. / The Maricá group contains the first unmetamorphosed sedimentary successions of Rio Grande do Sul state. These deposits are exposed in western margins of Camaquã basin, where a basal contact with Rio Vacacaí terrane is characterized by faults, in some areas by a lithological unconformity. According to geochronological data of basements units and intrusive plutonic and sub-volcanic bodies, the Maricá group was developed between 620 and 600Ma. The aim of this work is to propose a paleogeographical evolution of Maricá group. Five methods of paleogeographical reconstruction were done: (i) geological mapping (1:100.000 scale), (ii) description of lithofacies assemblies, (iii) interpretation of deposicional systems and sequences, (iv) provenance and paleocurrents analyses and (v) geochronological analyses of cobble and pebble to discover the ages of source areas. The Maricá group was divided in three lithostratigraphic units: (i) Passo da Promessa formation, (ii) São Rafael formation and (iii) Arroio América formation. These units were mapped in all exposed areas of Maricá group and were grouped into two sequences (Lower Maricá Sequence and Upper Maricá Sequence). The basal unit (Passo da Promessa formation) comprises sandstones and conglomeratic sandstones with trough cross-stratifications; massive conglomerates and conglomerates with cross-stratifications are in minor proportion. These deposits were interpreted as a large braided fluvial plain, characterized by high textural maturity. Paleocurrents show that the transport was towards the North during the evolution of this unit. Lithofacies of intermediate unit (São Rafael formation) were grouped into three facies associations that were developed in a marine epicontinental platform. Passo do Salsinho Facies Association consists of monotonous tabular sandstones and rhythmites formed by turbidite currents in a offshore environment. Lavras do Sul Facies Association is composed of rhythmites and sandstones with lenticular bedding, wavy bedding, hummocky cross-stratification and others structures that indicate deposition in shoreface environments. Três Estradas Facies Association is restrict, cropping out only in Passo do Salsinho and Três Estradas regions. This association comprises sandstones, siltstones and mudstones, which yours deposits are characterized by several structures (lenticular bedding, wavy bedding, herring-bone cross-stratifications etc.) showing deposition in foreshore environments. Arroio America formation includes sandstones and conglomeratic sandstones with trough cross-stratifications, in minor proportion conglomerates and rhythmites, which are grouped into Arroio América Facies Association. This facies association indicates deposition in a braided fluvial plain system. Paleocurrents show that the transport was towards the Northwest and Northeast during the evolution of this unit. These deposits are characterized by high textural maturity, which yours fragments are rounded, well rounded and well sorted. Paleocurrents and provenance analyses show that source areas of Maricá group were composed of granites rocks (alkalis feldspar granite and granite with garnet) and tonalities; quartzite, quartz vein and volcanic rocks are in minor proportion. According to geochronological analyses of cobble samples, these source areas were developed in Archean and Paleoproterozoic ages. The provenance and paleocurrents analyses suggest that Rio de La Plata Craton and some Archean and Paleoproterozoic basement units of Dom Feliciano Belt in Uruguay were the most important source area and the Rio Vacacaí terrane was the basement unit of the Camaquã basin during the Maricá group evolution. The facies associations, the depositional systems successions, the high textural maturity and the cratonic source areas shows that Maricá group was developed in a wide steady basin, probably in an intracratonic environment. There are no evidences of tectonics events during the Maricá group deposition. These elements prove that the Camaquã basin was not related to the Brasiliano Orogeny.
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Evolução policíclica da infra-estrutura da porção sul do Estado de Minas Gerais e regiões adjacentes do Estado de São Paulo / Not available.

