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Efeitos da defaunação na herbivoria, pisoteio de plântulas, remoção e predação de sementes na Floresta Atlântica

Rocha-Mendes, Fabiana [UNESP] 29 November 2010 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:30:56Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2010-11-29Bitstream added on 2014-06-13T20:40:56Z : No. of bitstreams: 1 rochamendes_f_dr_rcla.pdf: 1399445 bytes, checksum: 1dbe830ff3efb283f51bde2137e50a23 (MD5) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Existe um gradiente de cenários cuja composição, abundância e biomassa de animais podem estar praticamente intactas ou encontrar-se em seu maior grau de comprometimento (“síndrome de floresta vazia”). Em diversos níveis de defaunação, processos ecológicos podem ser interrompidos pela falta de interações, modificando a dinâmica do ambiente. Visto que a Floresta Atlântica ainda possui razoáveis extensões e diferentes situações no que diz respeito à composição mastofaunística, ela é um cenário interessante para o estudo da defaunação e suas implicações. Assim, o presente estudo caracterizou a comunidade de mamíferos em duas áreas geograficamente próximas desse bioma e avaliou os efeitos da defaunação sobre parâmetros e processos de estruturação de comunidades vegetais. Os resultados indicaram uma mastofauna semelhante em riqueza, mas com discrepância na abundância e biomassa das espécies. Diferenças nas abundâncias de alguns táxons, com destaque para o queixada (Tayassu pecari), tiveram efeitos significativos sobre a diversidade, biomassa e pisoteio de plântulas. A intensidade de pisoteio apresentou relação negativa com a defaunação, enquanto que a biomassa e a diversidade de plântulas foram maiores na área com menor biomassa animal. Embora tenha sido detectada a ação do queixada em aspectos da dinâmica populacional do palmito (Euterpe edulis), dentro do espaço e tempo amostral, não foram percebidas consequências drásticas em relação à abundância desse ungulado sobre as comunidades dessa palmeira. De maneira semelhante, a dispersão de sementes de indai-açu (Attalea dubia) não parece ser diretamente afetada pela abundância de mamíferos herbívoros, visto que o seu principal agente dispersor, o serelepe (Sciurus aestuans), não demonstra sofrer com a pressão... / There is a gradient of scenarios whose animals composition, abundance and biomass can be practically intact or with their greatest commitment degree (empty forest syndrome). In several defaunation levels, ecological processes can be interrupted by lack of interaction, changing the environment dynamics. Since the Atlantic Forest still has reasonable extensions and different fauna situations, it is a scenario interesting for the study of defaunation and its implications. Thus, this study characterized the mammal community in two areas geographically close in this biome, and assessed the defaunation effects on plant communities’ parameters and processes structuring. The results indicated that mammal communities are similar at the richness, but show discrepancies in abundance and biomass of the species. Differences in abundances of some taxa, especially the withe-lipped peccaries (Tayassu pecari), had significant effects on diversity, biomass and trampling of seedlings. The intensity of trampling showed negative relationship with defaunation, whereas the seedlings biomass and diversity were greatest where animal biomass is lower. Although the action of peccaries have been detected in some aspects of population dynamics of palm (Euterpe edulis), within the evaluated space and time, were not indicated drastic consequences in relation to the abundance of this ungulate on this palm communities. Similarly, the seeds dispersal of indaiaçu (Attalea dubia) does not appear to be directly affected by the abundance of herbivores larger, since their main dispersal agent, the squirrel (Sciurus aestuans), do not demonstrates to suffer from the pressure hunting in the biome. Even in small time scale, considering the natural cycles, once again was proven that mammals maintain a close relationship with several aspects of plant community... (Complete abstract click electronic access below)
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Dispersão de sementes de Hovenia dulcis Thunb. (Rhammnaceae) - uma espécie invasora em área de floresta estacional decidual

Lima, Raquel Elise Müller de January 2013 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Florianópolis, 2013. / Made available in DSpace on 2014-08-06T17:08:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 326749.pdf: 2034172 bytes, checksum: 56f73860530906d0a66e9517be9ea091 (MD5) Previous issue date: 2013 / A dispersão de sementes é um processo mutualístico que pode auxiliar e facilitar o processo de invasão de plantas exóticas. A introdução de uma espécie com frutos carnosos em uma formação vegetal pode fornecer à fauna nativa recursos alimentares adicionais, principalmente em períodos de escassez. Mamíferos e aves são considerados os agentes dispersores mais eficientes, devido à grande quantidade de frutos e sementes consumidos pelos mamíferos e pelas grandes distâncias que as aves podem dispersar. Hovenia dulcis é uma espécie exótica invasora em área de Floresta Estacional Decidual e este trabalho teve como objetivo avaliar as interações estabelecidas no processo de dispersão de suas sementes. Para isso, pretendeu-se identificar as espécies consumidoras dos frutos e dispersoras das sementes, analisar a oferta e remoção de frutos, a distância de dispersão, a viabilidade das sementes dispersas e a relação entre a fauna e a estrutura da vegetação. O estudo foi realizado no Parque Estadual Fritz Plaumann, Concórdia, SC, em área de Floresta Estacional Decidual. Em dez parcelas de 10x10m, distantes pelo menos 100m entre si, foi feito o levantamento dos consumidores de H. dulcis por meio de observações focais da avifauna (48 horas) e do uso de dez armadilhas fotográficas (2305 armadilhas-dia), oito voltadas para a base de árvores de H. dulcis e duas posicionadas a 2m de altura. Carretéis de linha amarrados em frutos (n= 550) foram colocados em cada parcela para determinar a distância de dispersão. Foram coletadas fezes de animais encontradas em trilhas para verificar a presença de sementes de H. dulcis que foram colocadas para germinar para testar sua viabilidade. Para diferenciar a remoção de consumidores distintos foi feito um experimento de remoção de frutos com gaiolas de exclusão, tendo-se: 1) controle, onde todos os animais tinham acesso aos frutos; 2) acesso apenas aos grandes animais; 3) acesso apenas aos pequenos mamíferos; 4) acesso apenas às formigas. A dispersão por formigas também foi investigada testando a remoção de frutos depositados próximos à ninhos. A oferta de frutos de H. dulcis foi estimada pela queda de frutos em 20 coletores (0,36m²) sob a copa de indivíduos frutificando, e a dispersão por aves foi avaliada pela coleta de fezes em coletores posicionados à 10m de H. dulcis embaixo de árvores poleiros. A disponibilidade de frutos de outras espécies nas parcelas foi investigada através de levantamento das árvores presentes nas parcelas e pesquisados na literatura seus períodos de frutificação. Para relacionar a presença das espécies da fauna com a estrutura da vegetação foi feita uma análise de correspondência canônica. Os resultados obtidos mostram que a fauna nativa está auxiliando a dispersão da espécie invasora na área. Doze espécies de mamíferos e 16 de aves foram registradas por armadilhas fotográficas e mais duas de aves por observações focais. Destas, sete espécies consumiram frutos de H. dulcis (graxaim, tatu-galinha, serelepe, quati, jacuaçu, pavó e surucuá-variado), assim como formigas cortadeiras (Atta sexdens) foram observadas carregando sementes. Dos frutos presos aos carretéis, 0,9% efetivamente dispersos (deslocado e ainda preso ao barbante), 4,7% foram consumidos, mas não deslocados, 2,7% foram deslocados e consumidos. Os frutos foram dispersos em média 1,04m, variando de 8,7m a 0,35m da posição inicial. Das fezes encontradas (n= 27), dez continham sementes de H. dulcis, distando em média de 10,8m de indivíduos frutificando. Sementes provindas das fezes (n= 73) germinaram (46,6%) em taxas similares ao controle (57,5%) (?