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A saúde de trabalhadores jovens como indicador psicossocial da dialética exclusão/inclusão: estudo de caso com jovens operárias em indústrias de confecção / The health of young workers as a psychosocial indicator of the exclusion/inclusion dialectics: case study with young workers from the garment industry

Dias, Maria Dionísia do Amaral 14 June 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-29T13:31:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Maria Dionisia do Amaral Dias.pdf: 1536747 bytes, checksum: bdab9975783e6fb15639087507a739ac (MD5) Previous issue date: 2007-06-14 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / The present research, guided by the Social-historical Psychology developed by the Núcleo de Estudos Psicossociais da Dialética Exclusão/Inclusão (NEXIN Nucleus of Psychosocial Studies of the Exclusion/Inclusion Dialetics), aimed to analyze the interlacement among work, exclusion/inclusion and health through a case study with young workers from the garment industry in a city in the interior of São Paulo state. In order to do so, the objective conditions of work to which youths are submitted were mapped and a profile of common diseases of the city s working young population was drawn and, focusing the singularity, the study aimed at understanding the subjects history of the process health/disease, as well as their sufferings, dreams, desires, conception of themselves, social insertion and the sense that work and health acquire to them. Health is understood as potency to action, in an enlarged conception which incorporates the ethical and affective dimensions. In order to guide such conception, the study was based on Espinosa s reflections on happiness, joy and power and on Vygotsky s reflections about the adolescent s health. Health is an indicative of the quality of social insertion made possible by work, which means that the health/disease process is a concrete expression on the human body of the exclusion/inclusion process in which the individual is inserted. Health becomes an indicator of the ethical-political quality of the society and not only of the individuals' health condition. The youth s job became today a world-wide social subject, particularly due to the global reduction of workstations, which hinders the youths insertion in the work world. This situation constitutes a present social problem and worries population and governments everywhere, since it is a matter that can commit not only the future of individuals, but the future of societies. Therefore, forms of guaranteeing opportunities of access for youths to work are looked for. In this scenery, it was considered relevant to know the youths reality for those who are already inserted in the job market, relating this experience to the question of health and formation for their future, considering the importance of that phase of human development, in which the individual forms his conceptions about the world, about the society, about the people and about himself. The analysis of the data demonstrated that work, in a tayloristic system, is configured as a perverse inclusion, for when the youth needs conditions for the opening of horizons, of new conquests, to exercise his creativity and so live and apprehend the world, he has this transition process blocked by several social institutions, among which work and the connections it establishes with other institutions stand out / A presente pesquisa, orientada pela Psicologia Sócio-Histórica desenvolvida pelo Núcleo de Estudos Psicossociais da Dialética Exclusão/Inclusão (NEXIN), buscou analisar o entrelaçamento entre trabalho, exclusão/inclusão e saúde por meio de estudo de caso com jovens trabalhadoras de indústrias de confecção em uma cidade do interior paulista. Para tanto, mapearam-se as condições objetivas de trabalho a que as jovens estão submetidas e traçou-se um perfil de adoecimento da população jovem trabalhadora na cidade e, focando a singularidade, buscou-se compreender a história do processo saúde/doença dos sujeitos, bem como seus sofrimentos, sonhos, desejos, concepção de si, inserção social e sentido que o trabalho e a saúde adquirem para eles. A saúde é entendida como potência de ação, numa concepção ampliada que incorpora as dimensões ética e afetiva. Para orientar tal concepção baseia-se nas reflexões de Espinosa sobre felicidade, alegria e potência e de Vigotski sobre a saúde do adolescente. A saúde é indicador da qualidade de inserção social que o trabalho possibilita, o que significa que o processo saúde/doença é expressão concreta no corpo humano do processo de exclusão/inclusão no qual o indivíduo está inserido. A saúde torna-se um indicador da qualidade ético-política da sociedade e não só do estado de saúde de indivíduos. O emprego do jovem tornou-se hoje questão social mundial, particularmente em função da redução global de postos de trabalho, o que dificulta a inserção dos jovens no mundo do trabalho. Essa situação vem se configurando como um problema social da atualidade e preocupa a população e governos de todo o mundo, pois é uma questão que pode comprometer o futuro não só de indivíduos, mas das sociedades. Por isso, buscam-se formas de garantir oportunidades de acesso dos jovens ao trabalho. Neste cenário, considerou-se relevante conhecer a realidade dos jovens que já estão inseridos no mercado de trabalho, relacionando esta experiência às questões de saúde e de formação para seu futuro, considerando-se a importância dessa fase do desenvolvimento humano, em que o indivíduo forma suas concepções do mundo, da sociedade, das pessoas e de si mesmo. A análise dos dados demonstrou que o trabalho, num sistema taylorista, configura-se como uma inclusão perversa, pois no momento em que o jovem necessita condições para a abertura de horizontes, de novas conquistas, para exercer sua criatividade e assim viver e apreender o mundo, tem esse processo de transição bloqueado por diversas instituições da sociedade, entre as quais se destaca o trabalho e os nexos que ele estabelece com as demais

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