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O problema siderúrgico nacional na Primeira República / The national steel-making problem in the First RepublicBarros, Gustavo de 14 December 2011 (has links)
O debate sobre o problema siderúrgico nacional no Brasil ganhou corpo no final da década de 1900 e estendeu-se até 1941, com a criação, pelo governo federal brasileiro, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) para construir e explorar a usina siderúrgica de Volta Redonda, que foi saudada como a solução do problema, encerrando assim um debate de mais de três décadas. Por esse motivo e pela importância simbólica de que se revestiu a CSN para o Estado Novo, a historiografia foi bastante marcada por esse desfecho particular, que à luz do próprio debate não tinha nada de necessário. Tendo isso em vista, esta tese visa reconstruir e analisar os esforços, debates e conflitos em torno da questão siderúrgica ao longo da Primeira República. Buscamos identificar os principais agentes que intervieram e pesaram no direcionamento das políticas governamentais relativas ao setor siderúrgico e procuramos apresentar as principais propostas feitas e iniciativas tomadas por esses agentes, bem como mapear as implicações dessas iniciativas e propostas para o desenvolvimento do setor. Três dos principais eixos em torno dos quais giraram os debates foram os seguintes: i) a contraposição entre a \"pequena siderurgia\" e a \"grande siderurgia\" e a questão correlata da escolha entre o carvão importado, o carvão nacional e o carvão vegetal; ii) a questão do vínculo entre a exportação de minério de ferro e a siderurgia nacional e, por fim, iii) a questão da localização da usina. Procuramos compreender como se deram as interações entre essas três dimensões ao longo do debate, bem como identificar a origem das defesas de cada uma das posições a cada momento. A tese está dividida em quatro capítulos centrais. Num primeiro, descrevemos a evolução do setor siderúrgico brasileiro entre 1900 e 1940, procurando avaliar as dimensões quantitativa e qualitativa desse desenvolvimento. Num segundo capítulo, tratamos do surgimento, no final da década de 1900 e início da década seguinte, de uma série de propostas de exportação do minério de ferro da região ferrífera de Minas Gerais, que foram vinculadas e subordinadas à produção siderúrgica no país. Dessa forma, o problema siderúrgico ganhou corpo entrelaçado à questão da exportação de minério. Num terceiro capítulo, tratamos do importante contrato da Itabira Iron Ore Co. de 1920 e da reação imediata, interna e externa, que ele suscitou. Por fim, num quarto capítulo, identificamos a configuração de um modelo alternativo ao da Itabira Iron para a solução do problema siderúrgico, baseado em insumos estritamente nacionais, desvinculado da exportação de minério de ferro e capitaneado pelo governo mineiro, bem como a polarização resultante do debate sobre o problema siderúrgico. / The debate over the Brazilian national steel-making problem took shape in the end of the 1900 decade and lasted until 1941, with the creation, by the Brazilian federal government, of the Companhia Siderúrgica Nacional (CSN - National Steel Company) to build and exploit the Volta Redonda steel mill, which was hailed as the solution to the problem, thus closing a debate more than three decades long. Due to this and due to the symbolic importance to the Estado Novo with which the CSN was impregnated, the historiography was significantly marked by this particular outcome, which in light of the own debate was by no means necessary. Bearing this in mind, this dissertation aims at reconstructing and analyzing the efforts, debates and conflicts surrounding the steel-making question along the Brazilian First Republic. We attempt to identify the main agents which intervened and weighted in directing government policy relative to the steel sector and try to present the main proposals done and initiatives attempted by these agents, as well as to map the implications of these initiatives and proposals to the development of the sector. Three of the main axes around which the debates turned were the following: i) the counterpoint between \"small-scale steel-making\" and \"large-scale steel-making\" and the correlate choice between imported coal, national coal and charcoal; ii) the question of the link between iron ore export and national steel-making; and, at last, iii) the question of the location of the steel mill. We attempt to understand how these three dimensions interacted along the debate, as well as to identify the origin of the defenses of each of these positions at each moment. The dissertation is divided into four main chapters. In a first one, we describe the evolution of the Brazilian steel-making sector between 1900 and 1940, attempting to evaluate the quantitative and qualitative dimensions of this development. In a second one, we deal with the emergence, in the end of the decade of 1900 and beginning of the following one, of a series of proposals for the export of iron ore from the iron region in Minas Gerais, which were linked, or rather subordinated, to the steel production in the country. Thus the steel-making problem took shape entwined to the question of iron ore export. In a third chapter, we handle the important 1920 Itabira Iron Ore Co. contract and the more immediate reaction, internal and external, which it gave rise to. Finally, in a last chapter, we identify the configuration of a model alternative to the Itabira Iron\'s to the solution of the steel-making problem, based on strictly national inputs, detached from the iron ore export and led by the mineiro government, as well as the resulting polarization of the debate over the steel-making problem.
