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Sempre foi velado: um modelo teórico sobre os significados de ser trabalhador com diabetes na perspectiva do adoecido e dos profissionais de saúde / It was always veiled: a theoretical model about the meanings of being a worker with diabetes and the perspective of illness and health professionals

Lobato, Beatriz Cardoso 11 July 2014 (has links)
O diabetes mellitus em pessoas em idade produtiva pode acarretar a perda de habilidades para o trabalho, redução da produtividade e aposentadoria precoce. Este estudo objetivou construir um modelo teórico sobre os significados atribuídos à experiência de ser trabalhador com diabetes na perspectiva das pessoas com diabetes e dos profissionais de saúde. Utilizou-se a abordagem qualitativa na perspectiva do Interacionismo Simbólico, como referencial teórico e a Teoria Fundamentada nos Dados, como referencial metodológico. A coleta dos dados foi orientada pelo processo de amostragem teórica, sendo a entrevista o principal recurso utilizado. Foram entrevistadas 11 pessoas com diabetes mellitus tipo 2 e 8 profissionais de saúde. As entrevistas foram realizadas no período de março de 2012 a maio de 2013 e transcritas na íntegra. A análise dos dados foi realizada em três etapas: codificação aberta, axial e seletiva, que permitiram a identificação das categorias e do fenômeno central. Verificou-se que para pessoa com diabetes a experiência do adoecer é compreendida como uma condição velada em diferentes interações sociais e contextos de vida e que precisa ser por ela administrada. Experiência cotidiana com uma condição crônica suscita o medo da morte e a experiência de limitações nas atividades diárias, que compromete a identidade e o desempenho de papéis como o de trabalhador. Neste processo, percebe-se a atenção a saúde como parte da rotina da pessoa com diabetes em idade produtiva, a qual é compreendida como uma atenção fragmentada, centrada em ações biológicas e prescritivas, que não abarcam as implicações emocionais e sociais desta condição crônica e não oferecem suporte para lidar com esta condição no contexto do trabalho. Embora, a revelação das implicações entre diabetes e trabalho apresente a existência de uma implicação recíproca entre a enfermidade e o e trabalho, esta condição mantém-se velada neste contexto, devido ao medo de sofrer preconceito. Assim, as pessoas com diabetes e os profissionais de saúde revelam a busca por ações e estratégias que viabilizam o ser trabalhador com diabetes, na qual adaptam as ações de autocuidado ao ambiente e condições de trabalho, evitando promover mudanças na rotina e formas de organização desta atividade. Como consequência, as pessoas com diabetes apresentam-se com dificuldades para manter-se no trabalho, o que pode antecipar sua saída do mercado de trabalho. Frente a esta realidade, o profissional de saúde percebe-se com dificuldades para intervir nas demandas do trabalhador com diabetes e identifica a necessidade de instrumentalização para atuar frente a esta demanda. A experiência descrita centraliza-se no modelo teórico sempre foi velado, que possibilita uma compreensão abrangente sobre a experiência da pessoa com diabetes que trabalha e oferece subsídios para intervenções ampliadas em saúde que considerem as pessoas com diabetes em sua integralidade e para o desenvolvimento de dispositivos legais que garantam a realização de ações de autocuidado no contexto do trabalho / Diabetes mellitus in people of working age can lead to the loss of job skills, reduced productivity and premature retirement. This study aimed to construct a theoretical model of the meanings attributed to the experience of being a worker with diabetes from the perspective of people with diabetes and healthcare professionals. We used a qualitative approach in the perspective of Symbolic Interactionism as a theoretical and Grounded Theory in Data as a methodological framework. Data collection was guided by theoretical sampling process, and the interview was the main resource used. 11 people with diabetes mellitus type 2 and 8 health professionals were interviewed. The interviews were conducted from March 2012 to May 2013 and then they were transcribed. Data analysis was performed in three stages: open, axial and selective coding, which allowed the identification of categories and the central phenomenon. It