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Corpos biônicos e órgãos intercambiáveis: a produção de saberes e práticas sobre corações não-humanos / Bionic bodies and interchangeable organs: knowledge and scientific practices on non-human heart productionMarini, Marisol 06 March 2018 (has links)
A questão principal que a presente tese procura investigar é se os corações artificiais produzem instabilidades ontológicas em termos do que é humano e não-humano. A atenção dada às práticas experimentais laboratoriais, clínicas e cirúrgicas permite iluminar os arranjos heterogêneos por meio dos quais tais dispositivos médicos emergem. Nas três etapas de pesquisa testes in vitro, testes in vivo e avaliação em humanos foi possível observar uma modulação entre a boa participação e um envolvimento não produtivo que deve ser evitado para o sucesso das intervenções. As relações instituídas nas práticas médico-científicas evidenciam a participação como um dado fundamental para a produção das tecnologias cardíacas, assim como a imaginação que diz respeito não apenas à idealização, mas também aos processos criativos emergidos na concretização/realização de procedimentos laboratoriais e clínicos, sendo, portanto, corporificada. O primeiro capítulo trata dos testes in vitro e tem como foco a problematização do eixo natureza e cultura. O segundo capítulo parte dos testes in vivo para problematizar as relações entre animais humanos e não-humanos. E por fim, o terceiro capítulo tem como foco a avaliação em humanos, problematizando as fronteiras entre a vida e a morte. Trata-se de uma divisão temática esquemática, embora a permuta ontológica entre natureza e cultura, humanos e não-humanos e vida e morte percorra todo o trabalho. Diante do alto índice de mortes associadas à insuficiência cardíaca, os corações artificiais são projetados como alternativas ou soluções auxiliares ao transplante de órgãos para pacientes que se tornam refratários aos tratamentos medicamentosos. Além de produzirem novos corpos e corporalidades, os corações artificiais trazem novos dilemas e recursos para a gestão da vida, podendo operar como uma pedagogia e preparação para a morte, na medida em que a suspende/prorroga, porém mantendo-a próxima. / The main question that the present thesis seeks to investigate is whether artificial hearts produce ontological instabilities in terms of what is human and non-human. The attention given to experimental laboratory, clinical and surgical practices allows to illuminate the heterogeneous arrangements through which such medical devices emerge. In the three stages of the research in vitro tests, in vivo tests and evaluation in humans it was possible to observe a modulation between good participation and an unproductive involvement that should be avoided for the success of the interventions. The relationships established in the medical-scientific practices show participation as a fundamental fact for the production of cardiac technologies, as well as the imagination - which concerns not only to idealization, but also to creative processes emerge in the accomplishment of laboratory and clinical procedures, being, therefore, embodied. The first chapter deals with in vitro tests and focuses on the problematization of nature and culture. The second chapter address the in vivo tests to problematize the relations between human and non-human animals. Lastly, the third chapter focuses on human clinical assessment, problematizing the boundaries between life and death. It is a schematic thematic division, although the ontological exchange between nature and culture, human and nonhuman, and life and death runs through the work. In face of high death rate associated with heart failure, artificial hearts are designed as alternatives or auxiliary solution to organ transplantation for patients who become refractory to drug treatments. In addition to producing new bodies and embodiments, artificial hearts bring new dilemmas and resources for the management of life, and can operate as a pedagogy and preparation for death, inasmuch as the devices suspend/extend the death, keeping it close.
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Corpos biônicos e órgãos intercambiáveis: a produção de saberes e práticas sobre corações não-humanos / Bionic bodies and interchangeable organs: knowledge and scientific practices on non-human heart productionMarisol Marini 06 March 2018 (has links)
A questão principal que a presente tese procura investigar é se os corações artificiais produzem instabilidades ontológicas em termos do que é humano e não-humano. A atenção dada às práticas experimentais laboratoriais, clínicas e cirúrgicas permite iluminar os arranjos heterogêneos por meio dos quais tais dispositivos médicos emergem. Nas três etapas de pesquisa testes in vitro, testes in vivo e avaliação em humanos foi possível observar uma modulação entre a boa participação e um envolvimento não produtivo que deve ser evitado para o sucesso das intervenções. As relações instituídas nas práticas médico-científicas evidenciam a participação como um dado fundamental para a produção das tecnologias cardíacas, assim como a imaginação que diz respeito não apenas à idealização, mas também aos processos criativos emergidos na concretização/realização de procedimentos laboratoriais e clínicos, sendo, portanto, corporificada. O primeiro capítulo trata dos testes in vitro e tem como foco a problematização do eixo natureza e cultura. O segundo capítulo parte dos testes in vivo para problematizar as relações entre animais humanos e não-humanos. E por fim, o terceiro capítulo tem como foco a avaliação em humanos, problematizando as fronteiras entre a vida e a morte. Trata-se de uma divisão temática esquemática, embora a permuta ontológica entre natureza e cultura, humanos e não-humanos e vida e morte percorra todo o trabalho. Diante do alto índice de mortes associadas à insuficiência cardíaca, os corações artificiais são projetados como alternativas ou soluções auxiliares ao transplante de órgãos para pacientes que se tornam refratários aos tratamentos medicamentosos. Além de produzirem novos corpos e corporalidades, os corações artificiais trazem novos dilemas e recursos para a gestão da vida, podendo operar como uma pedagogia e preparação para a morte, na medida em que a suspende/prorroga, porém mantendo-a próxima. / The main question that the present thesis seeks to investigate is whether artificial hearts produce ontological instabilities in terms of what is human and non-human. The attention given to experimental laboratory, clinical and surgical practices allows to illuminate the heterogeneous arrangements through which such medical devices emerge. In the three stages of the research in vitro tests, in vivo tests and evaluation in humans it was possible to observe a modulation between good participation and an unproductive involvement that should be avoided for the success of the interventions. The relationships established in the medical-scientific practices show participation as a fundamental fact for the production of cardiac technologies, as well as the imagination - which concerns not only to idealization, but also to creative processes emerge in the accomplishment of laboratory and clinical procedures, being, therefore, embodied. The first chapter deals with in vitro tests and focuses on the problematization of nature and culture. The second chapter address the in vivo tests to problematize the relations between human and non-human animals. Lastly, the third chapter focuses on human clinical assessment, problematizing the boundaries between life and death. It is a schematic thematic division, although the ontological exchange between nature and culture, human and nonhuman, and life and death runs through the work. In face of high death rate associated with heart failure, artificial hearts are designed as alternatives or auxiliary solution to organ transplantation for patients who become refractory to drug treatments. In addition to producing new bodies and embodiments, artificial hearts bring new dilemmas and resources for the management of life, and can operate as a pedagogy and preparation for death, inasmuch as the devices suspend/extend the death, keeping it close.
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