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O problema siderúrgico nacional na Primeira República / The national steel-making problem in the First RepublicGustavo de Barros 14 December 2011 (has links)
O debate sobre o problema siderúrgico nacional no Brasil ganhou corpo no final da década de 1900 e estendeu-se até 1941, com a criação, pelo governo federal brasileiro, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) para construir e explorar a usina siderúrgica de Volta Redonda, que foi saudada como a solução do problema, encerrando assim um debate de mais de três décadas. Por esse motivo e pela importância simbólica de que se revestiu a CSN para o Estado Novo, a historiografia foi bastante marcada por esse desfecho particular, que à luz do próprio debate não tinha nada de necessário. Tendo isso em vista, esta tese visa reconstruir e analisar os esforços, debates e conflitos em torno da questão siderúrgica ao longo da Primeira República. Buscamos identificar os principais agentes que intervieram e pesaram no direcionamento das políticas governamentais relativas ao setor siderúrgico e procuramos apresentar as principais propostas feitas e iniciativas tomadas por esses agentes, bem como mapear as implicações dessas iniciativas e propostas para o desenvolvimento do setor. Três dos principais eixos em torno dos quais giraram os debates foram os seguintes: i) a contraposição entre a \"pequena siderurgia\" e a \"grande siderurgia\" e a questão correlata da escolha entre o carvão importado, o carvão nacional e o carvão vegetal; ii) a questão do vínculo entre a exportação de minério de ferro e a siderurgia nacional e, por fim, iii) a questão da localização da usina. Procuramos compreender como se deram as interações entre essas três dimensões ao longo do debate, bem como identificar a origem das defesas de cada uma das posições a cada momento. A tese está dividida em quatro capítulos centrais. Num primeiro, descrevemos a evolução do setor siderúrgico brasileiro entre 1900 e 1940, procurando avaliar as dimensões quantitativa e qualitativa desse desenvolvimento. Num segundo capítulo, tratamos do surgimento, no final da década de 1900 e início da década seguinte, de uma série de propostas de exportação do minério de ferro da região ferrífera de Minas Gerais, que foram vinculadas e subordinadas à produção siderúrgica no país. Dessa forma, o problema siderúrgico ganhou corpo entrelaçado à questão da exportação de minério. Num terceiro capítulo, tratamos do importante contrato da Itabira Iron Ore Co. de 1920 e da reação imediata, interna e externa, que ele suscitou. Por fim, num quarto capítulo, identificamos a configuração de um modelo alternativo ao da Itabira Iron para a solução do problema siderúrgico, baseado em insumos estritamente nacionais, desvinculado da exportação de minério de ferro e capitaneado pelo governo mineiro, bem como a polarização resultante do debate sobre o problema siderúrgico. / The debate over the Brazilian national steel-making problem took shape in the end of the 1900 decade and lasted until 1941, with the creation, by the Brazilian federal government, of the Companhia Siderúrgica Nacional (CSN - National Steel Company) to build and exploit the Volta Redonda steel mill, which was hailed as the solution to the problem, thus closing a debate more than three decades long. Due to this and due to the symbolic importance to the Estado Novo with which the CSN was impregnated, the historiography was significantly marked by this particular outcome, which in light of the own debate was by no means necessary. Bearing this in mind, this dissertation aims at reconstructing and analyzing the efforts, debates and conflicts surrounding the steel-making question along the Brazilian First Republic. We attempt to identify the main agents which intervened and weighted in directing government policy relative to