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Tensão e redução na várzea: as relações de contato entre os Cocama e Jesuítas na Amazônia do século XVII 1644-1680Rodrigueiro, Jane 25 May 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007-05-25 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The aim of this dissertation is to propose an analysis of the relationship
between the cocamas, settled in the Peruvian Amazon, and Jesuits
missionaries in the XVII century, unfolding a universe marked by continuous
transformations and by flexibility in their relations. Our purpose was to
deconstruct the static and bipolar conception that has underlain cultural
approaches along the years.
The framework for this study was based on the documentation produced
by Company of Jesus missionaries, official authorities from XVI, XVII and XVIII
centuries and several fields of knowledge such as Anthropology, Archeology
and Linguistics.
Throughout our investigation, we focused on ethnical conflicts between
the Cocama and other peoples from Ucayali and Huallaga, missionaries and
colonizers. We also studied the communication process between the ethnics
and the Jesuits, the alliances established between ethnics, colonization agents
and missionaries, and finally, the influence and consequences of European
contact to that indigenous nation.
We found out that the fair relationship shared by the Indians and
missionaries resulted from a number of cultural adjustments and concessions
on both sides that allowed not only the Indians to remain in the reduction
system, but also guaranteed the continuance of the missionary project with the
cocamas.
Considering the above, we realized that, during the history of contacts
between the Cocama and Jesuits, the former can t be said to have been
passive before the Spanish s desire of spiritual conquest. Otherwise, the
Indians proposed negotiations and alliances that would favor them. These
factors evidenced that missionaries had also met the Indians expectations,
resulting in a relationship that held as priority social interchange and mobility
within the context of Jesuits missions / O objetivo desta dissertação é propor uma análise em torno das
relações de contato entre índios cocamas assentados na Amazônia Peruana e
missionários Jesuítas, no século XVII, reveladora de um universo marcado por
constantes transformações e pela flexibilidade relacional, sob o propósito de
desconstruir a concepção estática e bipolar que ao longo dos anos norteou as
aproximações culturais.
A pesquisa foi baseada fundamentalmente na documentação produzida
por missionários da Companhia de Jesus, autoridades oficiais dos séculos XVI,
XVII e XVIII e nas diversas áreas do conhecimento, entre elas, a Antropologia,
a Arqueologia e a Lingüística.
No decorrer de nossa investigação, centralizamos nossa atenção em
torno dos conflitos étnicos entre os Cocama e demais povos do Ucayali e
Huallaga, missionários e colonizadores, no processo de comunicação entre a
nação e religiosos jesuítas, nas alianças que foram estabelecidas entre as
etnias, agentes da colonização e missionários e nos efeitos produzidos aos
cocamas em decorrência do contato com o europeu.
Constatamos que as relações de convivência entre aqueles índios e os
missionários se mantiveram porque foram permeadas por uma dinâmica de
adequações culturais e de concessões que possibilitaram não somente a
permanência dos povos ao sistema das reduções mas antes, garantiram a
manutenção do projeto missionário entre aquela nação.
Nesse sentido, consideramos que ao longo da história do contato entre
os cocamas e religiosos, a população indígena não demonstrou-se passiva
frente aos anseios da conquista espiritual espanhola, ao contrário, propôs
mecanismos de negociações e alianças que favoreceram suas expectativas.
Esses fatores colocam em evidência que os missionários também atenderam
aos anseios da nação indígena, sinalizando uma relação permeada pelo
intercâmbio social e mobilidade no contexto das missões
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A expressão da vontade: relações interétnicas e rebelião indígena nas Missões de Maynas (1685 1698)Santos, Roberta Fernandes dos 20 May 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-05-20 / The Missions of Maynas in Amazônia had been established by the Jesuits in 1638 with the intention of serving to the colonial interests of the Spanish monarchy wich needed to tame territories, to accomplish the occupation of the tamed areas and to prepare the indians for its integration in the colonial system. However, we cannot omit the fact that the performance of the priests in the region not always followed the objectives of the European economic politics, another concern of the missionaries was with the saint Jesuitical mission of conversion of the indians in the New World.
The permanence of the Jesuits in the region extended up to 1768 and counted on the establishment of 152 villages, detaches in this work, the reductions established in the river Ucayali that had been under incumbency of the priest Enrique Rickter of 1685 up to 1695 when the Indians rebellion culminated with the murder of the priest.
From bibliographical and documental inquiry we intend to analyze the performance of P. Rickter understanding that the contact, the foundation of the villages and their permanence with the Indians of the Ucayali resulted of a negotiation process in which the conditions for the establishment of friendship were imposed by both parts. The unhappiness of the Indian groups demonstrates that in this relation their conditions had not been fulfilled, fact that generated the reasons of the 1695 rebellion and marked the imposition of the indians wishes in cutting the bonds of friendship with the Spanish conquerors / As Missões de Maynas na Amazônia foram fundadas pelos jesuítas em 1638 com o propósito de servir aos interesses coloniais da monarquia espanhola que precisava desbravar territórios, efetivar a ocupação das áreas desbravadas e preparar os indígenas para sua integração no sistema colonial. Entretanto, não podemos omitir o fato de que a atuação dos padres na região nem sempre seguiu à risca os objetivos da política mercantilista européia, uma outra preocupação dos missionários era com a santa missão jesuítica de conversão dos gentios no Novo Mundo.
A permanência dos inacianos na região se estendeu até 1768 e contou com o estabelecimento de 152 povoados, destacamos neste trabalho as reduções fundadas no rio Ucayali que ficaram sob encargo do padre Enrique Rickter de 1685 até 1695 quando se deu a rebelião indígena que culminou com o assassinato do padre.
A partir da investigação documental e bibliográfica pretendemos analisar a atuação do padre Rickter entendendo que o contato, a fundação dos povoados e a permanência dele entre os índios do Ucayali resultavam de um processo de negociação em que as condições para o estabelecimento de relações de amizade eram impostas por ambas as partes. A insatisfação dos grupos indígenas demonstra que nessa relação suas condições não foram cumpridas, fato que gerou os motivos da rebelião de 1695 e marcou a imposição da vontade dos índios em cortar os vínculos de amizade com os conquistadores espanhóis
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