²=1,34; p>0,05; gl=1). O experimento de remoção com gaiolas de exclusão não mostrou diferença entre os tratamentos (F= 1,403; p= 0,258; gl=3), sendo similares as taxas de remoção de frutos por formigas, pequenos e grandes mamíferos. A riqueza, a densidade de árvores e a abundância de H. dulcis foram as variáveis que explicaram a frequência de registros da fauna nas parcelas. Espécies de hábito alimentar onívoro mostraram maior relação com a abundância de H. dulcis, que produz de 22,2 a 40,2 fr/ind/mês/m². Assim, a presença e abundância de H. dulcis está relacionada com a riqueza de mamíferos no parque. O manejo previsto para a retirada de plantas adultas da espécie vai gerar a perda deste recurso alimentar para a fauna. Porém, 15 espécies arbóreas nativas do parque frutificam com pelo menos dois meses de sobreposição à H. dulcis e poderão prover alimento, restituindo assim as interações com a fauna.<br> / Abstract : Seed dispersal is a mutualistic process that can assist and facilitate the process of invasion of exotic plants. The introduction of a species with fleshy fruits in a habitat may provide additional food resources to the native fauna, especially in times of scarcity. Mammals and birds are considered the most efficient dispersal agents, due to the large amount of fruits and seeds eaten by mammals and the great distances that birds can disperse. Hovenia dulcis is an exotic invasive species in the Deciduous Forest and this study aimed to evaluate the interactions established in the seed dispersal process. It was intended to identify the species consuming the fruits and the seed dispersers, analyze the supply and the removal of fruit, the dispersal distance, the feasibility of seeds dispersed and the relationship between the animals and the vegetation structure. The study was conducted at Fritz Plaumann State Park, Concordia, SC, an area in Deciduous Forest. In ten plots of 10x10m, at least 100m away from each other, we made a survey of consumers of H. dulcis through focal observations of the avifauna (48 hours) and used ten camera traps (2305 trap-day), eight focused on basis of H. dulcis trees and two positioned at 2m height. Spools of thread tied on fruit (n= 550) were placed in each plot to determine the distance of dispersion. Animal feces found on tracks were collected to verify the presence of H. dulcis seeds, that germinated to test viability. To differentiate the removal of different consumers, an experiment using exclusion cage was made to evaluate fruit removal, with this treatments: 1) control, where any animals had access to the fruits, 2) access only to large animals, 3) access only to small mammals, 4) access only to ants. The dispersal by ants was investigated by testing the removal of fruit deposited near nests. The supply of fruits of H. dulcis was estimated by fruit drop in 20 collectors (0,36 m²) under the canopy of fruiting individuals, and bird dispersal was assessed by collecting feces on the collectors positioned 10m from the H. dulcis, beneath trees perches. The availability of fruits of other species in the plots was investigated by surveying trees in plots and their fruiting periods were found in the literature. To relate the presence of the animal species with the vegetation structure, a canonical correspondence analysis was taken. The results show that the native fauna is aiding the spread of the invasive species in the area. Twelve species of mammals and 16 birds were recorded by camera traps and two more birds by focal observations. Of these, seven species consumed fruits of H. dulcis (Cerdocyon thous, Dasypus novemcinctus, Guerlinguetus ingrami, Nasua nasua, Penelope obscura, Pyroderus scutatus and Trogon surrucura), as well as cutting ants (Atta sexdens) were observed carrying seeds. The fruit attached to the spools, 0.9 % were effectively dispersed (moved and still attached to the string), 4.7% were consumed , but not displaced, 2.7 % were displaced and consumed. Of the fruits were dispersed on average 1.04 m, ranging from 8.7 m to 0.35 m from the initial position. Of the feces found (n = 27), ten contained seeds of H. dulcis, lying on average 10.8 m of fruiting individuals. Seeds from faeces (n = 73) germinated (46.6%) at similar rate to the control (57.5%) (? ²= 1.34; p> 0.05; df= 1). The removal experiment with exclusion cages showed no difference between treatments (F= 1.403; p= 0.258; df= 3), with similar rates of fruit removal by ants, small and large mammals. The richness, tree density and abundance of H. dulcis were the variables that explain the frequency of records of fauna in the plots. Omnivorous species showed greater relationship with the abundance of H. dulcis, which produces 22.2 to 40.2 fr/ind/month/m². Thus, the presence and abundance of H. dulcis appears to influence the richness of mammals in the park. The management of the invasive species will remove adult plants and will generate the loss of this food resource for the wildlife. However, 15 native tree species in the park produce fruit with at least two months of overlap with H. dulcis and may provide food resources, thus restoring interactions with wildlife.
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Efeitos da defaunação na herbivoria, pisoteio de plântulas, remoção e predação de sementes na Floresta Atlântica /

Rocha-Mendes, Fabiana. January 2010 (has links)
Orientador: Mauro Galetti Rodrigues / Banca: Alexine Keuroghlian / Banca: Alexandra Pires Fernandez / Banca: Milton Cezar Ribeiro / Banca: Silvio Frosini de Barros Ferraz / Resumo: Existe um gradiente de cenários cuja composição, abundância e biomassa de animais podem estar praticamente intactas ou encontrar-se em seu maior grau de comprometimento ("síndrome de floresta vazia"). Em diversos níveis de defaunação, processos ecológicos podem ser interrompidos pela falta de interações, modificando a dinâmica do ambiente. Visto que a Floresta Atlântica ainda possui razoáveis extensões e diferentes situações no que diz respeito à composição mastofaunística, ela é um cenário interessante para o estudo da defaunação e suas implicações. Assim, o presente estudo caracterizou a comunidade de mamíferos em duas áreas geograficamente próximas desse bioma e avaliou os efeitos da defaunação sobre parâmetros e processos de estruturação de comunidades vegetais. Os resultados indicaram uma mastofauna semelhante em riqueza, mas com discrepância na abundância e biomassa das espécies. Diferenças nas abundâncias de alguns táxons, com destaque para o queixada (Tayassu pecari), tiveram efeitos significativos sobre a diversidade, biomassa e pisoteio de plântulas. A intensidade de pisoteio apresentou relação negativa com a defaunação, enquanto que a biomassa e a diversidade de plântulas foram maiores na área com menor biomassa animal. Embora tenha sido detectada a ação do queixada em aspectos da dinâmica populacional do palmito (Euterpe edulis), dentro do espaço e tempo amostral, não foram percebidas consequências drásticas em relação à abundância desse ungulado sobre as comunidades dessa palmeira. De maneira semelhante, a dispersão de sementes de indai-açu (Attalea dubia) não parece ser diretamente afetada pela abundância de mamíferos herbívoros, visto que o seu principal agente dispersor, o serelepe (Sciurus aestuans), não demonstra sofrer com a pressão... