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Máscara e medo : representação e alegoria em Tipos do mar de Evaristo ValleGutiez, Maximiliano Francisco 16 August 2018 (has links)
Orientador: Maria de Fátima Morethy Couto / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Artes / Made available in DSpace on 2018-08-16T19:05:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2010 / Resumo: O pintor asturiano Evaristo Valle (1873-1951) participa da primeira fase do modernismo espanhol, período em que convive com os intelectuais e artistas da chamada Geração do 98 que tematizam uma Espanha derrubada: após o esfacelamento do seu império colonial, o abismo entre as classes sociais se exacerba e prepara a eclosão da Guerra Civil (1936-1939). A violência e o medo são uma constante durante toda a primeira metade do século XX na Espanha. Neste contexto, Evaristo Valle compõe uma obra lírica, baseada em contrastes cromáticos, a qual retrata personagens típicos do contexto asturiano, representados em seu cotidiano. Aprofundando o olhar, outras dimensões da obra revelam uma realidade que não pertence àquele recorte, mas traduzem uma alegoria do que a Espanha vive naquele momento. Para trazer à tona esta leitura alegórica da pintura de Valle, recorreu-se à obra e visão de autores que procuram compreender o transcendente, a essência não visível presente naquilo que se mostra, entre eles, José Ortega y Gasset que trata de desvelar a alma de um pintor; e Martin Heidegger que delimita a temática do medo e da angústia como categorias existenciais. Por fim, o conceito de máscara de Gaston Bachelard permitiu compreender o sentido do mascarar-se, que vai além do objeto máscara e do disfarce, e explora a possibilidade do homem de inventar-se de outro modo, revelar outras dimensões de si mesmo. Nesta tese, procurou-se ressaltar uma temática constante ao longo da obra de Evaristo Valle: a máscara e o medo. Para a análise desses aspectos, foram selecionadas duas obras particularmente reveladoras: O porão (1935) e Tipos do mar (1950). A primeira é uma "mascarada" teatral que aborda o tema do medo, e que pode ser lida como as anotações de um pintor na criação de suas personagens, escancarando a penumbra que povoa o seu interior. A segunda é uma de suas últimas pinturas, na qual culmina a força mais lírica do trabalho cromático de Valle, e onde estão retratadas com particular intensidade duas almas, dois tipos, ou seja, a síntese do Homem espanhol / Abstract: Asturian painter Evaristo Valle (1873-1951) was part of the first phase of Spanish modernism. During this period, he circulated among intellectuals and artists of the so-called Generation of 98, whose subject matter was Spain defeated. After losing its colonial empire, the immense gap between social classes aggravated and prepared the outburst of the Spanish Civil War (1936-1939). Violence and fear were constant in Spain during the entire first half of the twentieth century. In this context, Evaristo Valle created a lyrical oeuvre, based on chromatic contrasts, in which he depicted typical Asturian characters in their everyday activities. From a deeper point of view, these works of art present other dimensions and reveal a reality that does not belong to that context, but rather translates an allegory of what Spain was going through at that moment. In order to shed light on this allegoric interpretation of Valle?s painting, this dissertation relied on the works of authors who try to comprehend the transcendent, the non-visible essence of what is shown, such as José Ortega y Gasset who seeks to unveil the painter?s soul, and Martin Heidegger, who identifies the subjects of fear and anxiety as existential categories. Finally, the concept of mask by Gaston Bachelard allowed us to grasp the meaning of masking oneself, which goes beyond the mask as an object of disguise, and explores the possibility of man re-inventing himself differently and revealing other dimensions of himself. In this dissertation, a constant topic of Evaristo Valle?s oeuvre has been highlighted: the mask and fear. In order to analyze these concepts, two particularly revealing works of art have been selected: The basement (1935) and Types of the sea (1950). The former is a theatrical masquerade about fear, which can be interpreted as the notes a painter takes when creating his characters, thereby revealing the dusk that inhabits his inner self. The latter is one of his last paintings, where one can find the strongest lyrical force of Valle?s chromatic work, and in which he portrayed in a particularly intense manner two souls or two types: that is, the synthesis of the Spanish Man / Doutorado / Doutor em Artes
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