the steel sector and try to present the main proposals done and initiatives attempted by these agents, as well as to map the implications of these initiatives and proposals to the development of the sector. Three of the main axes around which the debates turned were the following: i) the counterpoint between \"small-scale steel-making\" and \"large-scale steel-making\" and the correlate choice between imported coal, national coal and charcoal; ii) the question of the link between iron ore export and national steel-making; and, at last, iii) the question of the location of the steel mill. We attempt to understand how these three dimensions interacted along the debate, as well as to identify the origin of the defenses of each of these positions at each moment. The dissertation is divided into four main chapters. In a first one, we describe the evolution of the Brazilian steel-making sector between 1900 and 1940, attempting to evaluate the quantitative and qualitative dimensions of this development. In a second one, we deal with the emergence, in the end of the decade of 1900 and beginning of the following one, of a series of proposals for the export of iron ore from the iron region in Minas Gerais, which were linked, or rather subordinated, to the steel production in the country. Thus the steel-making problem took shape entwined to the question of iron ore export. In a third chapter, we handle the important 1920 Itabira Iron Ore Co. contract and the more immediate reaction, internal and external, which it gave rise to. Finally, in a last chapter, we identify the configuration of a model alternative to the Itabira Iron\'s to the solution of the steel-making problem, based on strictly national inputs, detached from the iron ore export and led by the mineiro government, as well as the resulting polarization of the debate over the steel-making problem.
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O PIB brasileiro nos Séculos XIX e XXTombolo, Guilherme Alexandre 24 May 2013 (has links)
Resumo: O objetivo desse trabalho foi analisar o comportamento da série temporal do PIB brasileiro entre 1820 e 2012 no que diz respeito ao seu comportamento cíclico e períodos de crescimento econômico. Outro objetivo que surgiu com isso foi o de estimar o PIB nominal e real do Brasil entre 1820 e 1899, dada a ausência de estimativas que cobrissem esse período de forma continua. Identificamos sete fases no crescimento do produto real agregado brasileiro: 1820-1875 (56 anos), com crescimento médio de 2,70% a.a.; 1876-1905 (30 anos), com 2,29% a.a.; 1906-1945 (40 anos), com 4,34% a.a.; 1946-1957 (12 anos), com 6,33% a.a.; 1958-1978 (21 anos), com 7,39% a.a.; 1979-2003 (25 anos), com 2,26% a.a.; e 2004-2012 (9 anos), com crescimento médio de 3,80% a.a. A taxa média do período como um todo (1820-2012, 193 anos) foi de 3,71% a.a. (média ponderada pela duração dos períodos). Na análise do PIB per capita, identificamos seis fases de crescimento, a saber: 1820-1875 (56 anos), com taxa média de crescimento de 1,21% a.a.; 1876-1919 (44 anos), com 0,36% a.a.; 1920-1957 (38 anos), com 3,02% a.a.; 1958-1978 (21 anos), com 4,64% a.a.; 1979-2003 (25 anos), com 0,48% a.a.; e 2004-2012 (9 anos), com taxa média de crescimento de 2,93% a.a. No que diz respeito à volatilidade dos ciclos, essa foi em geral decrescente quando medida pelo desvio-padrão dos ciclos extraídos pelo Filtro HP: o desvio-padrão foi de 6,46% no período 1820-1875, 4,76% no período 1876-1905, 4,37% no período 1906-1946, 4,08% no período 1947-1980, e 3,00% no período 1981-2012. Também concluímos que, em termos da análise da série temporal do PIB apenas, a atual baixa renda per capita brasileira depende em parte do baixo nível da renda inicial em 1820 e em parte da taxa média de crescimento dessa renda; sendo que o primeiro fator - baixa renda inicial - é o mais importante na nossa visão.