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: There is a gradient of scenarios whose animals composition, abundance and biomass can be practically intact or with their greatest commitment degree ("empty forest syndrome"). In several defaunation levels, ecological processes can be interrupted by lack of interaction, changing the environment dynamics. Since the Atlantic Forest still has reasonable extensions and different fauna situations, it is a scenario interesting for the study of defaunation and its implications. Thus, this study characterized the mammal community in two areas geographically close in this biome, and assessed the defaunation effects on plant communities' parameters and processes structuring. The results indicated that mammal communities are similar at the richness, but show discrepancies in abundance and biomass of the species. Differences in abundances of some taxa, especially the withe-lipped peccaries (Tayassu pecari), had significant effects on diversity, biomass and trampling of seedlings. The intensity of trampling showed negative relationship with defaunation, whereas the seedlings biomass and diversity were greatest where animal biomass is lower. Although the action of peccaries have been detected in some aspects of population dynamics of palm (Euterpe edulis), within the evaluated space and time, were not indicated drastic consequences in relation to the abundance of this ungulate on this palm communities. Similarly, the seeds dispersal of indaiaçu (Attalea dubia) does not appear to be directly affected by the abundance of herbivores larger, since their main dispersal agent, the squirrel (Sciurus aestuans), do not demonstrates to suffer from the pressure hunting in the biome. Even in small time scale, considering the natural cycles, once again was proven that mammals maintain a close relationship with several aspects of plant community... (Complete abstract click electronic access below) / Doutor
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Polinização e dispersão de sementes em solanaceas neotropicais

Albuquerque, Lidiamar Barbosa de 30 March 2001 (has links)
Orientadores: João Vasconcellos-Neto, Wesley Rodrigues da Silva / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-07-27T21:15:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Albuquerque_LidiamarBarbosade_D.pdf: 13269509 bytes, checksum: 4b87fa507e53a83da75df014800441d5 (MD5) Previous issue date: 2001 / Resumo: Entender os processos ecológicos que determinam o funcionamento de um ecossistema implica em realizar múltiplos estudos sobre seus componentes e suas interações. Nesse sentido, é fundamental conhecer as relações funcionais entre espécies assim como estabelecer comparações (tanto intercomunitárias como pancomunitárias) entre grupos de espécies filogeneticamente relacionadas. Neste trabalho, estudou-se a ecologia de dispersão de sementes de Solanaceae neotropicais segundo quatro aspectos principais: a) as características dos seus frutos e os meios de dispersão; b) a fenologia de Solanum inodorum e sua interação com os visitantes florais e frugívoros; c) a ecologia de dispersão de S. thomasiifolium, destacando-se as estratégias de forrageo dos frugívoros e os locais de deposição das sementes; d) as síndromes de polinização e dispersão de sementes em florestas mesófilas neotropicais equivalentes, no México e no Brasil. As solanáceas são importantes na área médica, farmacológica e como recurso alimentar, além de serem fundamentais como colonizadoras de áreas abertas e perturbadas. Os meios de dispersão de sementes de Solanaceae (capítulo 1) são anemocoria, autocoria, barocoria, quiropterocoria, epizoocoria, hidrocoria, mamaliocoria (mamíferos não voadores), omitocoria e saurocoria. Entre as 102 espécies analisadas da flora brasileira (28% do total de espécies de Solanaceae do Brasil), predomina a quiropterocoria (38,23%) e barocoria (24,51 %). Em outros países, tais como Austrália e México, a omitocoria predominou sobre a quiropterocoria. Para entender melhor os processos envolvidos na dispersão de sementes, foram feitos dois estudos de caso, apresentados no segundo e terceiro capítulos deste trabalho. Foram observados (capítulo 2) padrões sazonais de floração e de frutificação de S. inodorum. A floração é assincrônica coincidindo com a estação seca (julho) e com a disponibilidade de frutos maduros no início do período chuvoso (novembro). Os visitantes florais constam de 10 espécies de abelhas. As potencialmente mais eficientes (que visitam um maior número de flor/visita em menor tempo) foram Xylocopa (Neoxylocopa) ordinaria, Exomalopsis (phanomalopsis) aureosericea. Os frugívoros foram Elaeniajlavogaster, Virio olivaceus, Saltador similis e Penelope superciliares (espécie que mais consome frutos). As sementes retiradas dos frutos germinaram com taxa de 26%, aquelas tratadas com NaClO-4% e as provenientes das fezes atingiram 13%. Foram estudadas (capítulo 3) as interações de S thomasiifolium com os frugívoros e capacidade de germinação de suas sementes. A sua frutificação ocorreu em julho de 1996, e seus frugívoros foram 10 espécies de aves, um mamífero (Cerdocyon thous) e um lagarto (Tropidurus torquatus). A contribuição percentual estimada para cada dispersor, no banco de sementes das moitas, foi de 77% (aves), 19% (cachorro-do-mato) e 4% (lagartos). A taxa de germinação das sementes do controle e das provenientes das fezes de aves, cachorro-do-mato e lagartos foram, respectivamente, 64%, 64%, 53% e 80%. Houve diferenças significativas entre essas taxas, exceto entre aves e controle. A partir do entendimento dos processos envolvidos na ecologia de dispersão, levantou-se a questão sobre a possibilidade de que comunidades equivalentes tivessem espaços funcionais semelhantes. Assim, no capítulo 4, são analisadas as síndromes de polinização entre florestas mesófilas equivalentes do México e do Brasil, constatando-se que a melitofilia é a principal síndrome nos dois países; entre as síndromes de dispersão de sementes verifica-se uma diferença significativa, no México prevalecendo a ornitocoria e no Brasil a quiropterocoria. Em síntese, este trabalho mostra que o estudo das interações ecológicas são fundamentais no processo reprodutivo das solanáceas, seja através dos polinizadores e/ou de seus dispersores. Assim, os dispersores desempenham um papel primordial na colonização de novas áreas e são essenciais na dinâmica populacional das solanáceas. Portanto, a conservação e o manejo das solanáceas depende de estudos holísticos que integrem os processos ecológicos envolvidos na polinização e na dispersão de suas sementes / Abstract: To understand the ecological processes that provides the functioning of an ecosystem implies in conducting multiple studies about its components and interactions. In this sense, it is very important to know the functional relationships of the species and to make comparisons (both intercommunity and pancommunity) among groups of species phylogenetically related. In this work, it was studied the ecology of Solanaceae seed dispersal under four main aspects: a) the characteristics of the fruits and their type of dispersal; b) the phenology of Solanum inodorum and its interaction with flower visitors and frugivores; c) the dispersal ecology of S. thomasiifolium, with main importance on the foraging strategy of frugivores and sites of seed deposition; d) the pollination and seed dispersal syndromes in equivalent neotropical mountain cloud forests in Mexico and in Brazil. Solanaceae are valuable in the medical and pharmacological areas and as food resource, besides being important as colonizers of open and disturbed areas. Seeds of Solanaceae are dispersed (chapter 1) by anemochory, autochory, barochory, chiropterochory, epizoochory, hydrochory, mammaliochory (non flying mammals), ornitochory and saurochory. Among the 102 species of the Brazilian flora which were analised (28% of the total number of Solanaceae species in Brazil), chiropterochory (38,23%) and barochory predominated. In other countries, like Australia and Mexico, ornitochory predominated. For a better understanding of the processes involved in seed dispersal, it was conducted two studies, presented here in the second and third chapters. It was