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Infinitivo flexionado em português brasileiro: frequência e percepções sociolinguísticas / Inflected infinitive in Brazilian Portuguese: frequency and sociolinguistic perceptionsCanever, Fernanda 20 October 2017 (has links)
Tomando como objeto o emprego variável da flexão do infinitivo (INF) no português brasileiro (PB), este estudo tem dois interesses centrais: (i) analisar se o emprego da forma flexionada (INFflex) está aumentando nos três contextos sintáticos opcionais originais\" (Bossaglia, 2013a) - orações adverbiais, complementos oracionais de nomes e complementos oracionais de adjetivos - e (ii) investigar se valores sociais positivos, tais como o prestígio geralmente associado à concordância verbal em PB (Mendes & Oushiro, 2015; Naro & Scherre, 1991; Rubio & Gonçalves, 2012; Scherre & Naro, 2014, 2006), estariam sendo atribuídos a INFflex. Para investigar a primeira hipótese, analisa-se quantitativamente o emprego de INFflex em um corpus formado por 1346 teses produzidas por alunos de diferentes unidades da USP entre 1995 e 2014. Quanto à segunda, busca-se, por meio de um estudo de percepção sociolinguística que se desenvolveu com base na técnica de estímulos pareados (Campbell-Kibler, 2008; Labov et al., 2006; Mendes, 2016b; Oushiro, 2015) verificar se falantes são julgados\" como mais inteligentes\", mais escolarizados\" e mais formais\" na presença de INFflex. Os resultados da análise dos dados de produção demonstram que, ao contrário do que se esperava, INFflex não está aumentando na escrita acadêmica. Por outro lado, verificaram-se taxas altas de INFflex com o verbo ser - independentemente do contexto sintático e da pessoa verbal -, em orações adverbiais antepostas à oração principal e com as preposições/locuções prepositivas antes de, ao, após, depois de e por. No que diz respeito à distribuição de INFflex de acordo com a área do conhecimento, verificaram-se maiores proporções de INFflex nas orações adverbiais em teses da área de Humanas. O teste de percepção, por sua vez, revelou que, em contextos sintáticos nos quais o emprego de INFflex é considerado opcional, não houve diferença significativa na forma como as vozes\" foram julgadas; porém, em contextos sintáticos nos quais flexionar o infinitivo é considerado um erro\" do ponto de vista prescritivo, a presença de INFflex levou a percepções de menor inteligência\", menor escolaridade\" e menor formalidade\". Especificamente no caso dos contextos não padrão, verificou-se, ainda, um efeito significativo da variável Idade do participante: as percepções dos participantes mais jovens foram mais neutras\", ao passo que as respostas dos acima de 50 anos foram mais polarizadas: quanto mais velhos, mais negativamente julgaram versões com INFflex e mais positivamente versões com INF0. Tais resultados sugerem que falantes mais jovens percebem com mais naturalidade usos hipercorrigidos de INFflex. / Focusing on the variable use of inected in_nitives (INF) in Brazilian Portuguese (BP), the goal of this study is twofold: (i) to investigate if the use of the inflected variant (INFflex) is increasing in three originally\" optional syntactic contexts (Bossaglia, 2013a : 27) - adverbial clauses, noun complements and adjective complements - and (ii) to investigate if positive social values, such as the prestige usually associated with verbal agreement in BP (Mendes & Oushiro, 2015; Naro & Scherre, 1991; Rubio & Gon_calves, 2012; Scherre & Naro, 2014, 2006), are being assigned to INFflex. To test the first hypothesis, the use of INFflex is analyzed in a corpus of 1.346 theses written by USP graduate students from different areas of knowledge from 1995 to 2014. As for the second hypothesis, a matched-guise experiment was conducted (Campbell-Kibler, 2008; Lambert et al., 1960; Mendes, 2016a; Oushiro, 2015) to test if speakers are perceived as more intelligent\", more educated\" and more formal\" when heard using the INFflex guises. Contradicting the study\'s hypothesis, production data show no increase in the use of INFflex in academic writing. However, high rates of INFflex were attested with the verb be - regardless of the syntactic contexts and grammatical person -, in preposed adverbial clauses and with the prepositions antes de, ao, após, depois de and por. As for the area of knowledge, higher rates of INFflex in adverbial clauses were attested in Human Sciences theses. Perception data show no difference in how the voices were perceived when INFflex was used in adverbial clauses. On the other hand, voices were perceived as less intelligent\", less educated\" and less formal\" when INFflex was used in hypercorrect contexts, as expected. In addition, a significant age effect was found in hypercorrect contexts: the older participants, the more negatively they perceived the INFflex guises and the more positively they perceived the non-inflected (INF0) guises. These results suggest that younger speakers perceive hypercorrect use of INFflex as more natural.
