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O Ato Adicional de 1834 e a instrução elementar no império: descentralização ou centralização?Castanha, Andre Paulo 13 December 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-12-13 / The following research seeks to understand the organization process of elementary public
education in Brazil imperial. A study comparing the implemented actions by the Imperial Court,
Rio de Janeiro, Mato Grosso and Paraná provinces was done. The main goal is to understand the
State action in the definition of the politics of public education, in the period 1834-1889. The
start point was the Additional Act of 1834, since historiography gives it the responsibility of the
failure and disorganization of education in the provinces. For most of historians the
decentralization fragmented the meager projects and resources available, contributing to the
proliferation of contradictories laws, putting down the elementary education in Brazil imperial.
Therefore, this study intents to raise the debate with the Brazilian educational historiography
according to the Additional Act of 1834, and the form of organization of the elementary
instruction in the Empire. The research basically uses the primary sources, highlighting the
reports of the ministers of the ministry of the Empire business, provinces chairmen, the inspectors
of public instruction, educational legislation produced by the four administrative units in the
correspondent time in addition to several authors of the nineteenth century. The study of the
primary sources has brought to light a significant number of information, which allows the
review of the historiographical debate on the form of organization of elementary education in the
Empire. The studied documents establish clear links between the organization of public education
in the provinces and the project of construction and constitution of the Imperial State and the
Senior Class. The documents also show the political strength of the conservative group in the
Court and Rio de Janeiro Province. The principles of order, hierarchy, centralization and morality
constitute the columns in the organization of public elementary education aiming to prepare the
future citizens to live in an ordered society, where each class should occupy a place and function
in the social structure. The study is divided into three parts. The first, entitled - The Additional
Act: The education in a crossroad, which way to go? Made of two chapters: the first about the
independence to imperial crises: the dialectic of power, and the second, The Additional Act:
limits, possibilities and historiography. The second part - the imperial public education from
primary sources- which the history of each compared unit was written based on the reports of the
ministers, province chairmen, inspectors, articulating with all the legislation being produced,
ordered and implemented in each of the administrative units. The third was named- The
educational legislation and the construction of the empire- divided into three chapters: first, The
agents of inspections into laws, speeches and action. Second: Curriculum: Instruct or educate?
and Third, The Professor: the process of selecting the agent of civilization. Where the central
sources were the regulations, in the same time, the reports of the inspectors, chairmen and the
authors of the nineteenth century were also used. The search allows saying that the primary
public instruction was relevant for the construction and dissemination of the model of Society
and the State that became victorious over the nineteenth century, which still manifests many
practices nowadays. / A presente pesquisa procura compreender o processo de organização da instrução pública
elementar no Brasil imperial. Para tanto realizei um estudo comparativo entre as ações
implementadas pela Corte, e as províncias do Rio de Janeiro, Mato Grosso e Paraná. O objetivo
central é compreender a ação estatal na definição das políticas de instrução pública, no período
compreendido entre 1834-1889. O ponto de partida foi o Ato Adicional de 1834, em virtude de a
historiografia atribuir a ele a responsabilidade pelo fracasso e desorganização da educação nas
províncias. Para a grande maioria dos historiadores a descentralização fragmentou os parcos
projetos e recursos existentes, contribuindo para a proliferação de leis contraditórias, e na prática
pôs por terra a instrução elementar no Brasil imperial. Assim, pretendo com este estudo suscitar o
debate com a historiografia educacional brasileira referente ao papel do Ato Adicional de 1834, e
sobre a forma de organização da instrução elementar no Império. A pesquisa utiliza-se
basicamente de fontes primárias, destacando-se os relatórios dos ministros que ocuparam a pasta
do Ministério dos Negócios do Império, dos presidentes de províncias, dos inspetores de
instrução pública, da legislação educacional produzida pelas quatro unidades administrativas no
período correspondente, além de diversos autores do século XIX. O mergulho nas fontes
primárias trouxe a luz um conjunto significativo de informações, que permitem fazer uma revisão
no discurso historiográfico, sobre a forma de organização da instrução elementar no Império. A
documentação trabalhada permite estabelecer relações claras entre a organização da instrução
pública nas províncias e o processo de construção e constituição do Estado imperial e da classe
senhorial. Nos documentos também fica explicita a força política do grupo conservador radicado
na Corte e Província do Rio de Janeiro. Os princípios de ordem, hierarquização, centralização e
moralidade constituíram-se em basilares na organização da instrução pública elementar visando
preparar os futuros cidadãos para viver numa sociedade ordeira, onde cada classe deveria ocupar
determinado espaço e função na estrutura social. O estudo está dividido em três partes. A
primeira intitulada o Ato Adicional: a educação em uma encruzilhada, qual caminho seguir?
Composto de dois capítulos, a saber: Da independência à crise do Império: a dialética do poder, e
o Ato Adicional: limites, possibilidades e historiografia. Na segunda parte denominada de
instrução pública imperial a partir das fontes primárias procurei escrever a história de cada uma
das unidades comparadas, tendo como base os relatórios dos ministros, dos presidentes de
províncias, de inspetores, articulando com o conjunto da legislação que foi sendo produzida,
decretada e implementada em cada uma das unidades administrativas. A terceira nomeada de a
legislação educacional e a construção do Império dividida em três capítulos: os agentes da
inspeção nas leis, nos discursos e na ação; currículo: instruir ou educar?; e o professor: do
processo de seleção a agente de civilização. Neles, as fontes centrais foram os regulamentos, mas
ao mesmo tempo, também utilizei os relatórios de inspetores, de presidentes e de autores do
século XIX. A pesquisa permite afirmar que a instrução pública primária foi relevante para a
construção e difusão do modelo de sociedade e Estado que se tornou vitorioso ao longo do século
XIX, o qual ainda manifesta várias práticas nos dias de hoje.
