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Zazie dans le métro = violência na escrita de Raymond Queneau e nas traduções para o português do Brasil / Zazie dans le métro : violence in Raymond Queneau's writing and in the translations into Brazilian Portuguese

Jalabert, Adeline Marie 12 October 2010 (has links)
Orientador: Maria José Rodrigues Faria Coracini / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-17T05:49:07Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Jalabert_AdelineMarie_M.pdf: 693645 bytes, checksum: 2bfca3c4ab3f575b1f3c54f1c26de6ac (MD5) Previous issue date: 2010 / Resumo: No romance Zazie dans le métro (1959), Raymond Queneau explora a linguagem coloquial, valendo-se da língua que chamou de neo-francês. O autor faz um verdadeiro "exercício de estilo" oral popular, em que mistura registros e faz paródias, imprimindo ao romance, além de um ritmo rápido, redundâncias, ortografia fonética, ausência de concordâncias gramaticais, arcaísmos etc. em franca oposição aos preconceitos em relação à língua oral. O oulipiano questiona a língua, provocando o leitor e obrigando-o a se distanciar da linguagem a que está habituado. Este trabalho propõe uma reflexão sobre a violência observada tanto no texto dito 'original' de Queneau, quanto na tradução e, em particular, na passagem do neo-francês à língua portuguesa do Brasil. Se a própria escrita de Zazie na língua original (o neo-francês) já é um exercício, da tradução espera-se um trabalho que podemos chamar de "trabalho dobrado". Para tanto, admite-se a violência na tradução, o que permite levantar várias questões relativas à língua, à cultura, à identidade, à dicotomia entre língua oral e língua escrita, entre obra original e obra traduzida, além de questionar os limites e as proibições, a criação literária, o trabalho do tradutor, as normas acadêmicas, o desafio da escrita e favorece a divulgação de obras literárias importantes / Abstract: In the novel Zazie dans le métro (1959), Raymond Queneau explores colloquial language, making use of what he called neo-French. The author makes a real popular and oral "exercise in style", mixing registers and parodies, making the novel fast paced and using redundancy, phonetic spelling, grammatically incorrect expressions, archaisms etc. in clear opposition to the prejudices about oral language. The oulipian questions language and culture provoking the reader and forcing him to distance himself from the language he is accustomed to. This work proposes a reflection on violence observed both in Queneau's 'original' text and in its translations, particularly between neo-French and Brazilian Portuguese. If the actual writing of Zazie in the original language (neo-French) was already an exercise, in translation, a kind of "double work" is expected. Admitting violence in translation allows us to raise several issues relating to language, culture, identity, the dichotomy between oral and written language, and between original work and translated work, to limits and prohibitions, literary creation, the work of the translator, academic standards, the challenge of writing and dissemination of important literary works / Mestrado / Teoria, Pratica e Ensino da Tradução / Mestre em Linguística Aplicada

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