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Acessibilidade semântica nas construções relativas em línguas indígenas brasileiras: um estudo tipológico-funcional

Oliveira, Gabriela Maria de [UNESP] 28 July 2011 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:22:19Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2011-07-28Bitstream added on 2014-06-13T19:27:29Z : No. of bitstreams: 1 oliveira_gm_me_sjrp.pdf: 694678 bytes, checksum: d0b469f7cacf82b729e428d0d985aa22 (MD5) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / O objetivo deste trabalho é investigar a atuação de restrições de ordem semântica ao lado das de ordem sintática para a determinação do processo de formação de orações relativas, em busca de evidências que confirmem a revisão da Hierarquia de Acessibilidade (HA) de Keenan e Comrie (1977) proposta por Dik (1997). As críticas à HA de Keenan e Comrie (1977) dizem respeito tanto a razões empíricas – pelo fato de que em algumas línguas não há nenhuma forma de se construir orações relativas; quanto a razões teóricas – pelo fato de as funções sintáticas não serem relevantes para todas as línguas do mundo. O corpus deste trabalho é composto por 30 línguas indígenas brasileiras e conta com descrições previamente feitas, como gramáticas, teses e outros tipos de manuais descritivos. Os dados coletados por este trabalho confirmam a hipótese de que é necessária uma revisão da HA. As lacunas na HA dizem respeito, principalmente, à função de Objeto Indireto. Para várias das línguas investigadas, essa função sintática não está acessível à relativização, mas outras funções, mais baixas na hierarquia do que essa, podem ser relativizadas, contrariando a HA de Keenan e Comrie (1977). Ao se analisarem as funções semânticas relativizadas, concluiu-se que as funções de Recipiente, Locativo e Tempo têm o mesmo estatuto nas línguas, hipótese confirmada pela teoria da Gramática Discursivo-Funcional. Em consequência disso, propomos neste trabalho uma outra hierarquia, baseada em critérios sintáticos e semânticos. Além disso, a nominalização desponta, neste trabalho, como a estratégia de relativização mais recorrente, apesar de não ser aceita como estratégia legítima para alguns autores de orientação formalista / This study aims at investigating the role of semantic and syntactic constraints to determine the process of relative clauses formation, in search of evidence that confirms the revision of the Accessibility Hierarchy (AH), by Keenan and Comrie (1977), proposed by Dik (1997). The criticism to the HA, by Keenan and Comrie (1977), concern both empirical reasons (the fact that there are languages that do not have any type of relative construction) and theoretical reasons (the fact that the authors take syntactic categories as universal without mentioning any theory that defines them and without taking into account that there are languages for which these functions are not relevant). The corpus of this work consists of 30 Brazilian indigenous languages and includes descriptions made previously, such as grammar books, theses and other types of descriptive manuals. Data collected by this study confirm the hypothesis that a review is needed for AH. Gaps in the AH relate mainly to the function of Indirect Object. For many languages, such function is not accessible to relativization, but other functions, lower in the hierarchy, can be relativized. When analyzing the relativized semantic functions, it was concluded that the semantic functions of Recipient, Locative and Time have the same status in the languages, a hypothesis that is also confirmed by the theory of Functional Discourse Grammar. In addition, in this study, nominalization happens to be the most recurrent strategy of relativization, although it is not accepted as a legitimate strategy for some more formalistic authors

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