was found that for people with diabetes, the experience of illness is understood as a veiled condition in different social interactions and contexts of life and needs to be administered by it. Everyday experience with a chronic condition raises the fear of death and experience limitations in daily activities, which compromises the identity and role performance as a worker. In this process, it is realized the attention to health as a routine of the person with diabetes in productive age, which is understood as a fragmented attention focused on biological and prescriptive actions that do not address the emotional and social implications of this chronic condition and do not offer support to deal with this condition in the workplace. Although, the revelation of the implications between diabetes and work to present the existence of a mutual implication of the disease and the work, this condition remains veiled in this context due to the fear of suffering prejudice. Thus, people with diabetes and healthcare professionals reveal the search for actions and strategies that enable the worker with diabetes, in which the self-care actions adapted to the environment and working conditions avoiding foster changes in routine and ways of organizing this activity. As a result, people with diabetes present with difficulties to keep up at work, what can anticipate their exit from the labor market. Facing this reality, the health professional perceives his difficulty to intervene in the demands of the worker with diabetes and identifies the need to provide tools to act against this demand. The experience described focuses on the theoretical model and it was always veiled, enabling a comprehensive understanding of the experience of people with diabetes who works and provides grants for expanded health interventions that consider people with diabetes in their entirety and to the development of devices legal ensuring the achievement of self-care actions in the workplace
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Sentidos de família construídos por profissionais de saúde na estratégia de saúde da família / Family meanings constructed by health professionals in the Brazilian Family Health Strategy

Menezes, Luiza Campos 19 February 2016 (has links)
Na construção de políticas sociais atribuiu-se um papel central à família na proteção social e no cuidado com os seus membros. Na saúde, a família assume essa centralidade na Estratégia de Saúde da Família (ESF), sendo compreendida como objeto da atenção em saúde. Essa centralidade se deu a partir de uma pretensão de mudança no modelo assistencial que visasse a integralidade do cuidado e um olhar para as condições de vida como fundamentais no processo saúde-doença. Tais transformações nos sentidos e práticas de saúde têm sido desafiadoras. A partir da perspectiva Construcionista Social, que orienta esse estudo, compreendemos que os sentidos são construídos nas interações entre as pessoas e que esses configuram práticas sociais. Diante deste quadro de desafios na ESF e a partir da perspectiva adotada, temos como objetivo compreender os sentidos produzidos por profissionais de equipes de saúde sobre famílias em contextos de reuniões de discussão de família/caso na ESF, buscando analisar como esses configuram a produção de práticas de cuidado e também como se dá a dinâmica de construção desses sentidos a partir das negociações entre os participantes. A constituição do corpus foi feita a partir da observação e registros em áudio de 16 reuniões de duas equipes de saúde da família, contando com 26 participantes, dentre eles profissionais e estagiários de diferentes especialidades. A análise foi feita a partir da perspectiva das práticas discursivas, com os seguintes passos: 1) transcrição do material; 2) leitura intensiva e organização do material; 3) construção de sentidos sobre a família, e análise dos repertórios interpretativos, discursos usados, e implicações para ação; e 4) narrativa ilustrativa da dinâmica dos sentidos. Os sentidos construídos na análise foram: a) Família como pessoas que moram juntas: os repertórios usados descreviam os modos de ser família a partir do ambiente em que ela vive, entendendo a família como informante e cuidadora dos seus membros; b) Família como responsável pelo cuidado: repertórios de família como aquela que dá suporte aos seus membros e é responsável