Made available in DSpace on 2016-06-02T20:39:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1 6456.pdf: 860131 bytes, checksum: 1d1751262ab0a8346eadc0305c8e77d3 (MD5) Previous issue date: 2015-06-16 / Financiadora de Estudos e Projetos / Trying to understand a process through which individuals are raised in certain skills and dispositions, "physical and moral states" that are required by society as a whole, but also by specified groups to which one belongs, I conducted a research about the formation of Catholic priests process. I tried to understand from the experience of the diocese of São Carlos / SP, which dynamic, actors and situations were involved in this process of socialization, through which are cultivated in seminarians a number of provisions that in the future will contribute to the exercise of their priestly ministry. This set of provisions that I call priestly habitus is unconsciously and sometimes deliberately instrumentalized by these social actors, both in the daily performance of their social roles and in the maintenance activity or achievement of social positions in the Catholic Church or even in other fields such as the academic one. The dynamics of such priestly habitus cultivation takes place in a broad context, larger than the boundaries of a seminary, covering a range of training situations arranged through an institutionalized itinerary experiences that culminates in ordination. Such a priestly itinerary - equipped with native significance through a structured vocational speech that reduces the importance of profane motivations in the admission at the seminary provides the trajectories of these actors with a purity of inclination that omits the possibility of other interests (less transcendental ones). Finally, I discuss how to some members of the Catholic clergy, to be a priest not as regarded in the official speeches, but in the daily practices is less of an inescapable fixed identity than a contingency identification activity, which is evoked or omitted by these social actors according to the nature of relations at stake. / Procurando compreender um processo pelo qual se suscitam em indivíduos determinadas competências e disposições, "estados físicos e morais" requeridos pela sociedade como um todo, mas também a grupos determinados a que se pertence, realizei uma pesquisa acerca do processo de formação de sacerdotes católicos. Procurei entender a partir da experiência da Diocese de São Carlos/SP, quais dinâmicas, atores e conjunturas envolvem esse processo de socialização, por meio do qual se cultivam nos seminaristas uma série de disposições que futuramente contribuirão no exercício de seu ministério sacerdotal. A esse conjunto de disposições denomino habitus presbiteral, que é instrumentalizado inconscientemente e às vezes deliberadamente por esses atores sociais, tanto na performance diária de seus papeis sociais, quanto na atividade de manutenção e conquista de posições sociais no campo eclesial e até mesmo em outros campos, como o acadêmico. A dinâmica de cultivo de tal habitus sacerdotal se dá num contexto amplo, maior do que as fronteiras da casa de formação ou seminário, abrangendo todo um conjunto de situações formativas organizadas por meio de um itinerário institucionalizado de experiências que culmina na ordenação, o itinerário presbiteral, as quais são ainda dotadas de uma significação nativa, por meio de um discurso vocacional estruturado, que disassocia as motivações profanas do ingresso no seminário, dotando as trajetórias desses atores de uma pureza de inclinação que omite a possibilidade de interesses outros, menos transcendentais. Por fim, abordo ainda como para alguns membros do clero católico, ser padre, não no que toca os discursos oficiais, mas no que tange as práticas cotidianas, parece ser menos uma identidade fixa inescapável, do que uma atividade de identificação contingencial, que é evocada ou omitida por esses sujeitos de acordo com a natureza da relação social em jogo.