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Determinantes da morbimortalidade perinatal na gravidez gemelarCoelho, Paula Brandão Ávila January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Departamento de Ensino. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. / Objetivos: O presente estudo teve como objetivo analisar aspectos maternos, obstétricos e perinatais da gestação gemelar em população assistida em unidade terciária do Rio de Janeiro, estabelecendo o perfil da gestação gemelar, identificando os eventuais danos relacionados à morbimortalidade perinatal do segundo gemelar, tendo como referencia o que nasceu primeiro e as principais morbidades determinantes da morbimortalidade neonatal dos gêmeos, independentemente da localização na cavidade uterina.
Metodologia: Através de estudo de coorte, de caráter retrospectivo, foram analisados prontuários de 613 gestações gemelares do Instituto Fernandes Figueira/ Fundação Oswaldo Cruz no período de janeiro de 1993 a dezembro de 2007. Participaram do estudo gestações exclusivamente duplas, cujas pré-natais e partos foram integralizados na instituição.
Resultados: A prevalência da gemelidade no período estudado foi de 4,0%. Dentre as principais intercorrências maternas destacaram-se a anemia (47,8%), trabalho de parto prematuro (39,1%), síndromes hipertensivas (25,5%) e rotura prematura das membranas (18,2%). Na população estudada a operação cesariana foi quase sempre eleita como via de parto preferencial (74,4%). A principal morbidade neonatal foi a prematuridade, que atingiu 66,1% dos conceptos. Um significativo contingente de recém-nascidos apresentou intercorrências no período neonatal (65,3%), sendo as condições mais prevalentes: alterações respiratórias (29,2%), metabólicas (27,7%), infecciosas (27,3%) e hematológicas (19,3%). Quanto aos danos relacionados ao segundo gemelar, não se observou, no geral, diferença estatisticamente significativa quando comparado com o primeiro na maioria dos desfechos elegíveis, exceto o baixo peso ao nascer, índices de Apgar inferior a sete no quinto minuto de vida, além de intercorrências hematológicas e nutricionais. No que tange ao determinismo da mortalidade neonatal na gestação gemelar, chama atenção que a condução do parto por via vaginal nos recém-nascidos com peso abaixo de 2500g, as apresentações não cefálicas, o baixo peso ao nascer, os baixos índices de Apagar e as morbidades neonatais se mostraram como fatores determinantes da mortalidade neonatal em qualquer um dos produtos da concepção, independentemente da localização intra-uterina.
Conclusões: Dada a alta prevalência de resultados ominosos para o binômio, especialmente a prematuridade e complicações obstétricas, ressalta-se a importância de referenciar casos de gestação gemelar para unidade terciária. Os resultados neonatais indicam tendência dos gemelares em apresentarem complicações, não sendo demonstrado pelo presente estudo o pior prognóstico do segundo gemelar. / Objectives: This study aimed to examine aspects of maternal, obstetric and perinatal outcomes of twin pregnancy in a population assisted at a tertiary center in Rio de Janeiro, establishing the profile of the twin pregnancy, identifying the damage related to perinatal morbidity and mortality of the second twin, with the references the first born and the main determinants of morbidity and neonatal mortality and morbidity of twins, regardless of location in the uterine cavity.
Methodology: Through a retrospective, cohort study, 613 twin pregnancies from Instituto Fernandes Figueira were analyzed from january 1993 to december 2007. The study included only twin pregnancies, whose prenatal care and delivery were conducted into the institution.
Results: The prevalence of twin pregnancy during the study period was 4.0%. The major contributors to maternal problems were anemia (47.8%), preterm labor (39.1%), hypertensive disorders (25.5%) and premature rupture of membranes (18.2%). In these situations the caesarean section was almost always chosen as the preferred mode of delivery (74.4%). The major neonatal morbidity was prematurity, which reached 66.1% of fetuses. A significant number of newborns had complications in the neonatal period (65.3%), being the most prevalent conditions: respiratory disorders (29.2%), metabolic (27.7%), infection (27.3%) and hematologic (19.3%). Concerning the demages related to the second twin, it wasn’t found in general, statistically significant difference compared to its co-twin in most outcomes, except for low birth weight, Apgar score below seven, hematological and nutritional complications. Regarding the determinism of neonatal mortality in twin pregnancy what draws attention is the fact that: vaginal delivery, non-cephalic presentations, low birth weight, low Apgar scores and neonatal morbidities were shown as determinants of neonatal mortality in any of the products of conception, regardless of the location in the uterus
Conclusion: Given the high prevalence of ominous results for the pair, especially prematurity and obstetric complications, the study highlights the importance of referring cases of twin pregnancy to tertiary hospitals. Neonatal results indicate the tendency in twins to undergo complications, the worse.
