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Emerg?ncia psiqui?trica no hospital geral : preval?ncia do uso de benzodiazep?nicos em idosos e n?o idosos e suas associa??esNogueira, Eduardo Lopes 16 January 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-01-16 / The aging process is a worldwide phenomenon that occurs more rapidly in developing countries like Brazil. Even if the effects of aging have not been adequately measured at emergencies, is well documented that aged people are more likely to need health assistance and use various medications, among these, psychotropic. This panorama is more pronounced when these individuals shows mental health impairment. The scientific background indicates that the high prevalence of psychotropic use in the elderly is due to inappropriate prescribing and non medical use combined with higher chronicity rates, abuse or dependence related to subgroups of these drugs, especially benzodiazepines. This study investigated the prevalence and characteristics associated with current use of benzodiazepines in a sample of patients evaluated by a psychiatric consultation at emergency setting. The results showed very high frequency of benzodiazepines use among elderly patients. Another important result showed that benzodiazepines were the most common class of drugs indicated by psychiatrists on duty. In the total sample (N:1113), just over half of the elderly (≥65 years), 44.0% of the middle-aged group (45-64 years) and 33.6% of the younger adults (18-44 years) were regular users of benzodiazepines (p<0.001). Using Poisson regression to estimate prevalence ratios (PR), benzodiazepine use was independently associated with increasing age: RP=1.261 for the group of 35-49 years (p = 0.024), PR=1.400 for group of 50-64 years (p=0.007), PR=1.699 for the group of 65-79 years (p<0.001); for the age group of 80 years or more show PR of 1.343 but not reach statistical significance (p=0.387). Other significant independent associations were found for personality disorder (PR=1.465, p=0.004), presence of non-psychiatric medical comorbidity (PR=1.290, p=0.006) and suicide risk (PR=1.200, p=0.032). It?s important to emphasize that such evidence should be replicated and refined in other emergency rooms of general hospitals, psychiatric emergencies and admission services considering that these factors do not justify the use of this class of psychotropic drugs. The high prevalence of benzodiazepine use in emergencies detected in this study is worrisome, especially for the elderly, since the emergencies of general hospitals provide a vital assistance to the population and are sometimes the first opportunity to receive mental health care for a considerable number of individuals. Other controlled studies should be conducted on emergency samples because works that may produce robust results in this context are rare, but critical to improve knowledge in the field of emergency medicine. / O processo de envelhecimento ? um fen?meno mundial que ocorre de forma mais acelerada em pa?ses em desenvolvimento com ? o caso do Brasil. Mesmo que os efeitos do envelhecimento populacional n?o tenham sido adequadamente medidos nos setores de emerg?ncia, ? reconhecido na literatura que a faixa et?ria idosa tem maiores chances de necessitar de cuidados de sa?de e de utilizar v?rias medica??es, entre estas, as psicotr?picas. Este panorama ? mais acentuado quando tais indiv?duos t?m a sua sa?de mental comprometida. A literatura cient?fica aponta que a alta preval?ncia do uso de psicotr?picos em idosos ? decorrente da prescri??o inapropriada e da indica??o n?o m?dica combinados ? tend?ncia ? cronicidade, abuso ou depend?ncia relacionada a subgrupos destes medicamentos, neste caso, destacando-se a classe dos benzodiazep?nicos. O presente trabalho objetivou estudar a preval?ncia e as caracter?sticas mais associadas ao uso atual de benzodiazep?nicos em uma amostra de pacientes avaliados pela consultoria psiqui?trica em um setting de emerg?ncia. Os resultados evidenciaram frequ?ncias muito altas de uso de benzodiazep?nicos entre os pacientes idosos. Outro resultado relevante mostrou que os benzodiazep?nicos foram a classe de psicotr?picos mais comumente indicada pelos psiquiatras de plant?o. Na amostra total (N:1113), pouco mais da metade dos idosos (≥65 anos), 44,0% da faixa et?ria de meia-idade (45-64 anos) e 33,6% dos adultos mais jovens (18-44 anos) eram usu?rios regulares de benzodiazep?nicos (p<0,001). Utilizando a regress?o de Poisson com estimativa de Raz?es de Preval?ncia (RP), o uso de benzodiazep?nicos mostrou-se independentemente associado com o aumento da idade: RP=1,261 para o grupo 35-49 anos (p=0,024), RP=1,400 para o grupo 50-64 anos (p=0.007), RP=1,699 para o grupo 65-79 anos (p<0,001); para o grupo ≥80 anos a RP de 1,343 n?o alcan?ou signific?ncia estat?stica (p=0,387). Outras relevantes associa??es independentes foram encontradas para transtorno de personalidade (RP=1,465, p=0,004), presen?a de comorbidade m?dica n?o psiqui?trica (PR=1,290, p =0,006) e risco de suic?dio (RP=1,200, p=0,032). Deve-se ressaltar que tais evid?ncias devem ser reproduzidas e aprofundadas em outros servi?os de emerg?ncia em Hospitais gerais, emerg?ncias psiqui?tricas e setores de admiss?o considerando que esses fatores n?o justificam o uso dessa classe de psicotr?picos. A alta preval?ncia do uso de benzodiazep?nicos em contexto de emerg?ncia detectada no presente trabalho ? preocupante, especialmente no caso de indiv?duos idosos, j? que setores de emerg?ncia de Hospitais gerais prestam um servi?o de sa?de essencial ? popula??o e, por vezes, s?o a primeira oportunidade de acesso ? assist?ncia em sa?de mental para um n?mero consider?vel de indiv?duos. Mais estudos com an?lises controladas devem ser conduzidos em amostras de emerg?ncia, j? que trabalhos que produzem resultados de associa??o robustos neste contexto s?o raros, mas fundamentais para o desenvolvimento do conhecimento na ?rea da medicina de emerg?ncia.
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