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Utilização da membrana amniótica na trabeculectomia para o tratamento do glaucoma primário de ângulo aberto / The use of amniotic membrane in trabeculectomy for the treatment of primary open angle glaucoma

Ricardo Nunes Eliezer 07 February 2007 (has links)
INTRODUÇÃO: A trabeculectomia é a técnica de eleição para o tratamento cirúrgico do glaucoma. Entretanto, estudos recentes têm demonstrado perda da eficácia e menor redução da pressão intra-ocular dos pacientes submetidos à cirurgia ao longo dos anos. Esta diminuição decorre do contínuo processo de cicatrização e proliferação de fibroblastos na superfície epiescleral na região da bolha filtrante. Com o objetivo de diminuir esta proliferação fibroblástica e a conseqüente perda de função da trabeculectomia, introduziu-se o uso de antimetabólicos como o 5-fluorouracil e a mitomicina C. O uso dos antimetabólicos, no entanto, com freqüência é acompanhado dos indesejáveis efeitos da filtração excessiva e hipotonia. O uso da membrana amniótica em oftalmologia remonta aos anos de 1940, quando vários autores relataram seus efeitos benéficos no tratamento de doenças da superfície ocular. Além de promover a epitelização de superfícies, a membrana amniótica também é inibidora da fibrose. O efeito inibidor da fibrose pela membrana amniótica é altamente desejável na modulação da cicatrização após a trabeculectomia. O objetivo deste estudo é comparar a eficácia e a segurança do uso da membrana amniótica na trabeculectomia no tratamento cirúrgico do glaucoma primário de ângulo aberto. MATERIAL E MÉTODOS: Foi realizado um estudo prospectivo aberto, aleatório, com grupos paralelos de tratamento. Sessenta e três pacientes com indicação de cirurgia para glaucoma foram selecionados e aleatoriamente divididos em 2 RESUMO grupos. O primeiro grupo foi submetido a trabeculectomia com o uso peroperatório da membrana amniótica (grupo estudo) e o segundo grupo foi submetido a trabeculectomia sem o uso da membrana amniótica (grupo controle), na seção de glaucoma do Departamento de Oftalmologia da Santa Casa de São Paulo. Foram avaliados os efeitos redutores da pressão intraocular, número de medicações, aparência da bolha filtrante e complicações. Todos os pacientes foram acompanhados por 12 meses. RESULTADOS: A média das pressões pré-operatórias foi de 25,19 ± 7,34 mmHg no grupo da membrana amniótica e 25,42 ± 7,71 mmHg no grupo controle. A média das pressões pós-operatórias foi de 13,13 ± 2,50 mmHg no grupo da membrana amniótica e 15,47 ± 2,92 mmHg no grupo controle, diferença estatisticamente significante no seguimento de 1 ano. Não foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os grupos controle e estudo em relação ao número de medicações pré e pós-operatória. No final de 12 meses de seguimento, no grupo de estudo, dois entre 31 olhos (6,45%) apresentaram bolha plana e vascularizada, 14 olhos (45,16%) bolha elevada e pouco vascularizada e 15 olhos (48,38 %) bolha fina e avascular. No grupo controle sete entre 32 olhos (21,87%) apresentaram bolha plana vascularizada, 22 olhos (68,75%) bolha elevada e pouco vascularizada e três olhos (9,37%) bolha fina e avascular. Foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os grupos estudo e controle quanto a distribuição dos tipos de bolha encontradas. As complicações observadas no grupo de estudo foram um olho com câmara anterior rasa (3,22%) e dois olhos que apresentaram bolha encapsulada (6,45%). No grupo controle, dois olhos apresentaram câmara anterior rasa (6,25%), um olho descolamento de coróide (3,12%) e dois olhos RESUMO com bolha encapsulada (6,25%). CONCLUSÃO: O presente estudo demonstrou que a trabeculectomia com membrana amniótica causou maior redução da pressão intra-ocular e aparência menos vascularizada das bolhas filtrantes. Mostrou-se uma técnica segura e com baixo índice de complicações. / INTRODUCTION: Trabeculectomy is the procedure of choice for the surgical treatment of glaucoma until nowadays. However, recent studies have demonstrated a loss of efficacy and minor reduction of intraocular pressure in patients who underwent surgery over the years. This loss of efficacy of the trabeculectomy is related to the continuous process of healing and fibroblastic proliferation in the episcleral surface inside the filtering bleb. The use of 5-fluorouracil or mitomycin-C can improve the results of trabeculectomy, but they have been associated with an increased incidence of postoperative complications, especially in primary trabeculectomies. The use of amniotic membrane in ophthalmology retraces back to 1940, when some authors showed its beneficial effect in treatment of ocular surface disorders. Amniotic membrane can promote epitelization of ocular surface and act as an inhibitor of fibrosis. The purpose of this study was to compare the safety and efficacy of human preserved amniotic membrane in the trabeculectomy for treatment of primary open angle glaucoma. METHODS: The study was a prospective, randomized clinical trial comparing primary trabeculectomy with amniotic membrane (study group) and without amniotic membrane (control group) in the treatment of the glaucoma. Intraocular pressure (IOP), number of glaucoma medication, appearance of the bleb and complications were compared between the two groups. Sixty-three patients were divided in the study group of 31 patientes and control group of 32 patients and were followed for a period of 12 months in the glaucoma section of Santa Casa de Sao Paulo. RESULTS: The mean pre-operative IOP was 25.19 ± 7.34 mmHg in the amniotic membrane group and 25.42 ± 7.71 mmHg in the control group. The difference of the mean postoperative IOP between groups was statistically significant; in the control group it was 15.47 ± 2.92 mmHg and in the study group 13.13± 2.50 mmHg at one year follow up. Postoperative number of medication decreased in both groups. Analysis shows at the end of 12-month follow-up period in the study group two of 31 eyes (6.45%) exhibited flat vascularized bleb, 14 eyes (45.16%) had elevated but not avascular blebs and 9 eyes (48.38%) showed thin, avascular blebs. In the control group seven of 32 eyes (21.87%) exhibited flat vascularized bleb, 22 eyes (68.75%) had elevated but not avascular blebs and three eyes (9.37%) showed a thin avascular bleb. Complications were: one eye (3.22%) presented with shallow anterior chamber after surgery and two eyes (6.45%) had encapsulated bleb in the study group; in the control group, two eyes (6.25%) presented shallow anterior chamber after surgery, one eye (3.12%) had coroidal detachment and two eyes (6.25%) developed encapsulated bleb. CONCLUSIONS: Trabeculectomy with amniotic membrane and standard trabeculectomy promote lower postoperative IOP and the results showed statistically significant difference between groups in postoperative IOP after one year follow-up. The procedure is safe with low rate of complications.