por eles; e, por vezes, está sobrecarregada com esses cuidados; c) Família como problema: repertórios que configuravam a família como aquela que é responsável pelo problema de saúde dos seus membros, como aquela que funciona como um estressor para eles ou como aquela que está em situação de risco; e d) Família como rede de relações, sentido que foi usado, mais comumente, em conversas sobre casos complexos, com discussões voltadas para configurações, estruturas e dinâmicas familiares. A partir da análise do processo de discussão da equipe em torno de um \"caso\", foi possível ilustrar o dinamismo desses sentidos nas conversas e como esses são negociados a todo momento. A análise nos permite considerar que há esforços dos profissionais em voltar a atenção do cuidado para a família, porém ainda são comuns práticas centradas no indivíduo e pouco pautadas no contexto e nas condições de vida das famílias. Compreendemos que dar visibilidade a esses diferentes sentidos e seu uso permite reflexões sobre como cada forma de descrever as famílias possibilita a construção de práticas distintas, o que pode contribuir para uma maior reflexão dos profissionais de saúde sobre sua prática cotidiana (Apoio Capes e Fapesp- 2014/08618-6). / In constructing social policies, a central role has been assigned to the family regarding its social protection and care for its members. In Health, the family assumes such centrality in the Brazilian Family Health Strategy (FHS), being understood as a health care object. This centrality is given from an intention of changing the health care model, which should aim integrality of care and a look at/attention towards the living conditions as fundamental in the health-illness process. But the changes in the meanings and health practices have been challenging. From the social constructionist perspective, which guides this study, we understand that the meanings are built in interactions among people and that such constitute social practices. Given these elements - challenges in the FHS and the said perspective - we aim to understand the meanings produced by health team professionals about families in contexts of FHS family discussion meetings. We seek to analyze how these meanings shape the production of care practices and also how these senses are dynamically constructed from the negotiations among participants. The corpus construction was structured from observation and audio records from 16 FHS teams meetings, with 26 participants, including professionals and trainees from different specialties. The analysis was based on the discursive practices perspective, with the following steps: 1) material transcription; 2) intensive reading and material organization; 3) construction of meanings about family, and analysis of interpretative repertoires, discourse use, and implications for action; and 4) illustrative narrative of meanings dynamics. Meanings constructed in the analysis were: a) family as people who live together: the repertoires described the ways of being family considering the environment they live, understanding family as informant and caregiver of its members; b) family as responsible for care: Family repertoires as that which supports its members and holds accountability for them; also, sometimes becomes overloaded with such stewardship; c) Family as problem: repertoire that conceived family as being responsible for members\' health problems, acting as a stressor to them or as one that is at risk; d) Family as relationships network, meaning more commonly attributed in conversations about complex cases, with discussions oriented to settings, structures and family dynamics. From the analysis of a team discussion process on one \"case\", it was possible to illustrate the dynamism of these senses in conversations and how they are negotiated at all times. The analysis demonstrates that professionals endeavor to turn their efforts towards the family, but practices are still commonly centered on the individual and less grounded in context and living conditions of families. We understand that giving visibility to these different senses and their use allows reflections on how each way of describing families allows the construction of different practices, potentially contributing to greater reflection of health professionals about their daily practice (Support Capes and FAPESP- 2014 / 08618-6).
