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Uma cartografia da leitura: o imaginÃrio leitor fortalezense na segunda metade do sÃculo XIXFelipe Alves De Lima Braga 00 October 2018 (has links)
nÃo hà / Esta pesquisa busca investigar a leitura e o contexto leitor da cidade de Fortaleza na segunda
metade do sÃculo XIX, sob o viÃs informacional. Tem-se, como intuito, resgatar parte da
historiografia e literatura local dessa fase, procurando entender como a dinÃmica sociocultural
influenciou as produÃÃes intelectuais desse perÃodo e as leituras feitas pela populaÃÃo. Para
tanto, as agremiaÃÃes literÃrias surgidas na cidade nessa Ãpoca foram pesquisadas, os quais se
atribuem Ãs primeiras produÃÃes literÃrias cearenses. Entendendo a cidade e suas
complexidades como o mote dos enredos de muitas dessas obras literÃrias, foi investigado
como os intelectuais desses grupos viam a cidade e retravam o seu cotidiano, alÃm de buscar
identificar as influÃncias literÃrias e leitoras desses sujeitos. Na busca de traÃar uma
cartografia leitora de Fortaleza, sÃo abordados; os conceitos de informaÃÃo, leitura,
imaginÃrio e memÃria para que se possa entender o contexto histÃrico local sob o viÃs das
teorias da informaÃÃo. Nesse sentido, a pesquisa procura responder à problemÃtica: Como se
deu a formaÃÃo do imaginÃrio leitor fortalezense na segunda metade do sÃculo XIX? Nessa
perspectiva, o objetivo geral do estudo foi investigar a formaÃÃo do imaginÃrio leitor
fortalezense na segunda metade do sÃculo XIX, com foco nas instituiÃÃes:Biblioteca
Provincial, Instituto do Cearà e Academia Cearense de Letras. Os objetivos especÃficos foram:
a) identificar os fluxos de informaÃÃo e produÃÃo do conhecimento da cidade naquela Ãpoca; ;
b) mapear os marcos culturais que contribuÃram para formaÃÃo do imaginÃrio leitor da capital;
c) conhecer o panorama sociocultural e histÃrico de Fortaleza no fim do sÃculo XIX; e d)
entender o papel das trÃs instituiÃÃes escolhidas na construÃÃo da cidade e de seu cotidiano
leitor, nos aspectos da assimilaÃÃo, produÃÃo e disseminaÃÃo de informaÃÃes e
conhecimentos. Como estratÃgia metodolÃgica, a pesquisa à de natureza exploratÃria e
descritiva, sendo uma pesquisa bibliogrÃfica e documental, com abordagem qualitativa,
utilizando-se o mÃtodo histÃrico. Como conclusÃo, o panorama leitor da cidade de Fortaleza
no perÃodo foi formado por uma pequena rede de informaÃÃo constituÃda por jornais,
comÃrcios livreiros e agremiaÃÃes leitoras, alÃm de um contexto histÃrico com fortes
influÃncias dos ideais civilizatÃrios europeus, na chamada Belle Ãpoque. O imaginÃrio leitor
da Ãpoca foi alicerÃado em um projeto polÃtico civilizatÃrio pautado na filosofia das luzes e
nas ideias cientificistas importadas da Europa. A elite intelectual almenaja uma sociedade
culta e como essa mesma elite circulava nas esferas polÃticas e de poder da cidader, eles
idealizaram uma sociedade que tinha como sua maior engrenagem para o desenvolvimento a
cultura letrada e erudita. A Biblioteca Provincial, O Instituto do Cearà e a Academia Cearense
de Letras ratificam esse projeto inaugurando uma tradiÃÃo de produÃÃo cientÃfica e literÃria na
cidade que buscava introduzir o progresso atravÃs de suas produÃÃes, assim como incentivar a
busca de uma identidade local atravÃs da produÃÃo do conhecimento sobre a histÃria colonial
da Provincia, sobre a geografia local e os impactos positivos da introduÃÃo de tecnologias
para o progresso socioeconÃmico do estado. Portanto o imaginÃrio do progresso pelas letras,
influenciado pelos postulados cientificistas e civilizatÃrios europeus e a busca de uma
identidade local e nacional configuram as bases do imaginÃrio desse perÃodo.
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