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A evolução das tecnicas produtivas no seculo XIX : o engenho de açucar e a fazenda de cafe no BrasilSouza, Francisco Eduardo Pires de 16 July 2018 (has links)
Orientador : Antonio Barros de Castro / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-07-16T11:29:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1978 / Resumo: Não informado / Abstract: Not informed / Mestrado / Mestre em Ciências Humanas
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A política cambial brasileira durante a vigência do acordo de Bretton Woods : 1945-1973Trevisan, Ana Lúcia January 2004 (has links)
O tema central deste trabalho é a política cambial. Seu objetivo básico é analisar a condução da política cambial no Brasil entre 1945-1973, que compreende a vigência do Acordo de Bretton Woods, identificando as principais medidas adotadas e seus efeitos sobre algumas das principais variáveis econômicas. Ainda que o Acordo de Bretton Woods tenha estabelecido o dólar norte-americano como base do sistema monetário mundial, de forma que cada país deveria adotar uma taxa fixa de câmbio em relação ao dólar-norte americano, verificou-se, especialmente após a Segunda Guerra Mundial, a utilização freqüente de alternância de instrumentos de política cambial pelo governo brasileiro. Dessa forma, ficou evidenciado que durante o período mencionado, a política cambial, esteve em grande parte, subordinada à gestão de freqüentes estrangulamentos cambiais, decorrentes da necessidade de equilibrar as contas externas ou de fornecer divisas à importação dos bens de produção necessários à continuidade do desenvolvimento industrial. Tais fatos, levavam o governo brasileiro a adotar medidas intercaladas de controle cambial, ora austeras, ora mais flexíveis, para fazer frente a tais desequilíbrios. Em 1973, o Acordo de Bretton Woods ruiu e desta forma o sistema monetário internacional passou a adotar taxas de câmbio flexíveis. No entanto, o Brasil já vinha praticando uma política cambial mais flexível desde 1968, com base em minidesvalorizações cambiais, levando em consideração a variação da paridade do poder de compra. À guisa de conclusão, evidenciou-se que a política cambial teve importância crucial, constituindo-se num marco decisivo no processo de desenvolvimento econômico do país, durante o período analisado, procurando, em conjunturas específicas, compatibilizar a estabilidade econômica com os compromissos desenvolvimentistas assumidos pelos governos do período.
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O Brasil arcaico e a modernização produtiva : qualidade de vida, democracia e desenvolvimento nos “anos dourados” (1946 – 1964)Domingues, Fabian Scholze January 2014 (has links)
Esta pesquisa busca verificar a hipótese de que a qualidade de vida no Brasil aumentou entre 1946 a 1964, influenciada pelo ambiente democrático que vigorou no período dos “anos dourados”. Em apoio a esta hipótese são analisadas tanto a evolução dos indicadores sociais nas áreas de educação, saúde e renda, quanto a evolução institucional dos principais agentes políticos, notadamente a Igreja Católica e o Estado desenvolvimentista. O paradigma institucionalista, a abordagem das capacitações de Amartya Sen, o humanismo de Celso Furtado e o método compreensivo de Max Weber constituíram as balizas teóricas deste estudo do processo histórico de expansão das liberdades coletivas e individuais, levando à crítica da caracterização do período como "populista". A democracia gestada na ideologia nacional-desenvolvimentista se aprofundava, apesar de limitada pelo cenário internacional e pelas estruturas do Brasil arcaico. Somente o recurso a um golpe de força, protagonizado pelos opositores do projeto trabalhista, contrários às Reformas de base, interrompeu os processos políticos, sociais e institucionais que pretendiam promover as reformas estruturais necessárias para superação do Brasil arcaico, visando diminuir as desigualdades, aumentar as oportunidades disponíveis à sociedade brasileira e promover um desenvolvimento econômico mais justo. / The aim of this work is to show that there was an improvement in quality of life (QOL) in Brazil between 1946 and 1964 thanks to the influence of the democratic environment that prevailed during this time, the so called “golden years”. This hypothesis is supported by the evolution of social indicators, such as education, health and income, and by the institutional evolution of the main political players, particularly the Catholic Church and the developmental State. The institutionalist paradigm, the capabilities approach of Amartya Sen, the humanism of Celso Furtado and the comprehensive method of Max Weber are the theoretical framework of this study. Democracy in the context of the national-developmentalist ideology became more and more a labor democracy, which leads us to criticize the usual characterization of the period as "populist". Only the coup d’état against Brazil's base reforms interrupted the political, social and institutional processes of strengthening democracy and promoting the structural reforms needed to overcome the structures of archaic Brazil and to promote economic development with justice.
