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Ceractomia fotorrefrativa (PRK) com mitomicina C baseada na análise de frentes de onda corneanas para o tratamento da hipermetropia consecutiva à ceratotomia radial / Corneal wavefront-guided photorefractive keratectomy (PRK) with adjunctive mitomycin C (MMC) for the treatment of hyperopia after radial keratotomy

Ghanem, Ramon Coral 12 November 2010 (has links)
OBJETIVO: Avaliar a eficácia, estabilidade, previsibilidade e segurança da ceratectomia fotorrefrativa (PRK) guiada pelas frentes de onda corneana para o tratamento da hipermetropia secundária à ceratotomia radial (CR). MÉTODOS: Foram avaliados prospectivamente 61 olhos de 39 pacientes consecutivos, submetidos a PRK personalizado com o laser Esiris-Schwind. A técnica constou de desepitelização mecânica, fotoablação, e utilização de mitomicina C (MMC) 0,02% por 20 ou 40 segundos. A MMC foi aplicada por 40 segundos em 17 olhos (27,9%) que haviam sido submetidos a ablações mais profundas do que 100 ?m ou apresentavam córneas previamente suturadas. As avaliações pós-operatórias foram realizadas após sete dias, um, seis, 12 e 24 meses. Todos os olhos foram avaliados após um ano e dois anos. RESULTADOS: O intervalo médio entre a CR e o PRK foi de 18,8 anos ± 3,8 (DP); o equivalente esférico (EE) médio antes da ceratotomia radial era -4,10 dioptrias (D) ± 1,44. As medidas prévias ao PRK mostraram EE médio de +4,17 D ± 1,97; astigmatismo médio de -1,39 D ± 1,04; AV com correção (AVcc) média de 0,161 ± 0,137 (logMAR); e curvatura corneana média de 35,85 ± 3,60 D. Os resultados encontrados dois anos após a cirurgia foram: EE médio de 0,14 ± 0,99 D (p < 0,001); astigmatismo médio de -1,19 ± 1,02 D (p = 0,627); AV sem correção (AVsc) média de 0,265 ± 0,196 (p < 0,001); AVcc média de 0,072 ± 0,094 (p < 0,001); e curvatura corneana média de 39,01 ± 3,18 D (p < 0,001). AVsc igual ou melhor a 20/25 foi observada em 38% dos olhos e igual ou melhor a 20/40 em 69%. A AVcc melhorou em 62,3% dos olhos, sendo que 21 olhos (34,4%) melhoraram uma linha e outros 17 olhos (27,9%), duas ou mais linhas. Um olho (1,6%) perdeu duas linhas devido ao astigmatismo irregular ocasionado por opacificação corneana periférica. Outro olho perdeu três linhas pelo desenvolvimento de ectasia corneana entre seis e 24 meses, devido ao alargamento progressivo de uma incisão radial inferior, e foi posteriormente submetido à sutura da incisão. Houve 30 olhos (49,2%) entre ± 0,50 D do EE planejado e 45 (73,8%) entre ± 1,00 D. Entre seis e 24 meses, a regressão média do EE foi de +0,39 D (p < 0,05) e cinco olhos (8,3%) sofreram desvio hipermetrópico > 1,00 D. Ocorreu redução estatisticamente significante do coma (p = 0,001), trefoil (p = 0,008), aberração esférica (p < 0,001), astigmatismo secundário (p = 0,001) e quatrefoil (p < 0,001). Não houve mudança estatisticamente significativa da contagem endotelial (p = 0,161). Dois olhos (3,3%) desenvolveram opacificação corneana periférica grau 2 e um, grau 3. CONCLUSÃO: O PRK personalizado pelas frentes de onda corneana coadjuvado pela MMC foi eficaz, previsível e seguro pelo período de dois anos para a redução da hipermetropia após a CR. No pós-operatório observou-se melhora significativa da AVsc, AVcc e das aberrações corneanas. Constatou-se, entretanto, que a hipermetropia consecutiva à CR continua a progredir após o tratamento com o excimer laser. / PURPOSE: To assess the efficacy, stability, predictability and safety of corneal wavefront-guided photorefractive keratectomy (PRK) for correcting hyperopia after radial keratotomy (RK). METHODS: In a prospective study, 61 eyes of 39 consecutive patients were treated with PRK using an Esiris-Schwind excimer laser. Corneal epithelium was mechanically removed, followed by photoablation and use of 0.02% mitomycin C (MMC) for 20 or 40 seconds. MMC was used for 40 seconds in 18 eyes (27.9%) which