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Grupos de mulheres do meio rural: espaço educativo e de cuidado de siBusnello, Maristela Borin 07 May 2018 (has links)
Os grupos de mulheres do meio rural se constituem em espaço de educação não
formal e em sua organização se desenvolvem práticas educativas. Considerando
este contexto, nesta tese de doutorado busco estudar de que forma os grupos de
mulheres vinculados a um projeto de educação-extensão no meio rural, produzem
espaço educativo e de cuidado. Apresento os elementos teóricos que situam a tese
na confluência temática do debate sobre a saúde, a alimentação e a educação.
Contextualizo o debate a respeito da saúde, a sua promoção e a educação nos
espaços grupais, visualizando estes espaços como conformadores de práticas e
potencializadores de mudança. Trago, ainda, elementos conceituais sobre a
alimentação e a nutrição como categorias consideradas nas ações e práticas
educativas. Tendo presente estes elementos, amparada nos pressupostos de Freire
e da educação popular em saúde, investiguei como ocorrem as práticas educativas
em um grupo de mulheres vinculado a um projeto de educação-extensão no meio
rural de Ijuí. Na pesquisa participante utilizei diferentes estratégias para aproximação
ao campo empírico. Além da observação participante junto ao grupo e registros no
caderno de campo, desenvolvi um grupo focal e entrevistei os educadores
envolvidos nas ações do projeto. A partir destas análises, defendo a compreensão
de que os espaços grupais são espaços educativos onde convivem diferentes
compreensões de educação. Quando o grupo considera e utiliza estratégias
participativas, o diálogo e as realidades vivenciadas por cada uma das mulheressujeito
do grupo pode-se alcançar empoderamento e provocar mudança. Aponto
ainda, que, por ser espaço de encontro e de vivência, no grupo se estabelecem
laços de solidariedade os quais potencializam o cuidado de si. Identificam-se entre
as mulheres do grupo o pertencimento e a mobilização para “estar” neste local e se
constituírem-se como sujeitos com identidade. Identifico ainda que o espaço grupal
tal qual o vivenciado pelos grupos de mulheres, pode se manter como espaço de
resistência ao cotidiano conformador e se constituir em espaço de esperança ao
alcance de outros modos de pensar/fazer as relações com a produção de alimentos
e a alimentação, com a vida de modo mais digno e responsável. / 126 f.
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