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Gestação múltipla com mola completa e feto normal coexistente: coorte multicêntrica / Multiple pregnancies with complete mole and coexisting normal fetus: multicenter cohortLin, Lawrence Hsu 22 November 2017 (has links)
Objetivo: Comparar características clínicas e resultados de gestações múltipla com mola completa e feto normal coexistente (MHCFC) no New England Trophoblastic Disease Center (NETDC) e em centros de doença trofoblástica (CDT) brasileiros. Métodos: Coorte retrospectiva composta por pacientes com MHCFC provenientes do NETDC (1966-2015) e quatro CDT brasileiros (1990- 2015). Foram realizadas comparações referentes à localização geográfica (NEDTC vs CDT brasileiros), períodos diferentes no NETDC (1966-1989 vs 1990-2015) e quanto evolução para neoplasia trofoblástica gestacional (NTG). Resultados: No período, foram identificados 12.455 casos de doença trofoblástica gestacional, sendo 72 casos de MHCFC inclusos neste estudo. As características clínicas e resultados foram semelhantes entre os casos dos CDT brasileiros (n=46) e NETDC (n=13) entre 1990 e 2015, com exceção de um número significativamente maior de condições potencialmente letais no Brasil (p=0,046). Não houve diferença quanto à apresentação clínica ou aos resultados em dois períodos diferentes no NETDC (13 casos de 1966-1989 vs 13 casos de 1990-2015). Houve 10 casos de interrupção eletiva da gestação (14% das 70 gestações em que o resultado obstétrico estava disponível) e 36 nascimentos de fetos viáveis (60% das 60 gestações nas quais se optou por conduta expectante). A taxa de NTG foi de 46% (31 de 68 casos em que o resultado quanto evolução para NTG estava disponível); os casos que progrediram para NTG apresentaram níveis mais elevados de gonadotrofina coriônica (250.000 mUI/mL vs 120.000 mUI/mL; p=0,026), menor idade gestacional no término da gravidez (17 semanas vs 28,5 semanas; p < 0,001), menor viabilidade fetal (27% vs 69%; p < 0,001), maior taxa de evolução para abortamento espontâneo (35% vs 9%; p=0,020) e mais interrupções da gestação por conta de intercorrências clínicas graves (26% vs 0%; p=0,003). No entanto, a interrupção eletiva da gestação não teve associação com o desenvolvimento de NTG. Conclusões: A maior diferença regional nas MHCFC foi a presença de mais condições potencialmente letais no Brasil. Quando adotada conduta expectante, houve possibilidade de nascimento de feto viável na maior parte das MHCFC. Foi observada elevada taxa de evolução para NTG em MHCFC. A interrupção eletiva da gravidez não influenciou a progressão para NTG, porém interrupções da gestação por complicações clínicas graves, evolução da gestação para abortamento espontâneo, menor idade gestacional no término da gestação, menor viabilidade fetal e níveis elevados de gonadotrofina coriônica foram associados ao desenvolvimento de NTG em MHCFC / Objective: To determine the clinical characteristics and outcomes of multiple pregnancies with complete mole and coexisting normal fetus (CHMCF) in New England Trophoblastic Disease Center (NETDC) and Brazilian trophoblastic disease centers (BTDC). Methods: Retrospective non-concurrent cohorts comprised of CHMCF from NETDC (1966-2015) and four BTDC (1990-2015). Comparisons were made regarding: geographical location from 1990 to 2015 (NETDC vs BTDC), two different periods of time in NETDC (1966-1989 vs 1990-2015) and patients who developed gestational trophoblastic neoplasia (GTN) with the ones that spontaneously regressed. Results: From a total of 12,455 cases of gestational trophoblastic disease seen at the referral centers, 72 CHMCF were identified. Clinical characteristics and outcomes were similar between BTDC (n=46) and NETDC (n=13) from 1990 to 2015, apart from a much higher frequency of potentially life-threatening conditions in Brazil (p=0.046). There were no significant changes in the clinical presentation or outcomes in two different time periods in NETDC (13 cases in 1966-1989 vs 13 cases in 1990-2015). Ten pregnancies were electively terminated (14% of 70 cases with available obstetric outcome) and 36 resulted in viable live infants (60% of 60 pregnancies that were expectantly managed). The rate of GTN was 46% (31 out of 68 cases with available information on GTN development); the cases that progressed to GTN presented with higher chorionic gonadotropin levels (250.000 mIU/mL vs 120.000 mIU/mL; p=0.026), lower gestational age at the end of pregnancy (17 weeks vs 28,5 weeks; p < 0,001), lower fetal viability (27% vs 69%; p < 0,001), higher rate of spontaneous abortions (35% vs 9%; p=0.020) and higher frequency of termination of pregnancy due to medical complications (26% vs 0%; p=0.003) when compared to those with spontaneous remission. However, elective termination of pregnancy was not associated with GTN development. Conclusions: The main regional difference in CHMCF was related to a higher rate of potentially life-threatening conditions in Brazil. Most of the women with CHMCF who were managed expectantly delivered a viable fetus. CHMCF exhibited a high GTN rate. Elective termination of pregnancy did not influence the risk for GTN; however the need for termination due to severe medical complications, spontaneous abortions, lower gestational age at the end of pregnancy, lower fetal viability and higher hCG levels were associated with GTN progression in CHMCF
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Gestação múltipla com mola completa e feto normal coexistente: coorte multicêntrica / Multiple pregnancies with complete mole and coexisting normal fetus: multicenter cohortLawrence Hsu Lin 22 November 2017 (has links)