Antonio Carlos Artur 20 May 1988 (has links)
Este trabalho é o resultado do estudo de uma área com cerca de 40.000 km2, localizada na região sul do Estado de Minas Gerais e regiões adjacentes do Estado de São Paulo. Objetivou-se, com a presente pesquisa, esboçar uma evolução geológica crustal para os terrenos da infra-estrutura da região considerada. Para tanto, foram efetuados mapeamento e compilação de dados geológicos, litológicos e estruturais da área enfocada, que adicionalmente foi submetida a estudos petrográficos, geocronológicos e tipologia do zircão. Os terrenos pré-cambrianos da infra-estrutura da área em foco são agrupados nos Complexos Barbacena e Guaxupé, de idades arqueanas; Complexo Amparo, de idade transamazônica; e os Complexos Pinhal e Campos Gerais, de idades brasilianas. As sequências supracrustais são relativas ao Grupo Babuí e às Formações Eleutério e Pouso Alegre, de idades brasilianas e aos Grupos São João Del Rei e Canastra, bem como ao Complexo Andrelândia/Itapira/Carrancas, referíveis ao evento transamazônico. Os terrenos da infra-estrutura apresentam evolução geológica complexa, policíclica e polifásica, com o registro de eventos tectonometamórficos ocorridos no Arqueano, no Proterozóico Inferior e Proterozóico Superior, caracterizados ao nível tanto de fenômenos de acreção vertical quanto de retrabalhamento crustal. No Arqueano a crosta foi gerada dominantemente à partir da acreção vertical, a qual foi transformada, por retrabalhamentos crustais, em granulitos, ortognaisses e migmatitos. Os primeiros compõem o Complexo Guaxupé, enquanto os ortognaisses e migmatitos, são os representantes principais do Complexo Barbacena. Os dados geocronológicos para os ortognaisses e rigmatitos, oscilam entre 3,4 e 2,4 b.a. e estão particularmente agrupados nos intervalos entre 3,0-2,9; 2,8-2,7 e 2,5-2,4 b.a. No proterozóico Inferior as litologias arquanas foram, em grande parte, modificadas atravé da acreção vertical e de ) processos deformacionais e anatéticos, dando origem ao Complexo Amparo. No primeiro grupo das modificações, incluem-se as intrusões de numerosos corpos granitóides com destaque para os corpos de São Gonçalo do Sapucaí, Cristália e Porto dos Mendes. Os retrabalhamentos crustais envolvem, pelo menos, duas fases de migmatização das litologias arquanas acompanhadas de novas fases de dobramentos e transposições. As datações geocronológicas apontam dois períodos principais de migmatização e intrusões magmáticas, enquadradas nos intervalos entre 2,2 e 2,1 b.a. e entre 1,9 e 1,8 b.a. No Proterozóico Superior ocorrem novas modificações das litologias pretéritas (arqueanas e do proterozóico inferior) tanto por acreção vertical quanto por retrabalhamentos crustais envolvendo migmatização, responsáveis pela geração do Complexo Pinhal, e cisalhamentos dúcteis e rúpteis, que induzem à geração do Complexo Campos Gerais e às Faixas de Cisalhamento Pouso Alegre/Varginha e Ouro Fino/Jacuí. A acreção vertical, muito intensa em boa parte da região considerada, é de caráter essencialmente calco-alcalino e, subordinadamente, subalcalina e alcalina, com destaque para os batólitos de Jaguariúna, Morunçaba, Socorro, Pinhal, Caldas, Pedra Branca e Mococa, entre outros. O retrabalhamento crustal é polifásico, e se caracteriza por duas fases principais de migmatização acompanhadas de dobramentos e transposições. Superpõem-se a estas duas fases, a intensa transposição referentes aos cisalhamentos dúcteis e rúpteis, que imprimem às rochas estruturas blastomiloníticas, miloníticas e ultramiloníticas. Os estudos radiométricos efetuados em migmatitos, granitóides e gnaisses blastomiloníticos, forneceram idades, aproximadas, entre 880 e 550 m.a.. A integração das observações geológicas dos terrenos de infra-estrutura em modelos geo-tectônicos, torna-se difícil para as áreas arqueanas e transamazônicas situadas fora do Craton do ) São Francisco. Este fato, deve-se a sua obliteração pelos fenômenos brasilianos que reduziram substancialmente a área de exposição de rochas com feições geológicas originais intactas. Assim, só foi possível a caracterização primária de algumas litologias que indicam a moldagem da crosta continental, tanto através de processos de acreção quanto por retrabalhamentos crustais através de deformação, metamorfismo e anatexia. A frequência e características desta litologia indicam um crescimento crustal essencialmente por acreção vertical, acompanhado de retrabalhamentos que afetam rochas, dominantemente, de pequena vivência crustal. Já para as áreas brasilianas a integração das litologias em associações mais amplas acompanhadas da caracterização de sua distribuição espacial, bem como da determinação do tipo de deformações presentes e da compartimentação tectônica regional, permite inserir a evolução crustal em modelos geotectônicos correntes. No caso da área investigada, as feições mencionadas tem muitas características