Submitted by Maike Costa (maiksebas@gmail.com) on 2016-08-10T13:12:57Z No. of bitstreams: 1 arquivo total.pdf: 3450185 bytes, checksum: 8fe4fa978aaf8a9aaf8b7cf7cc1fa06b (MD5) / Made available in DSpace on 2016-08-10T13:12:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivo total.pdf: 3450185 bytes, checksum: 8fe4fa978aaf8a9aaf8b7cf7cc1fa06b (MD5) Previous issue date: 2014-05-09 / This dissertation deals with the everyday life and health practices of professionals of hospital complex of Infecto-Contagious Diseases Dr. Clementino Fraga of the city of João Pessoa-PB. Aimed to unravel: what health services offered by this institution; as health professionals deal with the management of risks facing the work situations with stigmatized diseases like Aids; analyze the types of interactions among professionals/professionals/professionals and users seeking to understand how the notion of risk applies in those relationships and, as health workers build the field of experience and living in an institution that demands procedures that can lead to contamination by the HIV virus. Field research resulted in Ethnography of routine and the dynamics of the service performed from a prolonged investigation into processes connected to attendances users with HIV/Aids in the ambulatory sector. The fieldwork was possible to observe the therapeutic itinerary of people with HIV within the institution, as well as risk perceptions of professionals in relation to its work. The information revealed that there is some dilution of risk perception when the institution and services performed become perceived as familiar to professionals, having as a counterpoint to this reality the figure of the "new professional" for which everything is unknown and dangerous. I realized that in the context in the tariff area of familiarity and the unknown affects not only the perception of the risks, but the way the professionals interact and use their tools in everyday life. In turn, field experience has shown that risk perceptions are built daily at health services, buoyed both by mastery of technique and experience, as well as for interaction with users. Finally, the information revealed that when there is a limit situation of an accident at work, the professionals trigger some sort of risk assessment based, on the one hand, a reflection on the real possibilities of contamination and, on the other, a moral judgment about users from an analysis of his "social behavior". / Esta dissertação aborda o cotidiano e as práticas de saúde de profissionais do Complexo Hospitalar de Doenças Infectocontagiosas Dr. Clementino Fraga da cidade de João Pessoa – PB. Teve como objetivo desvendar: quais os serviços de saúde oferecidos por esta instituição; como os profissionais da saúde lidam com a gestão dos riscos frente às situações de trabalho com doenças estigmatizadas como Aids; analisar os tipos de interações entre profissionais/profissionais e profissionais/usuários buscando compreender como a noção do risco se aplica nessas relações e, como os profissionais da saúde constroem o domínio da experiência e convívio numa instituição que demanda procedimentos que podem levar a contaminação pelo vírus HIV. A pesquisa de campo resultou numa etnografia da rotina e das dinâmicas do serviço realizada a partir de uma prolongada investigação sobre processos ligados aos atendimentos aos usuários com HIV/Aids no setor ambulatorial. No trabalho de campo foi possível observar o itinerário terapêutico dos usuários portadores do vírus HIV dentro da instituição, assim como as percepções de riscos dos profissionais em relação ao seu trabalho. As informações revelaram que há certa diluição da percepção de risco quando a instituição e os atendimentos realizados passam a ser percebidos como familiar aos profissionais, tendo como contraponto a esta realidade a figura do “profissional novo” para o qual tudo é desconhecido e perigoso. Percebi que no contexto em pauta o domínio da familiaridade e do desconhecido afeta não só a percepção dos riscos, mas a forma como os profissionais interagem e utilizam seus instrumentos de trabalho no cotidiano. Por sua vez, a experiência de campo demonstrou que as percepções de riscos são construídas cotidianamente nos serviços de saúde, balizadas tanto pelo domínio da técnica e da experiência, assim como pela interação com os usuários. Por fim, as informações revelaram que quando há uma situação limite de acidente de trabalho, os profissionais acionam uma espécie de avaliação dos riscos baseada, por um lado, numa reflexão sobre as reais possibilidades de contaminação e, por outro, num julgamento moral sobre os usuários a partir de uma análise sobre o seu “comportamento social”.