underwent ablations deeper than 100 micron or had previous corneal sutures. Postoperative evaluations were performed after seven days, six, 12 and 24 months. All patients were followed up for two years. RESULTS: The mean time between RK and PRK was 18.8 years ± 3.8 (SD); mean spherical equivalent (SE) before RK was -4.10 diopters (D) ± 1.44. Before PRK, the mean SE was +4.17 D ± 1.97, mean astigmatism was -1.39 D ± 1.04, the mean best-corrected visual acuity (BCVA) was 0.161 ± 0.137 (logMAR) and the mean corneal curvature was 35.85 ± 3.60 D. At 24 months, mean SE was 0.14 ± 0.99 D (p < 0.001), mean astigmatism was -1.19 ± 1.02 D (p = 0.627), mean UCVA was 0.265 ± 0.196 (p < 0.001), mean BSCVA was 0.072 ± 0.094 (p < 0.001) and the mean corneal curvature was 39.01 ± 3.18 D (p < 0.001). UCVA was 20/25 or better in 38% of eyes and 20/40 or better in 69%. BCVA improved in 62.3% of eyes, with 21 (34.4%) gaining one line and 17 (27.9%), two or more lines. One eye (1.6%) lost two lines due to irregular astigmatism and peripheral haze. Another eye lost three lines due to keratectasia occurring between six and 24 months resulting from widening of an inferior radial incision that was later sutured. Thirty eyes (49.2%) were within ± 0.50 D of intended SE and 45 (73.8%) were within ± 1.00 D. From six to 24 months, the mean SE regression was +0.39 D (p < 0.05) and five eyes (8.3%) had a hyperopic shift > 1.00 D. A significant decrease in coma (p = 0.001), trefoil (p = 0.008), spherical aberration (p < 0.001), secondary astigmatism (p = 0.001) and quatrefoil (p < 0.001) was observed. Endothelial cell counts did not show a statistically significant decrease (p = 0.161). Two eyes (3.3%) developed peripheral haze grade 2 and one, grade 3. CONCLUSION: Corneal wavefront-guided PRK with MMC was effective, predictable and safe after two years for the treatment of hyperopia after RK. A significant improvement in UCVA, BSCVA and corneal aberrations was obtained. However, hyperopic shift after RK continued to progress after excimer laser surgery.
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Ceractomia fotorrefrativa (PRK) com mitomicina C baseada na análise de frentes de onda corneanas para o tratamento da hipermetropia consecutiva à ceratotomia radial / Corneal wavefront-guided photorefractive keratectomy (PRK) with adjunctive mitomycin C (MMC) for the treatment of hyperopia after radial keratotomy

Ramon Coral Ghanem 12 November 2010 (has links)
OBJETIVO: Avaliar a eficácia, estabilidade, previsibilidade e segurança da ceratectomia fotorrefrativa (PRK) guiada pelas frentes de onda corneana para o tratamento da hipermetropia secundária à ceratotomia radial (CR). MÉTODOS: Foram avaliados prospectivamente 61 olhos de 39 pacientes consecutivos, submetidos a PRK personalizado com o laser Esiris-Schwind. A técnica constou de desepitelização mecânica, fotoablação, e utilização de mitomicina C (MMC) 0,02% por 20 ou 40 segundos. A MMC foi aplicada por 40 segundos em 17 olhos (27,9%) que haviam sido submetidos a ablações mais profundas do que 100 ?m ou apresentavam córneas previamente suturadas. As avaliações pós-operatórias foram realizadas após sete dias, um, seis, 12 e 24 meses. Todos os olhos foram avaliados após um ano e dois anos. RESULTADOS: O intervalo médio entre a CR e o PRK foi de 18,8 anos ± 3,8 (DP); o equivalente esférico (EE) médio antes da ceratotomia radial era -4,10 dioptrias (D) ± 1,44. As medidas prévias ao PRK mostraram EE médio de +4,17 D ± 1,97; astigmatismo médio de -1,39 D ± 1,04; AV com correção (AVcc) média de 0,161 ± 0,137 (logMAR); e curvatura corneana média de 35,85 ± 3,60 D. Os resultados encontrados dois anos após a cirurgia foram: EE médio de 0,14 ± 0,99 D (p < 0,001); astigmatismo médio de -1,19 ± 1,02 D (p = 0,627); AV sem correção (AVsc) média de 0,265 ± 0,196 (p < 0,001); AVcc média de 0,072 ± 0,094 (p < 0,001); e curvatura corneana média de 