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Barulhar : a escuta sensível da música nas culturas da infânciaLino, Dulcimarta Lemos January 2008 (has links)
Le présent travail porte sur une écoute sensible de la musique de l’enfance à l’école. À partir d’une approche ethnographique, la chercheuse a partagé pendant un an la routine ludique d’un groupe d’enfants de 3 à 4 ans d’une école de Porto Alegre (Brésil). La production du bruit a émergé telle une musique des cultures de l’enfance, avec comme interface de l’écoute la dimension fictionnelle qui envahit les temps libres de l’école et/ou ses brèches provisoires pour affirmer la nécessité ludique des enfants à témoigner que la musique opère aussi avec l’écoute, et pas seulement avec des sons. La vie réflexive et affective des différents Portraits Sonaires capturés sur le terrain a révélé la poétique de la production du bruit pendant l’enfance. Tous les enfants produisent avec insistance des bruits, ils vivent le discontinu comme une présence de la nature sonore en exposant des myriades d’explorations de la musique comme expérimentation, des jeux ou des récits sonores. Tous les enfants produisent d’incessantes cohérences musicales, en reproduisant de manière interprétative des formes musicales façonnées socialement, culturellement et qui recherchent une consonance reconnue par l’audience dans les repères sonores et dans les chansons (du menu scolaire, des parodies et de la presse). Certains enfants inventent des compositions-improvisations, en entonnant des singularités dans une configuration acoustique intentionnellement structurée à la manière d’une interprétation. Très vite, les enfants comprennent que la musique est un jeu sonore de règles en mouvement dynamique qui organise des mondes de sens, plaçant des éléments musicaux en relation avec des éléments culturels. / A presente tese escutou sensivelmente a música da infância na escola. Dentro de uma abordagem etnográfica, no campo da Sociologia da Infância, a investigadora viveu a rotina lúdica de um grupo de crianças da Educação Infantil (entre 3 e 4 anos), na cidade de Porto Alegre. O barulhar emergiu como a música das crianças, dimensão ficcional que invadiu os tempos livres da instituição escolar e/ou suas brechas provisórias para sublinhar que a música não operava somente com sons, mas também com a escuta. A vida reflexiva e afetiva dos distintos Jogos de Barulhar capturados no campo revelou a poética do barulhar na infância. Todas as crianças produziram insistentemente barulhadas, vivendo o descontínuo como presença da natureza sonora ao expor uma miríade de explorações com a música como experimentação, jogos de escuta ou narrativas sonoras. Todas as crianças produziram incansáveis coerências musicais, reproduzindo interpretativamente formas musicais emolduradas social e culturalmente, que buscavam uma consonância reconhecida pela audiência nos marcos sonoros e nas canções (do cardápio escolar, das paródias e da mídia). Algumas crianças inventaram composições-improvisações, ressoando singularidades dentro de uma configuração musical estruturada intencionalmente em performance. Ao experimentar viver as materialidades e resistências de seu corpo como sonoridade, as crianças demonstraram que fazer música é brincar, sendo especialmente tocadas pelas paisagens sonoras de seu entorno e pelos seus pares. Ao barulhar as crianças lançaram o corpo no movimento do sensível. Um movimento que integrou a simultaneidade e complexidade heterofônica do discurso sonoro, projetando o ser inteiro na intensidade da duração. Nesse ato a música instalava-se no corpo das crianças e ensinava o ouvido a pensar, aderindo à oralidade da voz que servia à diversão e à improvisação. Ao colocar elementos musicais em relação a elementos culturais, as crianças demonstraram que a música é um jogo sonoro de regras em movimento dinâmico, revelando a potência poética de escutar e experimentar materialidades sonoras na infância. / This dissertation has sensitively listened to childhood music in school. By means of an ethnographic approach, I lived the ludic everyday of a group of three and four-year old children during one year in the city of Porto Alegre. What I called “noising” came up as the music of childhood cultures. Through such noising, the children demonstrated the ludic necessity of underscoring that music does not operate only with sounds, but also with listening as the fictional dimension which pervades the free time lived in educational institutions and/or its occasional appearances. The reflexive and affective life of the various Noising Games witnessed in the research field revealed the poetics of noising in childhood. All children repeatedly produced noisings, experiencing discontinuity as a presence of the nature of sound while performing a great diversity of explorations with music as experiment, listening games or sound narratives. All children produced tireless musical coherences, interpretatively reproducing socially and culturally framed musical forms which search for a consonance recognized by the audience in sound marks and in songs (of the school menu, parodies and the media). Some children made up compositions-improvisations, resonating singularities within an acoustic configuration deliberately structured during the performance. By experiencing the materialities and resistances of their bodies as sound, the children demonstrated that making music is playing, and were especially touched by the sound landscapes found around them and by their peers. When the child’s body noises, it is summoned to act and open itself to the becoming which exists in each and every way of transfiguring whatever is experienced, by dealing with processes of estrangement, investigation and experimentation which arise in the blend of languages inhabiting the body. Children understand music as a sound game of rules in dynamic movement, which organizes worlds of meaning, relating musical to cultural elements.