observed seasonal patterns of flowering and fruiting of S. inodorum. Flowering is, asynchronic coinciding with the dry season (July) and with availability of mature fruits in the beginning of the rainy season (November). Flower visitors are composed by ten bee species. Those which were potentially more efficient (that visited a higher number of flowers/short visit) were Xylocopa (Neoxylocopa) ordinaria, Exomalopsis (phanomalopsis) aureosericea. The frugivores were Elaenia jlavogaster, Virio olivaceus, Saltador similis and Penelope superciliares (species that consumed more fruits). Seeds that were taken off the fruits germinated at the rate of 26%, seeds that were treated with NaCl -4% and those obtained in feces reached 13%. lnteractions of S. thomasiifolium with frugivores and its ability to germinate was studied (chapter 3). Fruiting took place in July, 1996 and frugivores were a mammal (Cerdocyon thous) and a lizard (Tropidurus torquatus). The estimated percentage contribution of each dispersor was 77%, 19% and 4% respectively. The germination rates of control seeds and those obtained in feces of bird, mammal and lizard were, 64%, 64%, 53% and 80% respectively. The differences were statistically significant, except between seeds obtained from feces of birds and control. From the understanding of the processes involved in dispersal ecology, we asked if there were similar functional spaces in equivalent communities. So in the forth chapter, pollination syndromes in equivalent mountain c1oud forests in Mexico and in Brazil were analised, and it was found that melittophily is the main syndrome in both countries; among seed dispersal syndromes it was observed a significant difference, in Mexico ornitochory was the most frequent whereas in Brazil chiropterochory was the most abundant. Finally, this work shows that the study of ecological interactions is important in the reproductive process of Solanaceae, being through pollinators and/or its dispersors. So dispersors play a fundamental role in the colonization of new areas and are important in the population dynamics of Solanaceae. Therefore, conservation and management of Solanaceae depend on holistic studies that integrate ecological processes involved in pollination and seed dispersal / Doutorado / Doutor em Ecologia
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Genes mitocondriais e hipoteses filogeneticas no genero tomoplagia (Diptera: Tephritidae) e no grupo tripunctata (Diptera: Drosophilidae)

Yotoko, Karla Suemy Clemente 03 August 2018 (has links)
Orientador: Vera Nisaka Solferini / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-03T16:12:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Yotoko_KarlaSuemyClemente_D.pdf: 2841719 bytes, checksum: 0d737c55afe08da16be5abc2a6e50ebd (MD5) Previous issue date: 2003 / Doutorado
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Interações entre formigas e Urera baccifera (Urticaceae) medidas por atrativos distintos : corpos perolados e frutos

Dutra, Humberto de Paula 29 June 2004 (has links)
Orientador: Paulo Sergio Moreira Carvalho de Oliveira / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-04T00:17:17Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dutra_HumbertodePaula_M.pdf: 2665840 bytes, checksum: 2d93294c9c91549b2aab7795287d6af1 (MD5) Previous issue date: 2004 / Resumo: 1. O presente trabalho investiga o papel protetor de formigas contra os insetos fitófagos de Urera baccifera em uma floresta semidecídua do sudeste do Brasil. V. baccifera é utilizada como planta hospedeira por 3 espécies de lepidópteros: Urbanus esmeraldus (Hesperiidae), Pleuroptya silicalis (Crambidae) e Smyma blomfildia (Nymphalidae) 2. Muitas espécies de formigas forrageiam intensivamente nos arbustos de V. baccifera, estando constantemente presentes na planta ao longo do ano, exceto durante o período de deciduidade da planta. Todas as estruturas aéreas, vegetativas e reprodutivas da planta, são visitadas por formigas, especialmente as folhas onde há uma grande produção de corpos perolados (CPs). Além de corpos perolados, formigas também utilizam os frutos de V. baccifera como fonte de alimento. 3. CPs são atrativos efetivos de formigas à planta. Arbustos de U. baccifera são proporcionalmente mais visitados por formigas do que plantas vizinhas sem CPs. A visitação de formigas a CPs reduz a sobrevivência de lagartas de S. blomfildia. Frutos também possuem uma função na atração de formigas aumentando o recrutamento de formigas à planta. 4. Os resultados do experimento mostram que plantas que tiveram suas formigas excluídas foram mais infestadas por herbívoros do que plantas visitadas por formigas no dois anos em que se realizou o experimento, 2003 e 2004. 5. Verificamos uma variação temporal nos resultados da interação formigas-V. baccifera. Em 2003 a abscisão foliar ao longo do tempo foi significativamente maior nas plantas sem formigas do que nas plantas visitadas por r formigas. No entanto, em 2004 os grupos experimentais de plantas não diferiram quanto à abscisão foliar. Os resultados mostram que os benefícios proporcionados pelas formigas aparentemente dependem dos níveis de infestação por herbívoros. Possivelmente os resultados da interação entre formigas e U. baccifera estão condicionados pela abundância de herbívoros, de modo que proteção oferecida por formigas só se manifeste quando o nível infestação por herbívoros não é muito elevado / Abstract: 1. The present study investigates the protective role of ants against phytophagous insects of Urera baccifera in a semi-deciduous forest in south-east Brazil. Three lepidopterans larvae consume the plant: Urbanus esmeraldus (Hesperiidae), Pleuroptya silicalis (Crambidae) and Smyma blomfildia (Nymphalidae). 2. Many ant species intensively visit shrubs of U. baccifera throughout the year, except during leaf fali. Ants forage on ali vegetative and reproductive plant structures, but most especially on leaves where they harvest pearl bodies (PBs). Besides PBs ants also use the fleshy fruits of U. baccifera as food resource. 3. PBs are effective ant attractants, and U. baccifera individuais were significantly more visited by ants than neighboring plants without rewards. Ant visitation to non-reproductive individuais of U. baccifera increased larval mortality of S. blomfildia, suggesting that ants attracted to PBs reduce herbivore survival. Fruits I I playa role in ant attraction increasing ant recruitment to U. baccifera. II 4. Results of an ant-exclusion experiment show that ants were effective in reducing the incidence of lepidopteran larvae. In both 2003 and 2004, herbivores presented higher infestation levels on ant-excluded shrubs than on control shrubs (ants present) of U. baccifera. 5. There is a temporal variation in the outcomes of the ant-u. baccifera interaction. In 2003 ant-excluded plants have significantly faster leaf abscission rates rcompared with ant-visited plants. However, ant exclusion had no effect on leaf abscission in 2004. Results show that the outcomes of the interaction may be conditioned by herbivore abundance. At high levels of herbivore infestation, such as in 2004, ant visitation may not be sufticient to decrease herbivore induced leaf abscission / Mestrado / Mestre em Ecologia
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Mutualismo digestivo entre aranhas, cupins e a planta protocarnívora paelalanthus bromelioides (Eriocaulaceae) /

Nishi, Aline Hiroko. January 2011 (has links)