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Sempre foi velado: um modelo teórico sobre os significados de ser trabalhador com diabetes na perspectiva do adoecido e dos profissionais de saúde / It was always veiled: a theoretical model about the meanings of being a worker with diabetes and the perspective of illness and health professionals

Beatriz Cardoso Lobato 11 July 2014 (has links)
O diabetes mellitus em pessoas em idade produtiva pode acarretar a perda de habilidades para o trabalho, redução da produtividade e aposentadoria precoce. Este estudo objetivou construir um modelo teórico sobre os significados atribuídos à experiência de ser trabalhador com diabetes na perspectiva das pessoas com diabetes e dos profissionais de saúde. Utilizou-se a abordagem qualitativa na perspectiva do Interacionismo Simbólico, como referencial teórico e a Teoria Fundamentada nos Dados, como referencial metodológico. A coleta dos dados foi orientada pelo processo de amostragem teórica, sendo a entrevista o principal recurso utilizado. Foram entrevistadas 11 pessoas com diabetes mellitus tipo 2 e 8 profissionais de saúde. As entrevistas foram realizadas no período de março de 2012 a maio de 2013 e transcritas na íntegra. A análise dos dados foi realizada em três etapas: codificação aberta, axial e seletiva, que permitiram a identificação das categorias e do fenômeno central. Verificou-se que para pessoa com diabetes a experiência do adoecer é compreendida como uma condição velada em diferentes interações sociais e contextos de vida e que precisa ser por ela administrada. Experiência cotidiana com uma condição crônica suscita o medo da morte e a experiência de limitações nas atividades diárias, que compromete a identidade e o desempenho de papéis como o de trabalhador. Neste processo, percebe-se a atenção a saúde como parte da rotina da pessoa com diabetes em idade produtiva, a qual é compreendida como uma atenção fragmentada, centrada em ações biológicas e prescritivas, que não abarcam as implicações emocionais e sociais desta condição crônica e não oferecem suporte para lidar com esta condição no contexto do trabalho. Embora, a revelação das implicações entre diabetes e trabalho apresente a existência de uma implicação recíproca entre a enfermidade e o e trabalho, esta condição mantém-se velada neste contexto, devido ao medo de sofrer preconceito. Assim, as pessoas com diabetes e os profissionais de saúde revelam a busca por ações e estratégias que viabilizam o ser trabalhador com diabetes, na qual adaptam as ações de autocuidado ao ambiente e condições de trabalho, evitando promover mudanças na rotina e formas de organização desta atividade. Como consequência, as pessoas com diabetes apresentam-se com dificuldades para manter-se no trabalho, o que pode antecipar sua saída do mercado de trabalho. Frente a esta realidade, o profissional de saúde percebe-se com dificuldades para intervir nas demandas do trabalhador com diabetes e identifica a necessidade de instrumentalização para atuar frente a esta demanda. A experiência descrita centraliza-se no modelo teórico sempre foi velado, que possibilita uma compreensão abrangente sobre a experiência da pessoa com diabetes que trabalha e oferece subsídios para intervenções ampliadas em saúde que considerem as pessoas com diabetes em sua integralidade e para o desenvolvimento de dispositivos legais que garantam a realização de ações de autocuidado no contexto do trabalho / Diabetes mellitus in people of working age can lead to the loss of job skills, reduced productivity and premature retirement. This study aimed to construct a theoretical model of the meanings attributed to the experience of being a worker with diabetes from the perspective of people with diabetes and healthcare professionals. We used a qualitative approach in the perspective of Symbolic Interactionism as a theoretical and Grounded Theory in Data as a methodological framework. Data collection was guided by theoretical sampling process, and the interview was the main resource used. 11 people with diabetes mellitus type 2 and 8 health professionals were interviewed. The interviews were conducted from March 2012 to May 2013 and then they were transcribed. Data analysis was performed in three stages: open, axial and selective coding, which allowed the identification of categories and the central phenomenon. It was found that for people with diabetes, the experience of illness is understood as a veiled condition in different social interactions and contexts of life and needs to be administered by it. Everyday experience with a chronic condition raises the fear of death and experience limitations in daily activities, which compromises the identity and role performance as a worker. In this process, it is realized the attention to health as a routine of the person with diabetes in productive age, which is understood as a fragmented attention focused on biological and prescriptive actions that do not address the emotional and social implications of this chronic condition and do not offer support to deal with this condition in the workplace. Although, the revelation of the implications between diabetes and work to present the existence of a mutual implication of the disease and the work, this condition remains veiled in this context due to the fear of suffering prejudice. Thus, people with diabetes and healthcare professionals reveal the search for actions and strategies that enable the worker with diabetes, in which the self-care actions adapted to the environment and working conditions avoiding foster changes in routine and ways of organizing this activity. As a result, people with diabetes present with difficulties to keep up at work, what can anticipate their exit from the labor market. Facing this reality, the health professional perceives his difficulty to intervene in the demands of the worker with diabetes and identifies the need to provide tools to act against this demand. The experience described focuses on the theoretical model and it was always veiled, enabling a comprehensive understanding of the experience of people with diabetes who works and provides grants for expanded health interventions that consider people with diabetes in their entirety and to the development of devices legal ensuring the achievement of self-care actions in the workplace
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Tuberculose e saÃde da famÃlia em Fortaleza:acesso ao diagnÃstico e ao tratamento, aÃÃes de controle e grau de conhecimento dos profissionais de saÃde. / Tuberculosis and family health in Fortaleza: access to diagnosis and treatment, control actions and degree of knowledge of health professionals.