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Barulhar : a escuta sensível da música nas culturas da infânciaLino, Dulcimarta Lemos January 2008 (has links)
Le présent travail porte sur une écoute sensible de la musique de l’enfance à l’école. À partir d’une approche ethnographique, la chercheuse a partagé pendant un an la routine ludique d’un groupe d’enfants de 3 à 4 ans d’une école de Porto Alegre (Brésil). La production du bruit a émergé telle une musique des cultures de l’enfance, avec comme interface de l’écoute la dimension fictionnelle qui envahit les temps libres de l’école et/ou ses brèches provisoires pour affirmer la nécessité ludique des enfants à témoigner que la musique opère aussi avec l’écoute, et pas seulement avec des sons. La vie réflexive et affective des différents Portraits Sonaires capturés sur le terrain a révélé la poétique de la production du bruit pendant l’enfance. Tous les enfants produisent avec insistance des bruits, ils vivent le discontinu comme une présence de la nature sonore en exposant des myriades d’explorations de la musique comme expérimentation, des jeux ou des récits sonores. Tous les enfants produisent d’incessantes cohérences musicales, en reproduisant de manière interprétative des formes musicales façonnées socialement, culturellement et qui recherchent une consonance reconnue par l’audience dans les repères sonores et dans les chansons (du menu scolaire, des parodies et de la presse). Certains enfants inventent des compositions-improvisations, en entonnant des singularités dans une configuration acoustique intentionnellement structurée à la manière d’une interprétation. Très vite, les enfants comprennent que la musique est un jeu sonore de règles en mouvement dynamique qui organise des mondes de sens, plaçant des éléments musicaux en relation avec des éléments culturels. / A presente tese escutou sensivelmente a música da infância na escola. Dentro de uma abordagem etnográfica, no campo da Sociologia da Infância, a investigadora viveu a rotina lúdica de um grupo de crianças da Educação Infantil (entre 3 e 4 anos), na cidade de Porto Alegre. O barulhar emergiu como a música das crianças, dimensão ficcional que invadiu os tempos livres da instituição escolar e/ou suas brechas provisórias para sublinhar que a música não operava somente com sons, mas também com a escuta. A vida reflexiva e afetiva dos distintos Jogos de Barulhar capturados no campo revelou a poética do barulhar na infância. Todas as crianças produziram insistentemente barulhadas, vivendo o descontínuo como presença da natureza sonora ao expor uma miríade de explorações com a música como experimentação, jogos de escuta ou narrativas sonoras. Todas as crianças produziram incansáveis coerências musicais, reproduzindo interpretativamente formas musicais emolduradas social e culturalmente, que buscavam uma consonância reconhecida pela audiência nos marcos sonoros e nas canções (do cardápio escolar, das paródias e da mídia). Algumas crianças inventaram composições-improvisações, ressoando singularidades dentro de uma configuração musical estruturada intencionalmente em performance. Ao experimentar viver as materialidades e resistências de seu corpo como sonoridade, as crianças demonstraram que fazer música é brincar, sendo especialmente tocadas pelas paisagens sonoras de seu entorno e pelos seus pares. Ao barulhar as crianças lançaram o corpo no movimento do sensível. Um movimento que integrou a simultaneidade e complexidade heterofônica do discurso sonoro, projetando o ser inteiro na intensidade da duração. Nesse ato a música instalava-se no corpo das crianças e ensinava o ouvido a pensar, aderindo à oralidade da voz que servia à diversão e à improvisação. Ao colocar elementos musicais em relação a elementos culturais, as crianças demonstraram que a música é um jogo sonoro de regras em movimento dinâmico, revelando a potência poética de escutar e experimentar materialidades sonoras na infância. / This dissertation has sensitively listened to childhood music in school. By means of an ethnographic approach, I lived the ludic everyday of a group of three and four-year old children during one year in the city of Porto Alegre. What I called “noising” came up as the music of childhood cultures. Through such noising, the children demonstrated the ludic necessity of underscoring that music does not operate only with sounds, but also with listening as the fictional dimension which pervades the free time lived in educational institutions and/or its occasional appearances. The reflexive and affective life of the various Noising Games witnessed in the research field revealed the poetics of noising in childhood. All children repeatedly produced noisings, experiencing discontinuity as a presence of the nature of sound while performing a great diversity of explorations with music as experiment, listening games or sound narratives. All children produced tireless musical coherences, interpretatively reproducing socially and culturally framed musical forms which search for a consonance recognized by the audience in sound marks and in songs (of the school menu, parodies and the media). Some children made up compositions-improvisations, resonating singularities within an acoustic configuration deliberately structured during the performance. By experiencing the materialities and resistances of their bodies as sound, the children demonstrated that making music is playing, and were especially touched by the sound landscapes found around them and by their peers. When the child’s body noises, it is summoned to act and open itself to the becoming which exists in each and every way of transfiguring whatever is experienced, by dealing with processes of estrangement, investigation and experimentation which arise in the blend of languages inhabiting the body. Children understand music as a sound game of rules in dynamic movement, which organizes worlds of meaning, relating musical to cultural elements.