Resumo: A espécie de planta protocarnívora Paepalanthus bromelioides (Eriocaulaceae) assemelha-se a uma bromélia por possuir arquitetura em roseta e acumular água da chuva (e.g., fitotelmata). Enquanto suas rosetas são frequentemente habitadas por predadores (e.g., aranhas), suas raízes são envoltas por cupinzeiros construídos sob a planta. Portanto, estas plantas podem derivar nutrientes tanto de processos de reciclagem de nutrientes por cupins, como de atividades de predadores nas rosetas (fezes e carcaças de presas), e até mesmo de insetos que eventualmente caem no fitotelmata. Bactérias habitantes destes fitotelmatas podem acelerar a ciclagem de nutrientes derivados dos predadores. Para testar estas predições, desenvolvemos vários experimentos em campo utilizando métodos isotópicos de 15 N. Análises de abundância natural de 15 N mostram que a assinatura isotópica da P. bromelioides é semelhante à de plantas carnívoras e superior a das demais plantas não carnívoras da área de estudo, sugerindo a utilização de presas como fonte de nutrientes. Modelos lineares de mistura mostraram que insetos que eventualmente caem na roseta, carcaças de insetos (Tenebrio) e fezes de aranhas (Latrodectus geometricus) enriquecidos isotopicamente contribuíram com 8,6 ± 1,1% (EP), 7,5 ± 0,6% e 19 ± 3,1% para a nutrição de P. bromelioides, respectivamente. Embora plantas sobre cupinzeiros tenham valores isotópicos superiores às plantas sem associação com cupins, não detectamos fluxo de nitrogênio de cupins para plantas a partir de decomposição de papelão enriquecido. Bactérias não afetaram a ciclagem de nutrientes e absorção de nitrogênio proveniente de carcaças de presas e fezes das aranhas. Estes resultados sugerem que P. bromelioides obtém nitrogênio tanto a partir de predadores associados como de cupins, porém, a velocidade da ciclagem de nitrogênio parece... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Not available / Orientador: Gustavo Qevedo Romero / Coorientador: João Vasconcellos Neto / Banca: Martin Francisco Pareja / Banca: Vinicius Fortes Farjalla / Mestre
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Gradientes ambientais e a comunidade de abelhas euglossina (Hymenoptera, Apidae) em fragmentos de mata Atlântica intercalados por uma matriz de eucaliptais, no extremo sul da Bahia

Melo, Amada Mariana Costa de 19 July 2013 (has links)
Submitted by Mendes Eduardo (dasilva@ufba.br) on 2013-07-12T13:34:05Z No. of bitstreams: 1 Amada dissertação.pdf: 981254 bytes, checksum: cb317b35602888a7a418803829a44e1b (MD5) / Approved for entry into archive by Vilma Conceição(vilmagc@ufba.br) on 2013-07-19T19:03:33Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Amada dissertação.pdf: 981254 bytes, checksum: cb317b35602888a7a418803829a44e1b (MD5) / Made available in DSpace on 2013-07-19T19:03:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Amada dissertação.pdf: 981254 bytes, checksum: cb317b35602888a7a418803829a44e1b (MD5) / Fapesb, Veracel Celulose S/A / Embora abriguem mais da metade do número total de espécies do planeta (Wilson, 1988; Whitmore, 1997), as florestas tropicais constituem os ambientes mais ameaçados. Hoje, com sua área original reduzida a menos de 7% (INPE, 2002), a Mata Atlântica representa o bioma brasileiro mais devastado, principalmente em decorrência da ocupação humana nessas áreas, vinculada à agricultura, à pecuária e à exploração de madeira. Os efeitos dessa perda de hábitat e conseqüente fragmentação são extremamente complexos e variáveis, indo desde modificações físicas locais (p. ex. isolamento, mudanças microclimáticas, efeito de borda) (Lovejoy et al. 1986; Saunders et al., 1991) a efeitos biológicos (como extinções, probabilidade de dispersão), incluindo também implicações indiretas (conhecidos como efeito cascata, onde um grupo biológico afeta o outro) e a interação de vários efeitos (efeito sinergético) (Wilson, 1988; Laurance & Bierregaard, 1997; Bierregaard, et al. 2001). A perda de processos ecológicos, como a polinização, é igualmente, se não mais destrutiva que as modificações físicas, para um ecossistema natural (Liow, 2001). Diversos grupos de insetos são conhecidos por realizar a polinização das plantas, mas as abelhas são os polinizadores mais importantes em número e diversidade de plantas polinizadas (Bawa et al., 1985), sendo considerados os vetores de pólen dominantes nas florestas tropicais (Bawa, 1990; Roubik, 1993). 11 Por remover as fontes tróficas e os locais para nidificação, a degradação dos hábitats pode reduzir a riqueza de espécies e a abundância das guildas de polinizadores, afetando o seu comportamento de forrageio e rompendo interações planta-polinizador, podendo causar danos ao fitness da flora local (Aizen & Feinsinger, 1994; Didham et al., 1996; Kwak, et al., 1998), e alterar a estabilidade dos ecossistemas (Rathcke & Jules, 1993; Matthies et al., 1995; Kearns et al., 1998). A modificação da ecologia regional dos ecossistemas, provocada, principalmente, pela atividade antrópica, tem influenciado diretamente os padrões de distribuição da fauna local de polinizadores e exercido uma forte pressão seletiva sobre estas comunidades, e o isolamento e a perda da complexidade dos hábitats podem estar provocando o declínio dessas populações (Stefan-Dewenter & Tscharnke, 1999). Devido à grande riqueza de espécies de Euglossina nas florestas tropicais (Roubik & Ackerman, 1987; Oliveira & Campos, 1995; Rebêlo & Silva, 1999), onde atuam como polinizadores, essas abelhas têm sido utilizadas por diversos autores (p. ex. Powel & Powel, 1987; Morato, 1994; Becker et al., 1991; Peruquetti et al., 1999; Bezerra & Martins, 2001) como modelos biológicos para avaliar os efeitos da fragmentação florestal e das modificações da estrutura local do hábitat. Mais recentemente, os estudos sobre fragmentação começaram a mostrar que a análise da paisagem como um todo - incluindo suas características gerais como quantidade de hábitat florestado, distribuição, forma e conectividade entre as porções fragmentadas, áreas perturbadas e seminaturais - aliada a pesquisas sobre distribuição e uso de hábitat pela 12 biota deveriam servir de unidade de manejo para permitir a conservação de algumas espécies (Harrison, 1992; Gascon et al. 1999; Steffan-Dewenter & Tscharntke, 2002), evidenciando a importância de estudos dessa natureza. Assim, com o objetivo de identificar o padrão da diversidade das abelhas da subtribo Euglossina no bioma Mata Atlântica e avaliar os efeitos provocados pela destruição dos hábitats sobre a organização das comunidades dessas abelhas e a qualidade da monocultura de eucalipto para essa fauna, esta dissertação apresenta-se em dois capítulos: no primeiro, analisou-se, comparativamente, os estudos já realizados no Brasil em áreas não-amazônicas, buscando identificar tendências e propor hipóteses para explicá-las; no segundo capítulo, investigou-se a composição da comunidade de abelhas Euglossina nos três principais componentes florestados da paisagem do extremo Sul da Bahia: remanescentes de grande porte de mata em estágio avançado de regeneração (considerados sistemas de referência); remanescentes de pequeno porte em estágio intermediário de regeneração (os mais comuns na paisagem) e eucaliptais em estágio final de crescimento (6 a 7 anos de idade); avaliou-se a existência de associação entre a composição da fauna dessas abelhas e as variáveis ambientais, relacionadas a esta fauna, que expressam características de micro-hábitat, micro-clima e ecologia da paisagem e investigou-se a qualidade dos eucaliptais como matriz conectora, do ponto de vista da fauna de Euglossina. O presente trabalho integra o projeto intitulado “Ecologia da Paisagem no Extremo Sul da Bahia”, coordenado pelo prof. Pedro Rocha, 13 cujos objetivos principais foram investigar, comparativamente, diferentes grupos biológicos em relação à fragmentação e à possível viabilização dos eucaliptais como matriz permeável aos grupos faunísticos investigados, e a partir de dados empíricos, fornecer subsídios para o estabelecimento de diretrizes de conservação para a região. / Salvador, Bahia
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Influência da complexidade estrutural de bromélias-tanque sobre a composição de aranhas e formigas

Stabile, Leonardo 23 August 2013 (has links)