Objetivo: Comparar características clínicas e resultados de gestações múltipla com mola completa e feto normal coexistente (MHCFC) no New England Trophoblastic Disease Center (NETDC) e em centros de doença trofoblástica (CDT) brasileiros. Métodos: Coorte retrospectiva composta por pacientes com MHCFC provenientes do NETDC (1966-2015) e quatro CDT brasileiros (1990- 2015). Foram realizadas comparações referentes à localização geográfica (NEDTC vs CDT brasileiros), períodos diferentes no NETDC (1966-1989 vs 1990-2015) e quanto evolução para neoplasia trofoblástica gestacional (NTG). Resultados: No período, foram identificados 12.455 casos de doença trofoblástica gestacional, sendo 72 casos de MHCFC inclusos neste estudo. As características clínicas e resultados foram semelhantes entre os casos dos CDT brasileiros (n=46) e NETDC (n=13) entre 1990 e 2015, com exceção de um número significativamente maior de condições potencialmente letais no Brasil (p=0,046). Não houve diferença quanto à apresentação clínica ou aos resultados em dois períodos diferentes no NETDC (13 casos de 1966-1989 vs 13 casos de 1990-2015). Houve 10 casos de interrupção eletiva da gestação (14% das 70 gestações em que o resultado obstétrico estava disponível) e 36 nascimentos de fetos viáveis (60% das 60 gestações nas quais se optou por conduta expectante). A taxa de NTG foi de 46% (31 de 68 casos em que o resultado quanto evolução para NTG estava disponível); os casos que progrediram para NTG apresentaram níveis mais elevados de gonadotrofina coriônica (250.000 mUI/mL vs 120.000 mUI/mL; p=0,026), menor idade gestacional no término da gravidez (17 semanas vs 28,5 semanas; p < 0,001), menor viabilidade fetal (27% vs 69%; p < 0,001), maior taxa de evolução para abortamento espontâneo (35% vs 9%; p=0,020) e mais interrupções da gestação por conta de intercorrências clínicas graves (26% vs 0%; p=0,003). No entanto, a interrupção eletiva da gestação não teve associação com o desenvolvimento de NTG. Conclusões: A maior diferença regional nas MHCFC foi a presença de mais condições potencialmente letais no Brasil. Quando adotada conduta expectante, houve possibilidade de nascimento de feto viável na maior parte das MHCFC. Foi observada elevada taxa de evolução para NTG em MHCFC. A interrupção eletiva da gravidez não influenciou a progressão para NTG, porém interrupções da gestação por complicações clínicas graves, evolução da gestação para abortamento espontâneo, menor idade gestacional no término da gestação, menor viabilidade fetal e níveis elevados de gonadotrofina coriônica foram associados ao desenvolvimento de NTG em MHCFC / Objective: To determine the clinical characteristics and outcomes of multiple pregnancies with complete mole and coexisting normal fetus (CHMCF) in New England Trophoblastic Disease Center (NETDC) and Brazilian trophoblastic disease centers (BTDC). Methods: Retrospective non-concurrent cohorts comprised of CHMCF from NETDC (1966-2015) and four BTDC (1990-2015). Comparisons were made regarding: geographical location from 1990 to 2015 (NETDC vs BTDC), two different periods of time in NETDC (1966-1989 vs 1990-2015) and patients who developed gestational trophoblastic neoplasia (GTN) with the ones that spontaneously regressed. Results: From a total of 12,455 cases of gestational trophoblastic disease seen at the referral centers, 72 CHMCF were identified. Clinical characteristics and outcomes were similar between BTDC (n=46) and NETDC (n=13) from 1990 to 2015, apart from a much higher frequency of potentially life-threatening conditions in Brazil (p=0.046). There were no significant changes in the clinical presentation or outcomes in two different time periods in NETDC (13 cases in 1966-1989 vs 13 cases in 1990-2015). Ten pregnancies were electively terminated (14% of 70 cases with available obstetric outcome) and 36 resulted in viable live infants (60% of 60 pregnancies that were expectantly managed). The rate of GTN was 46% (31 out of 68 cases with available information on GTN development); the cases that progressed to GTN presented with higher chorionic gonadotropin levels (250.000 mIU/mL vs 120.000 mIU/mL; p=0.026), lower gestational age at the end of pregnancy (17 weeks vs 28,5 weeks; p < 0,001), lower fetal viability (27% vs 69%; p < 0,001), higher rate of spontaneous abortions (35% vs 9%; p=0.020) and higher frequency of termination of pregnancy due to medical complications (26% vs 0%; p=0.003) when compared to those with spontaneous remission. However, elective termination of pregnancy was not associated with GTN development. Conclusions: The main regional difference in CHMCF was related to a higher rate of potentially life-threatening conditions in Brazil. Most of the women with CHMCF who were managed expectantly delivered a viable fetus. CHMCF exhibited a high GTN rate. Elective termination of pregnancy did not influence the risk for GTN; however the need for termination due to severe medical complications, spontaneous abortions, lower gestational age at the end of pregnancy, lower fetal viability and higher hCG levels were associated with GTN progression in CHMCF
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Cesariana e gestação múltipla : avaliação de seus impactos sobre a saúde infantilAgranonik, Marilyn January 2013 (has links)
Introdução: O Brasil está passando por uma transição demográfica e epidemiológica, com melhorias na área da saúde. Apesar desse cenário, as taxas de baixo peso ao nascer (BPN) e a mortalidade infantil permanecem altas. O objetivo deste estudo é avaliar o impacto do uso extensivo de tecnologias, como o parto cesáreo e a concepção assistida, sobre resultados perinatais, durante os últimos 16 anos. Esse objetivo foi dividido em duas partes: (1) avaliação do impacto do aumento da taxa de parto cesáreo no BPN, de acordo com tipo de hospital (privado, público ou misto) e (2) avaliação do impacto das taxas de nascimentos múltiplos nas taxas de mortalidade infantil. Métodos: Estudo observacional de todos os nascidos vivos registrados entre 1996 e 2011, em Porto Alegre (RS). Características maternas, do parto, de assistência e do recém-nascido foram obtidas através do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC). Informações sobre a mortalidade foram obtidas a partir do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), apenas no período de 1996-2010. No estudo do BPN, os nascimentos múltiplos foram excluídos. A análise de tendência foi realizada através de modelos de regressão joinpoint. A Regressão de Poisson foi utilizada para calcular o risco relativo para BPN ao longo do período, ajustado pelas covariáveis. O modelo de Equações de Estimação Generalizadas foi utilizado para avaliar o risco relativo para mortalidade infantil entre gemelares e nascimentos únicos ao longo do período, ajustado pelas covariáveis. Foi calculado o risco atribuível populacional, para avaliar o impacto dos gêmeos dizigóticos sobre taxas de mortalidade infantil (TMI) e seus componentes, taxa de mortalidade neonatal (TMN) e taxa de mortalidade pósneonatal (TMPN). Resultados: No estudo sobre baixo peso ao nascer, foram incluídos 319.597 nascidos vivos durante o período. Foi observado um aumento de 43% na cobertura do setor privado, de 14,9% em 1996 para 21,3% em 2011. As taxas de cesarianas aumentaram 52%, chegando a 86,9%, 51,0% e 37,5% em 2011, nos hospitais privados, mistos e públicos, respectivamente. As taxas de baixo peso ao nascer aumentaram significativamente