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A melancolia romantica em Freud e NervalLujan, Luciana Savioli 03 August 2018 (has links)
Orientador: Mario Eduardo da Costa Pereira / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-03T15:29:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2001 / Resumo: O objetivo deste estudo é compreender o processo subjetivo da melancolia, tomando por referência a obra literária Aurélia, de Gérard de Nerval. O narrador descreve sua paixão intensa e não correspondida pela musa inspiradora que dá título à obra, no contexto da visão romântica do século XIX, e, através de uma poética ¿viagem ao mundo dos Espíritos¿, persegue uma busca transcendental de si mesmo entre sonhos e visões de uma ¿doce melancolia¿. Uma leitura do percurso do sujeito narrador permitirá compreender em que medida ele sucumbe ao processo melancólico por um efeito reativo ante a perda do ser amado, cuja natureza é idealizada e remete a uma perda anterior, arcaica, narcísica. Este processo encontra-se na descrição psicopatológica de Freud em ¿Luto e Melancolia¿, artigo de 1917. Da apreciação de temas psicanalíticos como o narcisismo ou as relações objetais concernentes às relações amorosas do sujeito, compreende-se um universo melancólico dado pelo conjunto simbólico de elementos como a perda, a ausência, o duplo, a morte - simbólica ou não ¿, inspiradores dos ricos devaneios. Aurélia, como obra romântica e, sobretudo, nervaliana, fornece exclusivamente distintas dimensões da melancolia. Para a apreensão de algumas delas - como a relativa a uma estética romântica espiritualizada, da história da cultura ocidental, ou a do pensador que escreve, própria de sua experiência subjetiva ¿ bem como da melancolia pertencente à dinâmica psicopatológica de Freud, fundamenta-se a pesquisa por meio de um levantamento de dados sobre a história do fenômeno melancólico de acordo com os discursos, de um lado, estético/literário da primeira metade do século XIX, quando Nerval escreve esta última obra antes de seu suicídio e, de outro, médico/psicopatológico e psicanalítico freudiano do início do século XX. Tal cuidado permite pontuar o que há de comum entre estes diferentes discursos, os quais seguem caminhos paralelos em direção às profundezas da alma humana, para, então, proceder ao que é novo da melancolia à área da Psicopatologia Fundamental a que se aplica esta pesquisa. Mais especificamente, para a compreensão dos mecanismos subjetivos desta psicopatologia clássica, acompanha-se a abordagem freudiana da obra literária como recurso heurístico, cujo ponto de encontro entre os diferentes campos do saber foi realizado segundo os pressupostos de que a intuição do poeta determinaria o caminho para captar a essência da alma humana, logo formulado como um marco teórico explicativo pertinente ao campo científico em que Freud quis inscrever a psicanálise. Finaliza-se o trabalho com a referência à atualidade clínica da melancolia e sua intrincada relação com a depressão. Ainda se contempla, à luz da psicanálise, cujas origens podem ser encontradas na reação romântica contra a realidade moderna, uma espécie de atualidade para o resgate desta antiga crítica, renovada nos tempos da ultratecnologia aplicada à ciência que, ainda profundamente empírica e pragmática, carente de olhares críticos e do saber que contempla a subjetividade humana, é capaz, por exemplo, de tornar o medicamento psiquiátrico, sob o discurso da efetividade palpável a partir da supressão ou alívio de sintomas, o amuleto simbólico, amparo aos sujeitos desejantes que sofrem das ¿doenças da alma¿ contemporâneas / Abstract: The objective of this research is to understand the subjective process of melancholy, giving as reference the literary work Aurelia, from Gérard de Nerval. The narrator describes his intense and unrequited passion for the poetic muse, who gives title to the work, in the context of nineteenth century romanticism. Through his ¿journey to the Spirit world¿ he pursues a transcendental self-discovery while encompassing dreams and visions of a ¿sweet melancholy¿. A reading of the narrator¿s subjective exploration will elucidate to which degree he succumbs to the melancholic process in his reaction to losing the loved one, whose nature is idealized and refers to a previous loss - archaic, narcissistic. This process can be found in Freud¿s psychopathological description in ¿Mourning and Melancholy¿, an essay from 1917. With an appreciation of psychoanalytic themes such as Narcissism or object relations concerning the subject¿s love life, it is possible to comprehend a melancholic universe formed by a symbolic ensemble of elements such as loss, absence, double, death - symbolic or not - which give inspiration for the richest reveries and daydreams. In Aurelia Nerval explores different dimensions of melancholy. For an understanding of some of them, such as the one related to a spiritualized romantic