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Infinitivo flexionado em português brasileiro: frequência e percepções sociolinguísticas / Inflected infinitive in Brazilian Portuguese: frequency and sociolinguistic perceptionsFernanda Canever 20 October 2017 (has links)
Tomando como objeto o emprego variável da flexão do infinitivo (INF) no português brasileiro (PB), este estudo tem dois interesses centrais: (i) analisar se o emprego da forma flexionada (INFflex) está aumentando nos três contextos sintáticos opcionais originais\" (Bossaglia, 2013a) - orações adverbiais, complementos oracionais de nomes e complementos oracionais de adjetivos - e (ii) investigar se valores sociais positivos, tais como o prestígio geralmente associado à concordância verbal em PB (Mendes & Oushiro, 2015; Naro & Scherre, 1991; Rubio & Gonçalves, 2012; Scherre & Naro, 2014, 2006), estariam sendo atribuídos a INFflex. Para investigar a primeira hipótese, analisa-se quantitativamente o emprego de INFflex em um corpus formado por 1346 teses produzidas por alunos de diferentes unidades da USP entre 1995 e 2014. Quanto à segunda, busca-se, por meio de um estudo de percepção sociolinguística que se desenvolveu com base na técnica de estímulos pareados (Campbell-Kibler, 2008; Labov et al., 2006; Mendes, 2016b; Oushiro, 2015) verificar se falantes são julgados\" como mais inteligentes\", mais escolarizados\" e mais formais\" na presença de INFflex. Os resultados da análise dos dados de produção demonstram que, ao contrário do que se esperava, INFflex não está aumentando na escrita acadêmica. Por outro lado, verificaram-se taxas altas de INFflex com o verbo ser - independentemente do contexto sintático e da pessoa verbal -, em orações adverbiais antepostas à oração principal e com as preposições/locuções prepositivas antes de, ao, após, depois de e por. No que diz respeito à distribuição de INFflex de acordo com a área do conhecimento, verificaram-se maiores proporções de INFflex nas orações adverbiais em teses da área de Humanas. O teste de percepção, por sua vez, revelou que, em contextos sintáticos nos quais o emprego de INFflex é considerado opcional, não houve diferença significativa na forma como as vozes\" foram julgadas; porém, em contextos sintáticos nos quais flexionar o infinitivo é considerado um erro\" do ponto de vista prescritivo, a presença de INFflex levou a percepções de menor inteligência\", menor escolaridade\" e menor formalidade\". Especificamente no caso dos contextos não padrão, verificou-se, ainda, um efeito significativo da variável Idade do participante: as percepções dos participantes mais jovens foram mais neutras\", ao passo que as respostas dos acima de 50 anos foram mais polarizadas: quanto mais velhos, mais negativamente julgaram versões com INFflex e mais positivamente versões com INF0. Tais resultados sugerem que falantes mais jovens percebem com mais naturalidade usos hipercorrigidos de INFflex. / Focusing on the variable use of inected in_nitives (INF) in Brazilian Portuguese (BP), the goal of this study is twofold: (i) to investigate if the use of the inflected variant (INFflex) is increasing in three originally\" optional syntactic contexts (Bossaglia, 2013a : 27) - adverbial clauses, noun complements and adjective complements - and (ii) to investigate if positive social values, such as the prestige usually associated with verbal agreement in BP (Mendes & Oushiro, 2015; Naro & Scherre, 1991; Rubio & Gon_calves, 2012; Scherre & Naro, 2014, 2006), are being assigned to INFflex. To test the first hypothesis, the use of INFflex is analyzed in a corpus of 1.346 theses written by USP graduate students from different areas of knowledge from 1995 to 2014. As for the second hypothesis, a matched-guise experiment was conducted (Campbell-Kibler, 2008; Lambert et al., 1960; Mendes, 2016a; Oushiro, 2015) to test if speakers are perceived as more intelligent\", more educated\" and more formal\" when heard using the INFflex guises. Contradicting the study\'s hypothesis, production data show no increase in the use of INFflex in academic writing. However, high rates of INFflex were attested with the verb be - regardless of the syntactic contexts and grammatical person -, in preposed adverbial clauses and with the prepositions antes de, ao, após, depois de and por. As for the area of knowledge, higher rates of INFflex in adverbial clauses were attested in Human Sciences theses. Perception data show no difference in how the voices were perceived when INFflex was used in adverbial clauses. On the other hand, voices were perceived as less intelligent\", less educated\" and less formal\" when INFflex was used in hypercorrect contexts, as expected. In addition, a significant age effect was found in hypercorrect contexts: the older participants, the more negatively they perceived the INFflex guises and the more positively they perceived the non-inflected (INF0) guises. These results suggest that younger speakers perceive hypercorrect use of INFflex as more natural.