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A mulher de posses e a instrução elementar na capitania de Sergipe del Rey nos anos setecentosSantos, Vera Maria dos 20 October 2011 (has links)
Under the atmosphere of civilization and knowledge, wealthy women from Sergipe Del Rey Captaincy didn´t live recluse. After their husbands deaths, they took charge of the
responsibilities and got involved with tasks related to the men´s world and, therefore, surrounded by a hale of a patriarchal power, acted out activities that were beyond their
houses. Therefore, they administrated mills, stills, sites, plantations, commanded slaves and traded goods. Some of those women had someone else signing for them, others wrote down their own names on their husbands inventories and some others were the tutors of their own children, considered orphans, who were under twenty five years old. Under the 18th Law, the female tutors raised and educated their children, underage orphans, with love and care. This
way, the woman guaranteed a family heritage and the Portuguese Crown, together with Justice, put all sergipanos under the new modern nation project. Consequently, all (family and the power of the Portuguese Crown) were on the same wavelength to keep up with this new established order. In Sergipe Del Rey there were four elementary school models, that went on in the 18th century, from 1575 to 1799, period in which the documents that based this research were analyzed. The first model was called indoctrination or instruction through spoken language , taught by the Franciscan and Carmelites to the Indian and sergipanos settlers´ children. The second one that was found was the women´s enclosure , in 1743, that was one of the education options given to the women of possessions at that time. These two models were used in the period when the Jesuits were in charge of the education and ruled it. The
third model, called primary school classes or primary school teaching worked from the time the Jesuits were expelled in 1759 to 1792. The fourth model highlighted was the teaching to its own gender , indicated to the underage orphan girls, registered from 1752 to 1792. These two last models are related to Pombal s administration and go on until the Marian one. I point out that it was during Pombal s administration that meaningful changes happened in the educational process in the Portuguese kingdom, from 1759 on. Pombal did not break up with the Church established order. He substituted the Jesuits educational action for a new rational
dynamic that still respects the Church hierarchy, but subordinates it to the State. Those educational practices went on until the adult life and could be related to school or not and had as their objective to reach especially the ones who were wealthy. / Sob a atmosfera da circulação do saber e da civilização, as mulheres de posses da Capitania de Sergipe Del Rey não viveram reclusas. Com a morte de seus maridos, assumiram o lugar simbólico de pai e se envolveram em tarefas próprias do mundo masculino e, assim, envoltas na aura do poder patriarcal, vivenciaram atividades que estavam além do ambiente doméstico. Desse modo, administraram engenhos, alambiques, sítios, plantações, comandaram escravos e
negociaram produtos. Algumas dessas mulheres assinaram a rogo, outras grafaram os seus próprios nomes nos inventários de seus maridos, e algumas delas exerceram a tutoria de seus
órfãos menores de vinte e cinco anos de idade. Sob a ordem jurídica setecentista, as tutoras criaram e educaram os seus filhos órfãos menores, com amor e zelo de mãe, na forma da lei. Assim, a mulher garantiu o patrimônio da família e a Coroa Portuguesa, aliada à Justiça, enquadrou todos os sergipanos no novo projeto de nação moderna. Portanto, todos (família e
poder da Coroa) estavam afinados para a manutenção dessa nova ordem estabelecida. Em Sergipe Del Rey, existiram quatros modelos de instrução elementar, que vigoraram no século XVIII, no período de 1575 a 1799, o qual abrange a documentação analisada. O primeiro modelo, denominado Doutrinação, Catequese ou Instrução de viva de voz , foi ministrado pelos Franciscanos e Carmelitas para os filhos dos índios e dos colonos sergipanos. O segundo modelo encontrado foi a clausura feminina , em 1743, considerado como uma das opções de educação estabelecida para as mulheres de posses à época. Esses dois modelos inseriram-se no período em que os jesuítas tinham o controle e ditavam as regras da educação. O terceiro modelo, designado aulas de primeiras letras ou ensino de primeiras letras , vigorou a partir da expulsão dos jesuítas, de 1759 a 1792. O quarto modelo evidenciado foi a instrução própria do seu sexo , destinado às órfãs menores, registrado de 1752 a 1792. Esses dois últimos modelos foram implantados no período pombalino e adentraram ao período Mariano. Ressalto que foi no período pombalino que aconteceram modificações significativas
no processo educacional de todo o reino português, a partir de 1759. Pombal não rompeu com a ordem eclesial estabelecida. Ele substituiu a ação educativa dos jesuítas por uma nova dinâmica racionalista, que ainda respeitava a hierarquia eclesial, mas a subordinava ao Estado. Essas práticas educativas estendiam-se até a idade adulta e podiam ser escolares, ou não escolares e visavam atingir preferencialmente aqueles indivíduos dotados de posses.
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