CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / ABSTRACT The academic literature production in the state of CearÃ, in their historiography conjuncture, presents the black population in lower numbers. When conducting scientific research about the situation of black people in this state and relate them to population and cultural census research, the data contradict the writings of historiography. In this line of thinking, we conducted the research presented here in order to show that other than the common sense phrase "in Cearà has not black", our interlocutors, in their memories, allow us to meet the establishment of histories and cultures of African bases in the state, favoring us the reunion of a collective memory of Afrobrazilian. The option for dealing with black women over seventy years has to be exactly old men (women) that, in the tradition of various cultures, transmitted orally the knowledge and experience accumulated throughout life. From life stories of black old women, expressed by orality, we obtained the information that responded to problematization about what is to be black woman in Cearà society. To this study we performed a total of three interviews in order to observe and analyze what role of these black ladies in society in terms of memory. This work was comprisement the city of Fortaleza and was conducted with the contribution of black women over seventy years, mothers of black activists in social movement and residents in the capital of the state of CearÃ. In the social and political aspects, we present the interviewees in various stages of life and the thought of each one about the participation of hers sons (daughters) in the black social movements taking presupposed the ascertainment of conjunctures enabled the formation of their identities of black women. In this context, we describes about the methods that this ladies used to keep alive the collective memory Afrocearense and understand in what sense the collective memory and personal stories make possible a reinterpretation of the history of the black population of Cearà . The paths followed for the presentation of research results led us to understand that the social history stored in the memory of people considered common contains important information that led us to consider that, from the history of the social bases refer to events in the political and social distorted by history, as in the case of absence of the black population in the state of CearÃ. / RESUMO A produÃÃo literÃria acadÃmica no Estado do CearÃ, em sua conjuntura historiogrÃfica, apresenta a populaÃÃo negra em nÃmeros inferiores. Ao se realizar investigaÃÃo cientÃfica sobre a situaÃÃo de povo negro neste estado e relacionÃ-los a pesquisa censitÃria populacional e cultural os dados contrariam os escritos da historiografia. Com este entendimento, realizamos a pesquisa que aqui apresentamos com o objetivo de mostrar que diferente da frase senso comum âno Cearà nÃo tem negroâ nossas interlocutoras por suas memÃrias nos permitiram conhecer o estabelecimento de histÃrias e culturas de bases africanas no Estado, favorecendo-nos o reencontro de uma memÃria coletiva afrodescendente. A opÃÃo por tratar com mulheres negras acima de setenta anos se deu por serem exatamente os (as) velhos (as) que, na tradiÃÃo de vÃrias culturas, transmitem atravÃs da oralidade os conhecimentos e experiÃncias acumulados por toda a vida. Das histÃrias de vida de mulheres pretas e velhas, expressadas pela oralidade obtivemos as informaÃÃes que responderam a problematizaÃÃo sobre, o que à ser mulher negra na sociedade cearense, a partir das lembranÃas provenientes de suas memÃrias. Para este estudo realizamos um total de trÃs entrevistas no sentido de observar e analisar qual o papel dessas senhoras negras em sociedade no tocante da memÃria. Esta dissertaÃÃo teve por campo a cidade de Fortaleza e foi realizada com a contribuiÃÃo de mulheres negras acima de setenta anos, mÃes de ativistas do movimento social negro e residentes na capital do Estado do CearÃ. Nos aspectos sociais e polÃticos apresentamos as entrevistadas em diversas fases da vida e o pensamento de cada uma delas sobre a participaÃÃo dos (as) filhos (as) nos movimentos sociais negros tendo por pressuposto a averiguaÃÃo das conjunturas que possibilitaram a formaÃÃo de suas identidades de mulheres negras. Neste contexto, discorremos sobre os mÃtodos que as senhoras em questÃo utilizaram para manter viva a memÃria coletiva afrocearense e compreendermos em que sentido a memÃria coletiva e histÃrias pessoais possibilitariam uma releitura da histÃria da populaÃÃo negra do CearÃ. Os caminhos seguidos para a apresentaÃÃo dos resultados da investigaÃÃo nos levaram a compreender que a histÃria social guardada na memÃria de pessoas consideradas comuns contÃm informaÃÃes importantes que nos levaram a considerar que a histÃria proveniente das bases sociais nos rementem a acontecimentos polÃtico-sociais desvirtuados pela histÃria, como no caso da ausÃncia de populaÃÃo negra no estado do CearÃ.