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Barulhar : a escuta sensível da música nas culturas da infânciaLino, Dulcimarta Lemos January 2008 (has links)
Le présent travail porte sur une écoute sensible de la musique de l’enfance à l’école. À partir d’une approche ethnographique, la chercheuse a partagé pendant un an la routine ludique d’un groupe d’enfants de 3 à 4 ans d’une école de Porto Alegre (Brésil). La production du bruit a émergé telle une musique des cultures de l’enfance, avec comme interface de l’écoute la dimension fictionnelle qui envahit les temps libres de l’école et/ou ses brèches provisoires pour affirmer la nécessité ludique des enfants à témoigner que la musique opère aussi avec l’écoute, et pas seulement avec des sons. La vie réflexive et affective des différents Portraits Sonaires capturés sur le terrain a révélé la poétique de la production du bruit pendant l’enfance. Tous les enfants produisent avec insistance des bruits, ils vivent le discontinu comme une présence de la nature sonore en exposant des myriades d’explorations de la musique comme expérimentation, des jeux ou des récits sonores. Tous les enfants produisent d’incessantes cohérences musicales, en reproduisant de manière interprétative des formes musicales façonnées socialement, culturellement et qui recherchent une consonance reconnue par l’audience dans les repères sonores et dans les chansons (du menu scolaire, des parodies et de la presse). Certains enfants inventent des compositions-improvisations, en entonnant des singularités dans une configuration acoustique intentionnellement structurée à la manière d’une interprétation. Très vite, les enfants comprennent que la musique est un jeu sonore de règles en mouvement dynamique qui organise des mondes de sens, plaçant des éléments musicaux en relation avec des éléments culturels. / A presente tese escutou sensivelmente a música da infância na escola. Dentro de uma abordagem etnográfica, no campo da Sociologia da Infância, a investigadora viveu a rotina lúdica de um grupo de crianças da Educação Infantil (entre 3 e 4 anos), na cidade de Porto Alegre. O barulhar emergiu como a música das crianças, dimensão ficcional que invadiu os tempos livres da instituição escolar e/ou suas brechas provisórias para sublinhar que a música não operava somente com sons, mas também com a escuta. A vida reflexiva e afetiva dos distintos Jogos de Barulhar capturados no campo revelou a poética do barulhar na infância. Todas as crianças produziram insistentemente barulhadas, vivendo o descontínuo como presença da natureza sonora ao expor uma miríade de explorações com a música como experimentação, jogos de escuta ou narrativas sonoras. Todas as crianças produziram incansáveis coerências musicais, reproduzindo interpretativamente formas musicais emolduradas social e culturalmente, que buscavam uma consonância reconhecida pela audiência nos marcos sonoros e nas canções (do cardápio escolar, das paródias e da mídia). Algumas crianças inventaram composições-improvisações, ressoando singularidades dentro de uma configuração musical estruturada intencionalmente em performance. Ao experimentar viver as materialidades e resistências de seu corpo como sonoridade, as crianças demonstraram que fazer música é brincar, sendo especialmente tocadas pelas paisagens sonoras de seu entorno e pelos seus pares. Ao barulhar as crianças lançaram o corpo no movimento do sensível. Um movimento que integrou a simultaneidade e complexidade heterofônica do discurso sonoro, projetando o ser inteiro na intensidade da duração. Nesse ato a música instalava-se no corpo das crianças e ensinava o ouvido a pensar, aderindo à oralidade da voz que servia à diversão e à improvisação. Ao colocar elementos musicais em relação a elementos culturais, as crianças demonstraram que a música é um jogo sonoro de regras em movimento dinâmico, revelando a potência poética de escutar e experimentar materialidades sonoras na infância. / This dissertation has sensitively listened to childhood music in school. By means of an ethnographic approach, I lived the ludic everyday of a group of three and four-year old children during one year in the city of Porto Alegre. What I called “noising” came up as the music of childhood cultures. Through such noising, the children demonstrated the ludic necessity of underscoring that music does not operate only with sounds, but also with listening as the fictional dimension which pervades the free time lived in educational institutions and/or its occasional appearances. The reflexive and affective life of the various Noising Games witnessed in the research field revealed the poetics of noising in childhood. All children repeatedly produced noisings, experiencing discontinuity as a presence of the nature of sound while performing a great diversity of explorations with music as experiment, listening games or sound narratives. All children produced tireless musical coherences, interpretatively reproducing socially and culturally framed musical forms which search for a consonance recognized by the audience in sound marks and in songs (of the school menu, parodies and the media). Some children made up compositions-improvisations, resonating singularities within an acoustic configuration deliberately structured during the performance. By experiencing the materialities and resistances of their bodies as sound, the children demonstrated that making music is playing, and were especially touched by the sound landscapes found around them and by their peers. When the child’s body noises, it is summoned to act and open itself to the becoming which exists in each and every way of transfiguring whatever is experienced, by dealing with processes of estrangement, investigation and experimentation which arise in the blend of languages inhabiting the body. Children understand music as a sound game of rules in dynamic movement, which organizes worlds of meaning, relating musical to cultural elements.
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