Submitted by Mendes Eduardo (dasilva@ufba.br) on 2013-08-16T21:17:13Z No. of bitstreams: 1 Dissertação Leonardo Stabile Freire.pdf: 1603022 bytes, checksum: 9a9ffb9dd33f3b360349ea3c2316a42b (MD5) / Approved for entry into archive by Alda Lima da Silva(sivalda@ufba.br) on 2013-08-23T21:56:29Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação Leonardo Stabile Freire.pdf: 1603022 bytes, checksum: 9a9ffb9dd33f3b360349ea3c2316a42b (MD5) / Made available in DSpace on 2013-08-23T21:56:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação Leonardo Stabile Freire.pdf: 1603022 bytes, checksum: 9a9ffb9dd33f3b360349ea3c2316a42b (MD5) / Fapesb / A hipótese da heterogeneidade do habitat assume que habitats estruturalmente complexos podem promover uma maior diversidade de nichos permitindo que os organismos explorem os recursos do ambiente de maneira diversificada, resultando no aumento da diversidade em espécies (Bazzaz 1975, Tews et al. 2004). Esse representa um conceito chave para ecologia, manejo e conservação de organismos (Morris 2000). Em muitos ambientes, as comunidades de plantas determinam a estrutura física desses e, portanto, promovem efeitos sobre a diversidade, distribuição e interações de espécies animais (Lawton 1983). O reflexo disso transparece em 85% dos estudos sobre esse tema, os quais mostram haver correlação positiva entre diversidade de espécies e variáveis estruturais da vegetação (Tews et al. 2004). Essas podem variar de acordo com os parâmetros analisados, o tipo de organismo avaliado, bem como em relação à escala espacial, que pode levar a utilização de parâmetros inconsistentes, dificultando as comparações entre os estudos (Tews et al. 2004, Riihimäki et al. 2006). Devido às dificuldades práticas de se trabalhar em ambiente natural, muitos estudos tendem a subestimar a complexidade da arquitetura da planta usando parâmetros secundários (Woodcock et al. 2007). Para avaliar os efeitos da estrutura do habitat sobre as comunidades biológicas é, então, fundamental a escolha de bons modelos (Tews et al. 2004). Assim estudos sobre microcosmos naturais são bons modelos de sistemas para experimentos em ecologia, uma vez que seus atributos são complexos e realísticos como os sistemas naturais e, ao mesmo tempo, tão versáteis quanto microcosmos artificiais (Srivastava et al. 2004). Outra característica desses microambientes naturais é que eles apresentam habitats naturalmente replicados, sendo possível medir de forma mais precisa tanto as características estruturais quanto todos os indivíduos que ocorrem nelas. Consequentemente acessar toda uma comunidade natural taxonomicamente diversa e bem definida, bem como seus fatores determinantes (Armbruster et al. 2002). Portanto, estudos sobre o microcosmo de bromélias podem ser utilizados a fim de responder questões ecológicas fundamentais, as quais seriam mais difíceis de responder em ecossistemas mais complexos como florestas tropicais (Richardson 1999). Bromélias epífitas são consideradas plantas chaves em ecossistemas tropicais (Nadkarni 1994). Essas são essenciais para a sobrevivência de muitas espécies de animais, bem como de outros organismos como plantas em ambientes xéricos. Nesses ambientes as bromélias são pioneiras e têm grande importância na sucessão ecológica devido aos processos de facilitação, promovendo a colonização de outras espécies de plantas formando moitas (Zaluar e Scarano 2000). Além disso, têm um importante papel na ciclagem de nutrientes em ambientes tropicais como a Floresta Atlântica brasileira (Oliveira 2004), Floresta Montana costa-riquenha (Nadkarni e Matelson 1991, 1992) e em ambientes oligotróficos como as restingas (Hay e Lacerda 1984). A importância ecológica das bromélias é resultado das interações que essas plantas apresentam com diferentes tipos de organismos. Essas interações podem ocorrer em diferentes níveis tróficos (Richardson 1999, Armbruster et al. 2002), no nível populacional ou de comunidades (hierarquia ecológica), de forma direta ou indireta (Srivastava 2006), obrigatórias ou facultativas (Romero e Vasconcellos-Neto 2006, Romero et al. 2006, 2007, 2008b), positivas ou negativas (Armbruster et al. 2002, Romero e Vasconcellos-Neto 2005b). Muitos estudos indicam que a arquitetura em roseta das bromélias fornece micro habitats para diversos tipos de organismos, desde protozoários (Foissner 2003, Foissner et al. 2003) até animais, que as utilizam como abrigo contra predação e dessecação, para reprodução e forrageamento (Cotgreave et al. 1993, Oliveira et al. 1994, Peixoto 1995, Richardson 1999, Mestre et al. 2001, Juncá et al. 2002, Stuntz et al. 2002, Armbruster et al. 2002, Romero e Vasconcellos-Neto 2004a, 2005 a, b). Variáveis estruturais tais como número de folhas, água e detritos acumulados, são os que mais explicam a variação da fauna associada (Richardson 1999, Armbruster et al. 2002), com efeitos tanto diretos quanto indiretos (Srivastava 2006). Esses efeitos podem ocorrer devido a forte influência que a complexidade estrutural da arquitetura de bromélias exerce nas comunidades faunísticas associadas (Richardson 1999, Armbruster et al. 2002, Romero e Vasconcellos-Neto 2005b, Srivastava 2006), onde a capacidade-suporte desses microcosmos pode estar relacionada à estrutura das plantas (Zotz e Thomas 1999, Romero e Vasconcellos-Neto 2004a). A família Bromeliaceae divide-se em três subfamílias, Bromelioideae, Pitcairnioideae e Tillandsioideae (Benzing 2000), e agrupa algumas espécies que têm grande capacidade de acúmulo de água, e que são denominadas bromélias tanque (Smith e Downs 1974, Hay e Lacerda 1982, Oliveira et al. 1994). Essa capacidade decorre da disposição das folhas em roseta, permitindo o acúmulo de água em suas bainhas (axilas das folhas) e na porção central (Zotz e Thomas 1999, Medina 1990). Essa água acumulada possibilita a manutenção e colonização por animais aquáticos ou que desenvolvem parte do seu ciclo de vida na água dessas plantas. Além do mais, essa característica exerce grande influência sobre essas espécies animais (Armbruster et al. 2002). As bromélias-tanque podem conter uma quantidade variável de nutrientes em suspensão ou dissolução na água acumulada, oriundos da decomposição de materiais orgânicos (folhas caídas, frutos, restos de animais mortos, excretas, etc.) depositados em suas rosetas. Esse material é utilizado pela planta como recurso nutricional através de absorção pelos tricomas especializados localizados na base das folhas (Nadkarni e Primack 1989, Medina 1990, Martin 1994, Oliveira et al. 1994). Isso permite a essas plantas a conquista de certa independência em relação aos recursos de água e nutrientes do solo (Zotz e Thomas 1999). Os detritos acumulados nas rosetas exercem uma forte influência sobre a riqueza de espécies associadas às bromélias-tanque (Richardson 1999, Armbruster et al. 2002), devido a sua posição basal na cadeia alimentar e da sua participação no processo de ciclagem. Esses recursos podem gerar efeitos tanto diretos quanto indiretos na fauna associada e dependente da complexidade estrutural dessas plantas (Srivastava 2006). Uma vez que, devido ao aporte maior de detritos, conseguem suportar uma maior quantidade de predadores de topo (Armbruster et al. 2002, Srivastava 2006). Dentre os animais encontrados em bromélias em florestas neotropicais, aproximadamente 25% são predadores (Armbruster et al. 2002). As aranhas (Arachnida: Araneae) formam o grupo de predadores terrestres com maior riqueza de espécies nessas plantas (Cotgreave et al. 1993, Richardson 1999, Mestre et al. 2001, Armbruster et al. 2002, Stuntz et al. 2002). Estes animais são distribuídos por todo o mundo, exceto nas regiões polares, sendo mais abundantes em áreas tropicais (Foelix 1996). Até o momento foram descritas 40.998 espécies, agrupadas em 3.747 gêneros e 109 famílias (Platnick 2009). As aranhas são habitantes típicos de bromeliáceas (Frank et al. 2004) e objeto de numerosos estudos envolvendo as interações com essas plantas devido a sua freqüente associação (Barth et al. 1988, Dias et al. 2000, Rossa-Feres et al. 2000, Santos et al. 2002, Dias e