nos hospitais privados e mistos, independentemente do tipo de parto. Nos hospitais públicos, diminuíram no grupo de recém-nascidos por parto cesáreo e se mantiveram estáveis para os nascidos por parto normal. Houve associação entre o aumento das taxas de cesarianas com o aumento nas taxas de baixo peso ao nascer, durante o período. Em relação aos gêmeos e à mortalidade infantil, foi observado um aumento significativo na taxa de nascimentos múltiplos, de 1,97% em 1996 para 2,45% em 2010, p<0,001, entre os quais 65% eram dizigóticos (DZ) em 2010. Houve uma redução na mortalidade infantil e seus componentes para o grupo de nascimentos únicos: a TMI caiu de 15,4‰ para 8,3‰; a TMN, de 8,3‰ para 5,04‰; e a TMPN, de 7,0‰ para 2,9‰. Entre gêmeos, essas taxas permaneceram constantes, em torno de 44‰, 33‰ e 11‰ respectivamente. Em 1996, 1,7% da TMI, 2,0% da TMN e 1,4% da TMPN podem ser atribuídos aos gêmeos DZ. Em 2010, a contribuição de gêmeos DZ subiu para 8,4% (TMI), 9,8% (TMN) e 5,7% (TMPN). Conclusão: A assistência à saúde intensa e não regulamentada fornecida pelo setor privado e as melhorias na saúde, no setor público, apresentam cenários contraditórios, sugerindo abordagens diferenciadas para esses grupos, a fim de diminuir a diferença entre as taxas de baixo peso ao nascer e a mortalidade infantil no Brasil. / Introduction: Brazil is undergoing demographic and epidemiological transitions with improvements of health care standards. Despite this scenario, low birth weight (LBW) and infant mortality (IM) rates remains elevate, mainly in more developed areas of the country. The aim of this study is to evaluate the impact of extensive use of technologies, such as cesarean section (CS) and artificial insemination rates on neonatal outcomes, during the last 16 years. At first, we will investigate the impact of the increase rate of CS in LBW, considering the changes in pattern of health insurance; and second, we will investigate the impact of multiple births in infant mortality. Methods: This is an observational study of all live births registered between 1996 and 2011, in Porto Alegre (RS). Birth weight, type of delivery, type of pregnancy (single or multiple), prenatal coverage, maternal characteristics and health care insurance according to type of hospital (private, mixed, public) were obtained from the Information System on Live Births (SINASC). Information on mortality was obtained from Information System on Mortality (SIM), only in the period of 1996 to 2010. In the study of LBW, multiple births were excluded. Trends in LBW, CS and covariates were assessed using joinpoint regression models, general and according to the type of hospital. Poisson regression was used to calculate the relative risk for LBW over the period, adjusted for covariates. Generalized Estimated Equations model was used to evaluate the relative risk for infant mortality among multiple births and sigletons, adjusted for covariates. Populational Attributable Risk was calculated to evaluate the impact of multiple births on infant mortality. Results: In the study of low birth weight, there was a total of 319,597 live births included in the analysis during the period. An intense change in the pattern of health insurance was observed with an increase of 43% in private sector coverage from 14.9% (1996) to 21.3% (2011). CS rates increased 52%, reaching 86.9%, 51.0% and 37.5% in 2011, respectively, in private, mixed and public hospitals. LBW rates increased significantly in private and mixed hospitals independently of the type of delivery. In opposition, LBW rates decreased in public hospitals for babies born by CS and remained stable for those born by vaginal delivery. Increases in CS and in prenatal coverage were associated with rising of LBW rates during the period. Reduction in the number of adolescent mothers and improvements in maternal education were the main protector factors for LBW during the period. There was a significant increase in multiple births rate from 1.97% (1996) to 2.45% (2010), p<0.001, among which 65% were dizygotic in 2010. There was a reduction in IMR and its components, in singletons: IMR fell from 15.4‰ to 8.3‰, TMN, from 8.3‰ to 5.04‰ and PNMR from 7.0‰ to 2.9‰. Between twins these rates remained constant at around 44‰, 33‰ and 11‰, respectively. In 1996, 1.7% of the infant mortality rate, 2.0% of the neonatal mortality rate 1.4% and the rate of post-neonatal mortality could be attributed to DZ twins. In 2010, the contribution of DZ twins rose to 8.4% in infant mortality, neonatal mortality 9.8% and 5.7% in the post-neonatal mortality. Conclusion: Increase in LBW was related with an intense change in patterns of health insurance associated with overuse of medical technologies. In counterpart, social improvements and increase in access to prenatal care reduced this impact in public and mixed hospitals.
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Cesariana e gestação múltipla : avaliação de seus impactos sobre a saúde infantilAgranonik, Marilyn January 2013 (has links)
Introdução: O Brasil está passando por uma transição demográfica e epidemiológica, com melhorias na área da saúde. Apesar desse cenário, as taxas de baixo peso ao nascer (BPN) e a mortalidade infantil permanecem altas. O objetivo deste estudo é avaliar o impacto do uso extensivo de tecnologias, como o parto cesáreo e a concepção assistida, sobre resultados perinatais, durante os últimos 16 anos. Esse objetivo foi dividido em duas partes: (1) avaliação do impacto do aumento da taxa de parto cesáreo no BPN, de acordo com tipo de hospital (privado, público ou misto) e (2) avaliação do impacto das taxas de nascimentos múltiplos nas taxas de mortalidade infantil. Métodos: Estudo observacional de todos os nascidos vivos registrados entre 1996 e 2011, em Porto Alegre (RS). Características maternas, do parto, de assistência e do recém-nascido foram obtidas através do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC). Informações sobre a mortalidade foram obtidas a partir do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), apenas no período de 1996-2010. No estudo do BPN, os nascimentos múltiplos foram excluídos. A análise de tendência foi realizada através de modelos de regressão joinpoint. A Regressão de Poisson foi utilizada para calcular o risco relativo para BPN ao longo do período, ajustado pelas covariáveis. O modelo de Equações de Estimação Generalizadas foi utilizado para avaliar o risco relativo para mortalidade infantil entre gemelares e nascimentos únicos ao longo do período, ajustado pelas