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Guerra e paz entre os Maxakali: devir histórico e violência como substrato da pertençaRibeiro, Rodrigo Barbosa 09 May 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-05-09 / This doctoral thesis analyses historical transformation and violence among the Maxakali people,
whose language is classified as belonged to the branch of the Macro-Gê language family. Not too long
ago, the Maxakalis used to live togheter in T I. Maxakali, situated in Bertópolis and Santa Helena de
Minas, municipal districits located in the boundary between the state of Minas Gerais and the state of
Bahia. Nevertheless, between 2003 and 2005 a violent conflict happened and, as a result, many people
were murdered and part of the population was expelled from the territory. This scenario grabbed the
attention to the necessity of understanding how the Maxakali people make this conflict part of their
social life, associating the extreme forms of violence to some of the destructive manifestations which
emerge from their social life. Attached to this objective, I carried out fieldwork between 2004 and 2007.
Furthermore, I did a bibliographic research that could make me develop an approach to this
phenomenon. By the end of this research, It is my conviction that the Maxakali people´s social life
disposes of constitutive processes through the instauration of mechanisms of modification, which can
assume some violent features. Thus, it is observed that both public wars and quotidian conflicts (such
as, domestic conflicts) dispose of practices able to reformulate great part of Maxakali culture against the
articulation of this mechanism in the symbolic system built by their myths and rituals. Thus, the aspects
related to a certain type of anthropology, which privileges historical permanencies projecting these
values in the concrete society analysed by them, even when everything indicates the inverse are not
able to analyse the complex multifaceted sociopolitical horizon of the Maxakalis people. In order to
measure this universe carefully, we needed to propose an approach open and plural, which could
incorporate effectively controversial phenomena into the analyses, without reducing the explanation of
these phenomena / Esta tese trata do devir histórico e da violência entre o povo Maxakali, cuja língua é classificada
como pertencente ao tronco lingüístico Macro-Gê. Até pouco tempo atrás, todos os Maxakali viviam
juntos na T. I. Maxakali, situada nos municípios de Bertópolis e Santa Helena de Minas, ambos na
fronteira do Estado de Minas Gerais com a Bahia. No entanto, entre 2003 e 2005 eclodiu um violento
conflito englobando a quase totalidade deste povo, tendo por conseqüências o assassinato recíproco
de várias pessoas e a expulsão de parte da população do território comum. Tal quadro chamou a
atenção para a necessidade de compreender o lugar do conflito na vida social deste povo, associando
as formas extremas de violência às demais manifestações destrutivas que emergem em sua vida
social. Com este objetivo em mente, fiz incursões de campo entre 2004 e 2007 e consultei uma
bibliografia que me permitisse construir uma abordagem sobre o fenômeno. Ao término da pesquisa
pude constatar que a vida social Maxakali dispõe de processos constitutivos através da instauração de
mecanismos de modificação, os quais podem assumir por vezes feições bastante violentas. Assim,
observa-se que há tanto as guerras públicas, como os conflitos menores do cotidiano (como, por
exemplo, as rixas domésticas), dispõem de práticas capazes de reformular boa parte do repertório
cultural, mediante a articulação deste mecanismo no sistema simbólico construído pelos mitos e ritos
deste povo. Assim, os aspectos caros a um tipo de antropologia que privilegia as permanências
históricas projetando estes valores nas sociedades concretas analisadas por eles, mesmo quando
tudo parece indicar o inverso , não dá conta de interpretar o complexo e multifacetado horizonte sócioplítico
dos Maxakali. Para dimensionar minimamente este universo, foi preciso propor uma abordagem
aberta e plural, que incorpore efetivamente em suas análises os fenômenos contraditórios e fugidios da
vida social, sem reduzi-los a algum tipo de explicação redutora
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Guerra e paz entre os Maxakali: devir histórico e violência como substrato da pertençaRibeiro, Rodrigo Barbosa 09 May 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-05-09 / This doctoral thesis analyses historical transformation and violence among the Maxakali people,
whose language is classified as belonged to the branch of the Macro-Gê language family. Not too long
ago, the Maxakalis used to live togheter in T I. Maxakali, situated in Bertópolis and Santa Helena de
Minas, municipal districits located in the boundary between the state of Minas Gerais and the state of
Bahia. Nevertheless, between 2003 and 2005 a violent conflict happened and, as a result, many people
were murdered and part of the population was expelled from the territory. This scenario grabbed the
attention to the necessity of understanding how the Maxakali people make this conflict part of their
social life, associating the extreme forms of violence to some of the destructive manifestations which
emerge from their social life. Attached to this objective, I carried out fieldwork between 2004 and 2007.
Furthermore, I did a bibliographic research that could make me develop an approach to this
phenomenon. By the end of this research, It is my conviction that the Maxakali people´s social life
disposes of constitutive processes through the instauration of mechanisms of modification, which can
assume some violent features. Thus, it is observed that both public wars and quotidian conflicts (such
as, domestic conflicts) dispose of practices able to reformulate great part of Maxakali culture against the
articulation of this mechanism in the symbolic system built by their myths and rituals. Thus, the aspects
related to a certain type of anthropology, which privileges historical permanencies projecting these
values in the concrete society analysed by them, even when everything indicates the inverse are not
able to analyse the complex multifaceted sociopolitical horizon of the Maxakalis people. In order to
measure this universe carefully, we needed to propose an approach open and plural, which could
incorporate effectively controversial phenomena into the analyses, without reducing the explanation of
these phenomena / Esta tese trata do devir histórico e da violência entre o povo Maxakali, cuja língua é classificada
como pertencente ao tronco lingüístico Macro-Gê. Até pouco tempo atrás, todos os Maxakali viviam
juntos na T. I. Maxakali, situada nos municípios de Bertópolis e Santa Helena de Minas, ambos na
fronteira do Estado de Minas Gerais com a Bahia. No entanto, entre 2003 e 2005 eclodiu um violento
conflito englobando a quase totalidade deste povo, tendo por conseqüências o assassinato recíproco
de várias pessoas e a expulsão de parte da população do território comum. Tal quadro chamou a
atenção para a necessidade de compreender o lugar do conflito na vida social deste povo, associando
as formas extremas de violência às demais manifestações destrutivas que emergem em sua vida
social. Com este objetivo em mente, fiz incursões de campo entre 2004 e 2007 e consultei uma
bibliografia que me permitisse construir uma abordagem sobre o fenômeno. Ao término da pesquisa
pude constatar que a vida social Maxakali dispõe de processos constitutivos através da instauração de
mecanismos de modificação, os quais podem assumir por vezes feições bastante violentas. Assim,
observa-se que há tanto as guerras públicas, como os conflitos menores do cotidiano (como, por
exemplo, as rixas domésticas), dispõem de práticas capazes de reformular boa parte do repertório
cultural, mediante a articulação deste mecanismo no sistema simbólico construído pelos mitos e ritos
deste povo. Assim, os aspectos caros a um tipo de antropologia que privilegia as permanências
históricas projetando estes valores nas sociedades concretas analisadas por eles, mesmo quando
tudo parece indicar o inverso , não dá conta de interpretar o complexo e multifacetado horizonte sócioplítico
dos Maxakali. Para dimensionar minimamente este universo, foi preciso propor uma abordagem
aberta e plural, que incorpore efetivamente em suas análises os fenômenos contraditórios e fugidios da
vida social, sem reduzi-los a algum tipo de explicação redutora
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