aesthetic from the history of occidental culture, or that of the philosopher specific to his subjective experience, as well as the melancholy pertaining to the Freudian psychopathological dynamic, this research is established by a survey of the history of melancholy¿s phenomena. It proceeds according to the literary discourses from the first half of the XIX century on the one hand, when Nerval writes his last work before committing suicide and, on the other hand, psychoanalysis from beginning of XX century, which contemplates a romantic view of melancholy in the referred essay. Such a method allows a definition of what is common between the different discourses following parallel paths towards the profundity of the human soul, and shifts towards what is new in Melancholy in Fundamental Psychopathology. More specifically, for the comprehension of the subjective mechanisms of this classical psychopathology, it follows the Freudian¿s approach of literary works as an heuristic resource, whose points of encounter between these different areas of knowledge rely on his presupposition that the poet¿s intuition would determine the way to apprehend the essence of human soul. This presupposition is later formulated into a theory pertaining to scientific fields on which Freud wanted to inscribe Psychoanalysis. The research ends with a reference to the present clinical understanding of melancholy and its concern about depression. A kind of contemporary rescue of the romantic point of view with regard to psychoanalysis, whose origins can be found in the reaction against modern Rationalism, is thus contemplated. This controversy can be reinvigorated in the light of Ultra scientism which though deeply empirical is destitute of experience that contemplates human subjectivity and is capable, for example, of formulating psychiatric medicine under the concept of concreteness, promising the suppression or alleviation of symptoms but not of the illness. So this medicine becomes the symbolic amulet - a prop for subjects who suffer contemporary ¿soul diseases¿ / Mestrado / Saude Mental / Mestre em Ciências Médicas
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A escritura além-limite de Hilda Hilst: um diálogo possível com a loucura / La escritura más allá de Hilda Hilst: un diálogo posible con la locuraCastro, Elimeleque Costa January 2009 (has links)
CASTRO, Elimeleque Costa. A escritura além-limite de Hilda Hilst: um diálogo possível com a loucura. 2009. 262f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Letras, Fortaleza (CE), 2009. / Submitted by Gustavo Daher (gdaherufc@hotmail.com) on 2017-08-21T11:59:30Z
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Previous issue date: 2009 / Esta disertación tiene como propuesta más larga discutir parte de la obra en prosa de la escritora Hilda Hilst a partir de la relación escritura literária X locura. Las obras eligidas para esa apreciación fueron Fluxo-Floema (1970), Tu não te moves de ti (1980), A Obscena Senhora D (1982), O caderno rosa de Lori Lamby (1990), Contos D’escárnio / Textos grotescos (1990), Cartas de um sedutor (1991) e Estar Sendo, TerSido (1997). La justificativa para tal elección pasa, logicamente, por una questión demás amplia y sugestiva recurrencia, en las obras apuntadas, al tema principal de la investigación. Así, esta disertación se propone a problematizar ese conjunto de obras de Hilda Hilst con el objetivo de levantar cuestiones relativas al arte, a la literatura brasileña y extranjera, a la escritura literária en su condición auto-destructiva y sarcástica, y, finalmente, al itinerario antropológico occidental hasta la contemporaneidad. El pensamiento teórico de lo cual esta investigación busca acercarse, a partir de un gesto de diálogo, tiene como nombres principales los siguientes pensadores: Michel Foucault y Maurice Blanchot. / Esta dissertação tem como proposta maior discutir parte da obra em prosa da escritora Hilda Hilst a partir da relação escritura literária X loucura. As obras escolhidas para essa apreciação foram Fluxo-Floema (1970), Tu não te moves de ti (1980), A Obscena Senhora D (1982), O caderno rosa de Lori Lamby (1990), Contos D’escárnio / Textos grotescos (1990), Cartas de um sedutor (1991) e Estar Sendo, Ter Sido (1997). A justificativa para tal escolha passa, claro, por uma questão de maior recorrência, nas obras citadas, ao tema principal da pesquisa. Assim, esta dissertação se propõe a problematizar esse conjunto de obras de Hilda Hilst a fim de levantar questões relativas à arte, à literatura brasileira e estrangeira, à escritura literária na sua condição autodestrutiva e derrisória, e, por fim, ao itinerário antropológico ocidental até a contemporaneidade. O pensamento teórico do qual esta pesquisa procura se aproximar, através de um gesto de diálogo, atende pelos nomes de Michel Foucault e Maurice Blanchot, principalmente.
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