Leandro Bonfim de Castro 29 May 2012 (has links)
As aÃÃes de controle da tuberculose (TB) encontram-se no Ãmbito da AtenÃÃo PrimÃria à SaÃde e visam interromper a cadeia de transmissÃo e possÃveis adoecimentos na comunidade. O objetivo desse trabalho foi dimensionar o acesso ao diagnÃstico e ao tratamento da tuberculose, as aÃÃes de controle desenvolvidas pelas equipes da SaÃde da FamÃlia (SF) em Fortaleza e o grau de conhecimento dos profissionais de saÃde. Trata-se de um estudo transversal descritivo. Foram selecionados oito Centros de SaÃde da FamÃlia entre os que mais atenderam casos de tuberculose no primeiro trimestre de 2011. A populaÃÃo de estudo foi constituÃda de enfermeiros, mÃdicos, agentes comunitÃrios de saÃde (ACS) e usuÃrios portadores de TB em tratamento. Foram realizadas entrevistas com os usuÃrios e os profissionais enfermeiros e mÃdicos. Um questionÃrio de conhecimento acerca da transmissÃo, diagnÃstico, prevenÃÃo, tratamento e acompanhamento da tuberculose foi aplicado com ACS, enfermeiros e mÃdicos. Os profissionais de nÃvel superior eram formados por 31 enfermeiros e 17 mÃdicos, sendo 39 do sexo feminino. A idade mÃdia foi de 38,4 anos. A maioria (n= 135) dos ACS, 81,8%, possuÃa o ensino mÃdio completo. Trabalhar na funÃÃo hà trÃs anos ou mais foi significativo para participaÃÃo em treinamentos (p= 0,0001). O atendimento inicial do tratamento de TB foi conseguido em atà uma semana. A consulta de acompanhamento do mÃdico e do enfermeiro foi classificada, pelos doentes, como boa, clara e esclarecedora acerca da doenÃa, do tratamento, das medicaÃÃes e seus efeitos adversos. A oferta de vale transporte era irregular e nÃo havia cesta bÃsica. Houve discordÃncia das respostas dos usuÃrios e profissionais nas aÃÃes de exame e investigaÃÃo de contatos domiciliares. Entretanto, eles concordaram quanto à nÃo realizaÃÃo de busca ativa de sintomÃticos respiratÃrios e trabalhos educativos na comunidade. Enfermeiros, mÃdicos e ACS apresentaram proporÃÃo de acerto superior a 70% do questionÃrio acerca da tuberculose. NÃo houve diferenÃas estatisticamente significantes entre enfermeiros e mÃdicos no nÃmero total de acertos, por questÃo ou bloco temÃtico. Os ACS que atuavam hà trÃs anos ou mais apresentaram maior mÃdia de acertos (p= 0,0414). As fragilidades no controle da tuberculose na Ãrea das equipes estudadas envolvem as aÃÃes voltadas Ãs famÃlias e à comunidade, como a investigaÃÃo de contatos, trabalhos educativos na comunidade, busca de sintomÃticos respiratÃrios, prejudicando o acesso ao diagnÃstico precoce da doenÃa. / Actions to control this disease lie within the Primary Care/ Family Health Program and aim to break the chain of transmission and possible illnesses in the community. The aim of this study was to measure the access to diagnosis and treatment of tuberculosis, the control measures developed by Family Health teams in Fortaleza and the degree of knowledge of health professionals. This was a cross-sectional study. Eight Family Health Centers that served more cases of tuberculosis in the first quarter of 2011 were selected. The study population consisted of nurses, physicians, community health worker and TB patients on treatment. Interviews were conducted with TB patients and nurses and doctors. Moreover, nurses, doctors and community health workers answered a survey of knowledge about transmission, diagnosis, prevention, treatment and monitoring of tuberculosis. High level professionals were composed of 31 nurses and 17 doctors. There were 39 women. Mean age was 38.4 years. The most (81.8%) of community health workers had completed high school. Working in the service for three years or more was significant for participation in trainings (p= 0,0001). The initial care of TB treatment was achieved within one week. The follow-up care by doctor or nurse was classified by patients as good, clear and informative about the disease, treatment, medications and their adverse effects. The provision of bus passes was irregular and there was no food aid. There were disagreement responses of users and professionals in the actions of examination and investigation of household contacts. However, they agreed not to perform an active search for respiratory symptoms and educational work in the community. Nurses, doctors and community health workers had ratio of greater than 70% correct answers in tuberculosis. There were no statistically significant differences between nurses and physicians in the total number of correct answers, per question or thematic group. The community health workers who had work up to three years or more had a higher average (p= 0,0414). The weaknesses in tuberculosis control in the teams studied area occurred in actions aimed to involve families and the community, such as research of contacts, educational work in the community, search for respiratory symptoms, hampering access to early diagnosis.
