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Résistance culturelle hybride des jeunes des quartiers populaires à l’ère du numérique : étude de cas et analyse quali-quantitative comparée (AQQC-QCA) de Medellin, Paris et Sao Paulo / Hybrid cultural resistance of the youth of popular neighborhoods in the digital age : case study and qualitative comparative analysis (QCA) of Medellín, Paris and São Paulo / Resistencia Cultural Híbrida de jóvenes de barrios populares en la era digital : estudio de caso y análisis cualitativo comparado (QCA) de Medellín, Paris y São Paulo / Resistência Cultural Híbrida da Juventude em Territórios Populares na Era Digital : Estudo de Caso e Análise Qualitativa Comparativa (QCA) de Medellín, Paris e São PauloMansilla, Juan Camilo 23 November 2017 (has links)
À partir d’une analyse quali-quantitative comparée (AQQC-QCA), conçue par Ragin (1987), nous proposons un modèle théorique sur l’émergence et la transmission des pratiques de résistance culturelle des jeunes des quartiers populaires de Medellín (Colombie), Paris (France) et São Paulo (Brésil). Nos résultats indiquent que les pratiques de résistance culturelle hybride de ces jeunes se produisent selon deux scénarios. Le premier (i.e., M[P+A] → R) apparaît lorsque des communautés morales à forte identité collective (i.e., dont les membres ne sont pas nécessairement localisés dans la même zone géographique) se nourrissent des flux d’information de stigmatisation en provenance de la sphère médiatique centrale de la ville (SMCV), et disposent soit de ressources informationnelles offertes par la mise en place de politiques publiques d’intervention populaire, soit d’un accès libre et répandu aux technologies d’information et communication liées à Internet (TICi). Le second (i.e., OA → R), émerge lorsque l’utilisation des TICi par ces jeunes augmente et qu’ils ont la perception que le gouvernement ne s’intéresse pas à eux, à leurs demandes et besoins. Le contexte actuel globalisé d’échanges présentiels/virtuels d’informations a) modifie les réseaux culturels hybrides des communautés morales, et ; b) construit l’expérience urbaine des individus à partir d’espaces publics hybrides. Notre proposition théorique sert, plus largement, à comprendre l’évolution de la « symbole-sphère » des communautés morales périphériques de la ville à l’ère du numérique, ainsi que la nature de l’information développée par Schumann et Logan (2005) et Logan (2012). / Based on a qualitative comparative analysis (QQA), a method developed by (Ragin, 1987), we propose a theoretical model of the emergence of transmission of the cultural resistance practices of the low income youth from popular neighborhoods of Medellín (Colombia), Paris (France) and São Paulo (Brazil). Our results indicate that the cultural resistance practices of this population appears in two different settings. The first one (M[P+A] → R) happens when the moral communities (that is, not necessarily located in the same geographical area) reach a strong cultural identity, feeds on stigmatizing information flows from the central media sphere of the city (SMCV), and have either information resources offered by the set of public policies of popular intervention or widespread and free use of information and communication technologies related to the Internet. The second one (OA → R), occurs when the use of the TICs by this youth wins density following the growing perception that the government is not interested in attending theirs demands and needs. The current context of global exchange of real and virtual information a) modifies the cultural hybrid networks associated with moral communities and b) builds an urban experience of individuals starting with hybrid public spaces. Our theoretical proposition serves a better understanding of the evolution of the symbolosphere of the peripheral moral communities in the cities of the digital age and the nature of the information as developed by Schumann et Logan (2005) et Logan (2012). / A partir de un análisis cualitativo comparado (QCA), método concebido por Ragin (1987), proponemos un modelo teórico sobre la emergencia y la transmisión de las prácticas de resistencia cultural de los jóvenes de barrios populares de Medellín (Colombia), Paris (Francia) et São Paulo (Brasil). Nuestros resultados indican que las prácticas de resistencia cultural híbrida de estos jóvenes se producen en dos escenarios. El primero (M[P+A] → R) aparece cuando las comunidades morales (i.e., no necesariamente ubicadas en la misma zona geográfica) con una fuerte identidad colectiva, se alimentan de flujos de información estigmatizantes procedentes de la esfera mediática central de la ciudad (SMCV), y disponen ya sea de recursos informacionales ofrecidos por la existencia de políticas públicas de intervención popular, o bien de un acceso generalizado y libre a las tecnologías de la información y la comunicación relacionadas con Internet (TICi). El segundo (OA → R) emerge cuando el uso de las TICi por parte de estos jóvenes aumenta y tienen la percepción de que el gobierno no se interesa en ellos, ni en sus demandas ni en sus necesidades. El contexto global actual de intercambio presencial y virtual de información a) modifica las redes culturales híbridas asociadas a las comunidades morales, y; b) construye la experiencia urbana de los individuos a partir de espacios públicos híbridos. Nuestra propuesta teórica sirve, de manera general, para entender la evolución de la “simbolosfera” de las comunidades morales periféricas urbanas en la era digital, así como la naturaleza de la información propuesta por Schumann et Logan (2005) et Logan (2012). / Com base em uma análise qualitativa comparativa ou “Qualitative Comparative Analysis” (QCA), método desenvolvido por (Ragin, 1987), propomos um modelo teórico da emergência e da transmissão de práticas de resistência cultural entre jovens de baixa renda em territórios populares de Medellín (Colômbia), Paris (França) e São Paulo (Brasil). Nossos resultados indicam que as práticas de resistência cultural híbrida desses jovens seguem dois roteiros. O primeiro (M[P+A] → R), quando as comunidades morais (ou seja, não necessariamente localizados na mesma área geográfica) alcançam forte identidade coletiva, alimenta-se de fluxos de informação estigmatizantes oriundos da esfera de mídia central da cidade (SMCV) e dispõem seja de recursos de informação oferecidos pelo conjunto de políticas públicas de intervenção popular, seja de um aceso generalizado e livre as tecnologias de informação e comunicação relacionadas à Internet (TICi). O segundo (OA → R), quando o uso das TICs por esses jovens ganha densidade na medida em que amadurecem a percepção de que o governo não está interessado em atender suas demandas e necessidades. O atual contexto global de troca presencial e virtual de informações a) modifica as redes culturais híbridas associadas a comunidades morais e b) constrói a experiência urbana de indivíduos a partir de espaços públicos híbridos. Nossa proposta teórica serve, mais amplamente, para entender a evolução da “simbolosfera” das comunidades morais periféricas das cidades na era digital e a natureza da informação tal como desenvolvida por Schumann e Logan (2005) e Logan (2012).
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