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A Teoria das PulsÃes em Freud e Lacan: Pontos de ConvergÃncia e de DivergÃncia / The Theory of Drives in Freud and Lacan: Points of Convergence and DivergenceIsaac Vilanova e Silva Neto 03 September 2009 (has links)
A presente dissertaÃÃo A teoria das pulsÃes em Freud e Lacan: pontos de convergÃncia e de divergÃncia tem como objetivo geral estudar a teoria das pulsÃes em Freud e Lacan, identificando o que à comum e o que diverge entre os dois. Os objetivos especÃficos sÃo, quanto a Freud: a) investigar a construÃÃo do conceito de pulsÃo; b) pesquisar a constituiÃÃo da primeira teoria pulsional: pulsÃes sexuais e pulsÃes do eu; c) estudar a formulaÃÃo da segunda teoria pulsional: pulsÃes de vida e pulsÃes de morte. Quanto ao que Lacan concebeu sobre as pulsÃes, visa-se investigar: a) a Ãnfase dada ao imaginÃrio e b) a Ãnfase dada ao simbÃlico. Para a escolha dos textos de Freud, foram consideradas a construÃÃo do conceito de pulsÃo e as primeira e segunda teorias a este respeito. Na seleÃÃo dos textos de Lacan, utilizou-se o critÃrio de periodizaÃÃo de seu ensino sugerido por Miller (1982, 2005). Dentre outros comentadores consultados, citam-se Brousse (1997) e Leite (1996). A pesquisa realizada aponta as seguintes conclusÃes: A grande convergÃncia da teoria pulsional entre os autores deve-se à afirmaÃÃo de nÃo haver uma base comum entre instinto e pulsÃo e por contemplar em suas teorias a dimensÃo do mais alÃm do princÃpio de prazer. A diferenÃa entre os dois psicanalistas procede de uma distinÃÃo epistemolÃgica acerca da pulsÃo: Para Freud, observa-se que âno princÃpio foi atoâ, ou seja, a pulsÃo representa a exigÃncia de trabalho â ato â feita ao psiquismo inconsciente, em decorrÃncia da ligaÃÃo deste com o corpo. Para Lacan, no princÃpio està o verbo. A pulsÃo ($<>D), neste autor, à verbo, linguagem â constituÃda apenas por dois elementos simbÃlicos, o sujeito ($) e a demanda do Outro â e à concebida como o que advÃm da demanda do Outro quando o sujeito aà desvanece. O conceito de fronteira na pulsÃo à abordado a partir de perspectivas diversas nos autores: em Freud, ocorre entre o somÃtico e o mental, e em Lacan, entre a necessidade e a demanda. Nos Ãltimos textos de Lacan, a pulsÃo à um conceito que està na fronteira entre o imaginÃrio, o simbÃlico e o real. Freud trabalha, desde o inÃcio, com um modelo dualista da pulsÃo, e Lacan enfatiza a pulsÃo, fundamentalmente, como pulsÃo de morte. Consequentemente, a libido, para Lacan, està associada à pulsÃo de morte, enquanto que para Freud a libido à a energia de Eros, ou seja, vinculada à pulsÃo de vida. Percebe-se, em Freud, um destaque do aspecto econÃmico da pulsÃo, e sobre este aspecto em Lacan, os autores divergem: alguns dizem que o aspecto econÃmico està presente; outros, que ele foi suprimido. O investigador, no entanto, considera este aspecto apenas mitigado, porquanto presente em alguns textos lacanianos. / The title of the present dissertationry of the drives in Freud and Lacan: points of convergence and divergenceâ. The main objective was to analyze the theory of the drives in Freud and Lacan, identifying the points in which they differ and the points in which they converge. The specific objectives with regard to Freud were to investigate a) the development of the concept of drives, b) the constitution of the first theory of the drives (sex drive and ego drive) and c) the constitution of the second theory of the drives (life drive and death drive). With regard to Lacan, the specific objectives were to study the emphasis given to a) the imaginary, b) the symbolic. Our review of the literature included texts by Freud dealing with the concept of drive and the first and second theory of the drives, and texts by Lacan selected according to Millerâs periodization of Lacanâs teaching (1982, 2005). The works of Brousse (1997) and Leite (1996) were also consulted. The results show that the main convergence between Freudâs and Lacanâs theories of the drives lies in the absence of a common ground between instinct and drive and the acknowledgment of a dimension beyond the pleasure principle. The difference between the two psychoanalysts lies in their epistemological definitions of drive: To Freud, âin the beginning was the actâ, that is, the drive represents the demand of work―an act―made to the unconscious mind due its connection with the body. According to Lacan, âin the beginning was the wordâ: Lacan conceives of drive ($<>D) as word, as language, composed of only two symbolic elements―the subject ($) and the demand of the Other (D)―and stemming from the demand of the Other when the subject fades away. The concept of frontier is analyzed in light of several of the authorsâ perspectives: in Freud, the frontier separates psyche and soma, while in Lacan it lies between necessity and demand. In Lacanâs last texts, the concept of drive lingers on the frontier between the imaginary, the symbolic and the real. From the beginning, Freud used a dualistic model of the drives, while Lacan emphasizes drive, essentially, as death drive. Thus, to Lacan libido is associated with the death drive, whereas Freud identified libido as the energy associated with Eros and thus related to the life drive. Freudâs emphasis on the economic aspect of the drives counters Lacanâs views: some authors believe the economic aspect is present in Lacan, others think it has been suppressed. Though the aspect has been included in some of Lacanâs texts, the present author nevertheless considers it to have been merely mitigated.
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