em comum com áreas de colisão continental. / This research is a result of the geological study of an area that comprises about 40.000km², and lies at southern region of Minas Gerais state and adjoining regions of São Paulo state. This study had as the main goal, to draft an global crustal geological evolution to the infra-structure terrains of the region. Thus geological mapping were fulfilled and geological, lithological and structural data compilation were considered, and complementaryly petrographic, geochronologic and zircon typology studies were added. The infra-structure Precambrian terrains of the focused area may be grouped into Archean Barbacena and Guaxupé Complexes: transamazonic Amparo Complex; and the brazilian Pinhal and Campos Gerais Complexes. The supracrustal sequences may be ascribed to the brasilian Eleuterio and Pouso Alegre Formations and Bambui Group, and transamazonic Canastra of São João del Rei Groups and finally the Andrelandia/Itapira/Carrancas Complexes. The infra-structure terrains present policiclic and poliphasic geological evolution, that embrace the tectonic metamorphic events occurred in the Archean, in the Lower Proterozoic and Upper Proterozoic, characterized by vertical accretion and crustal reworking. In the Archean the crust was generated dominantly by vertical accretion, which was transformed, by crustal reworking into granulites, orthogneisses and migmatites. The Guaxupé Complex is composed by granulites and the Barbacena Complex has as the main constituents the orthogneisses and migmatites. The geochronological data relative to orthogneisses and migmatites range between 3,4 and 2,4 b.y. and are particularyly grouped at the intervals from 3,0-2,9; 2,8-2,7; and 2,5-2,4 b.y.. In the Lower Proterozoic the Archean lithologies were, in great amount, modified by vertical accretion and anatectics and deformational processes, making up the Amparo Complex. In the first group of transformation one may include the ubiquitous granitic emplacements specially the São Gonçalo do Sapucai, Cristalia and Porto dos Mendes granitic bodies. The crustal reworkings embrace at least two phases of migmatization of the Archean lithologies, together with new phases of deformations and transpositions. The geochronological data display two main periods of migmatization and magmatic intrusions, situated in the intervals between 2,2 and 2,1 b.y. and between 1,9 and 1,8 b.y. In the Upper Proterozoic occurred new transformations of ancient lithologies (Archean and Lower Proterozoic lithologies) by vertical accretion and crustal reworkings characterized by migmatization, responsible to the growing of Pinhal Complex and give rise ductiles and ruptiles shearing zones that leads to generation of Campos Gerais Complex and the Shear Belts of Pouso Alegre/Varginha and Ouro Fino/Jacui. The vertical accretion too intense in great part of focused area, is essentially of calcalkaline character and locally sub-alkaline and alkaline, exemplified with conspicuousness by the Jaguariuna, Morungaba, Socorro, Pinhal, Caldas, Pedra Branca, Mococa batholithes, and so on. The crustal reworking is poliphasic and may be characterized by two main phases of migmatization, followed by deformations and transpositions. Superimposed to these two phases, there is a strong transposition characterized by ruptiles and ductiles shearing events, that imprints in the rocks blastomylonitic, mylonitic and ultramylonitic structures. The radiometric data carried out in migmatites, granites and blastomylonitic gneisses provided age values of approximately 880 and 500 m.y., with concentrations of values in the intervals of 585 and 560 m.y. The ductile phase would have occurred before 560 m.y. and the ruptile phase would be situated at 490 m.y. The integration of geological observations, of the infra-structure terrains in geotectonic models becames difficult to Archean and transamazonic areas situated outside of São Francisco craton. This is because of obliteration of original features of rocks by brasilian fenomena. Thus, it was only to make the primeval characterizations of some lithologies which indicates the continental crust moulding by accretion processes as well as by crustal reworking through deformation, metamorphism and anatexis. The frequence and features of this lithologies indicate a crustal growth essentially by vertical accretions and by reworkings that affect rocks predominantly of little crustal time of residence. On the hand, concerning to brasilian areas, the integration of lithologies in ample associations and characterization of its special distribution as well as of determination of deformation types occured and of regional tectonic compartmentalization, allow us to insert crustal evolution in updated geotectonic models. In the case of investigated area the mentioned features have several characteristics in common with continental collisions areas.