39,01 ± 3,18 D (p < 0,001). AVsc igual ou melhor a 20/25 foi observada em 38% dos olhos e igual ou melhor a 20/40 em 69%. A AVcc melhorou em 62,3% dos olhos, sendo que 21 olhos (34,4%) melhoraram uma linha e outros 17 olhos (27,9%), duas ou mais linhas. Um olho (1,6%) perdeu duas linhas devido ao astigmatismo irregular ocasionado por opacificação corneana periférica. Outro olho perdeu três linhas pelo desenvolvimento de ectasia corneana entre seis e 24 meses, devido ao alargamento progressivo de uma incisão radial inferior, e foi posteriormente submetido à sutura da incisão. Houve 30 olhos (49,2%) entre ± 0,50 D do EE planejado e 45 (73,8%) entre ± 1,00 D. Entre seis e 24 meses, a regressão média do EE foi de +0,39 D (p < 0,05) e cinco olhos (8,3%) sofreram desvio hipermetrópico > 1,00 D. Ocorreu redução estatisticamente significante do coma (p = 0,001), trefoil (p = 0,008), aberração esférica (p < 0,001), astigmatismo secundário (p = 0,001) e quatrefoil (p < 0,001). Não houve mudança estatisticamente significativa da contagem endotelial (p = 0,161). Dois olhos (3,3%) desenvolveram opacificação corneana periférica grau 2 e um, grau 3. CONCLUSÃO: O PRK personalizado pelas frentes de onda corneana coadjuvado pela MMC foi eficaz, previsível e seguro pelo período de dois anos para a redução da hipermetropia após a CR. No pós-operatório observou-se melhora significativa da AVsc, AVcc e das aberrações corneanas. Constatou-se, entretanto, que a hipermetropia consecutiva à CR continua a progredir após o tratamento com o excimer laser. / PURPOSE: To assess the efficacy, stability, predictability and safety of corneal wavefront-guided photorefractive keratectomy (PRK) for correcting hyperopia after radial keratotomy (RK). METHODS: In a prospective study, 61 eyes of 39 consecutive patients were treated with PRK using an Esiris-Schwind excimer laser. Corneal epithelium was mechanically removed, followed by photoablation and use of 0.02% mitomycin C (MMC) for 20 or 40 seconds. MMC was used for 40 seconds in 18 eyes (27.9%) which underwent ablations deeper than 100 micron or had previous corneal sutures. Postoperative evaluations were performed after seven days, six, 12 and 24 months. All patients were followed up for two years. RESULTS: The mean time between RK and PRK was 18.8 years ± 3.8 (SD); mean spherical equivalent (SE) before RK was -4.10 diopters (D) ± 1.44. Before PRK, the mean SE was +4.17 D ± 1.97, mean astigmatism was -1.39 D ± 1.04, the mean best-corrected visual acuity (BCVA) was 0.161 ± 0.137 (logMAR) and the mean corneal curvature was 35.85 ± 3.60 D. At 24 months, mean SE was 0.14 ± 0.99 D (p < 0.001), mean astigmatism was -1.19 ± 1.02 D (p = 0.627), mean UCVA was 0.265 ± 0.196 (p < 0.001), mean BSCVA was 0.072 ± 0.094 (p < 0.001) and the mean corneal curvature was 39.01 ± 3.18 D (p < 0.001). UCVA was 20/25 or better in 38% of eyes and 20/40 or better in 69%. BCVA improved in 62.3% of eyes, with 21 (34.4%) gaining one line and 17 (27.9%), two or more lines. One eye (1.6%) lost two lines due to irregular astigmatism and peripheral haze. Another eye lost three lines due to keratectasia occurring between six and 24 months resulting from widening of an inferior radial incision that was later sutured. Thirty eyes (49.2%) were within ± 0.50 D of intended SE and 45 (73.8%) were within ± 1.00 D. From six to 24 months, the mean SE regression was +0.39 D (p < 0.05) and five eyes (8.3%) had a hyperopic shift > 1.00 D. A significant decrease in coma (p = 0.001), trefoil (p = 0.008), spherical aberration (p < 0.001), secondary astigmatism (p = 0.001) and quatrefoil (p < 0.001) was observed. Endothelial cell counts did not show a statistically significant decrease (p = 0.161). Two eyes (3.3%) developed peripheral haze grade 2 and one, grade 3. CONCLUSION: Corneal wavefront-guided PRK with MMC was effective, predictable and safe after two years for the treatment of hyperopia after RK. A significant improvement in UCVA, BSCVA and corneal aberrations was obtained. However, hyperopic shift after RK continued to progress after excimer laser surgery.