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Amplitude de pulso ocular em pacientes portadores de glaucoma primário de ângulo aberto assimétrico

Kac, Marcelo Jarczun January 2010 (has links)
Submitted by Ana Lúcia Torres (bfmhuap@gmail.com) on 2017-10-04T13:45:33Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) DISSERTAÇAO MARCELO JARCZUN KAC.pdf: 1310344 bytes, checksum: 894e8b8ff1bbb98f54524b2bf42cfdc9 (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Lúcia Torres (bfmhuap@gmail.com) on 2017-10-04T13:45:45Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) DISSERTAÇAO MARCELO JARCZUN KAC.pdf: 1310344 bytes, checksum: 894e8b8ff1bbb98f54524b2bf42cfdc9 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-10-04T13:45:45Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) DISSERTAÇAO MARCELO JARCZUN KAC.pdf: 1310344 bytes, checksum: 894e8b8ff1bbb98f54524b2bf42cfdc9 (MD5) Previous issue date: 2010 / Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro / Objetivo: Avaliar a amplitude de pulso ocular (APO) utilizando o tonômetro de contorno dinâmico (TCD) em pacientes com glaucoma primário de ângulo aberto (GPAA) assimétrico e pressão intra-ocular (PIO) assimétrica. Métodos: 48 pacientes (96 olhos) com GPAA assimétrico foram recrutados. Três medidas da PIO e da APO foram aferidas utilizando o TCD. Para o diagnóstico de assimetria eram necessárias uma diferença de perda de campo visual maior que 6 dB no índice “mean deviation” (MD), e uma diferença de 5 mmHg na PIO medida com o tonômetro de aplanação de Goldmann (TAG) entre o olho mais afetado e o contra-lateral. Todos os participantes se submeteram a um exame oftalmológico completo, incluindo paquimetria ultrassônica e ecobiometira. Os critérios de exclusão consistiram de: doenças ou cicatrizes corneanas, uso de medicação anti-glaucomatosa tópica ou sistêmica e cirurgia ocular prévia. Resultados: Não houve diferença com significância estatística (p = 0,142) entre o comprimento axial dos olhos do grupo melhor (22,95 +/- 0,91 mm) e pior (22,85 +/- 0,97 mm). Houve diferença estatisticamente significativa (p = 0,011) entre a espessura corneana central do grupo de olhos melhores (537,08 +/- 29,54 μm) e do grupo de olhos piores (534,40 +/- 29,87 μm). Os valores da APO do grupo de olhos melhores (3.32 +/- 1.14 mmHg) foram significativamente menores (p = 0,001) do que os obtidos no grupo de olhos piores (3,83 +/- 1,27 mmHg). Quando corrigimos as medidas de APO pela diferença de PIO entre os olhos houve uma perda da significância estatística entre os grupos (p = 0,996). Conclusão: A APO é semelhante entre os dois olhos de pacientes portadores de GPAA assimétrico com PIO assimétrica. De acordo com esses dados não há evidência de que a APO possa ter um papel no GPAA hipertensivo assimétrico / Aim: To evaluate ocular pulse amplitude (OPA) using the dynamic contour tonometer (DCT) in patients with asymmetric primary open-angle glaucoma (POAG) and asymmetric intra-ocular pressure (IOP). Methods: The participants consisted of 48 patients (96 eyes) with asymmetric POAG. Three measurements of IOP and OPA were taken using DCT. The diagnosis of asymmetry required a difference of glaucomatous visual field loss greater than 6 dB in the global index MD and a difference of 5 mmHg in IOP measured by Goldmann aplannation tonometry (GAT) between the more affected and the contra-lateral eye. All participants underwent full ophthalmologic clinical assessment including ultrasonic pachymetry and biometric measurements. Exclusion criteria were corneal diseases or scars, topical or systemic glaucomatous medications, and previous ocular surgery. Results: No difference (p = 0.142) was found between the axial length measurements of the better eyes group (22.95 +/- 0.91 mm) and worse eyes group (22.85 +/- 0.97 mm). There was a statistically significant difference (p = 0.011) between the central corneal thickness values of the better eyes group (537.08 +/- 29.54 μm) and worse eyes group (534.40 +/- 29.87 μm). The OPA values of the better eyes group (3.32 +/- 1.14 mmHg) were significantly lower (p = 0.001) than those obtained on worse eyes group (3.83 +/- 1.27 mmHg). When correcting the OPA readings by the IOP there was a loss of statistical difference between groups (p = 0.996). Conclusion: OPA is similar in both eyes of asymmetric hypertensive POAG patients with asymmetric IOP. According to this data there was no evidence that OPA could play a role in asymmetric hypertensive POAG
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Identificação de genes associados ao glaucoma primário de ângulo aberto / Identification of genes associated with primary open angle glaucoma

Santos, Bibiana Amelia Cosim dos, 1985- 23 August 2018 (has links)