covariáveis. Foi calculado o risco atribuível populacional, para avaliar o impacto dos gêmeos dizigóticos sobre taxas de mortalidade infantil (TMI) e seus componentes, taxa de mortalidade neonatal (TMN) e taxa de mortalidade pósneonatal (TMPN). Resultados: No estudo sobre baixo peso ao nascer, foram incluídos 319.597 nascidos vivos durante o período. Foi observado um aumento de 43% na cobertura do setor privado, de 14,9% em 1996 para 21,3% em 2011. As taxas de cesarianas aumentaram 52%, chegando a 86,9%, 51,0% e 37,5% em 2011, nos hospitais privados, mistos e públicos, respectivamente. As taxas de baixo peso ao nascer aumentaram significativamente nos hospitais privados e mistos, independentemente do tipo de parto. Nos hospitais públicos, diminuíram no grupo de recém-nascidos por parto cesáreo e se mantiveram estáveis para os nascidos por parto normal. Houve associação entre o aumento das taxas de cesarianas com o aumento nas taxas de baixo peso ao nascer, durante o período. Em relação aos gêmeos e à mortalidade infantil, foi observado um aumento significativo na taxa de nascimentos múltiplos, de 1,97% em 1996 para 2,45% em 2010, p<0,001, entre os quais 65% eram dizigóticos (DZ) em 2010. Houve uma redução na mortalidade infantil e seus componentes para o grupo de nascimentos únicos: a TMI caiu de 15,4‰ para 8,3‰; a TMN, de 8,3‰ para 5,04‰; e a TMPN, de 7,0‰ para 2,9‰. Entre gêmeos, essas taxas permaneceram constantes, em torno de 44‰, 33‰ e 11‰ respectivamente. Em 1996, 1,7% da TMI, 2,0% da TMN e 1,4% da TMPN podem ser atribuídos aos gêmeos DZ. Em 2010, a contribuição de gêmeos DZ subiu para 8,4% (TMI), 9,8% (TMN) e 5,7% (TMPN). Conclusão: A assistência à saúde intensa e não regulamentada fornecida pelo setor privado e as melhorias na saúde, no setor público, apresentam cenários contraditórios, sugerindo abordagens diferenciadas para esses grupos, a fim de diminuir a diferença entre as taxas de baixo peso ao nascer e a mortalidade infantil no Brasil. / Introduction: Brazil is undergoing demographic and epidemiological transitions with improvements of health care standards. Despite this scenario, low birth weight (LBW) and infant mortality (IM) rates remains elevate, mainly in more developed areas of the country. The aim of this study is to evaluate the impact of extensive use of technologies, such as cesarean section (CS) and artificial insemination rates on neonatal outcomes, during the last 16 years. At first, we will investigate the impact of the increase rate of CS in LBW, considering the changes in pattern of health insurance; and second, we will investigate the impact of multiple births in infant mortality. Methods: This is an observational study of all live births registered between 1996 and 2011, in Porto Alegre (RS). Birth weight, type of delivery, type of pregnancy (single or multiple), prenatal coverage, maternal characteristics and health care insurance according to type of hospital (private, mixed, public) were obtained from the Information System on Live Births (SINASC). Information on mortality was obtained from Information System on Mortality (SIM), only in the period of 1996 to 2010. In the study of LBW, multiple births were excluded. Trends in LBW, CS and covariates were assessed using joinpoint regression models, general and according to the type of hospital. Poisson regression was used to calculate the relative risk for LBW over the period, adjusted for covariates. Generalized Estimated Equations model was used to evaluate the relative risk for infant mortality among multiple births and sigletons, adjusted for covariates. Populational Attributable Risk was calculated to evaluate the impact of multiple births on infant mortality. Results: In the study of low birth weight, there was a total of 319,597 live births included in the analysis during the period. An intense change in the pattern of health insurance was observed with an increase of 43% in private sector coverage from 14.9% (1996) to 21.3% (2011). CS rates increased 52%, reaching 86.9%, 51.0% and 37.5% in 2011, respectively, in private, mixed and public hospitals. LBW rates increased significantly in private and mixed hospitals independently of the type of delivery. In opposition, LBW rates decreased in public hospitals for babies born by CS and remained stable for those born by vaginal delivery. Increases in CS and in prenatal coverage were associated with rising of LBW rates during the period. Reduction in the number of adolescent mothers and improvements in maternal education were the main protector factors for LBW during the period. There was a significant increase in multiple births rate from 1.97% (1996) to 2.45% (2010), p<0.001, among which 65% were dizygotic in 2010. There was a reduction in IMR and its components, in singletons: IMR fell from 15.4‰ to 8.3‰, TMN, from 8.3‰ to 5.04‰ and PNMR from 7.0‰ to 2.9‰. Between twins these rates remained constant at around 44‰, 33‰ and 11‰, respectively. In 1996, 1.7% of the infant mortality rate, 2.0% of the neonatal mortality rate 1.4% and the rate of post-neonatal mortality could be attributed to DZ twins. In 2010, the contribution of DZ twins rose to 8.4% in infant mortality, neonatal mortality 9.8% and 5.7% in the post-neonatal mortality. Conclusion: Increase in LBW was related with an intense change in patterns of health insurance associated with overuse of medical technologies. In counterpart, social improvements and increase in access to prenatal care reduced this impact in public and mixed hospitals.
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Cesariana e gestação múltipla : avaliação de seus impactos sobre a saúde infantilAgranonik, Marilyn January 2013 (has links)
