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Avaliação da pró-socialidade materna como modelo para a prósocialidade em crianças

Soares, Elenice 26 April 2018 (has links)
Submitted by Automação e Estatística (sst@bczm.ufrn.br) on 2018-08-01T23:06:14Z No. of bitstreams: 1 EleniceSoares_DISSERT.pdf: 915681 bytes, checksum: a28ab5b83d337f5dbdbcdeda229ca89b (MD5) / Approved for entry into archive by Arlan Eloi Leite Silva (eloihistoriador@yahoo.com.br) on 2018-08-03T22:23:32Z (GMT) No. of bitstreams: 1 EleniceSoares_DISSERT.pdf: 915681 bytes, checksum: a28ab5b83d337f5dbdbcdeda229ca89b (MD5) / Made available in DSpace on 2018-08-03T22:23:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1 EleniceSoares_DISSERT.pdf: 915681 bytes, checksum: a28ab5b83d337f5dbdbcdeda229ca89b (MD5) Previous issue date: 2018-04-26 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / A Psicologia Evolucionista (PE) é uma perspectiva que parte dos conhecimentos sobre a Teoria da Evolução e os utiliza para buscar compreender os comportamentos e a mente humana. Ela teve origem a partir de elementos da psicologia cognitiva e da biologia evolutiva, abrangendo tanto aspectos biológicos quanto culturais. O princípio fundamental da PE é que o cérebro humano é moldado para solucionar questões relacionadas à sobrevivência e reprodução. Para compreendermos isso é necessário ter em mente que o cérebro foi moldado ao longo do tempo, no chamado Ambiente de Adaptação Evolutiva (AAE), ou seja, o ambiente onde nossos ancestrais caçadores-coletores viveram. Esse ambiente tinha características diferentes das que encontramos hoje; a busca por alimento possivelmente demandava maior gasto de energia, os grupos eram menores e com mais indivíduos aparentados, o que aumentava a probabilidade de cooperação entre os indivíduos e tornava mais fácil identificar quem não estava colaborando para o bem comum, os chamados free riders. Nesse contexto foram desenvolvidos alguns mecanismos para lidar com a ocorrência de free riders no grupo, como a seleção de parentesco, o altruísmo recíproco e a reciprocidade indireta. Além desses mecanismos, estudos que incluem a compreensão da cooperação a partir da ontogenia acrescentam elementos importantes relacionados ao contexto de desenvolvimento do indivíduo. Tais estudos buscam identificar quais são os fatores moduladores e de que forma eles influenciam o comportamento pró-social de crianças por possibilitar comparações entre diversos desses fatores, como: sexo, idade, características individuais, além de influências parentais e culturais. Com o objetivo de investigar se havia influência dos comportamentos pró-sociais maternos e da percepção dessa pró-socialidade nos comportamentos pró-sociais apresentados pelas crianças, o estudo foi realizado em Natal/ RN e contou com 71 díades compostas por crianças entre sete e onze anos de idade e suas mães. As mães responderam um questionário de autorrelato sobre o seu comportamento pró-social (Bateria de Personalidade Pró-social – BPP) e o questionário para caracterização sociodemográfica dos participantes. As crianças responderam a um questionário sobre a percepção que tinham dos comportamentos pró-sociais de suas mães e participaram de uma rodada do jogo do ditador como medida comportamental de pró-socialidade. Algumas similaridades e diferenças foram observadas entre a percepção das crianças em relação ao relatado por suas mães. Em três fatores (do total de sete) as médias de mães e crianças não diferiram significativamente, indicado que talvez nestes fatores as crianças tenham mais facilidade para identificar os comportamentos realizados por elas. O modelo criado para investigar quais variáveis influenciavam no comportamento pró-social das crianças explicou 30% da variação dos dados, com um dos fatores da BPP (Raciocínio Relacionado ao Outro) e idade apresentando efeito principal, o que requer estudos mais aprofundados para investigar outras variáveis que influenciem esse comportamento. Por fim, as crianças que demonstraram um comportamento mais pró-social demoraram menos tempo para decidir sobre a doação, indicando que possivelmente o comportamento pró-social requer menos racionalização e seria mais intuitivo que o comportamento pró-self. / Evolutionary Psychology (EP) is a perspective that starts from the knowledge about the Theory of Evolution and uses them to seek to understand the behaviors and the human mind. It’s originated from elements of cognitive psychology and evolutionary biology, covering both biological and cultural aspects. The fundamental tenet of EP is that the human brain is shaped to solve issues related to survival and reproduction. To understand this it is necessary to keep in mind that the brain has been shaped over time in the so-called Evolutionary Adaptive Environment, that is, the environment where our hunter-gatherer ancestors lived. This environment had characteristics different from those currently found; the search for food possibly demanded more energy expenditure, the groups were smaller and with more related individuals, which increased the probability of cooperation between the individuals and made it easier to identify who was not collaborating for the common good, called free riders. In this context, some mechanisms were developed to deal with the occurrence of free riders in the group, such as kinship selection, reciprocal altruism and indirect reciprocity. In addition to these mechanisms, studies that include the understanding of cooperation from ontogeny add important elements related to the development context of the individual. Such studies aim to identify the modulating factors and how they influence the prosocial behavior of children by making possible comparisons among several of these factors, such as: gender, age, individual characteristics, as well as parental and cultural influences. In order to investigate whether there was influence of the maternal prosocial behaviors and the perception of this prosociality in the prosocial behaviors presented by the children, the study was conducted in Natal / RN and had the participation of 71 dyads composed of children between seven and eleven years old and their mothers. The mothers answered a self-report questionnaire about their prosocial behavior (BPP) and the questionnaire for sociodemographic characterization of the participants. The children answered a questionnaire about their perception of the prosocial behaviors of their mothers and participated in a round of the dictator's game as a behavioral measure of prosociality. Some similarities and differences were observed between the children's perception in relation to that reported by their mothers. In three factors (out of a total of seven), the means of mothers and children did not differ significantly, indicating that in these factors, children may be easier to identify the behaviors performed by them. The model created to investigate which variables influenced the prosocial behavior of the children explained 30% of the variation of the data, with one of the factors of BPP (Reasoning Related to the Other) and age presenting main effect, which requires more in-depth studies to investigate other variables that influence this behavior. Finally, children who demonstrated more prosocial behavior took less time to decide on donation, indicating that prosocial behavior may require less rationalization and would be more intuitive than pro-self behavior.

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