Orientadores: José Paulo Cabral de Vasconcellos, Mônica Barbosa de Melo / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-23T22:51:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Santos_BibianaAmeliaCosimdos_M.pdf: 2658658 bytes, checksum: ff5d14370ccba56de1fdd33e8d363ac9 (MD5) Previous issue date: 2012 / Resumo: O glaucoma primário de ângulo aberto (GPAA) é uma doença neurodegenerativa. Suas características clínicas incluem lesão progressiva do disco óptico com perda de campo visual correspondente. Vários fatores de risco estão associados para sua instalação e desenvolvimento¸ o principal é o aumento da pressão intra-ocular (PIO). Apesar de ser uma doença de herança complexa, foi possível, através da biologia molecular, identificar quatro genes associados a esta forma de glaucoma por meio de estudos de ligação em famílias com esta afecção. O primeiro foi o gene MYOC, descrito em 1997, seguido pelos genes OPTN, WDR36 e NTF4, identificados em 2002, 2005 e 2009, respectivamente. Existem outros 14 loci já descritos em famílias com GPAA com padrão de herança autossômico dominante, cujos genes associados ao glaucoma não foram ainda identificados. Desta forma, através de marcadores do tipo microssatélites - escolhidos a partir do mapa genético humano Généthon serão avaliados os loci candidatos (GLC1A e GLC1J - GLC1N) associados ao glaucoma primário de ângulo aberto em duas famílias informativas portadoras de GPAA. Simultaneamente, será realizada a análise de ligação nestas mesmas famílias por meio de lâminas ou microarrrays de single nucleotide polymorphisms (SNPs) utilizando-se o GeneChip® Mapping 10K 2.0. Na primeira abordagem por meio de microssatélites foram avaliados 33 indivíduos da família 1 e 18 indivíduos da família 2 enquanto que na análise por meio das lâminas de SNPs foram investigados 19 membros da família 1 e 11 membros da família 2. Não houve ligação dos loci investigados: GLC1A, GLC1J - GLC1N em ambas as famílias com o GPAA. Entretanto, na análise de ligação por meio de lâminas de SNPs sugeriu possíveis regiões candidatas associadas ao GPAA (lod score maior do que 2) nos cromossomos 5q31.2 - 31.3 e 2p22.3 - 23.1 / Abstract: Primary open-angle glaucoma is a neurodegenerative disease. Clinical features include progressive damage of the optic disc with corresponding visual field loss. Several risk factors are associated with installation and development, the main is a increased of intraocular pressure (IOP). Although a disease of complex inheritance, it was possible, through molecular biology, identify four genes associated with this form of glaucoma through linkage studies in families with this disease. The first was the MYOC gene, described in 1997, followed by the OPTN genes, WDR36 and NTF4, identified in 2002, 2005 and 2009, respectively. There are 14 other loci already described in POAG families with autosomal dominant, whose genes associated with glaucoma have not yet been identified. Thus, through microsatellite markers - chosen from the human genetic map Généthon will evaluate candidate loci (GLC1A and GLC1J - GLC1N) associated with primary open-angle glaucoma in two informative families carriers from POAG. Simultaneously, will be performed a linkage analysis in these same families through "microarrrays" of "single nucleotide polymorphisms" (SNPs) using the GeneChip Mapping 10K 2.0 ®. In the first approach through microsatellites were evaluated 33 individuals of Family 1 and 18 individuals of Family 2 while the analysis through SNPs were investigated in 19 member of family 1 and 11 members of family 2. There was no linkage of investigated loci: GLC1A, GLC1J - GLC1N in both families with POAG. However, in linkage analysis through SNPs suggested possible candidate regions associated with POAG (lod score greater than two) in the chromosome 5q31.2 - 2p22.3 and 31.3 - 23.1 / Mestrado / Ciencias Basicas / Mestra em Clínica Médica
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Avaliação de alelos mutantes dos genes MYOC E CYYP1B1 em pacientes portadores de glaucoma primário de ângulo aberto / Evaluation of mutant alleles of MYOC and CYP1B1 genes in patients with primary open-angle glaucoma

Braghini, Carolina Ayumi, 1985- 20 August 2018 (has links)
Orientador: Mônica Barbosa de Melo / Dissertação (mestrado - Universidade Estadual de Campinas, Intituo de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-20T18:09:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Braghini_CarolinaAyumi_M.pdf: 2316733 bytes, checksum: 1031a8585bbf2541b2b39db621d9f45d (MD5) Previous issue date: 2012 / Resumo: O glaucoma compreende um grupo heterogêneo de neuropatias ópticas, caracterizadas pela escavação do disco óptico e perda progressiva do campo visual, representando uma das maiores causas mundiais de perda irreversível da visão. Em 1997, o gene Myocilin (MYOC) foi descoberto, e mutações neste gene foram envolvidas no desenvolvimento do glaucoma primário de ângulo aberto (GPAA) e do GPAA do tipo juvenil (GPAA-J). No Brasil, 35,7% e 3,85% dos pacientes com GPAA-J e GPAA, respectivamente, são portadores de mutações no gene MYOC. O gene citocromo P450, família 1, subfamília B, polipeptídeo 1 (CYP1B1), primeiramente associado ao glaucoma congênito primário, tem sido apontado como modulador do fenótipo do GPAA na presença de alterações no gene MYOC. Recentemente, observaram-se mutações no gene CYP1B1 associadas ao GPAA e GPAA-J, independentemente da presença de alterações estruturais no gene MYOC, em diferentes populações. Este projeto se propôs a avaliar mutações nos genes MYOC e CYP1B1, utilizando técnicas de PCR e sequenciamento direto, em 100 indivíduos pertencentes a famílias com GPAA ou GPAA-J e 43 pacientes não relacionados portadores de GPAA-J, bem como avaliar a possível modulação do gene CYP1B1 no fenótipo da doença. Uma nova mutação no gene MYOC, c.1187_1188insCCCAGA, foi identificada segregando com a doença em três gerações de uma família. De acordo com análises in silico, esta mutação pode alterar os contatos internos da proteína, além de comprometer um sítio de fosforilação de caseína quinase II. Nas demais três famílias foi