Introdução: O Brasil está passando por uma transição demográfica e epidemiológica, com melhorias na área da saúde. Apesar desse cenário, as taxas de baixo peso ao nascer (BPN) e a mortalidade infantil permanecem altas. O objetivo deste estudo é avaliar o impacto do uso extensivo de tecnologias, como o parto cesáreo e a concepção assistida, sobre resultados perinatais, durante os últimos 16 anos. Esse objetivo foi dividido em duas partes: (1) avaliação do impacto do aumento da taxa de parto cesáreo no BPN, de acordo com tipo de hospital (privado, público ou misto) e (2) avaliação do impacto das taxas de nascimentos múltiplos nas taxas de mortalidade infantil. Métodos: Estudo observacional de todos os nascidos vivos registrados entre 1996 e 2011, em Porto Alegre (RS). Características maternas, do parto, de assistência e do recém-nascido foram obtidas através do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC). Informações sobre a mortalidade foram obtidas a partir do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), apenas no período de 1996-2010. No estudo do BPN, os nascimentos múltiplos foram excluídos. A análise de tendência foi realizada através de modelos de regressão joinpoint. A Regressão de Poisson foi utilizada para calcular o risco relativo para BPN ao longo do período, ajustado pelas covariáveis. O modelo de Equações de Estimação Generalizadas foi utilizado para avaliar o risco relativo para mortalidade infantil entre gemelares e nascimentos únicos ao longo do período, ajustado pelas covariáveis. Foi calculado o risco atribuível populacional, para avaliar o impacto dos gêmeos dizigóticos sobre taxas de mortalidade infantil (TMI) e seus componentes, taxa de mortalidade neonatal (TMN) e taxa de mortalidade pósneonatal (TMPN). Resultados: No estudo sobre baixo peso ao nascer, foram incluídos 319.597 nascidos vivos durante o período. Foi observado um aumento de 43% na cobertura do setor privado, de 14,9% em 1996 para 21,3% em 2011. As taxas de cesarianas aumentaram 52%, chegando a 86,9%, 51,0% e 37,5% em 2011, nos hospitais privados, mistos e públicos, respectivamente. As taxas de baixo peso ao nascer aumentaram significativamente nos hospitais privados e mistos, independentemente do tipo de parto. Nos hospitais públicos, diminuíram no grupo de recém-nascidos por parto cesáreo e se mantiveram estáveis para os nascidos por parto normal. Houve associação entre o aumento das taxas de cesarianas com o aumento nas taxas de baixo peso ao nascer, durante o período. Em relação aos gêmeos e à mortalidade infantil, foi observado um aumento significativo na taxa de nascimentos múltiplos, de 1,97% em 1996 para 2,45% em 2010, p<0,001, entre os quais 65% eram dizigóticos (DZ) em 2010. Houve uma redução na mortalidade infantil e seus componentes para o grupo de nascimentos únicos: a TMI caiu de 15,4‰ para 8,3‰; a TMN, de 8,3‰ para 5,04‰; e a TMPN, de 7,0‰ para 2,9‰. Entre gêmeos, essas taxas permaneceram constantes, em torno de 44‰, 33‰ e 11‰ respectivamente. Em 1996, 1,7% da TMI, 2,0% da TMN e 1,4% da TMPN podem ser atribuídos aos gêmeos DZ. Em 2010, a contribuição de gêmeos DZ subiu para 8,4% (TMI), 9,8% (TMN) e 5,7% (TMPN). Conclusão: A assistência à saúde intensa e não regulamentada fornecida pelo setor privado e as melhorias na saúde, no setor público, apresentam cenários contraditórios, sugerindo abordagens diferenciadas para esses grupos, a fim de diminuir a diferença entre as taxas de baixo peso ao nascer e a mortalidade infantil no Brasil. / Introduction: Brazil is undergoing demographic and epidemiological transitions with improvements of health care standards. Despite this scenario, low birth weight (LBW) and infant mortality (IM) rates remains elevate, mainly in more developed areas of the country. The aim of this study is to evaluate the impact of extensive use of technologies, such as cesarean section (CS) and artificial insemination rates on neonatal outcomes, during the last 16 years. At first, we will investigate the impact of the increase rate of CS in LBW, considering the changes in pattern of health insurance; and second, we will investigate the impact of multiple births in infant mortality. Methods: This is an observational study of all live births registered between 1996 and 2011, in Porto Alegre (RS). Birth weight, type of delivery, type of pregnancy (single or multiple), prenatal coverage, maternal characteristics and health care insurance according to type of hospital (private, mixed, public) were obtained from the Information System on Live Births (SINASC). Information on mortality was obtained from Information System on Mortality (SIM), only in the period of 1996 to 2010. In the study of LBW, multiple births were excluded. Trends in LBW, CS and covariates were assessed using joinpoint regression models, general and according to the type of hospital. Poisson regression was used to calculate the relative risk for LBW over the period, adjusted for covariates. Generalized Estimated Equations model was used to evaluate the relative risk for infant mortality among multiple births and sigletons, adjusted for covariates. Populational Attributable Risk was calculated to evaluate the impact of multiple births on infant mortality. Results: In the study of low birth weight, there was a total of 319,597 live births included in the analysis during the period. An intense change in the pattern of health insurance was observed with an increase of 43% in private sector coverage from 14.9% (1996) to 21.3% (2011). CS rates increased 52%, reaching 86.9%, 51.0% and 37.5% in 2011, respectively, in private, mixed and public hospitals. LBW rates increased significantly in private and mixed hospitals independently of the type of delivery. In opposition, LBW rates decreased in public hospitals for babies born by CS and remained stable for those born by vaginal delivery. Increases in CS and in prenatal coverage were associated with rising of LBW rates during the period. Reduction in the number of adolescent mothers and improvements in maternal education were the main protector factors for LBW during the period. There was a significant increase in multiple births rate from 1.97% (1996) to 2.45% (2010), p<0.001, among which 65% were dizygotic in 2010. There was a reduction in IMR and its components, in singletons: IMR fell from 15.4‰ to 8.3‰, TMN, from 8.3‰ to 5.04‰ and PNMR from 7.0‰ to 2.9‰. Between twins these rates remained constant at around 44‰, 33‰ and 11‰, respectively. In 1996, 1.7% of the infant mortality rate, 2.0% of the neonatal mortality rate 1.4% and the rate of post-neonatal mortality could be attributed to DZ twins. In 2010, the contribution of DZ twins rose to 8.4% in infant mortality, neonatal mortality 9.8% and 5.7% in the post-neonatal mortality. Conclusion: Increase in LBW was related with an intense change in patterns of health insurance associated with overuse of medical technologies. In counterpart, social improvements and increase in access to prenatal care reduced this impact in public and mixed hospitals.
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Predição do parto prematuro espontâneo em gestações gemelares pela medida do colo uterino: comparação entre medida obtida entre 18-21 semanas e 22-25 semanas de gestação e análise do encurtamento cervical / Prediction of spontaneous preterm birth in twin pregnancies by cervical length measurement: comparison between assessment at 18- 21 weeks and 22-25 weeks gestation and analyses of cervical shorteningMansú, Carolina Hofmeister de Andrade 02 December 2009 (has links)
