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O supereu como estrutural do sujeito e o consumo como o ideal do outro na contemporaneidade / The superego as structural in the subject and the consumption as the other ideal in the contemporary society

Baima, Ana Paula da Silva 07 June 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-29T13:30:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Ana Paula da Silva Baima.pdf: 572187 bytes, checksum: 1bfd6dff8a7d3d9ec06eef34d14eca72 (MD5) Previous issue date: 2011-06-07 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / The general purpose of this research is to contribute to the comprehension of how the subject is involved in the contemporary society. In order to achieve this objective, we limit ourselves to discussing how the operation of the superego can be of great help in understanding the capitalism characterized by the incessant consumption of merchandise. First, we adopt the ideas that superego is structural in the subject and that, no matter what social configurations, it points out the lack and orders the seek for total jouissance. In order to show these both notions are accurate and understand the theories related to the concept in details, we conduct a careful study based on the main formulations of Freud and Lacan. Despite the fact that this study doesn t take into account what Lacan says after 1964, it s possible to prove that superego is related to the entrance into the culture and that it maintains its structure of jouissance imperative in every society. From this point on, we discuss the superego course of action in contemporary society articulating it with the Other ideal. While superego presents an injunction without a specific content and related to the Real, the Other, although invariable in its symbolic structure, is influenced by historical aspects. The Other ideal, influenced by capitalism that promotes consumption, offers the subject of the desire, characterized by the lack, the fantasy that the total jouissance is possible through buying what is sold by the market. From our point of view, present capitalism takes advantage of the structure of the superego, which always points out the lack of the subject and orders the search for jouissance. Superego is important to the adherence to consumption because without its injunctions the Other ideal wouldn t have any imperative strength. The presence of the superego, as a look that observes and a voice that criticizes, is essential to the consumption as the Other ideal. Without it, it would not act as an imperative. This research shows that the theory of superego has to be considered when we intend to understand how the subject is implicated in contemporary capitalism / O intuito do presente trabalho é contribuir para a compreensão de como o sujeito está implicado na sociedade contemporânea. Para tal feito, buscamos pensar como a instância psíquica supereu pode auxiliar no entendimento do capitalismo caracterizado pelo consumo incessante de mercadorias. Partimos do posicionamento de que o supereu é estrutural do sujeito e que, independentemente das configurações sociais, denuncia a falta e ordena a busca pelo gozo pleno. Para defender nossa posição teórica e melhor entender as teorizações existentes sobre o conceito, realizamos um levantamento das principais formulações freudianas e lacanianas sobre o assunto. Apesar de nossa retomada da teoria psicanalítica não ultrapassar o ano de 1964, foi possível considerar que o supereu está relacionado com a entrada na cultura e mantém sua estrutura de imperativo de gozo em qualquer configuração social. Refletimos sobre a atuação do supereu na sociedade contemporânea articulando a instância psíquica em questão e o ideal do Outro. Enquanto o supereu traz uma injunção sem atributo específico e relacionada ao registro real, o Outro, apesar de invariável em sua estrutura simbólica, é influenciado pelas características do contingente histórico. O ideal do Outro, influenciado pelo capitalismo que incentiva o consumo, oferece ao sujeito do desejo, caracterizado pela falta, a fantasia de que o gozo pleno é possível pelo consumo. A nosso ver, o capitalismo atual parece tirar proveito da estrutura do supereu, que sempre denuncia a falta do sujeito e opera mandatos de gozo pleno. O supereu é importante para a aderência ao consumo, visto que, sem a sua injunção de busca pelo gozo, ideal do Outro não teria sua força imperativa. Faz-se necessária a presença do supereu, como olhar que vigia e voz que critica, para que o consumo como ideal do Outro atue como um imperativo. A presente pesquisa demarca que a teoria sobre o supereu deve ser considerada quando se pretende entender como o sujeito está implicado no capitalismo contemporâneo
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O que é uma criança para a psicanálise? considerações sobre a estrutura e o infantil

Formigoni, Maria Claudia 20 May 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-29T13:31:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Maria Claudia Formigoni.pdf: 892761 bytes, checksum: e91f8b1488712c1f352bdca7ba4442e1 (MD5) Previous issue date: 2013-05-20 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / The present work aims to research what a child for psychoanalysis is. So forth it is installed a differentiation between childhood, subject and childish. From a historic perspective, it is shown that the childhood, as it is conceived today, is a Modernity institution that gave a particular place to children and made feasible the uprising of so many speeches about child and childhood. It is outstand in the present work that Freud broke with the candor s ideal imputed to the children at that time, once he has revealed the infantile sexuality. Freud s works related to this matter, as the present essay shows, allow establishing an important distinction between childhood, as a life stage, and childish, conceived as an intrinsic sign in human psychism. In this way, it is concluded that child is not a psychoanalyst concept neither a notion with which psychoanalysis operates. Being said that, the present work sets forth the subject s concept approach as postulated by Lacan until 1958, which allows affirming that, for psychoanalysis, it is not about a child or an adult, but about unconscious subject. Starting from that, it is retaken the lacanian Oedipus Complex, from which becomes evident that, from the psychoanalysis perspective, there is in the structure a place that the child, as it is denominated by culture, occupies (the phallus) and, in fantasy, the mark of what is left from this place (the childish). What matter to psychoanalysis, therefore, and it is presented in a psychoanalysis process, is specific the childish postulated by Freud, i.e., what remains form the phallus place that every subject has once occupied / Neste trabalho objetiva-se pesquisar o que é uma criança para a psicanálise. Para tanto, estabelece-se uma diferenciação entre infância, sujeito e infantil. A partir de uma perspectiva histórica, mostra-se que a infância, como concebida hoje, é um advento da Modernidade que deu às crianças um lugar particular e viabilizou o surgimento de diversos discursos sobre a criança e a infância. Destaca-se nesta pesquisa que Freud rompeu com o ideal de candura atribuído às crianças à época, pois revelou a sexualidade infantil. As elaborações freudianas a esse respeito, como o presente trabalho mostra, permitem estabelecer importante distinção entre infância, enquanto etapa da vida, e infantil, concebido como marca intrínseca ao psiquismo humano. Dessa forma, conclui-se que criança não é um conceito psicanalítico ou uma noção com a qual opera a psicanálise. Posto isso, parte-se para abordagem da concepção de sujeito conforme postulada por Lacan até o ano de 1958, a qual permite afirmar que para a psicanálise não se trata de uma criança ou de um adulto, trata-se, sim, do sujeito do inconsciente. Com base nisso, faz-se uma retomada do complexo de Édipo lacaniano, a partir da qual evidencia-se que, do ponto de vista psicanalítico, há, na estrutura, um lugar que a criança, ser assim denominado pela cultura, tem que ocupar, o lugar de falo, e, na fantasia, a marca do que resta desse lugar, o infantil. O que importa à psicanálise, portanto, e se apresenta em uma análise, é justamente o infantil postulado por Freud, isto é, o que resta do lugar de falo que todo sujeito ocupou um dia

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