detectada a mutação C433R, já descrita anteriormente. Como os membros das famílias apresentavam fenótipos bastante variados, foi realizada a análise da possível modulação do fenótipo da doença pelo gene CYP1B1. Contudo, as análises mostraram a não associação de variantes deste gene na modulação do fenótipo do glaucoma nestas famílias. Nos casos não relacionados de GPAA-J, foram observadas as mutações P370L, Q368X e C433R. Nenhuma mutação no gene CYP1B1 foi identificada nestes casos, mas somente polimorfismos: R48G, A119S, V243V, V432L, A443G, D449D e N453S. De acordo com este e outros estudos, é possível concluir que mutações no gene MYOC tem papel importante no desenvolvimento do GPAA e GPAA-J, sendo a mutação C433R a mais frequente na população brasileira. Além disso, o gene CYP1B1 parece ter menor contribuição no desenvolvimento destes tipos de glaucoma em nossa população / Abstract: Glaucoma comprises a group of heterogeneous optic neuropathies characterized by excavation of the optic disc and progressive loss of visual field, representing a major global cause of irreversible blindness. In 1997, the Myocilin gene (MYOC) was discovered, and mutations in this gene were involved in the development of primary open-angle glaucoma (POAG) and juvenile-onset of POAG (JOAG). In Brazil, 35.7% and 3.85% of patients with POAG and JOAG, respectively, are carriers of mutations in the MYOC gene. The gene cytochrome P450, family 1, subfamily B, polypeptide 1 (CYP1B1), primarily associated with primary congenital glaucoma, has been related to phenotypic modulation of POAG in the presence of MYOC gene mutations. Recently, mutations in the CYP1B1 gene associated with POAG and JOAG were observed, regardless the presence of structural alterations in the MYOC gene in different populations. This project proposed to evaluate mutations in the MYOC and CYP1B1 genes using PCR and direct sequencing, in 100 individuals belonging to families with JOAG or POAG and 43 unrelated JOAG patients, and assess the possible role of the CYP1B1 gene in modulating the disease phenotype. A novel mutation in the MYOC gene, c.1187_1188insCCCAGA, was detected, segregating with the disease in three generations of one family. According to in silico analysis, this mutation can change the internal contacts of the protein, and has altered a phosphorylation site of casein kinase II. In the other three families the C433R mutation was detected, as described earlier. As family members presented with very different phenotypes, the CYP1B1 gene was evaluated as a possible modulator of the disease. However, the analysis showed no association of variants in CYP1B1 gene in modulating the glaucoma phenotype in these families. In unrelated cases of JOAG, the mutations P370L, Q368X and C433R were detected. No mutation in the CYP1B1 gene was observed in these cases, but only polymorphisms: R48G, A119S, V243V, V432L, A443G, D449D, and N453S. According to the present and other studies, we conclude that mutations in the MYOC gene play an important role in the development of POAG and JOAG, and the C433R mutation is the most frequent MYOC alteration in the Brazilian population. Furthermore, the CYP1B1 gene seems to have less contribution to the development of these types of glaucoma in our population / Mestrado / Genetica Animal e Evolução / Mestre em Genética e Biologia Molecular
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Reprodutibilidade do teste de sobrecarga hídrica em portadores de glaucoma de ângulo aberto sob tratamento clínico / Reproducibility of the water drinking test in treated glaucomatous patients

Babic, Mirko 28 April 2017 (has links)
OBJETIVO: avaliar a reprodutibilidade dos picos de pressão intraocular e a flutuação obtidas durante o teste de sobrecarga hídrica em pacientes glaucomatosos tratados com um longo intervalo de seguimento. MÉTODOS: análise retrospectiva de 34 pacientes portadores de glaucoma primário de ângulo aberto, sob tratamento clínico, atendidos durante o período de uma semana no ambulatório de um dos investigadores (RSJ). Os pacientes foram submetidos ao teste de sobrecarga hídrica, realizado em duas visitas consecutivas, sem alteração do regime terapêutico. O intervalo médio entre os testes foi de 4,85 (intervalo, 3-6) meses. A reprodutibilidade do pico e a flutuação durante o teste de sobrecarga hídrica foram avaliadas utilizando coeficientes de correlação intraclasse. A análise de Bland-Altman foi utilizada para avaliar a concordância entre os picos de pressão intraocular e a flutuação, medidos entre dois testes consecutivos. RESULTADOS: trinta e quatro olhos de 34 pacientes foram estudados. Não houve diferenças significativas nos valores de pressão intraocular basal (média ± desvio-padrão, 11,73 ± 2,36 e 11,61 ± 2,71 mmHg; p = 0,72) e picos (14,55 ± 3,41 e 15,02 ± 3,66 mmHg, respectivamente; p = 0,163) detectados durante o teste de sobrecarga hídrica entre a primeira e a segunda visitas. Também não houve diferença significativa entre os valores médios de flutuação da pressão intraocular (2,82 ± 1,99 e 3,41 ± 2,54 mmHg, respectivamente; p = 0,135). Os picos de pressão intraocular e a flutuação apresentaram coeficientes de correlação intraclasse de 0,85 (p < 0,001) e 0,50 (p < 0,001), respectivamente. CONCLUSÕES: neste estudo, os resultados demonstraram excelente reprodutibilidade dos picos de pressão intraocular durante o teste de sobrecarga hídrica. Entretanto, a flutuação da