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Uma teoria semicompatibilista sobre responsabilidade moral : John Fischer e o controle de direcionamento

Fonseca, Tania Schneider da 27 August 2018 (has links)
Submitted by JOSIANE SANTOS DE OLIVEIRA (josianeso) on 2018-11-01T11:28:26Z No. of bitstreams: 1 Tania Schneider da Fonseca_.pdf: 1196065 bytes, checksum: 6650454e54f549cdd2039dee6b94da86 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-11-01T11:28:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tania Schneider da Fonseca_.pdf: 1196065 bytes, checksum: 6650454e54f549cdd2039dee6b94da86 (MD5) Previous issue date: 2018-08-27 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Quais são as condições necessárias e suficientes para responsabilizar moralmente o comportamento do agente? Várias respostas a essa pergunta têm sido dadas na história recente da filosofia. De um lado, diversos filósofos acreditam que o critério especificando essas condições poderia ser compatível com a tese determinista. Por outro lado, há aqueles que negam que esse critério possa conciliar-se com a visão de um mundo determinista. Tradicionalmente, a liberdade enquanto uma capacidade para agir de outro modo é defendida como uma condição necessária para a responsabilidade moral. Com o seu artigo de 1969, “Alternate Possibilities and Moral Responsibility”, Harry Frankfurt mudou o curso do debate sobre o problema da vontade livre. Ele forneceu exemplos hipotéticos, por meio de experimentos de pensamento, de agentes que, conforme ele argumentou, embora não pudessem ter agido de outro modo, ainda assim seriam moralmente responsáveis pelas suas ações. O artigo de Frankfurt entusiasmou muitos filósofos, destacadamente John Fischer, a repensar o problema da responsabilidade moral. Para Fischer, Frankfurt teria mostrado que o debate não diz mais respeito ao problema de demonstrar a compatibilidade entre liberdade e determinismo, mas, sim, à questão da compatibilidade da responsabilidade moral com o determinismo. Para lidar com essa questão, e qualificar a posição de Frankfurt, Fischer desenvolve o que ele denomina de uma posição semicompatibilista. Essa posição responderia às objeções incompatibilistas, assim mostrando a compatibilidade da responsabilidade moral com o determinismo. Esse trabalho é dedicado a um estudo dessa posição. A tese defendida é a de que o semicompatibilismo proposto por Fischer de fato responde às principais objeções dos incompatibilistas, e é mais vantajosa se comparada à posição compatibilista tradicional, que defende que a capacidade para agir de outro modo seria uma condição necessária para a responsabilidade moral. / What are the necessary and sufficient conditions for the moral responsible agency? Many answers to this question have been given in the recent history of philosophy. On the one side, some philosophers believe that the criterion specifying these conditions could be compatible with the determinist’s worldview. On the other side, there are those who deny that this criterion and the determinist’s position could be ever reconciliated. Traditionally, freedom as a capacity to do otherwise has been defended as a necessary condition for moral responsibility. In 1969, when “Alternative Possibilities and Moral Responsibility” (1969) was published, Harry Frankfurt changed the course of the discussion about the free will problem. Frankfurt showed, through some thought experiments, agents that, he argued, were moral responsible for their actions even though they could not have acted otherwise. Frankfurt’s essay pushed several philosophers, remarkably John Fischer, to rethink the problem of moral responsibility. For Fischer, Frankfurt showed that the debate should not be about the compatibility between freedom and determinism, but rather should address the question of whether moral responsibility is compatible with determinism. To deal with this problem, and to further qualify Frankfurt’s position, Fischer develops, as he calls it, a semicompatibilist position. This position, he claims, successfully address the objections from the incompatibilists, thus showing that moral responsibility is compatible with determinism. This study is an investigation of this position. The thesis defended is that the semicompatibilism proposed by Fischer does indeed answers the main incompatibilist’s objections, and it is better than the traditional compatibilist position, which argues that the capacity to do otherwise is a necessary condition for moral responsibility.

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