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O infinitivo flexionado em português brasileiro / The inflected infinitives in brazilian portugueseOliveira, Cesar Trindade de 07 June 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-06-07 / Sem bolsa / No Português Brasileiro, existem dois tipos de orações reduzidas de infinitivo: uma que comporta uma flexão número-pessoal e outra sem flexão alguma. O infinitivo com flexão, chamado de infinitivo pessoal ou flexionado, se constitui há tempos como um problema para os estudiosos da área da linguagem, permanecendo algumas questões em aberto. Nosso estudo tem o objetivo de revisitar o seu comportamento, apresentando alguns dos “problemas” remanescentes e inovadores do PB, seja pela tradição gramatical, que não encontra uma forma harmônica de descrever os contextos em que ele pode ocorrer, seja pela linguística, que não adota uma teoria unificada. Assim, apresentaremos a visão da tradição gramatical e a visão da linguística como forma de abordá-lo a partir de diferentes perspectivas. Nosso intuito é verificar se o trabalho de Eduardo Raposo, que atribui à Teoria do Caso a principal disposição para licenciamento do Infinitivo Flexionado, dá conta dos exemplos encontrados no Corpus LLIC-PósLetrasUsp e de que forma os resultados de um teste de julgamento realizado podem ser avaliados sob essa ótica. São levantados alguns questionamentos que permanecem sem resposta: a questão do alçamento do sujeito em sentenças com verbo auxiliar (aspectual ou modal); a natureza da preposição que acompanha os verbos auxiliares aspectuais; a dupla concordância verbal com um
único sujeito nas perífrases; a concordância do verbo principal das locuções com o vestígio do alçamento do sujeito. / In Brazilian Portuguese, two types of reduced sentences of infinitive are existing: one that includes a personal number morphology and one without any inflection. The inflected infinitive, called personal infinitive or inflected infinitive has been for a long time a problem for researchers on language, fact that left some questions remaining. Our study aims to present some of these problems on the grammatical tradition, which did not find an harmonious way to describe the contexts of bending infinitives
occurrence, either by linguistics, which does not adopt a unified theory, since many researches address the problem differently. For this reason, we will cover the traditional grammar and linguistics view in a way to present the problem as well as presenting problems that are displayed in each of these fields of study. Later, we will try to verify if Raposo's paper on the inflected infinitives supports the examples found in the Corpus LLIC-PostLetrasUsp and in what way the results of a trial test can be evaluated in this perspective. Some questions that remain unanswered are raised: the question of the subject's elevation in the structure in sentences with auxiliary verb (aspectual and modal); the nature of the preposition that accompanies the auxiliary aspectual verbs, the double verbal agreement (of the verbal locution) with one only subject; and the verbal agreement of the main verb of the verbal locution with the subjetc trace.