pressão intraocular não revelou boa reprodutibilidade / OBJECTIVE: To evaluate the reproducibility of intraocular pressure peaks and fluctuation elicited during the water drinking test in treated glaucomatous patients with a long follow-up interval. METHODS: 34 treated primary openangle glaucoma patients evaluated in retrospective cohort study in a tertiary care practice. All patients underwent the water drinking test performed in two consecutive visits without any change in the therapeutic regimen. The mean interval between tests was 4.85 (range, 3-6) months. Reproducibility of peak and fluctuation during the water drinking test was assessed using intraclass correlation coefficients. Bland-Altman analysis was used to assess the agreement of intraocular pressure peaks and fluctuation measured between two consecutive tests. RESULTS: There were no significant differences in baseline intraocular pressure values (mean ± standard deviation, 11.73 + 2.36 and 11.61+2.71 mmHg; p=0.72) and peaks (14.55+3.41 and 15.02 ± 3.66 mmHg, respectively; p=0.163) detected during the water drinking test between the first and second visits. There was also no significant difference between the average intraocular pressure fluctuation values (2.82 ± 1.99 and 3.41 ± 2.54 mmHg, respectively; p=0.135). Intraocular pressure peaks and fluctuation presented intraclass correlation coefficients of 0.85 (p < 0.001) and 0.50 (p < 0.001), respectively. CONCLUSIONS: Our results demonstrate excellent reproducibility of intraocular pressure peaks during the water drinking test. Intraocular pressure fluctuation did not reveal good reproducibility, though
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Utilização da membrana amniótica na trabeculectomia para o tratamento do glaucoma primário de ângulo aberto / The use of amniotic membrane in trabeculectomy for the treatment of primary open angle glaucoma

Eliezer, Ricardo Nunes 07 February 2007 (has links)
INTRODUÇÃO: A trabeculectomia é a técnica de eleição para o tratamento cirúrgico do glaucoma. Entretanto, estudos recentes têm demonstrado perda da eficácia e menor redução da pressão intra-ocular dos pacientes submetidos à cirurgia ao longo dos anos. Esta diminuição decorre do contínuo processo de cicatrização e proliferação de fibroblastos na superfície epiescleral na região da bolha filtrante. Com o objetivo de diminuir esta proliferação fibroblástica e a conseqüente perda de função da trabeculectomia, introduziu-se o uso de antimetabólicos como o 5-fluorouracil e a mitomicina C. O uso dos antimetabólicos, no entanto, com freqüência é acompanhado dos indesejáveis efeitos da filtração excessiva e hipotonia. O uso da membrana amniótica em oftalmologia remonta aos anos de 1940, quando vários autores relataram seus efeitos benéficos no tratamento de doenças da superfície ocular. Além de promover a epitelização de superfícies, a membrana amniótica também é inibidora da fibrose. O efeito inibidor da fibrose pela membrana amniótica é altamente desejável na modulação da cicatrização após a trabeculectomia. O objetivo deste estudo é comparar a eficácia e a segurança do uso da membrana amniótica na trabeculectomia no tratamento cirúrgico do glaucoma primário de ângulo aberto. MATERIAL E MÉTODOS: Foi realizado um estudo prospectivo aberto, aleatório, com grupos paralelos de tratamento. Sessenta e três pacientes com indicação de cirurgia para glaucoma foram selecionados e aleatoriamente divididos em 2 RESUMO grupos. O primeiro grupo foi submetido a trabeculectomia com o uso peroperatório da membrana amniótica (grupo estudo) e o segundo grupo foi submetido a trabeculectomia sem o uso da membrana amniótica (grupo controle), na seção de glaucoma do Departamento de Oftalmologia da Santa Casa de São Paulo. Foram avaliados os efeitos redutores da pressão intraocular, número de medicações, aparência da bolha filtrante e complicações. Todos os pacientes foram acompanhados por 12 meses. RESULTADOS: A média das pressões pré-operatórias foi de 25,19 ± 7,34 mmHg no grupo da membrana amniótica e 25,42 ± 7,71 mmHg no grupo controle. A média das pressões pós-operatórias foi de 13,13 ± 2,50 mmHg no grupo da membrana amniótica e 15,47 ± 2,92 mmHg no grupo controle, diferença estatisticamente significante no seguimento de 1 ano. Não foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os grupos controle e estudo em relação ao número de medicações pré e pós-operatória. No final de 12 meses de seguimento, no grupo de estudo, dois entre 31 olhos (6,45%) apresentaram bolha plana e vascularizada, 14 olhos (45,16%) bolha elevada e pouco vascularizada e 15 olhos (48,38 %) bolha fina e avascular. No grupo controle sete entre 32 olhos (21,87%) apresentaram bolha plana vascularizada, 22 olhos (68,75%) bolha elevada e pouco vascularizada e três olhos (9,37%) bolha fina e avascular. Foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os grupos estudo e controle quanto a distribuição dos tipos de bolha encontradas. As complicações observadas no grupo de estudo foram um olho com câmara anterior rasa (3,22%) e dois olhos que apresentaram bolha encapsulada (6,45%). No grupo controle, dois olhos apresentaram câmara anterior rasa (6,25%), um olho descolamento de coróide (3,12%) e dois olhos RESUMO com bolha encapsulada (6,25%). CONCLUSÃO: O presente estudo demonstrou que a trabeculectomia com membrana amniótica causou maior redução da pressão intra-ocular e aparência menos vascularizada