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A política cambial brasileira durante a vigência do acordo de Bretton Woods : 1945-1973Trevisan, Ana Lúcia January 2004 (has links)
O tema central deste trabalho é a política cambial. Seu objetivo básico é analisar a condução da política cambial no Brasil entre 1945-1973, que compreende a vigência do Acordo de Bretton Woods, identificando as principais medidas adotadas e seus efeitos sobre algumas das principais variáveis econômicas. Ainda que o Acordo de Bretton Woods tenha estabelecido o dólar norte-americano como base do sistema monetário mundial, de forma que cada país deveria adotar uma taxa fixa de câmbio em relação ao dólar-norte americano, verificou-se, especialmente após a Segunda Guerra Mundial, a utilização freqüente de alternância de instrumentos de política cambial pelo governo brasileiro. Dessa forma, ficou evidenciado que durante o período mencionado, a política cambial, esteve em grande parte, subordinada à gestão de freqüentes estrangulamentos cambiais, decorrentes da necessidade de equilibrar as contas externas ou de fornecer divisas à importação dos bens de produção necessários à continuidade do desenvolvimento industrial. Tais fatos, levavam o governo brasileiro a adotar medidas intercaladas de controle cambial, ora austeras, ora mais flexíveis, para fazer frente a tais desequilíbrios. Em 1973, o Acordo de Bretton Woods ruiu e desta forma o sistema monetário internacional passou a adotar taxas de câmbio flexíveis. No entanto, o Brasil já vinha praticando uma política cambial mais flexível desde 1968, com base em minidesvalorizações cambiais, levando em consideração a variação da paridade do poder de compra. À guisa de conclusão, evidenciou-se que a política cambial teve importância crucial, constituindo-se num marco decisivo no processo de desenvolvimento econômico do país, durante o período analisado, procurando, em conjunturas específicas, compatibilizar a estabilidade econômica com os compromissos desenvolvimentistas assumidos pelos governos do período.
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O Brasil arcaico e a modernização produtiva : qualidade de vida, democracia e desenvolvimento nos “anos dourados” (1946 – 1964)Domingues, Fabian Scholze January 2014 (has links)
Esta pesquisa busca verificar a hipótese de que a qualidade de vida no Brasil aumentou entre 1946 a 1964, influenciada pelo ambiente democrático que vigorou no período dos “anos dourados”. Em apoio a esta hipótese são analisadas tanto a evolução dos indicadores sociais nas áreas de educação, saúde e renda, quanto a evolução institucional dos principais agentes políticos, notadamente a Igreja Católica e o Estado desenvolvimentista. O paradigma institucionalista, a abordagem das capacitações de Amartya Sen, o humanismo de Celso Furtado e o método compreensivo de Max Weber constituíram as balizas teóricas deste estudo do processo histórico de expansão das liberdades coletivas e individuais, levando à crítica da caracterização do período como "populista". A democracia gestada na ideologia nacional-desenvolvimentista se aprofundava, apesar de limitada pelo cenário internacional e pelas estruturas do Brasil arcaico. Somente o recurso a um golpe de força, protagonizado pelos opositores do projeto trabalhista, contrários às Reformas de base, interrompeu os processos políticos, sociais e institucionais que pretendiam promover as reformas estruturais necessárias para superação do Brasil arcaico, visando diminuir as desigualdades, aumentar as oportunidades disponíveis à sociedade brasileira e promover um desenvolvimento econômico mais justo. / The aim of this work is to show that there was an improvement in quality of life (QOL) in Brazil between 1946 and 1964 thanks to the influence of the democratic environment that prevailed during this time, the so called “golden years”. This hypothesis is supported by the evolution of social indicators, such as education, health and income, and by the institutional evolution of the main political players, particularly the Catholic Church and the developmental State. The institutionalist paradigm, the capabilities approach of Amartya Sen, the humanism of Celso Furtado and the comprehensive method of Max Weber are the theoretical framework of this study. Democracy in the context of the national-developmentalist ideology became more and more a labor democracy, which leads us to criticize the usual characterization of the period as "populist". Only the coup d’état against Brazil's base reforms interrupted the political, social and institutional processes of strengthening democracy and promoting the structural reforms needed to overcome the structures of archaic Brazil and to promote economic development with justice.