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Sentidos de família construídos por profissionais de saúde na estratégia de saúde da família / Family meanings constructed by health professionals in the Brazilian Family Health Strategy

Luiza Campos Menezes 19 February 2016 (has links)
Na construção de políticas sociais atribuiu-se um papel central à família na proteção social e no cuidado com os seus membros. Na saúde, a família assume essa centralidade na Estratégia de Saúde da Família (ESF), sendo compreendida como objeto da atenção em saúde. Essa centralidade se deu a partir de uma pretensão de mudança no modelo assistencial que visasse a integralidade do cuidado e um olhar para as condições de vida como fundamentais no processo saúde-doença. Tais transformações nos sentidos e práticas de saúde têm sido desafiadoras. A partir da perspectiva Construcionista Social, que orienta esse estudo, compreendemos que os sentidos são construídos nas interações entre as pessoas e que esses configuram práticas sociais. Diante deste quadro de desafios na ESF e a partir da perspectiva adotada, temos como objetivo compreender os sentidos produzidos por profissionais de equipes de saúde sobre famílias em contextos de reuniões de discussão de família/caso na ESF, buscando analisar como esses configuram a produção de práticas de cuidado e também como se dá a dinâmica de construção desses sentidos a partir das negociações entre os participantes. A constituição do corpus foi feita a partir da observação e registros em áudio de 16 reuniões de duas equipes de saúde da família, contando com 26 participantes, dentre eles profissionais e estagiários de diferentes especialidades. A análise foi feita a partir da perspectiva das práticas discursivas, com os seguintes passos: 1) transcrição do material; 2) leitura intensiva e organização do material; 3) construção de sentidos sobre a família, e análise dos repertórios interpretativos, discursos usados, e implicações para ação; e 4) narrativa ilustrativa da dinâmica dos sentidos. Os sentidos construídos na análise foram: a) Família como pessoas que moram juntas: os repertórios usados descreviam os modos de ser família a partir do ambiente em que ela vive, entendendo a família como informante e cuidadora dos seus membros; b) Família como responsável pelo cuidado: repertórios de família como aquela que dá suporte aos seus membros e é responsável por eles; e, por vezes, está sobrecarregada com esses cuidados; c) Família como problema: repertórios que configuravam a família como aquela que é responsável pelo problema de saúde dos seus membros, como aquela que funciona como um estressor para eles ou como aquela que está em situação de risco; e d) Família como rede de relações, sentido que foi usado, mais comumente, em conversas sobre casos complexos, com discussões voltadas para configurações, estruturas e dinâmicas familiares. A partir da análise do processo de discussão da equipe em torno de um \"caso\", foi possível ilustrar o dinamismo desses sentidos nas conversas e como esses são negociados a todo momento. A análise nos permite considerar que há esforços dos profissionais em voltar a atenção do cuidado para a família, porém ainda são comuns práticas centradas no indivíduo e pouco pautadas no contexto e nas condições de vida das famílias. Compreendemos que dar visibilidade a esses diferentes sentidos e seu uso permite reflexões sobre como cada forma de descrever as famílias possibilita a construção de práticas distintas, o que pode contribuir para uma maior reflexão dos profissionais de saúde sobre sua prática cotidiana (Apoio Capes e Fapesp- 2014/08618-6). / In constructing social policies, a central role has been assigned to the family regarding its social protection and care for its members. In Health, the family assumes such centrality in the Brazilian Family Health Strategy (FHS), being understood as a health care object. This