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Repercussões metabólicas em doenças hepáticas crônicasFONSECA, Caíque Silveira Martins da 11 November 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-11-11 / CAPEs / O fígado é o centro executor metabólico mais importante do organismo, e, por esta
razão, é alvo de uma miríade de agentes tóxicos, infecciosos ou não. Com isso, tanto
distúrbios metabólicos externos ao órgão têm potencial para afetar o funcionamento
do fígado, quanto injúria hepática pode afetar o metabolismo geral do organismo.
Entretanto a forma como acontece esta interação de duas vias entre fígado é o resto
do organismo não está clara sob diversos aspectos. A esquistossomose mansônica é
uma doença infecto-parasitária crônica cujos efeitos mais graves têm gênese na injúria
hepática, principalmente na fase hepatoesplênica. No entanto, sabe-se muito pouco
sobre suas repercussões metabólicas. Do outro lado deste cenário, diversos distúrbios
metabólicos crônicos, em boa parte relacionados ao equilíbrio energético do
organismo, contribuem para o surgimento de doença hepática, das quais a mais
prevalente é a Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica. Sendo assim, o objetivo
deste trabalho foi avaliar as repercussões metabólicas dos distúrbios hepáticos
causados por esquistossomose mansônica hepatoesplênica e pela doença hepática
gordurosa não alcoólica. Para tanto, duas linhas de ação foram utilizadas. A primeira
baseou-se na investigação da influência do polimorfismo da apolipoproteína E sobre
o metabolismo lipídico/ lipoproteico e pela investigação da resistência à insulina e sua
relação com os distúrbios nos lipídios plasmáticos de sujeitos com esquistossomose
hepatoesplênica. Pacientes tiveram os genótipos da apolipoproteína E identificados e
lipídios plasmáticos medidos. Foi observado que o referido polimorfismo poderia
influenciar no metabolismo lipídico e que as modificações causadas pelos alelos ε2 e
ε4 são contundentes, porém suprimidas na avaliação geral da população devido à alta
frequência do alelo ε3. Outro coorte de pacientes com esquistossomose mansônica
hepatoesplênica teve insulina, glicose e lipídeos plasmáticos quantificados e o
resultados demonstraram que, nestes sujeitos, há evidente desregulação na ação da
insulina, pela hiperinsulinemia observada. Interessantemente, distúrbios no
metabolismo geralmente associados com o quadro de resistência à insulina não foram
observados. A segunda linha de ação utilizou diferentes dietas hiperlipídicas, ricas em
ácidos graxos, colesterol e/ou sacarose, em camundongos para investigar a interação
entre obesidade, resistência à insulina e inflamação, e o desenvolvimento e
progressão da doença hepática gordurosa não alcoólica. Foram utilizadas medições
antropométricas, quantificação de lipídeos, glicose e insulina plasmáticos, teste de
tolerância à glicose, histologia de fígado e tecido adiposo e análise da expressão de
diversos genes relacionados à inflamação e metabolismo de fígado e tecido adiposo
de forma a obter um panorama das interações metabólicas e da maneira como os
diferentes compostos poderiam influenciar nestes processos. Foi observado que a
dieta rica em ácidos graxos causou maior desregulação do tecido adiposo e
resistência à insulina, enquanto que a dieta rica em sacarose induziu maior inflamação
hepática e a dieta rica em colesterol provocou fibrose no fígado, mas sem o mesmo
grau de inflamação. Nas diferentes abordagens foi possível observar que o
comprometimento do funcionamento hepático esteve relacionado com a desregulação
do metabolismo energético, pela observação de modificações no metabolismo lipídico
e resistência à insulina. No caso específico do estudo com modelo animal, foi possível
observar, adicionalmente, que efeitos específicos podem ser gerados em decorrência
da utilização de moléculas diferentes. / Liver is the most important metabolic executor center of the body, and, therefore, is the
target of a myriad of toxic agents, infectious or not. In this scenario, the metabolic
disorders outside of this organ have the potential to affect liver function. Similarly, but
through the other way, liver injury can affect general metabolism of the organism.
However, it is not clear in many aspects how this two-way interaction between liver is
the rest of the body happens. Schistosomiasis mansoni is an infectious parasitic
disease whose most serious chronic effects are generated by liver injury, especially in
the hepatosplenic phase. Nevertheless, we know very little about its metabolic
consequences. On the other side of this scenario, several chronic metabolic disorders,
largely related to the energy balance of the body, contribute to the emergence of liver
disease, of which the most prevalent is the non-alcoholic fatty liver disease. Thus, the
aim of this study was to investigate the metabolic effects of chronic liver disorders
caused by hepatosplenic mansonic schistosomiasis and for non-alcoholic fatty liver
disease. For this, two lines of action were used. The first was based on the investigation
of the influence of apolipoprotein E on lipid/lipoprotein metabolism and research of
insulin resistance and its relation to the disturbances in plasma lipids of subjects with
chronic hepatosplenic schistosomiasis. Patients had the apolipoprotein E genotypes
identified and plasma lipid levels measured. It was observed that the referred
polymorphism could influence lipid metabolism and that significant changes are caused
by ε2 and ε4 alleles, but suppressed in the overall assessment of the population due
to the high frequency of ε3 allele. Another cohort of patients with hepatosplenic
mansonic schistosomiasis had insulin, glucose and lipid plasma levels quantified. The
results showed that, in these subjects, there are obvious disruption in insulin action, by
the observed hyperinsulinemia. Interestingly, metabolism disorders commonly
associated with insulin resistance were not observed. The second line of action
employed different hyperlipidemic diets, which were rich in fatty acids, cholesterol and
/ or sucrose, in mice to investigate the interaction between obesity, insulin resistance
and inflammation and the development and progression of non- alcoholic fatty liver
disease. Anthropometric measurements, quantification of lipids, glucose and insulin
plasma levels, glucose tolerance test, histology of liver and adipose tissue, and analysis
of the expression of various genes related to inflammation and metabolism on liver and
adipose tissue were done in order to obtain an overview of the metabolic interactions
and how the different compounds could influence these processes. It was observed
that the diet rich in fatty acids caused more disruption of the adipose tissue metabolism
and insulin resistance, while the sucrose-rich diet induced higher hepatic inflammation
and the high cholesterol diet led to liver fibrosis, but without the same degree of
inflammation. The different approaches showed that impaired liver function was related
to the disruption of energy metabolism, by the observed changes in lipid metabolism
and insulin resistance. In the specific case of the study with animal models, it was
observed, additionally, specific effects that may be generated due to the use of different
molecules.
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