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Efeito do extrato aquoso da casca de Hancornia speciosa Gomes (mangabeira) sobre a obesidade induzida em camundongos / Effect of aqueous extract of bark of Hancornia speciosa Gomes ( Mangabeira ) on obesity induced in miceCercato, Luana Mendonça 28 April 2015 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Nowadays, obesity is an endemic condition of great importance and the treatment of obesity includes many pharmacological or non-pharmacological alternatives. Medicinal plants are found between these alternatives and many plants are used for
this purpose in Brazil, but the ethnobotanical studies are restricted to isolated regions and no study was performed to integrate these information, in order to give direction
to scientific studies. In this context, in the present study it was conducted a systematic review about the use of medicinal plants in Brazil for obesity and weight loss. We have used the terms ethnobotanical , obesity , weight loss , Brazil
and their variations in English and Portuguese for searching for papers in scientific databases. Thirty-one studies were identified and indicated 43 species popularly utilized to this purpose. The main species found were Baccharis trimera (Less.) DC.
( carqueja , 14 citations), