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Soroprevalência de lentiviroses de pequenos ruminantes e caracterização dos rebanhos caprinos e ovinos no estado do Maranhão, Brasil

TEIXEIRA, Whaubtyfran Cabral 09 February 2012 (has links)
Submitted by (edna.saturno@ufrpe.br) on 2016-11-09T12:16:52Z No. of bitstreams: 1 Whaubtyfran Cabral Teixeira.pdf: 1328857 bytes, checksum: 071dbd504f948b5d47ca8a7a13339069 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-11-09T12:16:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Whaubtyfran Cabral Teixeira.pdf: 1328857 bytes, checksum: 071dbd504f948b5d47ca8a7a13339069 (MD5) Previous issue date: 2012-02-09 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The aim of the present study was to determine the seroprevalence of small ruminant lentiviruses (LVPR), to characterize the zoosanitary management and describe the characteristics of the three most important sheep and goat rearing areas from Maranhão State, Brasil. 30 goats, 31 sheep and 52 mixed farms were visited, located in 23 municipalities of the Central, East and North regions of Maranhão. A questionnaire was applied on each property covering investigative details of the owner, property, herds, and hygiene, sanitary, nutritional and reproductive management adopted. The total number of animals in the herds was 3.405 goats and 2.971 sheep. To determine the prevalence of LVPR, 1.703 were analyzed blood serum samples of goats and 1.495 sheep. The animals were older than six months, various races and both sex. For the diagnosis of infection LVPR was used in the test agar gel immunodiffusion (AGID). The statistical analysis was performed using Epi Info version 6.04. The overall prevalence of CAEV infection was 2.8% (47/1703), and the prevalence in the regions North, East and Centre were 1.3% (5/385), 2.5% (18/713) and 4.0% (24/605), respectively. Significant differences between the North and Central were observed (P<0.05). Of the total number of herds sampled, 25.6% (21/82) had at least one positive animal. The prevalence of 4.4% (10/225) for males and 2.5% (37/1478) for females were significantly different (P<0.05). It was found that the prevalence did not increase with age (P>0.05). There prevalences of 11.3% (16/142), 3.5% (23/654) and 0.9% (8/907) were recorded in purebred, crossbred and SRD animals, respectively (P <0.05). It was found an overall prevalence of MVV infection of 0.7% (11/1495) and prevalence of 0.5%, 0.7% and 1.0% in the Central, East and North regions, respectively, with no statistically significant difference (P>0.05). Aditionaly, it was found that 0.5% (1/207) of males and 0.8% (10/1288) of females were seropositive (P>0.05). In relation to age was not observed significant difference (P>0.05). There was a prevalence of 1.5% (1/66), 1.0% (8/776) and 0.3% (2/653) for sheep purebred, crossbred and SRD, respectively (P>0.05). For the formation of the herds animals were purchased from the states of Piaui, Pernambuco, Ceará, Bahia and Paraíba. The main farming system adopted in both the goats (93.9%) and in sheep (92.8%) herds is the semi-extensive, where the animals are loose in the pasture during the day and are collected in the late afternoon. Regarding the type of fold used slatted (52.4% and 41.0%) and dirt (36.6% and 44.6%) were those with the highest frequencies. The sanitary practices adopted more frequently were: cleaning the premises, disinfection of the fold, cut and disinfection of the umbilical cord of the newborn, trimming, burial of corpses and separating sick animals. The most frequently clinical changes that affect goats and sheep were, respectively: worms (97.6% and 95.2%), caseous lymphadenitis (84.1% and 79.5), myiasis (79.3% and 73.5), abortion (73.3% and 67.5), pododermatitis (70.7% and 68.7%), parasitic skin disease (57.3% and 47.0%), mastitis (50.0% and 42.2%), arthritis (39.0% and 30.1%), contagious ecthyma (37.8% and 43.5%), keratoconjunctivitis (35.4% and 39.8%), pneumonia (29, 3% and 22.9%), diarrhea (23.2% and 19.3%) and neurological disorders (8.5% and 7.2%). It was found a high percentage of herds (65.8% in goat and 69.9% in sheep) that have problems with mortality, reaching up to 10% in each herd. Vaccination was adopted in 58.5% and 61.4% of goat and sheep herds, respectively. The deworming was the most frequently used practice for the control of nematode infections by 92.7% and 95.2% of goats and sheep, respectively. It is concluded that infection with LVPR is present in sheep and goats of located in the East, Central and Northern of Maranhão. In this sense, is explicit the need to implement control measures to prevent the spread of virus between flocks and new introductions in the state, by requiring negative tests for LVPR. It was observed that the health management adopted in goats and sheep properties in the Central, East and North regions of Maranhão, is poor, with serious problems that may interfere with the performance of the herds, requiring adjustments in order to maximize productivity and reduce costs. / Objetivou-se, no presente estudo, determinar a soroprevalência das lentiviroses de pequenos ruminantes (LVPR), caracterizar o manejo zoosanitário e descrever as características da caprinovinocultura nas três principais mesorregiões produtoras de caprinos e ovinos do Estado do Maranhão, Brasil. Foram visitados 30 criatórios de caprinos, 31 de ovinos e 52 mistos, localizados em 23 municípios das mesorregiões Centro, Leste e Norte Maranhense. Aplicou-se um questionário investigativo em cada propriedade abordando dados sobre o proprietário, propriedade, reabanho e os sistemas de manejos higiênico-sanitário, nutricional e reprodutivo. O número total de animais nesses rebanhos era de 3.405 caprinos 2.971 ovinos. Para determinar a prevalência de LVPR, foram analisadas 1.703 amostras de soro sanguíneo de caprinos e 1.495 de ovinos. Foram utilizados animais com idade superior a seis meses, de ambos os sexos e raças variadas. Para o diagnóstico da infecção pelo LVPR, utilizou-se o teste da imunodifusão em gel de ágar (micro-IDGA). A análise estatística dos dados foi realizada empregando-se o programa Epi Info versão 6.04. A prevalência geral da infecção pelo CAEV foi de 2,8% (47/1703), sendo as prevalências nas mesorregiões Norte, Leste e Centro de 1,3% (5/385), 2,5% (18/713) e 4,0% (24/605), respectivamente. Houve diferença significativa entre as prevalências das mesorregiões Norte e Centro (P<0,05). Do total de propriedades amostradas, 25,6% (21/82) apresentaram pelo menos um animal positivo. Com relação à variável sexo foi encontrada prevalência de 4,4% (10/225) para machos e 2,5% (37/1478) para as fêmeas, onde se evidenciou diferença significativa (P<0,05). Verificou-se que a prevalência não aumentou com a idade (P>0,05). Observaram-se prevalências de 11,3% (16/142), 3,5% (23/654) e 0,9% (8/907) para animais de raças puras, mestiços e SRD, respectivamente, apresentando diferença estatística significativa (P<0,05). Constatou-se uma prevalência geral da infecção pelo MVV de 0,7% (11/1495) e prevalências de 0,5% (3/564), 0,7% (4/539) e 1,0% (4/392) nas mesorregiões Centro, Leste e Norte, respectivamente, não sendo verificada diferença estatística significativa (P>0,05). Em relação à variável sexo, observou-se que 0,5% (1/207) dos machos e 0,8% (10/1288) das fêmeas foram soropositivos (P>0,05). Em relação à idade também não foi evidenciada diferença significativa (P>0,05). Observou-se prevalência de 1,5% (1/66), 1,0% (8/776) e 0,3% (2/653) para ovinos de raças puras, mestiços e SRD, respectivamente (P>0,05). Para a formação dos rebanhos base foram utilizados animais oriundos dos Estados do Piauí, Pernambuco, Ceará, Bahia e Paraíba. O principal sistema de criação adotado é o semi-extensivo, onde os animais permanecem soltos no pasto durante o dia e são recolhidos ao final da tarde, tanto nas criações de caprinos (93,9%) quanto nas de ovinos (92,8%). Quanto ao tipo de aprisco utilizado o ripado (52,4% e 41,0%) e o chão batido (36,6% e 44,6%) foram os que apresentaram as maiores frequências. As práticas sanitárias adotadas com maior frequência foram limpeza das instalações, desinfecção do aprisco, corte e desinfecção do cordão umbilical do recém-nascido, casqueamento, enterro dos cadáveres e separação de animais doentes. Alterações clínicas mais citadas que acometem os animais dos rebanhos caprinos e ovinos, respectivamente, foram verminose (97,6% e 95,2%), linfadenite caseosa (84,1% e 79,5), miíase (79,3% e 73,5), aborto (73,3% e 67,5), pododermatite (70,7% e 68,7%), ectoparasitose (57,3% e 47,0%), mastite (50,0% e 42,2%), artrite (39,0% e 30,1%), ectima contagioso (37,8% e 43,5%), ceratoconjuntivite (35,4% e 39,8%), pneumonia (29,3% e 22,9%), diarréia (23,2% e 19,3%) e alterações nervosas (8,5% e 7,2%). Foi verificado um percentual elevado (65,8% dos rebanhos caprinos e 69,9% nos ovinos) de propriedades que têm problemas com mortalidade, chegando a atingir até 10% em cada rebanho. A vacinação foi adotada em 58,5% e 61,4% dos rebanhos caprinos e ovinos, respectivamente, enquanto que a desverminação foi à prática mais adotada para o controle de verminoses por 92,7% e 95,2% dos criadores de caprinos e ovinos, respectivamente. Conclui-se que a infecção por LVPR está presente em caprinos e ovinos das mesorregiões Centro, Leste e Norte Maranhense. Nesse sentido, fica explícita a necessidade de implementar medidas de controle a fim de evitar a propagação dos vírus entre os rebanhos e novas introduções no Estado, através da exigência de testes negativos para LVPR. Observou-se que o manejo sanitário, adotado nas propriedades de caprinos e ovinos nas mesorregiões estudadas, é deficiente, apresentando sérios problemas que podem está interferindo no desempenho dos rebanhos, necessitando de adequações visando à maximização da produtividade e redução de custos.

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