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O gesto autoral e o testemunho em Memórias do cárcere / The authorial gesture and the testemony in Memórias do cárcere

Silva, Valéria Gomes Ignácio da 27 August 2015 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T19:58:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Valeria Gomes Ignacio da Silva.pdf: 794134 bytes, checksum: e73473acd6c20a1cf634d34454867c6a (MD5) Previous issue date: 2015-08-27 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Memórias do cárcere, de Graciliano Ramos, publicada em 1953, mais de 15 anos após a reclusão do autor em diferentes endereços prisionais do Estado Novo, oferece ao pesquisador uma ampla fortuna crítica, que, no entanto, não é capaz de esgotar outras perspectivas interpretativas de uma obra que ainda não terminou de dizer o que tinha para dizer , na oportuna observação de Calvino ao se referir à concepção de clássico. Esta dissertação tem por objetivo a investigação sobre a singularidade da narrativa de Memórias do cárcere a partir de seu caráter híbrido, entre o literário-memorialista e o testemunhal em suas acepções de testis, superstes e auctor. Nesse território em movimento, que não permite a afirmação de um gênero puro, pergunta-se qual é a voz que ocupa o lugar literário do sujeito e como a narrativa presentifica o passado por meio das lacunas da memória e de uma escrita esgarçada entre o desejo de testemunhar o acontecimento traumático e a impossibilidade de fazê-lo. A hipótese apresentada é a de que a narrativa é marcada por uma crise de representação, que só pode ser materializada numa escritura híbrida, em que, nos estatutos testemunhais de testis e supertes, intervém o auctor, o sujeito determinado a elaborar esteticamente a experiência por meio da linguagem. A relevância teórica da proposta está em refletir sobre as aporias da representação estética da violência, tendo como foco os deslocamentos do sujeito entre a subjetivação e a dessubjetivação, além de pressupostos éticos e do aporte de elementos ficcionais para criar um novo lugar narrativo. Tem-se, como principais referências teóricas, os conceitos de testemunho e teor testemunhal (Agamben; Seligmann-Silva; Nichanian), memória-esquecimento e restos (Benjamin; Seligmann-Silva), relato e narração (Blanchot), gesto autoral e função-autor (Agamben; Foucault). O esforço interpretativo para a análise dessa operação narrativa, que ultrapassa o modelo de ficção realista para inscrever o testemunho na língua, vale-se da seleção e do exame de fragmentos da obra em sua correlação com os conceitos destacados. A conclusão é que a prevalência do gesto autoral, inexpresso em vazios tornados performance no discurso, permite à obra alcançar outro espaço literário por meio do ato narrativo tornado acontecimento / Memórias do cárcere, de Graciliano Ramos, publicada em 1953, mais de 15 anos após a reclusão do autor em diferentes endereços prisionais do Estado Novo, oferece ao pesquisador uma ampla fortuna crítica, que, no entanto, não é capaz de esgotar outras perspectivas interpretativas de uma obra que ainda não terminou de dizer o que tinha para dizer , na oportuna observação de Calvino ao se referir à concepção de clássico. Esta dissertação tem por objetivo a investigação sobre a singularidade da narrativa de Memórias do cárcere a partir de seu caráter híbrido, entre o literário-memorialista e o testemunhal em suas acepções de testis, superstes e auctor. Nesse território em movimento, que não permite a afirmação de um gênero puro, pergunta-se qual é a voz que ocupa o lugar literário do sujeito e como a narrativa presentifica o passado por meio das lacunas da memória e de uma escrita esgarçada entre o desejo de testemunhar o acontecimento traumático e a impossibilidade de fazê-lo. A hipótese apresentada é a de que a narrativa é marcada por uma crise de representação, que só pode ser materializada numa escritura híbrida, em que, nos estatutos testemunhais de testis e supertes, intervém o auctor, o sujeito determinado a elaborar esteticamente a experiência por meio da linguagem. A relevância teórica da proposta está em refletir sobre as aporias da representação estética da violência, tendo como foco os deslocamentos do sujeito entre a subjetivação e a dessubjetivação, além de pressupostos éticos e do aporte de elementos ficcionais para criar um novo lugar narrativo. Tem-se, como principais referências teóricas, os conceitos de testemunho e teor testemunhal (Agamben; Seligmann-Silva; Nichanian), memória-esquecimento e restos (Benjamin; Seligmann-Silva), relato e narração (Blanchot), gesto autoral e função-autor (Agamben; Foucault). O esforço interpretativo para a análise dessa operação narrativa, que ultrapassa o modelo de ficção realista para inscrever o testemunho na língua, vale-se da seleção e do exame de fragmentos da obra em sua correlação com os conceitos destacados. A conclusão é que a prevalência do gesto autoral, inexpresso em vazios tornados performance no discurso, permite à obra alcançar outro espaço literário por meio do ato narrativo tornado acontecimento

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