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MODOS DE VER, MODOS DE DIZER: POESIA, CINEMA E INSUBORDINAÇÃO POLÍTICA A PARTIR DE LUIZA NETO JORGESilva, Patrícia Carla Freitas da January 2016 (has links)
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dissertação versão definitiva.pdf: 5244049 bytes, checksum: 9474e7700db9cac7dc87bacbe0423489 (MD5) / FAPESB / Esta Dissertação propõe, mediante arranjos (PUCHEU, 2013), modos de ver a produção de imagens na poesia e no cinema da poeta portuguesa Luiza Neto Jorge (1939-1989), bem como o seu discurso político de insubordinação frente ao salazarismo em Portugal. Nesse sentido, articula-se sua poética política com questões de gênero no contexto das décadas de 60 e de 70 do século passado, relacionando-as a imagens sobreviventes de resistência, como as produzidas por movimentos feministas contemporâneos e que se insubordinam às violências e aos discursos de ódio dos fascismos de ontem e de hoje. Para tanto, há o diálogo com alguns conceitos e questões propostos por teóricas, sim, no feminino, uma vez que, a interlocução, aqui, dá-se, destacadamente, com o pensamento de mulheres. Com Donna Haraway (1995), em sua epistemologia feminista, parte-se do conceito “modos de ver” para problematizar a produção de discursos políticos e imagens. Rosa Martelo (2006, 2007, 2012) e suas discussões que engendram perspectiva de gênero, fazer imagens em poesia e resistência ao salazarismo atentam para tensões acerca de usos subversivos da linguagem cuja potência enquanto “máquina de guerrilha” está também em seu poder de confrontar totalitarismos com uma “gaguez criadora”, como afirma, citando Deleuze, pensando a potência da produção de Luiza N.J. como uma “máquina de oscilar”. E como questões de gênero são atreladas, em momentos desta dissertação, com tensões de classe e de raça, há a problematização dessas interseccionalidades, sem fazer uma genealogia desse conceito, a partir de Patricia Hill-Collins (1998) e de Sueli Carneiro (2003). As imagens de insubordinação ecoam nesta dissertação, tomando, corrompidamente, a imagem sobrevivente proposta por Didi-Huberman (2013), sendo que a expressão “citação corrompida” foi retirada de Ana Pato (2012). A vulnerabilidade dos corpos no defrontar-se com as violências do mundo é, aqui, discutida, acessando Judith Butler (2009). No intuito de pensar o fascismo salazarista, imbricando-o com o fascismo contemporâneo, recorre-se a Lincoln Secco (2003), Luís Torgal (2010), Nuno Rosmaninho (2010) Giorgio Agamben (2009, 2007, 2005). E com este último, em diálogo com o uso de dispositivos em documentários ensaísticos, como os de Agnès Varda, são produzidas imagens sobre Luiza N.J. Tudo isso implicando resultados sempre parciais, configurações não hierárquicas de textos, relacionando micro e macro política em períodos longos, lembrando Edward Said (2007), em uma dicção ensaística, como aponta Eneida Maria de Sousa (2012) no fazer crítica literária. / This dissertation proposes, by arrangements, ways of seeing the Luiza Neto Jorge (19391989) image productions in poetry and cinema and also how her insubordination discourse reacts against Salazarism in Portugal. In this way, there is the articulation between her political poetics with gender questions in the context of the 60s and the 70s of the former century, relating the survival images, like those that have been produceded by contemporary feminist movements that resist in a insubordination position face to the fascist violences and discourses in the contemporary and in the past days. Therefore, in this dissertation, there is a dialogue with some concepts and questions proposed mainly by female theoretical authors because, here, the interlocution occurs outstandingly to women. With Donna Haraway (1995) in her feminist epistemology, there is also an appropiation of the concept “ways of seeing” in order to problematize the production of political discourses and images. Rosa Martelo (2006, 2007, 2012) and her discusssions that engenders the gender perspective, the way of doing images in poetry and the resistence against salazarism attempt to tensions towards subversive uses of language whose power like a guerilla machine it is also its power to confront, acting with stuttering creator (DELEUZE apud Martelo, 2006), totalitarisms as if it were a swing machine. And as gender questions have been here, in some moments, articulated to class and racial questions, there is a problematization of these interseccionalities, without a genealogy of this concept, in the percpective of Patricia Hill-Collins (1998) and Sueli Carneiro (2003). The echoes of the insubordination images in this dissertation function as a kind of survival image, in a such a corrupt way that I had taken this concept from Didi-Huberman (2013). The expression corruptive quotation I had taken from Ana Pato (2012). The vulnerability of the bodies has been discussed here, in the way they face to the violences of the world, accessing Judith Butler (2009). In order to think about Salazar fascism, imbricating it to the contemporary fascism, this dissertation resorts to Lincoln Secco (2003), Luís Torgal (2010), Nuno Rosmaninho (2010) and Giorgio Agamben (2009, 2007, 2005). And with Agamben (2005) in a dialogue with Agnès Varda in the way dispositives have been used in essaystic documentaries, there are, in this dissertation, my productions of images of Luiza Neto Jorge. All this always implies parcial results without hierarchical configurations of texts, relating micro and macro political discussions in a writing that uses long periods, remembering Edward Said (2007), in a essaystic dicction, as Eneida Maria de Sousa (2012) directs in the way we should do literature critics.
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