das bolhas filtrantes. Mostrou-se uma técnica segura e com baixo índice de complicações. / INTRODUCTION: Trabeculectomy is the procedure of choice for the surgical treatment of glaucoma until nowadays. However, recent studies have demonstrated a loss of efficacy and minor reduction of intraocular pressure in patients who underwent surgery over the years. This loss of efficacy of the trabeculectomy is related to the continuous process of healing and fibroblastic proliferation in the episcleral surface inside the filtering bleb. The use of 5-fluorouracil or mitomycin-C can improve the results of trabeculectomy, but they have been associated with an increased incidence of postoperative complications, especially in primary trabeculectomies. The use of amniotic membrane in ophthalmology retraces back to 1940, when some authors showed its beneficial effect in treatment of ocular surface disorders. Amniotic membrane can promote epitelization of ocular surface and act as an inhibitor of fibrosis. The purpose of this study was to compare the safety and efficacy of human preserved amniotic membrane in the trabeculectomy for treatment of primary open angle glaucoma. METHODS: The study was a prospective, randomized clinical trial comparing primary trabeculectomy with amniotic membrane (study group) and without amniotic membrane (control group) in the treatment of the glaucoma. Intraocular pressure (IOP), number of glaucoma medication, appearance of the bleb and complications were compared between the two groups. Sixty-three patients were divided in the study group of 31 patientes and control group of 32 patients and were followed for a period of 12 months in the glaucoma section of Santa Casa de Sao Paulo. RESULTS: The mean pre-operative IOP was 25.19 ± 7.34 mmHg in the amniotic membrane group and 25.42 ± 7.71 mmHg in the control group. The difference of the mean postoperative IOP between groups was statistically significant; in the control group it was 15.47 ± 2.92 mmHg and in the study group 13.13± 2.50 mmHg at one year follow up. Postoperative number of medication decreased in both groups. Analysis shows at the end of 12-month follow-up period in the study group two of 31 eyes (6.45%) exhibited flat vascularized bleb, 14 eyes (45.16%) had elevated but not avascular blebs and 9 eyes (48.38%) showed thin, avascular blebs. In the control group seven of 32 eyes (21.87%) exhibited flat vascularized bleb, 22 eyes (68.75%) had elevated but not avascular blebs and three eyes (9.37%) showed a thin avascular bleb. Complications were: one eye (3.22%) presented with shallow anterior chamber after surgery and two eyes (6.45%) had encapsulated bleb in the study group; in the control group, two eyes (6.25%) presented shallow anterior chamber after surgery, one eye (3.12%) had coroidal detachment and two eyes (6.25%) developed encapsulated bleb. CONCLUSIONS: Trabeculectomy with amniotic membrane and standard trabeculectomy promote lower postoperative IOP and the results showed statistically significant difference between groups in postoperative IOP after one year follow-up. The procedure is safe with low rate of complications.
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Reprodutibilidade do teste de sobrecarga hídrica em portadores de glaucoma de ângulo aberto sob tratamento clínico / Reproducibility of the water drinking test in treated glaucomatous patients

Mirko Babic 28 April 2017 (has links)
OBJETIVO: avaliar a reprodutibilidade dos picos de pressão intraocular e a flutuação obtidas durante o teste de sobrecarga hídrica em pacientes glaucomatosos tratados com um longo intervalo de seguimento. MÉTODOS: análise retrospectiva de 34 pacientes portadores de glaucoma primário de ângulo aberto, sob tratamento clínico, atendidos durante o período de uma semana no ambulatório de um dos investigadores (RSJ). Os pacientes foram submetidos ao teste de sobrecarga hídrica, realizado em duas visitas consecutivas, sem alteração do regime terapêutico. O intervalo médio entre os testes foi de 4,85 (intervalo, 3-6) meses. A reprodutibilidade do pico e a flutuação durante o teste de sobrecarga hídrica foram avaliadas utilizando coeficientes de correlação intraclasse. A análise de Bland-Altman foi utilizada para avaliar a concordância entre os picos de pressão intraocular e a flutuação, medidos entre dois testes consecutivos. RESULTADOS: trinta e quatro olhos de 34 pacientes foram estudados. Não houve diferenças significativas nos valores de pressão intraocular basal (média ± desvio-padrão, 11,73 ± 2,36 e 11,61 ± 2,71 mmHg; p = 0,72) e picos (14,55 ± 3,41 e 15,02 ± 3,66 mmHg, respectivamente; p = 0,163) detectados durante o teste de sobrecarga hídrica entre a primeira e a segunda visitas. Também não houve diferença significativa entre os valores médios de flutuação da pressão intraocular (2,82 ± 1,99 e 3,41 ± 2,54 mmHg, respectivamente; p = 0,135). Os picos de pressão intraocular e a flutuação apresentaram coeficientes de correlação intraclasse de 0,85 (p < 0,001) e 0,50 (p < 0,001), respectivamente. CONCLUSÕES: neste estudo, os resultados demonstraram excelente reprodutibilidade dos picos de pressão intraocular durante o teste de sobrecarga hídrica. Entretanto, a flutuação da pressão intraocular não revelou boa reprodutibilidade / OBJECTIVE: To evaluate the reproducibility of intraocular pressure peaks and fluctuation elicited during the water drinking test in treated glaucomatous patients with a long follow-up interval. METHODS: 34 treated primary openangle glaucoma patients evaluated in retrospective cohort study in a tertiary care practice. All patients underwent the water drinking test performed in two consecutive visits without any change in the therapeutic regimen. The mean interval between tests was 4.85 (range, 3-6) months. Reproducibility of peak and fluctuation during the water drinking test was assessed using intraclass correlation coefficients. Bland-Altman analysis was used to assess the agreement of intraocular pressure peaks and fluctuation measured between two consecutive tests. RESULTS: There were no significant differences in baseline intraocular pressure values (mean ± standard deviation, 11.73 + 2.36 and 11.61+2.71 mmHg; p=0.72) and peaks (14.55+3.41 and 15.02 ± 3.66 mmHg, respectively; p=0.163) detected during the water drinking test between the first and second visits. There was also no significant difference between the average intraocular pressure fluctuation values (2.82 ± 1.99 and 3.41 ± 2.54 mmHg, respectively; p=0.135). Intraocular pressure peaks and fluctuation presented intraclass correlation coefficients of 0.85 (p < 0.001) and 0.50 (p < 0.001), respectively. CONCLUSIONS: Our results demonstrate excellent reproducibility of intraocular pressure peaks during the water drinking test. Intraocular pressure fluctuation did not reveal good reproducibility, though
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Reprodutibilidade da curva tensional diária modificada e do teste de sobrecarga hídrica / Reproducibility of the modified daily tension curve and the water drinking test

Hatanaka, Marcelo 16 May 2014 (has links)
OBJETIVO: avaliar a reprodutibilidade da curva tensional modificada e do teste de sobrecarga hídrica em portadores de glaucoma de ângulo aberto ou hipertensos oculares, sem uso de hipotensor ocular, em dois dias consecutivos. MÉTODOS: análise prospectiva de pacientes portadores de glaucoma de ângulo aberto ou hipertensos oculares, submetidos à curva tensional modificada (medida da pressão intraocular às 8h, 11h, 14h e 16h), seguida do teste de sobrecarga hídrica (três medidas com intervalo de 15 minutos, iniciando-se 15 minutos após a ingestão, em cinco minutos, de um litro de água em temperatura ambiente), realizados pelo mesmo examinador, em dois dias consecutivos. Foram avaliadas: a reprodutibilidade da pressão intraocular em cada horário de medida durante a curva tensional modificada; a reprodutibilidade da pressão intraocular média, flutuação e pico de pressão durante a curva tensional modificada; a reprodutibilidade da flutuação e do pico de pressão durante o teste de sobrecarga hídrica. Calculou-se o coeficiente de correlação intraclasse para cada parâmetro. RESULTADOS: oitenta e oito olhos de 88 pacientes foram estudados. Destes, 64 eram portadores de glaucoma de ângulo aberto. A média das idades dos participantes foi 68,7+10,8 (51-79) anos. 65% dos pacientes eram do sexo feminino. A curva tensional modificada apresentou coeficiente de correlação intraclasse igual a 0,80, 0,82, 0,83 e 0,86 para as medidas realizadas às 8h, 11h, 14h e 16h, respectivamente (p < 0,001). A flutuação da pressão durante a curva tensional modificada, calculada pela diferença entre as pressões máxima e mínima e pelo desvio-padrão da média das medidas diurnas de pressão, a pressão média e o pico pressórico apresentaram coeficientes 0,60, 0,62, 0,91 e 0,85, respectivamente (p < 0,001). Durante o teste de sobrecarga hídrica, a flutuação apresentou coeficiente de 0,37 e o pico pressórico, 0,79. (p < 0,001). CONCLUSÕES: neste estudo, as medidas de pressão intraocular realizadas durante a curva tensional modificada, a média e o pico apresentaram excelentes níveis de reprodutibilidade. O pico pressórico durante o teste de sobrecarga hídrica apresentou também excelente reprodutibilidade. A flutuação, tanto na curva tensional modificada, quanto no teste de sobrecarga hídrica, apresentou os menores índices de reprodutibilidade / OBJECTIVE: to evaluate the reproducibility of the modified daily tension curve and the water drinking test in patients with open-angle glaucoma or ocular hypertension, not under topical treatment, during two consecutive days. METHODS: prospective analysis of open-angle glaucoma or ocular hypertensive patients, submitted to a modified daily tension curve (intraocular pressure measurements at 8AM, 11AM, 2PM and 4PM), followed by the water drinking test (three intraocular pressure measurements with 15 minutes intervals, 15 minutes after ingestion of one liter of tap water), performed by the same examiner, within two consecutive days. The following parameters were evaluated for reproducibility: intraocular pressure obtained at each time-point during the modified daily tension curve; mean, peak and pressure fluctuation during the curve and peak and fluctuation during the water drinking test. Reproducibility was assessed using the intraclass correlation coefficient. RESULTS: eighty-eight eyes from 88 patients were studied. From these, 64 presented open-angle glaucoma. Mean age was 68.7+10.8 (51-79) years. 65% patients were female. Intraclass correlation coefficients were 0.80, 0.82, 0.83 and 0.86 for intraocular pressure measurements at 8AM, 11AM, 2PM and 4PM, respectively (p<0.001) Fluctuation calculated as the difference between maximum and minimum intraocular pressures, fluctuation calculated as the standard deviation of the four daily measurements, mean and peak pressures presented coefficients of 0.60, 0.62, 0.91 and 0.85, respectively (p<0.001). During the water drinking test, coefficient values for fluctuation and peak pressure were 0.37 and 0.79 (p<0.001). CONCLUSIONS: in this study, intraocular pressure measurements during a modified daily tension curve, mean intraocular pressure and pressure peaks presented excellent reproducibility levels; pressure peaks during the water drinking test also presented excellent reproducibility level, whereas fluctuation, both during the modified daily tension curve and during the water drinking test, was the least reproducible parameter