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Evidências para um modelo de língua baseado no uso: o infinitivo flexionado em português brasileiro / Evidences to an usage-based language model: the inflected infinitive in Brazilian PortugueseCanever, Fernanda 16 March 2012 (has links)
A luz de modelos de língua baseados no uso (Langacker, 2000), que assumem que os princípios fundamentais da estrutura linguística são derivados da experiência com a língua, o objetivo deste estudo é contribuir para a investigação de como se dá o contínuo processo de atualização do nosso conhecimento linguístico, em especial explorando a questão de como algumas inovações são incorporadas na língua. Para responder a essa questão, ainda em aberto na literatura baseada no uso, o fenômeno linguístico investigado foi o infinitivo flexionado, cujo uso gramáticos modernos consideram intrigante. A partir de um recorte de construções com o infinitivo que apresentam variação entre as formas flexionada e não-flexionada, foi feita uma quantificaçãoo da variação no emprego da flexão do infinitivo em um corpus sincrônico de língua escrita culta. Para o levantamento dos dados, foi compilado um corpus de 11.000.000 palavras formado por 180 teses e dissertações de alunos do curso de Letras da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Sociais da USP, que recebeu o nome de Corpus LLIC-PósLetrasUsp. Como se trata de um grande volume de dados, a extração dos dados feita de modo automático com o software livre R, apontado atualmente como o mais completo concordanceador disponível (Gries, 2009). Os resultados encontrados no estudo de corpus apontam para diferentes tendências de emprego da flexão a depender dos contextos sintáticos em que ocorrem. Apesar de ter sido verificada uma tendência à não-flexão em algumas construções, tais como as perífrases modais e aspectuais, nas orações finais, causais e temporais, por exemplo, a preferência pela forma flexionada do infinitivo é clara. Uma vez que modelos baseados no uso propõem que há uma correlação entre a frequência de ocorrência de estruturas e seu grau de arraigamento cognitivo, a alta frequência de ocorrência de formas flexionadas do infinitivo em variados contextos sintáticos, inclusive em contextos em que o sujeito do infinitivo está claro, demonstra que a flexão do infinitivo está se tornando cada vez mais arraigada na gramática dos falantes. Assim, esta pesquisa vem ressaltar a importância dos estudos de frequência para o mapeamento dos fatos linguísticos e para a descrição gramatical das línguas naturais. Neste estudo, também é feito um esboço de um modelo de língua baseado no uso mais dinâmico e mais social, que incorpora as propostas dos estudos da terceira onda\" (third wave) de investigação sociolinguística e que representa uma tentativa inicial de acomodar a teoria da variação dentro do quadro teórico baseado no uso. / In light of usage-based models (Langacker, 2000), which assume that the fundamental principles of linguistic structure derive from the experience with language, the aim of this study is to contribute to the investigation of the continuous update of linguistic knowledge, especially by exploring the question of how some innovations propagate and are incorporated in speakers\' grammars. To address this open question in the usage-based literature, the in ected innitive, which modern grammarians consider intriguing (Cunha & Cintra, 2008), was investigated. After selecting some innitive constructions which show variation between the in ected and unin ected forms, the variation in the usage of the innitive in these constructions was quantied in a syncronic standard written corpus. To obtain the data, a corpus containing 11.000.000 words and consisting of 180 theses and dissertations written by students of the Faculty of Philosophy, Letters and Social Sciences of University of S~ao Paulo was compiled and named Corpus LLIC-PosLetrasUsp. Given the size of the corpus, the data extraction was achieved automatically through the use of the open software R, considered the most powerful concordancer available at the moment (Gries, 2009). Depending on the constructions in which the innitive occurs, the results point to dierent tendencies in the usage of the in ection. Even though there is no preference for the in ection in constructions such as modal and aspect periphrases, in causal, nal and temporal clauses, for instance, the preference for in ected forms is clear. Because usage-based models assume that there is a correlation between the frequency of occurence of a structure and its degree of entrenchment, the high frequency of occurence of the in ected innitive in dierent syntactic contexts, including contexts in which where the innitive subject is clear, shows that the in ection of the innitive is becoming continuously more entrenched in speakers\' grammars. Thus, this study highlights the importance of frequency studies in the investigation of linguistic phenomena and in the grammatical description of natural languages. This study also presents the sketch of a proposal named A more dynamic and a more social usage-based model, which, by incorporating the view of the \\third wave\"of sociolinguistic investigation (Campbell-Kibler, 2008, 2009; Eckert, 2005, 2008), represents an initial attempt to accommodate variation theory within the usage-based framework.