OBJETIVO: O objetivo do presente estudo é comparar o poder da medida do comprimento do colo uterino quando obtida no período de 18-21 semanas com a obtida no período de 22-25 semanas de gestação na predição do parto prematuro espontâneo em gestações gemelares e analisar o valor do encurtamento cervical observado entre essas duas medidas. MÉTODO: estudo retrospecto envolvendo 383 gestantes gemelares que foram avaliadas entre a 18ª e a 21ª semanas (GRUPO 1- 241 pacientes) e a 22ª e a 25ª semanas de gestação (GRUPO 2- 266 pacientes). Esses dois períodos foram avaliados de maneira independente e as pacientes foram incluídas em um deles ou em ambos, com ao menos 3 semanas entre os exames. Pacientes incluídas nos dois períodos (GRUPO 3- 124 pacientes) permitiram a análise do encurtamento cervical. Não foram incluídas gestações com as seguintes complicações: síndrome da transfusão feto-fetal, poliidrâmnio, malformação fetal, patologia uterina, gestações submetidas a procedimento invasivo, cerclagem uterina, parto prematuro eletivo e os casos em que não foi possível obter o desfecho da gestação. O parâmetro avaliado foi o comprimento do colo. Curvas ROC foram usadas para comparar a capacidade de predição do parto prematuro. Na determinação de sensibilidade, especificidade, VPP e VPN foi usado como ponto de corte o 5º percentil do comprimento do colo determinado por Fujita et al (2002) em nossa população. RESULTADO: GRUPO 1- o comprimento médio do colo com 19,5 semanas (IG média no grupo) foi 38,2 ±8,7 mm. A taxa de PPE (parto prematuro espontâneo) abaixo de 28, 30, 32 e 34 semanas de gestação foi 3,7%, 6,2%, 7,8% e 16,1%, respectivamente. A incidência de colo curto foi (14/241) 5,8%. Análise da curva ROC revelou área sob a curva de 0,64 (CI95% 0,53-0,75). Sensibilidade de 33,3%, 33,3%, 30% e 23% e VPN de 97,3%, 95,6%, 93,8% e 86,8% para parto abaixo de 28, 30, 32, e 34 semanas de gestação foram obtidos. GRUPO 2- o comprimento médio do colo com 23,3 semanas (IG média no grupo) foi 35,6 ±10,5 mm. A taxa de PPE abaixo de 28, 30, 32 e 34 semanas de gestação foi 2,6%, 5,2%, 7,1% e 12,8%, respectivamente. A incidência de colo curto foi (22/266) 8,2%. Análise da curva ROC revelou área sob a curva de 0,80 (CI95% 0,72-0,88), e essa área é maior do que a do GRUPO 1 (p0,001). Sensibilidade de 71,4%, 57,1%, 52,6% e 38,2% e VPN de 99,1%, 97,5%, 96,3% e 91,4% para parto abaixo de 28, 30, 32, e 34 semanas de gestação foram obtidos. GRUPO 3- Análise da curva ROC revelou área sob a curva de 0,81 (CI95% 0,73-0,89). O melhor ponto de corte para encurtamento cervical foi dado pelo joelho de curva e foi 2 mm/semana. Sensibilidade de 80%, 90%, 78,5% e 60,8% e VPN de 98,9%, 98,9%, 96,8% e 90,6% para parto abaixo de 28, 30, 32, e 34 semanas de gestação. CONCLUSÃO: nas gestações gemelares, a medida do colo uterino entre 22-25 semanas de gestação é melhor preditora do parto prematuro abaixo de 34 semanas do que a medida obtida entre 18-21 semanas. O encurtamento cervical 6mm/3 semanas entre 18 e 25 semanas de gestação é bom preditor de parto prematuro em subgrupo de alto risco. / OBJECTIVE: The aim of the present study is to compare the value of cervical assessment in twin pregnancies in predicting risk of spontaneous preterm delivery when performed at 18-21 weeks and 22-25 weeks gestation and to examine the value of cervical shortening observed between both periods. METHODS: This retrospective study involved 383 women carrying twins who were scheduled between 18-21 completed weeks (GROUP 1- 241 patients) and 22-25 completed weeks of gestation (GROUP 2- 266 patients). These two periods were assessed independently, and patients could be included in one or both with at least three weeks between the exams, whose delivery data was obtained. Patients included in both periods (GROUP 3- 124 patients) allowed the analysis of cervical shortening. Pregnancies presenting with the following complications where not included in the analyses: twin-twin transfusion syndrome, polihidramnius, fetal malformation, uterine patology; cases that underwent invasive procedures or uterine cerclage, premature delivery indicated for maternal or fetal complications and cases in which pregnancy outcome was impossible to obtain. Cervical length was the analyzed parameter. Area under the ROC curve was used to compare the predictive capacity of spontaneous preterm birth. To determine sensitivity, specificity, PPV and NPV, cervical length cut-off for short cervix was determined by Fujita et al (2002) curve, designed in our population. RESULTS: GROUP 1- The mean cervical length at 19.5 weeks (mean gestational age in the group) was 38.2 +- 8.7 mm. The rate of spontaneous preterm delivery (SPD) < 28, <30, <32 and < 34 weeks of gestation was 3.7%, 6.2%, 7.8% and 16.1%, respectively. The incidence of short cervix in the group was (14/241) 5.8%. Receiver operating characteristic curve analysis revealed area under the curve 0.64 (CI95% 0.53-0.75). Sensitivities of 33.3%, 33.3%, 30% and 23% and negative predictive values of 97.3%, 95.6%, 93.8% and 86.8% for delivery at <28, <30, <32, and <34 weeks gestation were achieved. GROUP 2- The mean cervical length at 23.3 weeks (mean gestational age in the group) was 35.6 +- 10.5 mm. The rate of SPD < 28, <30, <32 and < 34 weeks of gestation was 2.6%, 5.2%, 7.1% and 12.8%, respectively. The incidence of short cervix was (22/266) 8.2%. Receiver operating characteristic curve analysis revealed area under the curve 0.80 (CI95% 0.72-0.88), and this is larger than GROUP 1 area (p0,001). Sensitivities of 71.4%, 57.1%, 52.6% and 38.2% and negative predictive values of 99.1%, 97.5%, 96.3% and 91.4% for delivery at <28, <30, <32, and <34 weeks gestation were achieved. GROUP 3- Receiver operating characteristic curve analysis revealed area under the curve 0.81 (CI95% 0.73-0.89). The best cut-off for cervical shortening was reveled by the inflection point of the curve and was 2 mm/week. Sensitivities of 80%, 90%, 78.5% and 60.8% and negative predictive values of 98.9%, 98.9%, 96.8% and 90.6% for delivery at <28, <30, <32, and <34 weeks gestation were achieved. CONCLUSION: In twin gestations, assessment of cervical length at 22-25 weeks is better than __________________________________________________________________ assessment at 18-21 weeks to predict preterm delivery before 34 weeks. Cervical shortening of 6 mm/ 3weeks between 18 and 25 weeks gestation was a good predictor of spontaneous preterm birth in high risk population.
