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Eu não quero ser a mulher saliente! Eu prefiro ser a Isabella Swan! Apropriações das identidades femininas por crianças na recepção midiáticaQueiroz, Marta Maria Azevedo 20 December 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-12-20 / Nenhuma / Este trabalho teve como objetivo analisar as apropriações das identidades femininas
por crianças no âmbito da recepção midiática. Participaram da investigação
dezessete crianças, entre nove a treze anos de idade. Na investigação, foram
utilizadas as seguintes técnicas/instrumentos de produção de dados da investigação:
elaboração de desenhos, produção escrita, diário de campo, questionário, seleção
de imagens na internet e rodas de conversa. A abordagem qualitativa, de inspiração
etnográfica, permitiu levar em conta a diversidade das apropriações e sentidos
produzidos pelas crianças acerca das identidades femininas. Os dados produzidos
durante a investigação foram organizados nas seguintes categorias:
mulheres/pessoas celebridades versus pessoas comuns; belas versus não belas
(feias); recatadas, frágeis, delicadas versus salientes, vulgares, exibidas, raparigas,
gostosas; e fortes, trabalhadoras, mães versus profissionais, estilosas, inteligentes.
A compreensão dos mecanismos sociais de construção das identidades femininas e
sua relação com a mídia deu-se em diálogo com autores como Louro (1997, 2007);
Fischer (2001, 2002); García Canclini (2009, 2010); Hall (1997, 2005); Orozco
Gómez (2011, 2012); Martín-Barbero (2009); Silverstone (2002), entre outros. Os
resultados desta investigação apontaram para intensa presença da mídia na vida
das crianças juntamente com a família. Os modelos de mulheres/pessoas de que
elas se aproximaram são brancas, magras, loiras, recatadas, trabalhadoras, gentis,
não salientes, ricas e famosas; e se afastaram das negras, gordas, salientes,
vulgares, gostosas e pobres. Os primeiros são hegemonicamente aceitos e, os
segundos, não hegemônicos, são rechaçados no contexto da sociedade brasileira.
Ao mesmo tempo, as crianças se apropriaram de tais modelos e concepções e os
questionaram, quando confrontados nas rodas de conversa, avançando criticamente
em relação às escolhas que fizeram no processo da investigação. Portanto, as
crianças precisam ser educadas para conviver de forma igual com as diferenças,
criticando e enfrentando quaisquer situações de dominação, exploração e negação
de seus direitos. / With this work, we aimed to analyze the appropriations and the meanings produced
by children on women's identities in media reception. The investigation participants
were 17 children between 09-13 years of age. In the production process of empirical
research, we use some techniques such as the production of drawings, written
production, questionnaire, the selection of images on the Internet and speech
explained the wheels of conversation. We use this approach to qualitative research,
which allowed taking into account the diversity of appropriations and meanings
produced by children. The data produced by them are organized into categories for
analysis, which focused around women / people celebrities versus ordinary people;
beautiful vs. not beautiful (ugly); demure, fragile, delicate versus salient, vulgar,
displayed, girls, hot babes; and workers, mothers, companion, generous versus
professional, stylish, studious, intelligent. In seeking to understand the mechanisms
of social construction of women's identities and their relationship with the media,
dialogue with authors such as Laurel (1997, 2007), Fischer (2001, 2002); García
Canclini (2009, 2010), Hall (1997, 2005); Giddens (2002); Orozco Gomez (2011,
2012), Martin-Barbero (2009), Silverstone (2002), among others. The results of this
research indicated a strong media presence in children's lives, this defining
presence, along the family, their feminine identities. Models women / people they
approached are white, thin, blonde, modest, hardworking, gentle, not protruding, rich
and famous, and turned away from the black, fat, bulging, vulgar, poor, hot.
Hegemonic models are accepted or rejected in the context of Brazilian society, but
are produced and aired by the media. They penetrate the child's imagination and
shape social identities and subjectivities in our time. At the same time, children use
such models and concepts and the question when confronted on the wheels of
conversation, advancing critically in relation to the choices made in the process of
research. We believe, therefore, that children need to be educated to live equally with
differences, criticizing and facing any situations of domination, exploitation and denial
of their rights.
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