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A política cambial brasileira durante a vigência do acordo de Bretton Woods : 1945-1973Trevisan, Ana Lúcia January 2004 (has links)
O tema central deste trabalho é a política cambial. Seu objetivo básico é analisar a condução da política cambial no Brasil entre 1945-1973, que compreende a vigência do Acordo de Bretton Woods, identificando as principais medidas adotadas e seus efeitos sobre algumas das principais variáveis econômicas. Ainda que o Acordo de Bretton Woods tenha estabelecido o dólar norte-americano como base do sistema monetário mundial, de forma que cada país deveria adotar uma taxa fixa de câmbio em relação ao dólar-norte americano, verificou-se, especialmente após a Segunda Guerra Mundial, a utilização freqüente de alternância de instrumentos de política cambial pelo governo brasileiro. Dessa forma, ficou evidenciado que durante o período mencionado, a política cambial, esteve em grande parte, subordinada à gestão de freqüentes estrangulamentos cambiais, decorrentes da necessidade de equilibrar as contas externas ou de fornecer divisas à importação dos bens de produção necessários à continuidade do desenvolvimento industrial. Tais fatos, levavam o governo brasileiro a adotar medidas intercaladas de controle cambial, ora austeras, ora mais flexíveis, para fazer frente a tais desequilíbrios. Em 1973, o Acordo de Bretton Woods ruiu e desta forma o sistema monetário internacional passou a adotar taxas de câmbio flexíveis. No entanto, o Brasil já vinha praticando uma política cambial mais flexível desde 1968, com base em minidesvalorizações cambiais, levando em consideração a variação da paridade do poder de compra. À guisa de conclusão, evidenciou-se que a política cambial teve importância crucial, constituindo-se num marco decisivo no processo de desenvolvimento econômico do país, durante o período analisado, procurando, em conjunturas específicas, compatibilizar a estabilidade econômica com os compromissos desenvolvimentistas assumidos pelos governos do período.
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O Brasil arcaico e a modernização produtiva : qualidade de vida, democracia e desenvolvimento nos “anos dourados” (1946 – 1964)Domingues, Fabian Scholze January 2014 (has links)
Esta pesquisa busca verificar a hipótese de que a qualidade de vida no Brasil aumentou entre 1946 a 1964, influenciada pelo ambiente democrático que vigorou no período dos “anos dourados”. Em apoio a esta hipótese são analisadas tanto a evolução dos indicadores sociais nas áreas de educação, saúde e renda, quanto a evolução institucional dos principais agentes políticos, notadamente a Igreja Católica e o Estado desenvolvimentista. O paradigma institucionalista, a abordagem das capacitações de Amartya Sen, o humanismo de Celso Furtado e o método compreensivo de Max Weber constituíram as balizas teóricas deste estudo do processo histórico de expansão das liberdades coletivas e individuais, levando à crítica da caracterização do período como "populista". A democracia gestada na ideologia nacional-desenvolvimentista se aprofundava, apesar de limitada pelo cenário internacional e pelas estruturas do Brasil arcaico. Somente o recurso a um golpe de força, protagonizado pelos opositores do projeto trabalhista, contrários às Reformas de base, interrompeu os processos políticos, sociais e institucionais que pretendiam promover as reformas estruturais necessárias para superação do Brasil arcaico, visando diminuir as desigualdades, aumentar as oportunidades disponíveis à sociedade brasileira e promover um desenvolvimento econômico mais justo. / The aim of this work is to show that there was an improvement in quality of life (QOL) in Brazil between 1946 and 1964 thanks to the influence of the democratic environment that prevailed during this time, the so called “golden years”. This hypothesis is supported by the evolution of social indicators, such as education, health and income, and by the institutional evolution of the main political players, particularly the Catholic Church and the developmental State. The institutionalist paradigm, the capabilities approach of Amartya Sen, the humanism of Celso Furtado and the comprehensive method of Max Weber are the theoretical framework of this study. Democracy in the context of the national-developmentalist ideology became more and more a labor democracy, which leads us to criticize the usual characterization of the period as "populist". Only the coup d’état against Brazil's base reforms interrupted the political, social and institutional processes of strengthening democracy and promoting the structural reforms needed to overcome the structures of archaic Brazil and to promote economic development with justice.
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