Submitted by JOSIANE SANTOS DE OLIVEIRA (josianeso) on 2017-06-22T14:31:00Z No. of bitstreams: 1 Magda Silvia Berté Veríssimo_.pdf: 796125 bytes, checksum: ae17b3ae16d757056eb639bd6c47ce9f (MD5) / Made available in DSpace on 2017-06-22T14:31:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Magda Silvia Berté Veríssimo_.pdf: 796125 bytes, checksum: ae17b3ae16d757056eb639bd6c47ce9f (MD5) Previous issue date: 2017-05-18 / UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos / O presente estudo busca compreender o processo de inclusão de pessoas com deficiência nas organizações, considerando todos os aspectos históricos ligados à formação do conceito de inclusão, que se refletem na atualidade, principalmente devido à necessidade das organizações de atenderem à legislação referente à Lei de Cotas, Lei 8.213/91, para pessoas com deficiência, regulamentada em 1991. Desde então, as organizações têm vivenciado momentos conturbados: a maioria delas não atende aos requisitos legais e acaba por sofrer penalidades severas pelo descumprimento da lei. O que se percebe, com o passar dos anos e as evoluções conquistadas pelos movimentos de inclusão, é que muito se avançou em estudos sobre os direitos das pessoas com deficiência e sobre as principais dificuldades encontradas na sociedade, na promoção da inclusão social e, principalmente, no mercado de trabalho. Porém, pouco se discutiu sobre a real forma das empresas se tornarem responsáveis por este contingente populacional, compreendendo e formando cidadãos sensíveis ao tema, pois o papel das organizações também é de formar pessoas. Devido à imposição da lei, nota-se a existência de um engajamento espontâneo por parte de algumas empresas e seus colaboradores. De forma quantitativa, este envolvimento ainda não repercute ou responde na velocidade que a dinâmica do mercado de pessoas com deficiência e a lei exigem. Se ainda não se consegue alcançar os propósitos de inclusão necessários para que as empresas preencham suas cotas, percebe-se que chegou o momento de propor uma nova forma de promoção da inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Identificou-se na teoria da Abordagem Integral e em conceitos da espiritualidade nas organizações, pela conexão de valores e propósitos individuais com o meio, os entendimentos necessários para a promoção de um ambiente organizacional formador de indivíduos mais conscientes e engajados ao tema. De forma complementar, a espiritualidade proporciona o ambiente adequado para estimular essas conexões dos indivíduos, pois seus conceitos consideram que as pessoas se desenvolvem a partir da tomada de consciência e conectividade do seu mundo interior com o seu mundo exterior. A partir dos achados teóricos, realizou-se uma pesquisa empírica, baseada em um roteiro de entrevista semiestruturado, envolvendo aproximadamente 40 participantes, representantes de grandes empresas da região de Porto Alegre. Participaram da pesquisa profissionais em cargos de liderança, pares de pessoas com deficiência e os próprios indivíduos com deficiência, além de representantes de RH em cada empresa. Todas as organizações envolvidas na pesquisa possuíam ações ligadas à inclusão, mas não necessariamente um programa formal dedicado ao tema. Os resultados encontrados proporcionaram a compreensão do atual cenário de inclusão nas organizações e proposição de um modelo diferenciado, que paradigmaticamente sugere um novo olhar sobre as pessoas com deficiência, a partir dos principais agentes envolvidos na causa: os indivíduos e as organizações que formam pessoas para a construção de uma sociedade mais inclusiva, um modelo de inclusão chamado integral. / The present research seeks an understanding about the process of including people with disability in the organizational environment, considering all its historical aspects involving the meaning of the concept, which reflects on the current understanding. Mainly because of labor laws’ recent requirements – Lei de Cotas, regulated in 1991, which involves the entrepreneurs to fill a quota of people with disability in the organizational environment. Since then, companies have been through difficult periods. The majority do not comply with the current regulation, and end up suffering several penalties. All of the inclusion movements’ accomplishments, the advanced studies about people with disability’s rights and the main difficulties for society to promote a real inclusion in the market place make it obvious how far we are from getting to a more diverse workplace. The discussion whether to make companies fully responsible for complying with this regulation as well as educating their employees to be more thoughtful is fairly new; after all, the work environment is not only meant for a job, but also for developing empathetic human beings. Due to this new regulation, a spontaneous engagement by some companies and their employees can be noticed. This involvement does not echo responds as quickly as the market dynamic of people with disability and the labor law need. Thus, the moment to propose a new way to promote inclusion effectively has arrived. It has been identified, within the theory of Integral Approach and the spirituality in the workplace, the crucial concepts to promote an organizational environment that develops conscious and engaged people in this matter. Additionally, spirituality in the workplace provides the appropriate atmosphere to encourage individual connections, once its concepts contemplate people’s development through the awareness and connectivity with themselves and others. Through theoretical findings, an empirical research was performed, based on a semi-structured interview script, with approximately forty participants, representing large companies from Porto Alegre area. Amongst the participants, there were leaders, peers of people with disability, people with disability themselves and HR representatives in each company. Every organization involved in the present research had initiatives to promote inclusion of people with disability, but not necessarily a formal program. The findings have provided a comprehensive understanding of the current diversity scenario in the organizational environment as well as have offered a different possibility of promoting it, which suggests a new way of seeing the subject. Firstly, with the action of the main agents involved in the cause, individuals and companies start developing people to build a more inclusive society: through a model of inclusion named integral.