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Análise proteômica comparativa de Leishmania (Leishmania) infantum para identificação de proteínas diferencialmente expressas induzidas pelo modelo de desnutrição proteica murino.Ostolin, Thalita Lopes Valentim January 2014 (has links)
Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto. / Submitted by Oliveira Flávia (flavia@sisbin.ufop.br) on 2015-10-14T21:05:26Z
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Previous issue date: 2014 / A leishmaniose é uma doença endêmica em vários países, com incidência anual de 2 milhões de casos. A forma visceral da doença é a mais severa e a falta de tratamento pode levar o indivíduo à morte. Está bem estabelecido que a desnutrição (DPC) constitui fator de risco para a progressão clínica da leishmaniose visceral (LV), porém, pouco se conhece sobre os mecanismos bioquímicos envolvidos tanto na biologia do parasito quanto na resposta do hospedeiro na ocorrência simultânea de DPC e LV. Assim, o presente trabalho teve como foco a análise do perfil proteômico de Leishmania (Leishmania) infantum após a passagem pelo modelo murino de desnutrição proteica. Camundongos do grupo teste receberam dieta contendo 3% de proteína, enquanto os do grupo controle receberam dieta normal, contendo 14%. Após 8 semanas do início da dieta, confirmou-se a desnutrição dos animais do grupo teste a partir dos parâmetros peso corporal e dosagem sérica de proteína total e albumina. Os camundongos de cada grupo foram infectados com promastigotas de L. infantum, na mesma dose, e, posteriormente, os parasitos foram recuperados do fígado e baço na 2a semana (fase aguda) e na 15a semana (fase crônica) pós-infecção. Após a 15ª semana de infecção crônica, parasitos recuperados de animais de ambos os grupos exibiram curva de crescimento diferencial in vitro, sugerindo maior atividade proliferativa de promastigotas isolados de camundongos desnutridos. O estado nutricional também influenciou significativamente no aumento da carga parasitária total do fígado em animais desnutridos. A técnica 2D-PAGE comparativa, para os extratos de L. infantum recuperados dos dois grupos, revelou perfis eletroforéticos similares com poucos spots únicos de cada extrato. No entanto, promastigotas recuperados de animais em fase crônica da LV e submetidos à desnutrição apresentaram aumento de expressão para proteínas envolvidas com biossíntese proteica. A resposta imune humoral dos animais, frente a antígenos solúveis do parasito, também foi avaliada pela técnica de Western blotting. Essa abordagem imunoproteômica revelou padrões de reatividade distintos para os soros de animais de ambos os grupos. De particular importância, o soro de camundongos desnutridos quando empregado na mesma diluição do soro de camundongos normonutridos, não reconhece proteínas da família das HSP’s e chaperoninas, as quais têm sido descritas como altamente imunogênicas em diversos estudos. Coletivamente, os resultados obtidos demonstraram que a DPC altera o perfil proteômico de L. infantum, compromete o estabelecimento de uma resposta humoral eficaz contra proteínas do parasito e está associada ao aumento de carga parasitária no hospedeiro vertebrado. ____________________________________________________________________________________________ / ABSTRACT: Leishmaniasis is an endemic disease in many countries with approximately 2 million cases reported annually. The visceral form of the disease is the most severe, and the lack of treatment can lead to death. It has been established that undernutrition constitutes a risk factor for the progression of visceral leishmaniasis (VL). However, little is known about the biochemical mechanisms involved in parasite´s biology as well as in the host response when undernutrition and VL occur simultaneously. In this context, the present investigation intended to evaluate the proteomic profile of Leishmania (Leishmania) infantum promastigotes after passage in mice previously maintained under protein restriction. Mice belonging to the test group received a diet containing 3% protein whilst those from the control were fed a 14% protein diet. After 8 weeks, protein undernutrition was confirmed for test-group animals by monitoring body weight and serum levels of total protein and albumin. Mice from both groups were then inoculated with L. infantum promastigotes, at the same dose, and parasites recovered from liver and spleen on the 2nd (acute phase) and 15th (chronic phase) weeks post-infection. Promastigotes from mice under chronic phase VL exhibited a differential growth curve in vitro, suggesting an increased proliferative activity for parasites isolated from animals of the test group. The nutritional status also significantly increased parasite burden in the liver of test-group animals. A comparative 2D-PAGE technique, using protein extracts of L. infantum promastigotes isolated from both groups, revealed similar electrophoretic profiles with few unique spots assigned to each extract. Nevertheless, promastigotes recovered from animals under chronic phase VL and submitted to protein restriction displayed increased expression of molecules involved with protein biosynthesis. The reactivity of whole serum IgG against parasite soluble antigens was also evaluated using the Western blotting technique. This immunoproteomic approach revealed distinct reactivity patterns associated with the sera of animals belonging to the two groups. Of particular importance, sera from test-group animals, when used in the same dilution as sera from control-group animals, did not recognize HSP´s and chaperones which have been described as highly immunogenic in various studies. Collectively, our results demonstrated that protein undernutrition alters the proteomic profile of L. infantum, compromises the establishment of an efficient humoral response against promastigote antigens and is associated to increased parasite burden in the vertebrate host.
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