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Atenção especializada no SUS: da máquina de produção de procedimentos a uma rede de produção de cuidados / Specialized attention in the SUS: from the production machine of procedures to a network of care productionDébora do Carmo 09 August 2017 (has links)
A experiência de construção do Sistema Único de Saúde vem possibilitando reflexões e inovações conceituais tanto em relação ao processo de gestão quanto à organização do cuidado. Proposições aparentemente quase inquestionáveis, como a hierarquização dos serviços de saúde e sistema de referência e contrarreferência, tendo a atenção básica como base da pirâmide, vêm sendo alvo de ressignificações importantes. A Atenção Especializada configura-se como um lugar crítico na atenção à saúde, tradicionalmente construído como um espaço de produção de consultas e procedimentos, principalmente médicos, descolado da discussão de gestão do cuidado e da constituição de uma rede cuidadora. Esse espaço também é marcado por uma pobreza de formulações e debates a respeito de apostas, conceitos e possibilidades. As poucas publicações sobre o assunto têm como marcadores principais a regulação burocrática e a gestão de filas. Assim, dispositivos que aproximem os trabalhadores da atenção especializada aos diferentes lugares da atenção, rompendo com as lógicas fragmentadas, configuram experiências que devem ser, mais do que compartilhadas, cartografadas e analisadas, melhor ainda se a partir da experiência, da vivencia e da implicação dos diversos atores. A proposta desta dissertação foi fazer um estudo cartográfico da experiência de São Bernardo do Campo/SP na organização do cuidado especializado dentro da rede de atenção, com destaque para os dispositivos que possibilitaram aproximação, constituição de espaços de conversa e troca entre os trabalhadores para construção de novos sentidos aos enunciados de integralidade, responsabilização, cuidado compartilhado e solidariedade. / The experience of building the Brazilian Public Health System has allowed reflections and changes of concept both in relation to the management process and the organization of care. Seemingly almost unquestionable propositions, such as the hierarchization of health services and the reference and counter-reference system, with Primary Attention Care as the basis of the pyramid, have been the subject of important resignifications. The specialized care is set up as a critical place in health care, traditionally built as a production space of consultations and procedures, detached from the discussion of care management and the constitution of a care network. This space is also marked by a lack of formulations and debates about bets, concepts and possibilities. The few publications on the subject have as main markers the regulation and management of queues. Thus, devices that approach workers from the specialized attention to the different places of care, breaking with the fragmented logics, configure experiences that must be more than shared, mapped and analyzed, better still if from experience, living experience and implication of various actors. The purpose of this dissertation was to make a cartographic study of the experience of São Bernardo do Campo/SP in the organization of specialized care within the care network, highlighting the devices that allowed the approach,constitution of spaces of conversation and exchange among workers to build new meanings to the integrality statements, accountability, shared care and solidarity.
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Como avançar na humanização do cuidado oferecido por uma Unidade Básica de Saúde?: Uma Pesquisa Implicada / How to go further in the humanization of the care offered at a health basic center? A participatory action-researchMolina, Marcia Castagna [UNIFESP] 30 March 2011 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2011-03-30 / O estudo relata e analisa uma pesquisa-intervenção que realizei em uma unidade de saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas, onde atuo como apoiadora distrital. O empírico da tese começou em dezembro de 2008, com um pedido para que eu, como apoiadora, trabalhasse a “comunicação” na equipe. A intervenção, visando a atender tal demanda, cumpriu duas etapas principais. Na primeira, foram realizadas quatro “oficinas de comunicação”, envolvendo 69 funcionários da unidade. A partir das oficinas, foram mantidos encontros com os trabalhadores, escolhidos pelos grupos como facilitadores da comunicação, para trabalhar sobre o material produzido e viabilizar as propostas de solução por eles apresentadas. O trabalho transcorreu durante os seis meses seguintes, tendo como momentos fortes as reuniões gerais mensais para as quais todos os funcionários eram convidados, com suas agendas liberadas e a unidade trabalhando com um plantão de atendimento para os usuários que lá aparecerem. Foi um período de intensa conversão entre os trabalhadores e busca de reconstrução de relações e modos de se produzir o cuidado. A segunda etapa constituiu-se de “oficina de humanização”, preparada a partir de entrevistas com os trabalhadores e a gestora da unidade de saúde, sobre seu entendimento a respeito da humanização e de sua avaliação sobre o cuidado oferecido pela unidade de saúde. O desafio metodológico foi transitar da função institucional que exerço a partir de marcado lugar de poder, autoridade e de “exterioridade” em relação à equipe de trabalhadores, para uma inserção mais íntima e “interna” às suas relações micropolíticas, tentando produzir, com eles, reflexões e ações voltadas para a humanização das relações que regem seu cotidiano e, ao mesmo tempo, das relações que estabelecem com os usuários na produção do cuidado. Uma pesquisa implicada, portanto, porque tive que lidar, o tempo todo, com a tensa relação entre minha localização na hierarquia das relações de autoridade formal da organização - e a racionalidade, interesses e tempo que lhe são próprios -, com a dinâmica e modo de funcionamentos da equipe. O estudo apresenta e problematiza o nada simples movimento de interiorização/exteriorização em relação ao campo micropolítico quefoi sendo investigado, modificado e produzido, em intenso compartilhamento com os trabalhadores. Na tradição inaugurada pela pesquisa-ação e consolidada no campo da sociologia reflexiva, em particular nos escritos de Alberto Melucci, tive a preocupação de ir produzindo, o tempo todo, um diálogo teórico com autores que, de modo mais ou menos direto, contribuíssem para ir clareando os caminhos abertos pela investigação, em particular o conhecimento que ia sendo apropriado em ato pelos atores organizacionais, modificando suas relações e os modos de se produzir o cuidado. Uma intervenção que produzisse, ao mesmo tempo, o “objeto” e a teoria para pensar o “objeto” que estava sendo produzido. A tese foi a configuração da construção de um mapa. O mapa é composto por meridianos e paralelos que se cruzam o tempo todo e vão reconstruindo o caminho das minhas intervenções, sempre em diálogo com autores que contribuíam para uma melhor compreensão dos problemas práticos que ia enfrentando. Os meridianos produzem a “verticalidade” do mapa, delimitando “campos de observação e/ou reflexão”, recortes-referência, sempre atravessados pelos paralelos que vão produzindo a sua “horizontalidade”. Os meridianos surgem com a intervenção, são produzidos nela, sendo irregulares no seu tamanho e configuração. Três são os meridianos que compõem o mapa: 1- minha construção como sujeito epistêmico: apoiadora pesquisadora; 2- o CS da intervenção: cenário de sofrimento e conflitos; 3- a intervenção. Os três meridianos são atravessados por cinco paralelos: reflexões metodológicas; reflexões teóricas sobre o problema da pesquisa; reflexões sobre o cuidado; reflexões sobre a gestão e reflexões sobre o contexto. Os paralelos, apesar de preservarem sempre o mesmo enunciado nos três meridianos, modificam-se na especificidade de cada um deles. Estive sempre atenta às linhas de fuga produzidas no cruzamento dos paralelos com os meridianos, buscando nelas indicações sobre outros modos de pensar e fazer o que eu não experimentara antes. / This study describes and analyses an intervention-research that I conducted in one of the Health Centers of the Municipal Health Secretariat of Campinas, Brazil, where I work as a district supporter. The empirical phase of the thesis began in December 2008 after I was asked to work on the “communication” in the team. The intervention took two main steps, aiming at reaching that goal. First there were four “communication workshops”, which involved 69 employees of the unit. After the workshops meetings were held with the employees chosen as communication facilitators by the groups to work on the material produced and to manage the proposals for solving the problems that were presented. The work went on for the following six months and the highlights were the monthly general meetings. All the employees were invited for the meetings, their agendas were cleared and the unit had a group on duty just in case a patient might need it. That was a period when the workers proved intensive changes while searching for the reconstruction of relationships and ways of care. The second step consisted of “humanization workshops” based on interviews with the workers and the manager at the Health Center about the humanization and their evaluation about the care offered at the Heath Center. The methodological challenge was to move from my institutional role of power, authority and “externality” regarding the team of workers to a closer and inner insertion of micro political relationships, trying with them to bring up reflections and actions upon the humanization of their daily relationships and, at the same time, of their relationships with the patients as far as care is concerned. Therefore this was a participatory action-research, because during all the time I had to deal with the tense relationship between my position in the hierarchy of the formal authority of the organization and the rationality, interests and timing of the research itself as well as with the team.s dynamics and ways of working. The study presents and discusses the complex movement of internalization/externalization concerning the micro political field, which was investigated, modified and produced intensely together with the workers. Based on the tradition started by the action-research and consolidatedin the reflexive sociology, especially in Alberto Melucci.s writings, I was during all the time concerned with the production of a theoretical dialog with the authors that could in a more or less direct way contribute to clear the paths opened by investigation and especially by the knowledge gotten by the organizational actors who were modifying the relationships and approaches of providing care. I was concerned with an intervention that could provide at the same time the “object” and the theory to think over the “object” that was being produced. The thesis was the setting up of a map. The map consists of meridians and parallels that intersect all the time while rebuilding my interventions always keeping the dialog with the authors that contributed for a clearer understanding of the practical problems I faced. The meridians make the “verticality” of the map and define the “fields of observation and/or reflection”, as reference clippings. They are crossed by the parallels that make the “horizontality”. The meridians come up by means of the intervention in which they are produced and they are irregular regarding size and configuration. There are three meridians in the map: 1- my construction as epistemic subject: from being a supporter to being a researcher; 2- The Health Center of the intervention: a scenery of suffering and conflicts; 3- the intervention. The three meridians are crossed by five parallels: methodological reflections; theoretical reflections upon the problem of the research; reflections upon the care; reflections upon management and reflections upon the context. Though the parallels always preserve the same statement in the three meridians, they are different according to each respective specificity. I have always paid close attention to any vanishing line at each intersection of meridians and parallels in search for clues leading to other ways of thinking and doing which I had never experienced before. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Avaliação da atenção às condições crônicas em idosos: hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus como condições traçadoras / Evaluation of care for chronic conditions in elderly patients: hypertension and diabetes mellitus as outlining conditionsMarilia Cristina Prado Louvison 04 May 2011 (has links)
Tratase de parte do Estudo SABE Saúde, Bem Estar e Envelhecimento, de delineamento longitudinal de base populacional que entrevistou 2143 pessoas de 60 anos e mais em 2000, no município de São Paulo, e reentrevistou 1115 delas em 2006. O objetivo do presente estudo foi avaliar a atenção às condições crônicas, utilizando a Hipertensão Arterial Sistêmica e o Diabetes Mellitus como condições traçadoras. Para isso, identificouse o uso e acesso aos serviços de saúde e as práticas de controle dessas doenças. Além disso, observouse a associação do uso de serviços com a ocorrência de desfechos desfavoráveis e compararamse indicadores de atenção à saúde com relação à posse de plano de saúde ou não. Foram utilizados testes estatísticos de regressão logística múltipla. Observouse uma prevalência de Hipertensão Arterial Sistêmica de 53,1 por cento e de Diabetes Mellitus do tipo 2 de 16,8 por cento em 2000, com incidência de autorreferência acumulada no período, de 30,0 por cento e 8,0 por cento respectivamente. O uso de três ou mais consultas por idosos hipertensos e/ou diabéticos em 2006 foi de 80,0 por cento e identificouse associação com os fatores de necessidade e com posse de plano de saúde, indicando desigualdades de acordo com o modelo de Andersen. A cobertura de planos de saúde entre os hipertensos e/ou diabéticos foi de 48,9 por cento em 2006, mantido no período. Foi referida dificuldade em usar serviços de saúde por 28,6 por cento dos hipertensos e/ou diabéticos em 2006, a maior parte relacionada à qualidade percebida dos serviços. Quem tem plano de saúde mostrou menor dificuldade de acesso, menor tempo de espera para agendamento e para ser atendido no serviço e maior satisfação com o uso. No entanto, o uso de serviços para controle foi maior entre os que não referiram posse de plano de saúde. Houve ampliação do acesso medicamentoso no período para ambas as doenças, em particular no setor público, com 70,5 por cento dos diabéticos e 88,4 por cento dos hipertensos usando medicação específica em 2006. Não se encontrou associação entre uso de serviços ambulatoriais nem com AVC, nem com perda de capacidade funcional sendo que, houve associação de posse de plano de saúde apenas com dificuldades em AIVD. Por outro lado, usar serviços ambulatoriais com maior frequência, mostrouse protetor ao risco de morrer. A taxa de mortalidade foi de 48 por mil para os hipertensos e 59,2 por mil para os diabéticos. Em conclusão, as condições crônicas estudadas têm forte impacto no uso de serviços, mas estes mostram pouca influência nos desfechos e sugerem desigualdades no acesso e na qualidade da atenção / This is part of the SABE Study Health, Welfare and Aging, a longitudinal study, which interviewed 2143 people, aged 60 and older in 2000, in São Paulo, and reinterviewed 1115 people, in 2006. The aim of this study was to evaluate the care for chronic conditions using Hypertension and Diabetes Mellitus as tracer conditions. For this, use of and access to health services and control practices were identified. Furthermore, association between use of health services and the occurrence of unfavorable outcomes was observed and, indicators of health care between public health and health insurance were compared. Logistic regression was used for multivariate analysis. The prevalence of hypertension was 53.1 per cent and type 2 Diabetes Mellitus was 16.8 per cent in 2000 and the incidence of selfreference accumulated in the period was 30.0 per cent and 8.0 per cent respectively. The use of three or more visits by hypertensive and / or diabetics in 2006 was 80.0 per cent. It was possible to identify an association between health services use and the factors of need and health insurance, indicating inequalities, according to the model of Andersen. The percent of the health insurance of hypertension and / or diabetes was 48.9 per cent in 2006. Difficulty in health services use was referred by 28.6 per cent of hypertensive and / or diabetics in 2006 mostly related to quality of services. Those who have health plan haves less difficulty of access, less waiting time for scheduling and to be serviced and increased satisfaction with use. However, the services use for disease control was higher among those who did not have health insurance and the access to drugs was increased, particularly in the public sector, with 70.5 per cent of diabetics and 88.4 per cent of the patients using drugs in 2006. There was no association between health services use and the incidence of stroke and loss of functional capacity, but the last one was associated with health insurance. On the other hand, an increased use of health services is related with a lower risk of death. Mortality rate was 48 per thousand for hypertensive and 59.2 per thousand for diabetics. In conclusion, the chronic conditions studied have a strong impact on the use of services, but they showed little influence on outcomes and suggest inequalities in access and quality of care
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