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Predição do parto prematuro espontâneo em gestações gemelares pela medida do colo uterino: comparação entre medida obtida entre 18-21 semanas e 22-25 semanas de gestação e análise do encurtamento cervical / Prediction of spontaneous preterm birth in twin pregnancies by cervical length measurement: comparison between assessment at 18- 21 weeks and 22-25 weeks gestation and analyses of cervical shorteningCarolina Hofmeister de Andrade Mansú 02 December 2009 (has links)
OBJETIVO: O objetivo do presente estudo é comparar o poder da medida do comprimento do colo uterino quando obtida no período de 18-21 semanas com a obtida no período de 22-25 semanas de gestação na predição do parto prematuro espontâneo em gestações gemelares e analisar o valor do encurtamento cervical observado entre essas duas medidas. MÉTODO: estudo retrospecto envolvendo 383 gestantes gemelares que foram avaliadas entre a 18ª e a 21ª semanas (GRUPO 1- 241 pacientes) e a 22ª e a 25ª semanas de gestação (GRUPO 2- 266 pacientes). Esses dois períodos foram avaliados de maneira independente e as pacientes foram incluídas em um deles ou em ambos, com ao menos 3 semanas entre os exames. Pacientes incluídas nos dois períodos (GRUPO 3- 124 pacientes) permitiram a análise do encurtamento cervical. Não foram incluídas gestações com as seguintes complicações: síndrome da transfusão feto-fetal, poliidrâmnio, malformação fetal, patologia uterina, gestações submetidas a procedimento invasivo, cerclagem uterina, parto prematuro eletivo e os casos em que não foi possível obter o desfecho da gestação. O parâmetro avaliado foi o comprimento do colo. Curvas ROC foram usadas para comparar a capacidade de predição do parto prematuro. Na determinação de sensibilidade, especificidade, VPP e VPN foi usado como ponto de corte o 5º percentil do comprimento do colo determinado por Fujita et al (2002) em nossa população. RESULTADO: GRUPO 1- o comprimento médio do colo com 19,5 semanas (IG média no grupo) foi 38,2 ±8,7 mm. A taxa de PPE (parto prematuro espontâneo) abaixo de 28, 30, 32 e 34 semanas de gestação foi 3,7%, 6,2%, 7,8% e 16,1%, respectivamente. A incidência de colo curto foi (14/241) 5,8%. Análise da curva ROC revelou área sob a curva de 0,64 (CI95% 0,53-0,75). Sensibilidade de 33,3%, 33,3%, 30% e 23% e VPN de 97,3%, 95,6%, 93,8% e 86,8% para parto abaixo de 28, 30, 32, e 34 semanas de gestação foram obtidos. GRUPO 2- o comprimento médio do colo com 23,3 semanas (IG média no grupo) foi 35,6 ±10,5 mm. A taxa de PPE abaixo de 28, 30, 32 e 34 semanas de gestação foi 2,6%, 5,2%, 7,1% e 12,8%, respectivamente. A incidência de colo curto foi (22/266) 8,2%. Análise da curva ROC revelou área sob a curva de 0,80 (CI95% 0,72-0,88), e essa área é maior do que a do GRUPO 1 (p0,001). Sensibilidade de 71,4%, 57,1%, 52,6% e 38,2% e VPN de 99,1%, 97,5%, 96,3% e 91,4% para parto abaixo de 28, 30, 32, e 34 semanas de gestação foram obtidos. GRUPO 3- Análise da curva ROC revelou área sob a curva de 0,81 (CI95% 0,73-0,89). O melhor ponto de corte para encurtamento cervical foi dado pelo joelho de curva e foi 2 mm/semana. Sensibilidade de 80%, 90%, 78,5% e 60,8% e VPN de 98,9%, 98,9%, 96,8% e 90,6% para parto abaixo de 28, 30, 32, e 34 semanas de gestação. CONCLUSÃO: nas gestações gemelares, a medida do colo uterino entre 22-25 semanas de gestação é melhor preditora do parto prematuro abaixo de 34 semanas do que a medida obtida entre 18-21 semanas. O encurtamento cervical 6mm/3 semanas entre 18 e 25 semanas de gestação é bom preditor de parto prematuro em subgrupo de alto risco. / OBJECTIVE: The aim of the present study is to compare the value of cervical assessment in twin pregnancies in predicting risk of spontaneous preterm delivery when performed at 18-21 weeks and 22-25 weeks gestation and to examine the value of cervical shortening observed between both periods. METHODS: This retrospective study involved 383 women carrying twins who were scheduled between 18-21 completed weeks (GROUP 1- 241 patients) and 22-25 completed weeks of gestation (GROUP 2- 266 patients). These two periods were assessed independently, and patients could be included in one or both with at least three weeks between the exams, whose delivery data was obtained. Patients included in both periods (GROUP 3- 124 patients) allowed the analysis of cervical shortening. Pregnancies presenting with the following complications where not included in the analyses: twin-twin transfusion syndrome, polihidramnius, fetal malformation, uterine patology; cases that underwent invasive procedures or uterine cerclage, premature delivery indicated for maternal or fetal complications and cases in which pregnancy outcome was impossible to obtain. Cervical length was the analyzed parameter. Area under the ROC curve was used to compare the predictive capacity of spontaneous preterm birth. To determine sensitivity, specificity, PPV and NPV, cervical length cut-off for short cervix was determined by Fujita et al (2002) curve, designed in our population. RESULTS: GROUP 1- The mean cervical length at 19.5 weeks (mean gestational age in the group) was 38.2 +- 8.7 mm. The rate of spontaneous preterm delivery (SPD) < 28, <30, <32 and < 34 weeks of gestation was 3.7%, 6.2%, 7.8% and 16.1%, respectively. The incidence of short cervix in the group was (14/241) 5.8%. Receiver operating characteristic curve analysis revealed area under the curve 0.64 (CI95% 0.53-0.75). Sensitivities of 33.3%, 33.3%, 30% and 23% and negative predictive values of 97.3%, 95.6%, 93.8% and 86.8% for delivery at <28, <30, <32, and <34 weeks gestation were achieved. GROUP 2- The mean cervical length at 23.3 weeks (mean gestational age in the group) was 35.6 +- 10.5 mm. The rate of SPD < 28, <30, <32 and < 34 weeks of gestation was 2.6%, 5.2%, 7.1% and 12.8%, respectively. The incidence of short cervix was (22/266) 8.2%. Receiver operating characteristic curve analysis revealed area under the curve 0.80 (CI95% 0.72-0.88), and this is larger than GROUP 1 area (p0,001). Sensitivities of 71.4%, 57.1%, 52.6% and 38.2% and negative predictive values of 99.1%, 97.5%, 96.3% and 91.4% for delivery at <28, <30, <32, and <34 weeks gestation were achieved. GROUP 3- Receiver operating characteristic curve analysis revealed area under the curve 0.81 (CI95% 0.73-0.89). The best cut-off for cervical shortening was reveled by the inflection point of the curve and was 2 mm/week. Sensitivities of 80%, 90%, 78.5% and 60.8% and negative predictive values of 98.9%, 98.9%, 96.8% and 90.6% for delivery at <28, <30, <32, and <34 weeks gestation were achieved. CONCLUSION: In twin gestations, assessment of cervical length at 22-25 weeks is better than __________________________________________________________________ assessment at 18-21 weeks to predict preterm delivery before 34 weeks. Cervical shortening of 6 mm/ 3weeks between 18 and 25 weeks gestation was a good predictor of spontaneous preterm birth in high risk population.
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