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Disputa de frames e hibridismo organizacional: um estudo de caso em um hospital universitário federalAVELAR, J. V. R. 02 September 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-09-02 / O caráter híbrido de hospitais-escola das universidades federais brasileiras se configura a partir de sua gênese: ao lado da assistência em saúde pública, ocorre a promoção do ensino e da pesquisa. As demandas contemporâneas dessas organizações requerem medidas adequadas à complexidade das diversas atividades acadêmicas e administrativas. O Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (REHUF), implantado em 2010, prevê a realização de ações no sentido de garantir a recuperação física e tecnológica, bem como o reordenamento do quadro de recursos humanos das unidades hospitalares universitárias, com a criação, como parte de um conjunto de medidas, da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). Desde 2013, a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) tornou-se signatária da EBSERH, que assume total responsabilidade pela coordenação e execução das atividades do Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (HUCAM), provocando o surgimento de um cenário atípico na história do hospital. O estudo qualitativo de tal reforma institucional, sob a teoria de frames, objetiva a investigação de influências na cultura organizacional do HUCAM, a partir do processo de hibridização envolvendo a UFES e a EBSERH. O estudo de caso único permite uma abordagem compreensiva desse processo. A coleta de dados, mediante a entrevista individual semiestruturada, fortalece o propósito de pesquisar o tema em profundidade. Ao analisar o processo de hibridização em curso no HUCAM, comprova-se que diferentes frames subjacentes à mescla organizacional têm influenciado os rumos de sua gestão. Ocorrem resistências quanto às relações entre servidores da antiga e da atual estrutura. O aspecto comunicacional deficitário, segundo os entrevistados, também interfere na atual conjuntura do HUCAM. Esse quadro resulta em dificuldade para os gestores. Reconhece-se que as diferenças legal-trabalhistas se impõem como grande obstáculo rumo a uma integração cultural e, até que isso aconteça, a atual situação irá demandar continuamente habilidades conciliatórias dos líderes e gestores. Finalmente, espera-se que os achados possam contribuir para um melhor entendimento sobre como os conflitos de interesses que emergem no trabalho de gestão no atual contexto organizacional dos hospitais universitários se desenvolvem.
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