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Reprodutibilidade da curva tensional diária modificada e do teste de sobrecarga hídrica / Reproducibility of the modified daily tension curve and the water drinking test

Marcelo Hatanaka 16 May 2014 (has links)
OBJETIVO: avaliar a reprodutibilidade da curva tensional modificada e do teste de sobrecarga hídrica em portadores de glaucoma de ângulo aberto ou hipertensos oculares, sem uso de hipotensor ocular, em dois dias consecutivos. MÉTODOS: análise prospectiva de pacientes portadores de glaucoma de ângulo aberto ou hipertensos oculares, submetidos à curva tensional modificada (medida da pressão intraocular às 8h, 11h, 14h e 16h), seguida do teste de sobrecarga hídrica (três medidas com intervalo de 15 minutos, iniciando-se 15 minutos após a ingestão, em cinco minutos, de um litro de água em temperatura ambiente), realizados pelo mesmo examinador, em dois dias consecutivos. Foram avaliadas: a reprodutibilidade da pressão intraocular em cada horário de medida durante a curva tensional modificada; a reprodutibilidade da pressão intraocular média, flutuação e pico de pressão durante a curva tensional modificada; a reprodutibilidade da flutuação e do pico de pressão durante o teste de sobrecarga hídrica. Calculou-se o coeficiente de correlação intraclasse para cada parâmetro. RESULTADOS: oitenta e oito olhos de 88 pacientes foram estudados. Destes, 64 eram portadores de glaucoma de ângulo aberto. A média das idades dos participantes foi 68,7+10,8 (51-79) anos. 65% dos pacientes eram do sexo feminino. A curva tensional modificada apresentou coeficiente de correlação intraclasse igual a 0,80, 0,82, 0,83 e 0,86 para as medidas realizadas às 8h, 11h, 14h e 16h, respectivamente (p < 0,001). A flutuação da pressão durante a curva tensional modificada, calculada pela diferença entre as pressões máxima e mínima e pelo desvio-padrão da média das medidas diurnas de pressão, a pressão média e o pico pressórico apresentaram coeficientes 0,60, 0,62, 0,91 e 0,85, respectivamente (p < 0,001). Durante o teste de sobrecarga hídrica, a flutuação apresentou coeficiente de 0,37 e o pico pressórico, 0,79. (p < 0,001). CONCLUSÕES: neste estudo, as medidas de pressão intraocular realizadas durante a curva tensional modificada, a média e o pico apresentaram excelentes níveis de reprodutibilidade. O pico pressórico durante o teste de sobrecarga hídrica apresentou também excelente reprodutibilidade. A flutuação, tanto na curva tensional modificada, quanto no teste de sobrecarga hídrica, apresentou os menores índices de reprodutibilidade / OBJECTIVE: to evaluate the reproducibility of the modified daily tension curve and the water drinking test in patients with open-angle glaucoma or ocular hypertension, not under topical treatment, during two consecutive days. METHODS: prospective analysis of open-angle glaucoma or ocular hypertensive patients, submitted to a modified daily tension curve (intraocular pressure measurements at 8AM, 11AM, 2PM and 4PM), followed by the water drinking test (three intraocular pressure measurements with 15 minutes intervals, 15 minutes after ingestion of one liter of tap water), performed by the same examiner, within two consecutive days. The following parameters were evaluated for reproducibility: intraocular pressure obtained at each time-point during the modified daily tension curve; mean, peak and pressure fluctuation during the curve and peak and fluctuation during the water drinking test. Reproducibility was assessed using the intraclass correlation coefficient. RESULTS: eighty-eight eyes from 88 patients were studied. From these, 64 presented open-angle glaucoma. Mean age was 68.7+10.8 (51-79) years. 65% patients were female. Intraclass correlation coefficients were 0.80, 0.82, 0.83 and 0.86 for intraocular pressure measurements at 8AM, 11AM, 2PM and 4PM, respectively (p<0.001) Fluctuation calculated as the difference between maximum and minimum intraocular pressures, fluctuation calculated as the standard deviation of the four daily measurements, mean and peak pressures presented coefficients of 0.60, 0.62, 0.91 and 0.85, respectively (p<0.001). During the water drinking test, coefficient values for fluctuation and peak pressure were 0.37 and 0.79 (p<0.001). CONCLUSIONS: in this study, intraocular pressure measurements during a modified daily tension curve, mean intraocular pressure and pressure peaks presented excellent reproducibility levels; pressure peaks during the water drinking test also presented excellent reproducibility level, whereas fluctuation, both during the modified daily tension curve and during the water drinking test, was the least reproducible parameter

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