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O livro didático de Língua Inglesa produzido in-house e o sujeito aprendiz: uma análise discursiva das representações de aprendiz e possíveis implicações na sua constituição identitária / The English textbook produced in-house and the learner: a discursive analysis of the representations of student and possible implications on their identity constitutionLima, Ana Carolina Albuquerque de 20 October 2017 (has links)
Nas últimas duas décadas, a busca por cursos de idiomas que ensinam a Língua Inglesa aumentou expressivamente; consequentemente, houve crescimento no número de pessoas que são interpeladas pelo livro didático de inglês. Com base no pressuposto de que o recurso pedagógico em questão atua diretamente na produção e circulação de sentidos e, portanto, na constituição identitária do sujeito-aprendiz, nos propomos analisar o funcionamento discursivo de livros didáticos produzidos in-house utilizados por cerca de 7 anos em um curso de idiomas, por meio das representações de sujeito-aprendiz presentes neles. Além disso, convidamos aprendizes em contexto de uso desses livros para responderem um questionário, que tinha como objetivo entender de que modo as representações depreendidas dos livros didáticos contribuem para a constituição identitária desse sujeito. A presente pesquisa encontra-se fundamentada na perspectiva da Análise do Discurso (PÊCHEUX, 1975; ORLANDI, 1999; CORACINI, 2003). De modo geral, observamos que, apesar de tentarem, supostamente, escapar das generalizações dos livros didáticos de Língua Inglesa importados, os materiais nacionais, em determinados momentos, seguem os padrões das produções internacionais. Ademais, percebemos que haveria restrição da diversidade linguística nos livros in-house que foram analisados. A discursividade dos livros didáticos produzidos nacionais e os dizeres do sujeito-aprendiz sugerem que os livros seriam capazes de conter praticamente todas as possibilidades de formulação na língua estudada, para cada um dos diferentes cenários de interação. O aprendiz, teoricamente, saberia o que dizer em determinada situação e seria capaz de prever o que iria receber como resposta, anulando (ou, ao menos, minimizando) as falhas que são inerentes ao processo de comunicação. Haveria, consequentemente, uma tentativa de homogeneização dos sentidos, a partir de representações que apontam para a ficção do controle, da neutralidade e das verdades únicas. Sugere-se, assim, a visão de língua como ferramenta a ser manipulada por um sujeito que teria, na maioria das vezes, consciência do seu dizer; e que aceitaria e reafirmaria a autoridade do livro didático. / Over the last two decades, the search for languages courses that teach English as a Foreign Language has increased significantly, therefore, there has been some growth in the number of people who are interpellated by English textbooks. Based on the premise that the pedagogical resource in question takes part in the production and circulation of meanings and, thus, in the learners identity constitution, we intend to analyze the discursive functioning of textbooks produced in-house and used for around 7 years by a determined language course, through the representations of learner on them. We have also invited students in context of use of these textbooks to answer a questionnaire, which aimed at understanding how the representations gathered from these textbooks contribute to that subjects identity construction. This research is grounded in the Discourse Analysis perspective (PÊCHEUX, 1975; ORLANDI, 1999; CORACINI, 2003). In general, we observed that, despite some attempts of, supposedly, escaping from the generalization of imported English textbooks, in-house textbooks, at times, follow the patterns established by international publications. Moreover, we noticed that there might be restrictions of the language diversity in the in-house materials that were analyzed. The discursivity of the national textbooks and the learners discursive sequences suggest that the materials would be able to include all the possible formulations in the language being studied, for each different scenario of interaction. The student, theoretically, would know what to say in a specific situation and would be capable of predicting the answer, precluding (or, at least, reducing) the failures that are inherent to the communication process. There could be, consequently, an attempt to homogenize the meanings, through representations that point to the illusion of control, neutrality and singular truths. It is suggested, then, the view of language as a tool to be manipulated by a subject that would be, most of the times, aware of what he says, and that would accept and reinforce the authority of the textbook.