Brescovit 2003, 2004, Romero e Vasconcellos-Neto 2004a, 2005a, b, Romero et al. 2006, 2007, 2008b, Omena e Romero 2008). São predadores frequentes em ecossistemas terrestres, de hábito alimentar quase que estritamente carnívoro generalista. Primariamente se alimentam de insetos, mas também podem capturar outros invertebrados, incluindo outras aranhas e até mesmo vertebrados (Wise 1993, Foelix 1996). Em razão da sua capacidade predatória, as aranhas podem afetar profundamente a dinâmica das populações, como também a estrutura de comunidades de suas presas, além de servir de recurso para demais animais, inclusive outras aranhas (Wise 1993). A heterogeneidade do habitat é bastante importante para a diversidade e distribuição de aranhas (Colebourn 1974, Uetz 1975, Herberstein 1997) e está fortemente relacionada à estrutura vegetal (Gunnarsson 1990, Gunnarsson et al. 2004, Halaj et al. 2008). Adicionalmente outros fatores podem definir as comunidades de aranhas, tais como fatores abióticos: temperatura, umidade, vento, luminosidade, e fatores bióticos: disponibilidade de presas e interações, como competição e predação (Wise 1993, Foelix 1996, Halaj et al 1998). As interações entre as aranhas e plantas são, na sua maioria, positivas, pois as aranhas, além de não se alimentarem de plantas, podem diminuir as taxas de herbivoria nessas através da predação de insetos herbívoros (Carter e Rypstra 1995, Snyder e Wise 2001, Denno et al. 2002, Moran e Scheidler 2002, Romero e Vasconcellos-Neto 2004b, Sanders e Platner 2007, Sanders et al 2008, Romero et al. 2008a). Essas também podem exercer efeitos negativos devido a seu comportamento de forrageio em flores, predando visitantes florais, emboscando-os ou mesmo interferindo na funcionalidade dos polinizadores através da diminuição da frequência e duração das visitas, que pode levar à diminuição do sucesso reprodutivo de plantas (Morse 1981, 1983, 1987, Dukas 2001, Dukas e Morse 2003, 2005, Suttle 2003, Heiling e Herberstein 2004a, b, Gonçalves-Souza et al. 2008). Algumas espécies de aranhas possuem relações estritas e até mesmo mutualísticas (Romero et al. 2006, 2008b) com bromélias, sendo afetadas pelo tamanho e pela densidade dessas plantas (Romero e Vasconcellos-Neto 2004a). Essas aranhas são capazes de avaliar o micro habitat em fina escala e selecionar o ambiente através das características da arquitetura da planta (Romero e Vasconcellos-Neto 2005b, Omena e Romero 2008). Os principais fatores que influenciam a colonização e densidade de algumas aranhas nas bromélias são a presença de folhas secas na roseta, inflorescência ou infrutescência e o tamanho das bromélias. Logo, mudanças na arquitetura da planta tais como tamanho e morfologia, podem gerar instabilidade em associações de algumas aranhas com bromeliáceas (Romero e Vasconcellos-Neto 2005b). Há estudos com diversas espécies de aranhas indicando que, apesar de existir uma forte associação entre esses animais e bromeliáceas, elas não demonstram uma preferência por determinada espécie de planta hospedeira. As diferenças entre arquitetura, número de folhas e superfície foliar não afetam nem a abundância de aranhas nem a seleção do micro habitat por essas (Dias e Brescovit 2004). Além disso, é possível que outros fatores, tais como disponibilidade de presas, exerçam efeitos simultâneos concomitantemente à complexidade do habitat (Romero e Vasconcellos-Neto 2005b). Além das aranhas, as bromélias-tanque são frequentemente habitadas por colônias de formigas (Hymenoptera: Formicidae) (Blüthgen et al. 2000, Cogni e Oliveira 2004). Esse é o grupo animal encontrado em maior abundância nessas plantas, com aproximadamente 11% de toda a fauna associada em floresta neotropical (Armbruster et al. 2002), e até centenas de indivíduos em uma única bromélia. Isso se dá em razão da sua organização social, além das formigas serem também altamente diversificadas (Oliveira et al. 1994, Richardson 1999, Mestre et al. 2001, Armbruster et al. 2002, Stuntz et al. 2002). Existem atualmente 12.473 espécies de formigas descritas (Agosti e Johnson 2009), reunidas em uma única família (Formicidae) de insetos da ordem Hymenoptera, sendo todas eusociais ou secundariamente parasitas sociais. Mantêm relações simbióticas com bactérias, fungos, plantas superiores e diversos animais (Brandão 2003), participando de processos ecológicos fundamentais como ciclagem de energia e nutrientes em nível ecossistêmico, além de ser o grupo animal dominante na maioria dos ecossistemas terrestres (Fowler et al. 1991). As formigas podem apresentar associações positivas com plantas mirmecófitas oferecendo proteção contra herbívoros em associações mutualísticas obrigatórias ou facultativas (Freitas e Oliveira, 1996, Heil e McKey 2003, Quek et al. 2004, Frederickson 2005, Moreira e Del-Klaro 2005). Afetam ainda positivamente as plantas através da dispersão de suas sementes (Passos e Oliveira 2002), porém podem afetar negativamente através da herbivoria como ocorre com formigas cortadeiras (Fowler et al. 1991). As formigas possuem hábitos alimentares bastante variados. E existem certos grupos que possuem esses hábitos bem definidos, sendo predadoras, granívoras, cortadeiras, etc. Outras são amplamente generalistas classificadas como onívoras, possuindo uma alta plasticidade na exploração dos recursos, desde herbivoria a predação e até mesmo a necrofagia, buscando o recurso alimentar como proteína e carboidratos independentemente da fonte para satisfazer as necessidades da colônia, desde que os atributos digestivos permitam (Fowler et al. 1991). Variações abióticas como temperatura e umidade ou bióticas como competição e predação, bem como a complexidade do habitat, podem determinar os padrões de forrageamento das formigas (Cogni e Oliveira 2004). Estudos indicam que esses organismos, apesar de serem abundantes, não são considerados exclusivos de bromeliáceas apesar de poderem ser afetados por parâmetros estruturais dessas plantas (Blüthgen et al. 2000, Mestre et al. 2001, Cogni e Oliveira 2004). A elevada frequência desses insetos nas bromélias pode ser produto de seu comportamento de forrageio em que operárias visitam as plantas vizinhas de onde está instalada a colônia (Oliveira et al. 1994). Porém a ocorrência de formigueiros nas bromélias e o comportamento dessas indicam que as formigas não utilizam as bromélias de maneira fortuita (Mestre et al. 2001, Cogni e Oliveira 2004), porém isso deve ser analisado (Blüthgen et al. 2000). Entender os fatores que influenciam a diversidade e estrutura de comunidades narurais é fundamental em estudos ecológicos (Armbruster et al. 2002). Os efeitos da complexidade estrutural do habitat sobre predadores terrestres, tais como aranhas e formigas, foram amplamente discutidos na literatura com diversos tipos de abordagens e em diferentes tipos de ecossistemas, sendo esses fatores cruciais tanto para herbívoros quanto para seus predadores (Colerbourn 1974, Uetz 1975, Uetz et al. 1978, Bultman & Uetz 1982, Greenstone 1984, Gunnarsson 1990, 1996, Gunnarsson et al. 2004, Halaj et.al. 1998, 2008, Langellotto & Deno 2006, Riihimäki et al. 2006, Sanders et al. 2008). No entanto, os estudos sobre a influência da estrutura do habitat em comunidades bióticas ainda apresentam muitas lacunas a serem preenchidas (Tews et al. 2004), sobretudo em estudos sobre microcosmos naturais, como as bromeliáceas (Richardson 1999, Armbruster et al. 2002, Srivastava et al. 2004). O presente estudo tem por objetivo entender a influência da complexidade estrutural de bromélias-tanque terrestres sobre predadores generalistas como as aranhas e animais sociais como as formigas. / Salvador, Bahia
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Interações planta-membracídeo-formiga em remanescentes de Mata Atlântica em Santa Catarina, Brasil