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Termocronologia por traços de fissão em apatita da borda sul da bacia do Amazonas, na região de Itaituba, PA

PINA, Aline Carla Miranda de January 2014 (has links)
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Nesta região afloram rochas sedimentares de idade paleozóica, pertencentes às formações Pitinga, Maecuru, Ererê, Barreirinha, Curiri, Monte Alegre e Itaituba, representantes da fase sinéclise da bacia sedimentar do Amazonas; rochas sedimentares da fase rifte desta bacia reunidas na Formação Prosperança; além de rochas ígneas do Grupo Iriri, Suíte Intrusiva Parauari, Suíte Intrusiva Igarana e Suíte Intrusiva Maloquinha, unidades do Cráton Amazônico que compõem o embasamento desta bacia sedimentar. A termocronologia por traços de fissão em apatitas foi empregada na investigação da evolução termotectônica da bacia sedimentar do Amazonas, na região de Itaituba (PA), principalmente, a partir da datação de rochas do embasamento desta bacia. O método de traços de fissão em apatita é um marcador termocronológico de baixa temperatura, registrando temperaturas de no máximo 120ºC. Quando submetidas a condições de temperaturas superiores a esta os traços de fissão das apatitas são apagados, zerando o relógio geocronológico para este método, e registra, assim, um novo evento. Dessa forma, esta ferramenta foi utilizada para fornecer as idades de eventos de resfriamento correlacionáveis ou não a processos tectônicos que afetaram a Bacia do Amazonas, e que ficaram igualmente registrados nas rochas do seu embasamento. Devido à escassez de apatita nas rochas sedimentares amostradas das unidades da Bacia do Amazonas, apenas uma amostra de arenito da Formação Monte Alegre foi datada pelo método de traços de fissão. Todavia, das rochas do embasamento foram coletadas 20 amostras sendo obtidos 12 resultados de datação, representando diversos litotipos, incluindo riolitos, granitos e gabro de idade paleoproterozóica, pertencentes às quatro unidades citadas anteriormente. O arenito da Formação Monte Alegre, cuja idade litoestratigrafica é do Mesocarbonífero, forneceu idade aparente traços de fissão em apatita (TFA) de 91 Ma. Estatisticamente essa amostra revelou a existência de duas populações de grãos de apatita: uma população com idade média de 105 Ma e outra população com idade média de 64 Ma, indicando que esta amostra foi submetida a dois eventos termotectônicos. Este fato pode ser confirmado através do modelamento térmico que também mostrou a presença de 2 eventos cujas idades são de 106 Ma e 58 Ma. As amostras do embasamento foram divididas em dois grupos, de acordo com as idades TFA obtidas e os resultados dos modelamentos matemáticos. No grupo 1 as idades TFA variaram entre 163,0 Ma e 258,7 Ma, para o grupo 2 as idades estabelecidas foram entre 142,1 Ma e 180,9 Ma. Vale ressaltar que as idades de cristalização dos corpos ígneos amostrados situam-se entre 1,8 e 1.9 Ga. Em geral o modelamento matemático das amostras dos grupos 1 e 2 registram os mesmos episódios, primeiro um de resfriamento, seguido de aquecimento e por ultimo um novo episódio de resfriamento. Este último evento de resfriamento ocorreu aproximadamente há 100 Ma para todas as amostras destes grupos, com exceção da amostra IT-16 que passa pelo evento final de resfriamento há 62 Ma. Já as histórias térmicas das amostras IT-22 e 23 mostram um período de resfriamento acelerado em relação às amostras anteriores, finalizando suas histórias térmicas em 39 Ma e 35 Ma, respectivamente, sugerindo a existência de eventos neotectônicos na região. Os eventos de aproximadamente 100 Ma registrados no arenito da Formação Monte Alegre e nos modelamentos das amostras do embasamento podem estar correlacionadas a uma tectônica compressional que ocorreu em função da abertura do Atlântico Equatorial a leste e do movimento convergente da zona de subducção andina, a oeste da placa Sul Americana. Por sua vez os eventos de idade Terciária (64 - 58 Ma) marcados nestas rochas podem mostrar reflexos de um processo transformante dextral onde interagiram as placas Sul Americana, Caribeana e Nazca, reativando antigas zonas de fratura. As diversas idades obtidas para as amostras do embasamento (variando entre 142,1 Ma e 258,60 Ma) não são marcadoras de grandes eventos tectônicos, mas podem estar registrando as diferentes idades em que essas amostras passaram pela isoterma de 120°C, indicando assim a ocorrência de uma tectônica com comportamento diferenciado nos diversos setores desta região

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