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Dor no pós-operatório da ceratectomia fotorrefrativa (PRK) com fosfato de codeína 30 mg/ paracetamol 500 mg: ensaio clínico aleatório / Codeine plus acetaminophen for pain afier photorefractive keratectomy: a randomized, double-blind, placebo-controlled add-on trial

Pereira, Vinícius Borges Porfírio 02 March 2018 (has links)
Introdução: A ceratectornia fotorrefrativa (PRK) é uma das técnicas de cirurgia refrativa mais empregadas no mundo. A despeito de sua efetividade e segurança no tratamento de miopia, hipermetropia e astigmatismo, a dor permanece ainda como um dos grandes desafios no período pós-operatório da PRK. Embora a associação dos fármacos codeína (opióide oral) e paracetamol (analgésico) seja amplamente empregada no período pós-cirúrgico de várias especialidades médicas. a eficácia e segurança dessa associação não foi avaliada no manejo da dor no pós-PRK. Objetivo: O objetivo da presente tese foi testar a combinação codeína + paracetamol no manejo da dor pós-PRK. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico controlado por placebo, randomizado, paralelo e duplo-cego. O subdelineamento é do tipo \"add-on \", isto é. o grupo da intervenção recebeu a terapia padrão + a intervenção. enquanto o grupo controle recebeu a terapia padrão + placebo. A amostra foi composta por 41 participantes (82 olhos) - por meio do delineamento \"olhos pareados\" (paired-eye design), ou seja, o olho foi a unidade de análise. As cirurgias foram realizadas com duas semanas de intervalo. Um olho recebeu codeína (30 mg) + paracetamol (500 mg) 4x1dia por quatro dias (período A), enquanto o outro olho recebeu placebo 4x/dia por quatro dias (período B). Tanto a alocação (intervenção ou placebo) quanto a ordem (A-B ou B-A) foram aleatorizadas. A dor foi avaliada por meio de três escalas: questionário de dor McGill (MPQ). Inventário Resumido da Dor (I3PI) e escala visual análoga (EVA) nos períodos I, 24, 48 e 72 horas após a cirurgia. O período de seguimento total foi de quatro meses. Resultados: A idade média dos pacientes foi de 30 anos (rnin-máx: 22-52), dos quais 67% foram mulheres. Dos 82 olhos inicialmente arrolados no estudo, 80 completaram os quatro meses de seguimento (40 na intervenção e 40 no placebo). Os escores medianos de dor mensurados pela EVA foram significativamente mais baixos no grupo da intervenção comparado com o grupo placebo - durante todo o período do pós- cirúrgico imediato (1-48 horas). Os eventos adversos foram brandos e de fácil manejo clínico; os mais comuns foram sonolência, náusea e constipação. Após um seguimento de quatro meses, não foi observado nenhum retardo na resposta de cicatrização da córnea ou haze. Conclusões: A combinação de codeína (30mg) e paracetamol (500mg) via oral (4x/dia) é segura e significativamente superior ao placebo para o controle da dor após a PRK / Introduction: Photorefractive keratectomy (PRK) is one of most widely performed types of refractive surgery in the world. In spite of its effectiveness and safety for the treatment of myopia, hypermetropia and astigmatism, pain remains one of the biggest clinical challenges during the early postoperative period after PRK. Although the combination of codeine (an oral opioid) plus acetaminophcn (an analgesic) has been widely used during the postoperative period in many medical specialties, both its efficacy and safety have not been formally investigated for pain control after PRK. Objective: To carry out a randomized, controlled c1inical trial, specifically dcsigned to test whether the combination of codeine + acetaminophen is efficacious and safe for pain control after PRK. Methods: Double-blind (patients and outcome