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Evidências para um modelo de língua baseado no uso: o infinitivo flexionado em português brasileiro / Evidences to an usage-based language model: the inflected infinitive in Brazilian PortugueseFernanda Canever 16 March 2012 (has links)
A luz de modelos de língua baseados no uso (Langacker, 2000), que assumem que os princípios fundamentais da estrutura linguística são derivados da experiência com a língua, o objetivo deste estudo é contribuir para a investigação de como se dá o contínuo processo de atualização do nosso conhecimento linguístico, em especial explorando a questão de como algumas inovações são incorporadas na língua. Para responder a essa questão, ainda em aberto na literatura baseada no uso, o fenômeno linguístico investigado foi o infinitivo flexionado, cujo uso gramáticos modernos consideram intrigante. A partir de um recorte de construções com o infinitivo que apresentam variação entre as formas flexionada e não-flexionada, foi feita uma quantificaçãoo da variação no emprego da flexão do infinitivo em um corpus sincrônico de língua escrita culta. Para o levantamento dos dados, foi compilado um corpus de 11.000.000 palavras formado por 180 teses e dissertações de alunos do curso de Letras da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Sociais da USP, que recebeu o nome de Corpus LLIC-PósLetrasUsp. Como se trata de um grande volume de dados, a extração dos dados feita de modo automático com o software livre R, apontado atualmente como o mais completo concordanceador disponível (Gries, 2009). Os resultados encontrados no estudo de corpus apontam para diferentes tendências de emprego da flexão a depender dos contextos sintáticos em que ocorrem. Apesar de ter sido verificada uma tendência à não-flexão em algumas construções, tais como as perífrases modais e aspectuais, nas orações finais, causais e temporais, por exemplo, a preferência pela forma flexionada do infinitivo é clara. Uma vez que modelos baseados no uso propõem que há uma correlação entre a frequência de ocorrência de estruturas e seu grau de arraigamento cognitivo, a alta frequência de ocorrência de formas flexionadas do infinitivo em variados contextos sintáticos, inclusive em contextos em que o sujeito do infinitivo está claro, demonstra que a flexão do infinitivo está se tornando cada vez mais arraigada na gramática dos falantes. Assim, esta pesquisa vem ressaltar a importância dos estudos de frequência para o mapeamento dos fatos linguísticos e para a descrição gramatical das línguas naturais. Neste estudo, também é feito um esboço de um modelo de língua baseado no uso mais dinâmico e mais social, que incorpora as propostas dos estudos da terceira onda\" (third wave) de investigação sociolinguística e que representa uma tentativa inicial de acomodar a teoria da variação dentro do quadro teórico baseado no uso. / In light of usage-based models (Langacker, 2000), which assume that the fundamental principles of linguistic structure derive from the experience with language, the aim of this study is to contribute to the investigation of the continuous update of linguistic knowledge, especially by exploring the question of how some innovations propagate and are incorporated in speakers\' grammars. To address this open question in the usage-based literature, the in ected innitive, which modern grammarians consider intriguing (Cunha & Cintra, 2008), was investigated. After selecting some innitive constructions which show variation between the in ected and unin ected forms, the variation in the usage of the innitive in these constructions was quantied in a syncronic standard written corpus. To obtain the data, a corpus containing 11.000.000 words and consisting of 180 theses and dissertations written by students of the Faculty of Philosophy, Letters and Social Sciences of University of S~ao Paulo was compiled and named Corpus LLIC-PosLetrasUsp. Given the size of the corpus, the data extraction was achieved automatically through the use of the open software R, considered the most powerful concordancer available at the moment (Gries, 2009). Depending on the constructions in which the innitive occurs, the results point to dierent tendencies in the usage of the in ection. Even though there is no preference for the in ection in constructions such as modal and aspect periphrases, in causal, nal and temporal clauses, for instance, the preference for in ected forms is clear. Because usage-based models assume that there is a correlation between the frequency of occurence of a structure and its degree of entrenchment, the high frequency of occurence of the in ected innitive in dierent syntactic contexts, including contexts in which where the innitive subject is clear, shows that the in ection of the innitive is becoming continuously more entrenched in speakers\' grammars. Thus, this study highlights the importance of frequency studies in the investigation of linguistic phenomena and in the grammatical description of natural languages. This study also presents the sketch of a proposal named A more dynamic and a more social usage-based model, which, by incorporating the view of the \\third wave\"of sociolinguistic investigation (Campbell-Kibler, 2008, 2009; Eckert, 2005, 2008), represents an initial attempt to accommodate variation theory within the usage-based framework.
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