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Figurações hagiográficas de autor em Mario Levrero

Moraes, Alexander Vladimir Belivuk January 2016 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. Programa de Pós-Graduação em Literatura / Made available in DSpace on 2016-09-20T04:03:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1 340490.pdf: 714589 bytes, checksum: 06ad2731acb3f0f68899e90570d8d983 (MD5) Previous issue date: 2016 / O seguinte trabalho propõe uma cena crítica de leitura para os relatos autobiográficos do escritor uruguaio Mario Levrero (1940-2004). Assim, partindo do pressuposto de que uma mitologia autoral rodeia e articula a produção e recepção de todo texto autobiográfico, tece-se um percurso crítico-teórico de leitura em torno das escrituras do eu e da função-autor nos textos de Levrero com a finalidade de levantar a possibilidade de uma figuração hagiográfica de autor que perpassa, de forma descontínua e fragmentária, toda a fase final da produção literária do escritor. Partindo de um viés teórico desconstrucionista do eu na escritura autobiográfica proposto por Paul DeMan, em Autobiografia como Des-figuração (2012), e de um viés crítico-cultural hagiográfico do lugar e da figura do escritor no campo artístico e literário contemporâneo proposto por Flora Süssekind, em Hagiografías. Paulo Leminski (2008), o trabalho de leitura centra-se em rastrear e levantar certos traços hagiográficos, (auto)sacralizantes ou consagratórios da vida e da figura do escritor nos textos. Desse modo, dentro da escritura autobiográfica de Levrero, entendida, a partir de Giorgio Agamben (2010), como jogo ou profanação de uma ordem simbólica ou imaginário ligados ao discurso do sagrado ou do religioso cristão, tenta-se assinalar para uma suspensão ou neutralização de qualquer pretensão de (auto)conhecimento positivo de uma verdade biográfica ou de um eu transcendental atribuída, a priori, ao relato de uma vida ou à experiência de um sujeito. Por outro lado, o trabalho toca, e deixa em aberto, diversas questões crítico-teóricas em torno de determinadas práticas artísticas ou literárias que problematizam a função-autor e o estatuto da arte contemporânea em concomitância com a construção das subjetividades na moderna cultura ocidental. Portanto, a leitura se propôs indagar, como problema de fundo, categorias como identidade (racial, de gênero, ou nação), verdade biográfica ou eu transcendente . Assim, a pesquisa apresenta, de modo geral, um percurso crítico de leitura para os textos autobiográficos de Mario Levrero e suas relações retórico-filosóficas, anacrônicas e deslocadas, com o chamado mito da biografia (COCCIA, 2012), no qual a Vita dos santos ou hagiografias cristãs, e especialmente os quatro evangelhos bíblicos, seriam os arquétipos ou mitografias fundamentais a partir das quais é possível rastrear um dispositivo teológico-jurídico de linguagem sobre o qual se assentaria o valor metafísico da verdade biográfica e da lei na moderna civilização ocidental. <br> / Resumen : El siguiente trabajo propone la puesta en escena de una lectura crítica para los relatos autobiográficos del escritor uruguayo Mario Levrero (1940-2004). Así, partiendo del presupuesto de que una mitología autoral rodea y articula la producción y recepción de todo texto autobiográfico, se teje un percurso crítico-teórico de lectura en torno de las escrituras del yo y de la función-autor en la literatura de Levrero con la finalidad de levantar la posibilidad de una figuración hagiográfica de autor en los textos que recorre, en forma descontínua e fragmentaria, toda la fase final de la producción literaria del escritor. En este sentido, partiendo de una perspectiva teórica desconstrucionista del yo en la escritura autobiográfica, propuesto por Paul DeMan en Autobiografía como desfiguración (1991), a la par de una perspectiva crítico-cultural hagiográfica del lugar y la figura del artista o del escritor en el campo artístico y literario contemporáneo, a partir del ensayo de Flora Süssekind Hagiografias. Paulo Leminski (2008), el trabajo de lectura se concentra en rastrear y levantar ciertos rasgos hagiográficos, (auto)sacralizantes o consagratórios de la vida y la figura del escritor en los textos. De este modo, dentro de la escritura autobiográfica de Levrero, entendida, a partir de Giorgio Agamben (2010), como juego ou profanación de una orden simbólica o un imaginário ligado al discurso de lo sagrado o religioso cristianos, se intenta señalar una suspensión o neutralización de cualquier pretensión de (auto)conocimiento positivo de una verdad biográfica o de un yo trascendental atribuidos, a priori, al relato de la vida o de la experiencia de un sujeto. Por otro lado, el trabajo toca, y deja en abierto, diversas cuestiones crítico-teóricas alrededor de determinadas prácticas artísticas o literarias que problematizan la función-autor o el estatuto del arte contemporáneo con la constitución de las subjetividades en la moderna cultura occidental. Siendo así, el trabajo se propuso indagar, como problema de fondo, categorías como identidad (de raza, de género, o nación), verdad biográfica o yo trascendental . Siendo así, la investigación presenta, de modo general, una senda de lectura para los textos autobiográficos de Levrero y su relación, anacrónica e desplazada, con el llamado mito de la biografía (COCCIA, 2012) del cual las Vita de los santos o hagiografías cristianas, y en especial los cuatro evangelios bíblicos, serian los arquetipos o mitografías fundamentales a partir de los cuales rastrear un dispositivo teológico-juridico de lenguaje sobre el que se asentaría todo el valor metafísico de una verdad biográfica o de la ley en la moderna civilización occidental.

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