assessors), randomized, parallel, placebo-controlled trial. An add-on design was adopted. tl.at is, the intervention group received the standard of care therapy + codeine/acetaminophen, whereas the control group received the standard o[ care therapy + placebo. The sample encompassed 41 participants (82 eyes) through the \"paired-eye design\". In other words, the eye was the unity of analysis. Surgeries were performed two weeks ap311. One eye received codeine (30mg) + acetaminophen (500mg) 4x/day for four days (period A), whereas the fellow (control) eye received placebo 4x/day for four days (period B). Both treatrnents (intervention or placebo) and treatment order (A-B or B-A) were randomly chosen. Pain was asscsscd at 1, 24, 48 and 72h postopcrativcly by three scales: visual analogue scale (VAS), McGill Pain Questionnaire (MQP) and Brief Pain Inventory (BPI). The total follow-up period was 4 months. Results: The mean age of patients was 30 years (rnin-max: 22-52) and 67% (27/40) were female. Ofthe initial 82 eyes, 80 completed the trial (40 in the intervention 31m, 40 in the placebo arm). Median pain scores as measured by the VAS were significantly lower during treatment with codeine/acetaminophen compared to the placebo throughout the early postoperative period (1-48h). Virtually identical results were obtained by the MQP and BPI scales, suggesting that the intervention can have a positive impact not only on the pain intensity, but also on the multidimensional aspects of pain, such as interference on activities of daily living as well as emotional status. Adverse events (AEs) were usually mild and easily managed. The most common AEs were drowsiness, nausea and constipation. After a follow- up period of four months, no case of delayed epithelial healing or haze was observed in both treatment arms. Conclusions: When added to the standard of care therapy, the oral combination of codeine (30mg) and acetaminophen (500mg) given 4x/day was safe and significantly superior to placebo for pain control after PRK
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Dor no pós-operatório da ceratectomia fotorrefrativa (PRK) com fosfato de codeína 30 mg/ paracetamol 500 mg: ensaio clínico aleatório / Codeine plus acetaminophen for pain afier photorefractive keratectomy: a randomized, double-blind, placebo-controlled add-on trial

Vinícius Borges Porfírio Pereira 02 March 2018 (has links)
Introdução: A ceratectornia fotorrefrativa (PRK) é uma das técnicas de cirurgia refrativa mais empregadas no mundo. A despeito de sua efetividade e segurança no tratamento de miopia, hipermetropia e astigmatismo, a dor permanece ainda como um dos grandes desafios no período pós-operatório da PRK. Embora a associação dos fármacos codeína (opióide oral) e paracetamol (analgésico) seja amplamente empregada no período pós-cirúrgico de várias especialidades médicas. a eficácia e segurança dessa associação não foi avaliada no manejo da dor no pós-PRK. Objetivo: O objetivo da presente tese foi testar a combinação codeína + paracetamol no manejo da dor pós-PRK. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico controlado por placebo, randomizado, paralelo e duplo-cego. O subdelineamento é do tipo \"add-on \", isto é. o grupo da intervenção recebeu a terapia padrão + a intervenção. enquanto o grupo controle recebeu a terapia padrão + placebo. A amostra foi composta por 41 participantes (82 olhos) - por meio do delineamento \"olhos pareados\" (paired-eye design), ou seja, o olho foi a unidade de análise. As cirurgias foram realizadas com duas semanas de intervalo. Um olho recebeu codeína (30 mg) + paracetamol (500 mg) 4x1dia por quatro dias (período A), enquanto o outro olho recebeu placebo 4x/dia por quatro dias (período B). Tanto a alocação (intervenção ou placebo) quanto a ordem (A-B ou B-A) foram aleatorizadas. A dor foi avaliada por meio de três escalas: questionário de dor McGill (MPQ). Inventário Resumido da Dor (I3PI) e escala visual análoga (EVA) nos períodos I, 24, 48 e 72 horas após a cirurgia. O período de seguimento total foi de quatro meses. Resultados: A idade média dos pacientes foi de 30 anos (rnin-máx: 22-52), dos quais 67% foram mulheres. Dos 82 olhos inicialmente arrolados no estudo, 80 completaram os quatro meses de seguimento (40 na intervenção e 40 no placebo). Os escores medianos de dor mensurados pela EVA foram significativamente mais baixos no grupo da intervenção comparado com o grupo placebo - durante todo o período do pós- cirúrgico imediato (1-48 horas). Os eventos adversos foram brandos e de fácil manejo clínico; os mais comuns foram sonolência, náusea e constipação. Após um seguimento de quatro meses, não foi observado nenhum retardo na resposta de cicatrização da córnea ou haze. Conclusões: A combinação de codeína (30mg) e paracetamol (500mg) via oral (4x/dia) é segura e significativamente superior ao placebo para o controle da dor após a PRK / Introduction: Photorefractive keratectomy (PRK) is one of most widely performed types of refractive surgery in the world. In spite of its effectiveness and safety for the treatment of myopia, hypermetropia and astigmatism, pain remains one of the biggest clinical challenges during the early postoperative period after PRK. Although the combination of codeine (an oral opioid) plus acetaminophcn (an analgesic) has been widely used during the postoperative period in many medical specialties, both its efficacy and safety have not been formally investigated for pain control after PRK. Objective: To carry out a randomized, controlled c1inical trial, specifically dcsigned to test whether the combination of codeine + acetaminophen is efficacious and safe for pain control after PRK. Methods: Double-blind (patients and outcome assessors), randomized, parallel, placebo-controlled trial. An add-on design was adopted. tl.at is, the intervention group received the standard of care therapy + codeine/acetaminophen, whereas the control group received the standard o[ care therapy + placebo. The sample encompassed 41 participants (82 eyes) through the \"paired-eye design\". In other words, the eye was the unity of analysis. Surgeries were performed two weeks ap311. One eye received codeine (30mg) + acetaminophen (500mg) 4x/day for four days (period A), whereas the fellow (control) eye received placebo 4x/day for four days (period B). Both treatrnents (intervention or placebo) and treatment order (A-B or B-A) were randomly chosen. Pain was asscsscd at 1, 24, 48 and 72h postopcrativcly by three scales: visual analogue scale (VAS), McGill Pain Questionnaire (MQP) and Brief Pain Inventory (BPI). The total follow-up period was 4 months. Results: The mean age of patients was 30 years (rnin-max: 22-52) and 67% (27/40) were female. Ofthe initial 82 eyes, 80 completed the trial (40 in the intervention 31m, 40 in the placebo arm). Median pain scores as measured by the VAS were significantly lower during treatment with codeine/acetaminophen compared to the placebo throughout the early postoperative period (1-48h). Virtually identical results were obtained by the MQP and BPI scales, suggesting that the intervention can have a positive impact not only on the pain intensity, but also on the multidimensional aspects of pain, such as interference on activities of daily living as well as emotional status. Adverse events (AEs) were usually mild and easily managed. The most common AEs were drowsiness, nausea and constipation. After a follow- up period of four months, no case of delayed epithelial healing or haze was observed in both treatment arms. Conclusions: When added to the standard of care therapy, the oral combination of codeine (30mg) and acetaminophen (500mg) given 4x/day was safe and significantly superior to placebo for pain control after PRK

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