centrality is given from an intention of changing the health care model, which should aim integrality of care and a look at/attention towards the living conditions as fundamental in the health-illness process. But the changes in the meanings and health practices have been challenging. From the social constructionist perspective, which guides this study, we understand that the meanings are built in interactions among people and that such constitute social practices. Given these elements - challenges in the FHS and the said perspective - we aim to understand the meanings produced by health team professionals about families in contexts of FHS family discussion meetings. We seek to analyze how these meanings shape the production of care practices and also how these senses are dynamically constructed from the negotiations among participants. The corpus construction was structured from observation and audio records from 16 FHS teams meetings, with 26 participants, including professionals and trainees from different specialties. The analysis was based on the discursive practices perspective, with the following steps: 1) material transcription; 2) intensive reading and material organization; 3) construction of meanings about family, and analysis of interpretative repertoires, discourse use, and implications for action; and 4) illustrative narrative of meanings dynamics. Meanings constructed in the analysis were: a) family as people who live together: the repertoires described the ways of being family considering the environment they live, understanding family as informant and caregiver of its members; b) family as responsible for care: Family repertoires as that which supports its members and holds accountability for them; also, sometimes becomes overloaded with such stewardship; c) Family as problem: repertoire that conceived family as being responsible for members\' health problems, acting as a stressor to them or as one that is at risk; d) Family as relationships network, meaning more commonly attributed in conversations about complex cases, with discussions oriented to settings, structures and family dynamics. From the analysis of a team discussion process on one \"case\", it was possible to illustrate the dynamism of these senses in conversations and how they are negotiated at all times. The analysis demonstrates that professionals endeavor to turn their efforts towards the family, but practices are still commonly centered on the individual and less grounded in context and living conditions of families. We understand that giving visibility to these different senses and their use allows reflections on how each way of describing families allows the construction of different practices, potentially contributing to greater reflection of health professionals about their daily practice (Support Capes and FAPESP- 2014 / 08618-6).
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Pojem lege artis v systému veřejného zdravotního pojištění / The concept of lege artis in the system of public health insurance

Rylichová, Eva January 2013 (has links)
Summary: The subject of this paper is providing of lege artis health care in the system of public health insurance. The aim of the thesis is to analyse the basic terminology, current legislation and its application in practice. Lex artis is in law an uncertain term, difficult to define, therefore its frequent usage should be restricted in the future. Due to the personal experience of the author there are many practical examples from the Czech health care system used in the paper. Related case law is taken into account continuously with the exception of the separately stated recent court judgment of the Constitutional Court of the Czech Republic. The study is divided into four main chapters, introduction and conclusion. The first chapter is dedicated to the concept of lege artis in detail, its terminology and relation to the current legislation. Further subchapters deal with available health care standards and their obligation. The final parts analyze the lege artis restrictions and way of its assessment. The second chapter is dedicated to the concept of public health insurance. First, the term is defined and the current law is considered. The following parts examine the issue of health insurance companies and the network of health care facilities. Chapter three presents the labor law aspects of lege artis...
