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Prevenindo fracasso escolar: comparando o autoconceito e desempenho acadêmico de filhos de mães que trabalham fora e donas de casa.D'affonseca, Sabrina Mazo 24 February 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005-02-24 / Universidade Federal de Sao Carlos / Researchers in the area of special education have shown that various factors outside the
school system can lead children to develop learning problems. Poor quality family
relationships, for example, can interfere with the healthy development of the various facets
of a child s self concept which, in turn, can lower the child s academic achievement. As
such, many criticisms are made concerning the way that parents especially mothers -
divide their attention between their children and other involvements. Presently, most
married women fall into one of two categories: some dedicate the great majority of their
time to caring for their family and homes, while others divide their time between their
family, homes and paid employment. Both options bring advantages and disadvantages to
the task of parenting. For working mothers, the great amount of time required to meet both
family and professional obligations is a source of stress, which can compromise the
quality of parent-child relationships. On the other hand, in many families in which the
mother is a housewife, financial resources are fewer and the women have lower selfesteem
and poorer health than women who have paid employment, which can reduce the
quality of their parenting behaviors. The objectives of this study were to: a) adapt existing
instruments to evaluate work conditions, psychological wellbeing and the mothers
involvement in bringing up their children; b) compare housewives and women who have
paid employment with respect to the frequency of various types of involvements with their
children; and c) investigate the relationship between the frequency of these interactions
and three measures that reflect the adequacy of certain aspects of their children s
development (self-concept, academic achievement and the children s perceptions of the
mother-child relationship). Participants included 60 mother-child pairs -- 23 mothers with
paid employment and 37 housewives. The average age of the mothers was 36.5 years. The
children were in either fifth or sixth grade, with an average age of 11.9 years. The mothers
responded to the Mother s vision about her family interaction and well being
Questionnaire , and the children were evaluated using Portuguese versions of the
Academic Achievement Test , the Self-Description Questionnaire I (SDQI) and the
Mother-Child Relationship Questionnaire Child´s Vision . With respect to the mothers,
both groups reported that they make frequent use of the majority of the parenting
behaviors that lead to healthy family relationships, with very few statistically significant
differences appearing between the two groups. With respect to the children, there were no
statistically significant differences between those whose mothers were housewives and
those whose mothers had paid employment, in terms of their academic achievement, selfconcept
or their evaluations of the frequency of their interactions with their mothers.
These results indicate that there was no relationship between these three measures of the
children s wellbeing and their mothers employment status. However, correlations
showed that the frequency of some types of maternal interaction make a positive
contribution to the development of their children s academic self-concept, which, in turn,
is positively related to their academic achievement. Thus, the frequency of the mothers
involvement in their children s lives, in and of itself, and not her status as a housewife or a
working mother, seems to be an important factor for the development of a positive selfconcept
and achievement of academic success, among their children. / Pesquisadores na área de educação especial têm mostrado que vários fatores fora do sistema escolar podem levar ao desenvolvimento de problemas de aprendizagem.
Relacionamentos familiares de baixa qualidade, por exemplo, dificultam a construção saudável das diferentes facetas do autoconceito das crianças, o que pode, por sua vez,
desfavorecer seu desempenho escolar. Dessa forma, existem muitas críticas em relação à maneira como os pais sobretudo as mães dividem sua atenção entre seus filhos e outros
compromissos. Hoje, a maior parte das mulheres casadas faz parte de uma de duas categorias: as que dedicam a maior parte do seu tempo à família e ao lar e as que dividem
seu tempo entre a família, o lar e o trabalho remunerado. Ambas as opções trazem vantagens e desvantagens à tarefa de ser mãe. Para mulheres que trabalham fora, a alta
demanda de tempo para cumprir as obrigações familiares e profissionais é um fator de estresse que pode comprometer a qualidade do relacionamento com os filhos. Por outro
lado, em muitas das famílias com uma mãe dona de casa, os recursos financeiros são menores e as mulheres possuem níveis inferiores de auto-estima e saúde do que as
mulheres que trabalham fora, o que pode diminuir a qualidade de seus comportamentos parentais. Nesse estudo, objetivou-se: a) adaptar instrumentos já existentes para avaliar as
condições de trabalho, bem-estar psicológico e a participação materna na educação dos filhos; b) comparar mães donas de casa e mães que trabalham fora no que diz respeito à
freqüência de vários tipos de envolvimento com seus filhos; e c) investigar a associação entre a freqüência dessas interações e três medidas que refletem a adequação de certos
aspectos do desenvolvimento dos seus filhos (autoconceito, desempenho acadêmico e as percepções das crianças da relação mãe e filho). Este trabalho contou com a participação
de 60 pares de mães e filhos - 23 mães que trabalhavam fora e 37 mães donas de casa. A média de idade entre as mães foi de 36,5 anos. As crianças estavam ou na 5ª ou na 6ª série,
com média de idade de 11,9 anos. A coleta de dados envolveu o preenchimento do Questionário sobre a percepção materna a respeito do relacionamento familiar e de seu bem-estar pelas mães e a avaliação das crianças usando o Teste de Desempenho Escolar , o Questionário para avaliação do Autoconceito e o Questionário sobre a
Relação da Mãe e Filho, na Visão do Filho . Em relação às mães, ambos os grupos relataram que usam, com alta freqüência, grande parte dos comportamentos desejáveis ao
bom relacionamento familiar, havendo poucas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos. Em relação às crianças, também não foram observadas diferenças
estatisticamente significativas entre aquelas cujas mães eram donas de casa e aquelas cujas mães trabalhavam fora, no que diz respeito ao seu desempenho acadêmico, seu
autoconceito ou as avaliações da freqüência de interações com suas mães. Estes resultados indicam que não havia uma relação entre estes três medidas do bem-estar das crianças e o vínculo das mães com o mercado de trabalho. No entanto, as correlações mostram que alguns aspectos da freqüência da interação das mães com seus filhos contribuam
positivamente para a formação do autoconceito acadêmico dos mesmos, o qual, por sua vez, está relacionado positivamente com o desempenho acadêmico das crianças. Assim, a freqüência do envolvimento das mães na vida de seus filhos, por si só, e não o fato de ser dona de casa ou trabalhar fora, parece ser um importante fator para o desenvolvimento de um autoconceito positivo e a obtenção de sucesso acadêmico, entre as crianças.
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