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A notação de vogais e consoantes em diferentes fases da psicogênese da escritaBRANDÃO, Cinara Santana da Silva 30 September 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-09-30 / Esta pesquisa buscou examinar como crianças em diferentes hipóteses de escrita
(silábica estrita e alfabética) empregam vogais e consoantes de diferentes tipos, ao
escreverem, como sabem, palavras isoladas. Tivemos como objetivos específicos:
verificar os efeitos da presença de vogais abertas (pedra) e fechadas (pera) na
produção escrita das crianças em diferentes fases da psicogênese da escrita;
investigar quais consoantes costumam ser usadas com valor de uma sílaba e em
que fases tal tendência se instala; analisar se há mais a presença de letras que
notam consoantes de determinado tipo ou características articulatórias, por exemplo
(oclusivas ou fricativas) na escrita das crianças, antes de atingirem a hipótese
alfabética; analisar as condutas apresentadas por crianças durante a escrita
espontânea de palavras isoladas, a fim de identificar o que revelaram sobre
conhecimentos das relações entre fonema e grafema. Apoiamo-nos em estudos
sobre a teoria da psicogênese da escrita de Ferreiro e Teberosky (1979); em
estudos voltados para a fonologia do português do Brasil; nas pesquisas sobre o
papel do conhecimento de letras e da consciência fonológica na compreensão da
escrita alfabética. Participaram da pesquisa alunos de 1º ano de três escolas da
Rede Municipal de Recife e Belo Horizonte. Foram selecionadas vinte crianças para
análise dos resultados, sendo dez silábicas com valor sonoro convencional e dez
alfabéticas e, para análise de condutas, adicionamos mais dez, sendo cinco
silábicas e cinco alfabéticas, totalizando trinta crianças. Adotamos três grandes
etapas de atividades: 1) ditado de palavras para detectar o nível de hipótese de
escrita das crianças; 2) tarefas de conhecimento das letras; 3) ditado de palavras
com diferentes consoantes e vogais do português. Os resultados mostraram que o
maior índice de acertos nos dois subgrupos de crianças, tanto entre as vogais
abertas quanto fechadas referem-se aos fonemas abertos, provavelmente por
coincidir com o nome da letra. Quanto às consoantes que foram mais usadas com
valor de uma sílaba, verificamos que aquelas letras mais usadas pelas crianças nos
ditados foram “B”, “D”, “V”, “P”, “T” e “Z”, respectivamente, sendo mais expressiva
entre os silábicos, que fizeram uso da consoante sem vogal. Verificamos que,
embora não haja notação de consoantes tão expressiva entre os silábicos, quanto
no subgrupo dos alfabéticos, as crianças silábicas começavam a arriscar suas
notações consonantais pelas letras que, devido ao seu nome coincidir com uma
sílaba, facilitava a identificação de seus fonemas nas palavras pronunciadas ou
ditadas, sobretudo quando os fonemas estavam na sílaba inicial da palavra.
Inferimos, a partir dos dados, que, pelo menos no subgrupo de silábicos, as crianças
não pareciam estabelecer essa compreensão fonema-grafema tão claramente, e se
atinham à relação letra e nome da letra, pouco importando suas características
articulatórias. Já os alunos alfabéticos pareciam compreender as relações fonemagrafema,
notando-as sem cometer tantos erros. Quanto às condutas apresentadas
pelas crianças revelaram diferentes comportamentos no que diz respeito ao
conhecimento das relações entre fonema e grafema, que muitas vezes não levamos
em consideração durante nossas avaliações e análises de seus processos de
evolução da aprendizagem. / This research aimed to examine how children with different writing hypothesis (strict
syllabic and alphabetic) employed vowels and consonants of different kinds, when
writing, as they could, isolated words. We had as specific objectives: to check the
effects of the presence of open vowels (pedra) and closed (pera) in children’s written
production, at different psychogenesis stages of writing; to investigate which
consonants are more commonly used with value of a syllable and in which phases
this trend occur; to analyze the effect of letters that note consonants of a certain type
or phonological characteristics, for example (occlusive or fricative) on children’s
writing before they reach the alphabetical hypothesis; and to analyse children’s
behaviors presented during spontaneous writing of isolated words, in order to identify
what they revealed about knowledge of the relationships between phonemes and
graphemes. We have adopted the studies of the psychogenesis theory of the written
language, by Ferreiro and Teberosky (1979); and also based our research on studies
focused on Portuguese phonology of Brazil and about the role of letter-name
knowledge and of phonological awareness in understanding the alphabetic writing
principle. Our subjects were first-grade students of three municipal schools of Recife
and Belo Horizonte. Twenty children were selected for analysis of results, ten syllabic
with conventional sound value and ten alphabetic; we added ten more children for
analysis of behaviors while writing (five syllabic and five alphabetic). We have
adopted three major kinds of tasks: 1) spontaneous writing activities, in order to
identify their level of understanding of alphabetic writing; 2) three activities of letter
knowledge (naming, identification and production); 3) spontaneous writing of
Portuguese words with different consonants and vowels. The results showed that the
highest percentage of correct spellings in the two groups of children, occurred with
open vowels (in comparison with closed ones), probably because they match the
name of the letter. The consonants that were more often used with value of one
syllable by children in the dictations were “B”, “D”, “V”, “P”, “T” and “Z”, respectively,
being more expressive among syllabic children, who made use of a consonant
without a vowel. We noticed that, although there were no consonants so expressive
in the notation among syllabic kids (in comparison with their alphabetic peers),
syllabic children started to risk producing consonantal notations with those letters
which had names sounding like a syllable, what seemed to facilitate the identification
of its phonemes in words pronounced or spoken, especially when the phonemes
were on the initial syllable of the word. We infer from the data that, at least in the
syllabic subgroup, where children did not seem to establish this understanding of
phoneme-grapheme relationships so clearly, and if you stick to the letter and the
letter name relationship, regardless of their phonological characteristics. The
alphabetic children seemed to understand the relationships between phonemes and
graphemes, noting them without making so many mistakes. The behaviors presented
by the children while writing revealed different procedures related to knowledge of
the relationship between phonemes and graphemes, which often are not taken into
account when educators or researchers evaluate or analyze the evolution of
children’s learning processes of the alphabet.
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