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A PERCEPÇÃO DE DELÍRIO E FORMAS DE INTERVENÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE / The perception of delirium and forms of intervention by health professionals

BASTOS, ISAAC SOARES 29 March 2017 (has links)
Submitted by Noeme Timbo (noeme.timbo@metodista.br) on 2017-11-08T15:58:50Z No. of bitstreams: 1 Isaac Soares Bastos.pdf: 555940 bytes, checksum: 907768ba1e505fa9191477c2ad0862ce (MD5) / Made available in DSpace on 2017-11-08T15:58:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Isaac Soares Bastos.pdf: 555940 bytes, checksum: 907768ba1e505fa9191477c2ad0862ce (MD5) Previous issue date: 2017-03-29 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Being influenced by movements that arose mainly in France, England and Italy, care services for people suffering from some form of severe psychological distress have undergone through significant changes that favored the construction of new health paradigms, as well as new care devices. Such events brought about fairly fresh political, administrative and technical demands — as well as theoretical ones — that laid the groundwork for the construction of a novel field of knowledge that was diverse and heterogeneous (that one of the mental health), in which both worker and user reassessed their conceptions and practices regarding psychopathologies and their ways to treat them. Given this context, the present study had as its objective to verify how the CAPS worker perceives and intervenes before the user who presents or has presented a delirium state. Data were collected by using a socio-demographic questionnaire, a semi-structured interview technique and the participant observation. On the basis of proposals elaborated by Bardin, for the analysis and treatment of the data it was employed the Content Analysis technique. The data have revealed that the perception of the professional is created from conceptual axes, which we are going to divide into dualism of reality, nosographic, neurological, contextual and psychoanalytic. And it is from these axes that their intervention is configured. However, such axes are not demarcated or delimited in their theoretical or epistemological framework. They intersect and cross each other, producing a blended, eclectic intervention that sometimes is also done or based only on the experience and commitment of the professional. / Influenciados por movimentos que surgiram principalmente na França, Inglaterra e Itália, os serviços de atenção a pessoas que padeciam de algum tipo de sofrimento psíquico grave passaram por significativas mudanças que favoreceram a construção de novos paradigmas de saúde, como também novos dispositivos de atendimento. Tais acontecimentos trouxeram exigências politicas, administrativas, técnicas – como também teóricas – bastantes novas que propiciou a construção de um campo de saber diverso e heterogêneo (o da saúde mental) onde trabalhador e usuário reavaliaram suas concepções e práticas a respeito das psicopatologias e de suas formas de tratar. Diante desse contexto, o presente estudo teve como objetivo verificar como o trabalhador do CAPS percebe e intervém frente ao usuário que apresenta ou apresentou um quadro de delírio. Para coleta de dados foi utilizado questionário sócio demográfico, a técnica de entrevista semiestruturada. Para análise e tratamento dos dados foi empregada a técnica de Análise de Conteúdo tendo por base as propostas elaboradas por Bardin. Os dados revelaram que a percepção do profissional se faz a partir de eixos conceituais que dividimos em: dualismo de realidade, nosográfico, neurológico, contextual e psicanalítico. E é a partir deles que a sua intervenção se configura. No entanto, elas não se fazem demarcadas ou delimitadas em seu arcabouço teórico ou epistemológico. Eles se entrecortam e se atravessam e produz uma intervenção mesclada, eclética e que, por vezes também, se faz ou se baseia apenas na experiência e empenho do profissional.

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