Gadelha, Yve Eligiêr Alves January 2016 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Florianópolis, 2016. / Made available in DSpace on 2017-04-04T04:13:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1 344609.pdf: 3461412 bytes, checksum: 466d9a30371e0e63f00905af78edca9b (MD5) Previous issue date: 2016 / Nas comunidades naturais, interações antagonísticas (e.g. herbivoria e parasitismo) e mutualísticas (e.g. dispersão de sementes e polinização) são comuns e podem servir de base para que se entendam as relações entre as espécies no ecossistema. Organismos altamente numerosos como os insetos, que vivem em diferentes tipos de habitats, podem ocupar vários nichos na comunidade e consequentemente, estabelecer uma grande quantidade de interações com outras espécies. A estrutura dessas interações pode ser representada por redes ecológicas complexas entre as espécies. Devido à elevada biodiversidade existente na Mata Atlântica brasileira, o sistema planta-membracídeo-formiga representa um bom modelo para se estudar interações. Nesse sistema, os insetos fitófagos (membracídeos) se alimentam de seiva elaborada de plantas (antagonismo) e exsudam uma secreção adocicada (honeydew), estabelecendo associações com formigas, que podem protegê-los de inimigos naturais e parasitas (mutualismo). Assim, esta tese teve como objetivo principal conhecer a topologia das interações tritróficas entre plantas, membracídeos e formigas em Mata Atlântica no Sul do Brasil. Portanto, buscou-se investigar como os seguintes fatores: (1) poder de recrutamento das formigas, (2) comportamento social dos membracídeos, (3) fenologia das plantas e (4) grau de antropização existente nas áreas de estudo, podem alterar a arquitetura das interações planta-membracídeo-formiga nesse bioma. Três unidades de conservação de Mata Atlântica, com diferentes graus de perturbação antrópica, foram selecionadas para o estudo no Estado de Santa Catarina. As observações de campo e coleta de exemplares ocorreram durante o período quente dos anos de 2013 e 2014. Para descrever a topologia das interações estudadas, foram utilizadas as métricas estruturais de redes ecológicas de conectância, aninhamento, modularidade, especialização da comunidade e de espécies. Os resultados apontaram que os mutualismos entre formigas e membracídeos são interações assimétricas, nas quais as espécies de formigas que tem maior poder de recrutamento monopolizam o honeydew produzido pelos membracídeos. As formigas dos gêneros Brachymyrmex, Camponotus, Crematogaster e Wasmannia estabeleceram interações com o maior número de espécies de membracídeos. O comportamento social de formar agregados favoreceu que as espécies mais abundantes, como os membracídeos do gênero Bolbonota, interagissem com o maior número de espécies de formigas. Em todas as áreas de estudo, as redes formiga-membracídeo foram modulares, não aninhadas e apresentaram baixos valores de conectância (Capítulo 1: Structure of mutualistic ant-treehopper interactions in the Brazilian Atlantic Forest). A topologia das interações planta-membracídeo foi alterada pela fenologia, com maiores valores de especialização a nível de comunidade e espécies de membracídeos durante a fenofase reprodutiva. Durante a fenofase vegetativa, registrou-se uma maior riqueza de espécies de plantas e de membracídeos em comparação à fenofase reprodutiva. Em ambas as fenofases, as redes planta-membracídeo foram modulares e especializadas, com baixos valores de conectância e não aninhadas em todas as áreas estudadas. Os membracídeos utilizaram principalmente meristemas apicais e inflorescências como recurso, e Asteraceae foi a principal família botânica utilizada por esses insetos (Capítulo 2: Phenological phases of the host plant shape plant-treehopper interaction networks). Os resultados apontaram ainda que a perturbação antrópica presente nas áreas de estudo pode afetar a estrutura das redes de interações de maneiras distintas. Os antagonismos são mais susceptíveis à perda de habitat, porque são interações altamente especializadas e modulares, em comparação aos mutualismos facultativos, que podem ser considerados mais robustos devido à topologia das redes de interação ser menos especializada (Capítulo 3: Structural response of plant-treehopper-ant interactions to anthropogenic changes in protected areas in the Brazilian Atlantic Forest).<br> / Abstract : In natural communities, antagonistic (e.g. herbivory and parasitism) and mutualistic interactions (e.g. seed dispersal and pollination) are common and may serve as a basis to understand the relationships among species in the ecosystem. Highly numerous organisms such as insects, living in different types of habitat, can occupy several niches in the community and thus establish many interactions with other species. The structure of these interactions can be represented by complex ecological networks between species. Due to the high biodiversity in the Brazilian Atlantic Forest, the plant-treehopper-ant system is a good model to study interactions. In this system, the phytophagous insects (treehoppers) feed on plant sap (antagonism) and exude a sweet secretion (honeydew), establishing associations with ants, which can protect them from natural enemies and parasites (mutualism). Thus, this thesis aimed to know the topology of tritrophic interactions between plants, treehoppers and ants in the Atlantic Forest in southern Brazil. Therefore, we investigated how the following factors: (1) the recruitment power of ants, (2) the social behavior of treehoppers, (3) the phenology of plants and (4) the degree of human disturbance in the study areas, can change the architecture of plant-treehopper-ant interactions in this biome. Three Atlantic Forest protected areas, with different degrees of anthropogenic disturbance, were selected for the study in the state of Santa Catarina. Field observations and collecting specimens occurred during the warm period of the years 2013 and 2014. To describe the topology of the interactions studied, the structural metrics of ecological networks of connectance, nestedness, modularity, specialization of community and species were used. The results showed that the mutualism between ants and treehoppers are asymmetric interactions in which ant species that has greater recruitment power monopolize the honeydew produced by treehoppers. Ants of Brachymyrmex, Camponotus, Crematogaster and Wasmannia genera established interactions with the largest number of treehopper species. Social behavior of aggregation promoted that abundant species such as Bolbonota treehopper genus, interact with the largest number of species of ants. In all study areas, the ant-treehopper networks were modular, non-nested and had low connectance values (Chapter 1: Structure of mutualistic ant-treehopper interactions in the Brazilian Atlantic Forest). The phenology affects the topology of plant-treehopper interactions, contributing to the specialization of treehoppers during the reproductive phenophase. During vegetative phenophase, a higher species richness of plants and treehoppers were found compared to reproductive phenophase. In both phenophases, the plant-treehopper networks were modular and specialized, with low connectance values and not nested in all studied areas. Treehoppers used mainly apical meristems and inflorescences as a resource, and Asteraceae was the main botanical family used by these specialized insects (Chapter 2: Phenological phases of the host plant shape plant-treehopper interaction networks). The results also showed that the human disturbance present in the study areas may affect differently the structure of interaction networks. The antagonisms are more susceptible to habitat loss because they are highly specialized and modular interactions compared to facultative mutualism, which can be considered more robust due to the topology of interaction networks be less specialized (Chapter 3: Structural response of plant-treehopper-ant interactions to anthropogenic changes in protected areas in the Brazilian Atlantic Forest).

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