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O livro didático de Língua Inglesa produzido in-house e o sujeito aprendiz: uma análise discursiva das representações de aprendiz e possíveis implicações na sua constituição identitária / The English textbook produced in-house and the learner: a discursive analysis of the representations of student and possible implications on their identity constitutionAna Carolina Albuquerque de Lima 20 October 2017 (has links)
Nas últimas duas décadas, a busca por cursos de idiomas que ensinam a Língua Inglesa aumentou expressivamente; consequentemente, houve crescimento no número de pessoas que são interpeladas pelo livro didático de inglês. Com base no pressuposto de que o recurso pedagógico em questão atua diretamente na produção e circulação de sentidos e, portanto, na constituição identitária do sujeito-aprendiz, nos propomos analisar o funcionamento discursivo de livros didáticos produzidos in-house utilizados por cerca de 7 anos em um curso de idiomas, por meio das representações de sujeito-aprendiz presentes neles. Além disso, convidamos aprendizes em contexto de uso desses livros para responderem um questionário, que tinha como objetivo entender de que modo as representações depreendidas dos livros didáticos contribuem para a constituição identitária desse sujeito. A presente pesquisa encontra-se fundamentada na perspectiva da Análise do Discurso (PÊCHEUX, 1975; ORLANDI, 1999; CORACINI, 2003). De modo geral, observamos que, apesar de tentarem, supostamente, escapar das generalizações dos livros didáticos de Língua Inglesa importados, os materiais nacionais, em determinados momentos, seguem os padrões das produções internacionais. Ademais, percebemos que haveria restrição da diversidade linguística nos livros in-house que foram analisados. A discursividade dos livros didáticos produzidos nacionais e os dizeres do sujeito-aprendiz sugerem que os livros seriam capazes de conter praticamente todas as possibilidades de formulação na língua estudada, para cada um dos diferentes cenários de interação. O aprendiz, teoricamente, saberia o que dizer em determinada situação e seria capaz de prever o que iria receber como resposta, anulando (ou, ao menos, minimizando) as falhas que são inerentes ao processo de comunicação. Haveria, consequentemente, uma tentativa de homogeneização dos sentidos, a partir de representações que apontam para a ficção do controle, da neutralidade e das verdades únicas. Sugere-se, assim, a visão de língua como ferramenta a ser manipulada por um sujeito que teria, na maioria das vezes, consciência do seu dizer; e que aceitaria e reafirmaria a autoridade do livro didático. / Over the last two decades, the search for languages courses that teach English as a Foreign Language has increased significantly, therefore, there has been some growth in the number of people who are interpellated by English textbooks. Based on the premise that the pedagogical resource in question takes part in the production and circulation of meanings and, thus, in the learners identity constitution, we intend to analyze the discursive functioning of textbooks produced in-house and used for around 7 years by a determined language course, through the representations of learner on them. We have also invited students in context of use of these textbooks to answer a questionnaire, which aimed at understanding how the representations gathered from these textbooks contribute to that subjects identity construction. This research is grounded in the Discourse Analysis perspective (PÊCHEUX, 1975; ORLANDI, 1999; CORACINI, 2003). In general, we observed that, despite some attempts of, supposedly, escaping from the generalization of imported English textbooks, in-house textbooks, at times, follow the patterns established by international publications. Moreover, we noticed that there might be restrictions of the language diversity in the in-house materials that were analyzed. The discursivity of the national textbooks and the learners discursive sequences suggest that the materials would be able to include all the possible formulations in the language being studied, for each different scenario of interaction. The student, theoretically, would know what to say in a specific situation and would be capable of predicting the answer, precluding (or, at least, reducing) the failures that are inherent to the communication process. There could be, consequently, an attempt to homogenize the meanings, through representations that point to the illusion of control, neutrality and singular truths. It is suggested, then, the view of language as a tool to be manipulated by a subject that would be, most of the times, aware of what he says, and that would accept and reinforce the authority of the textbook.
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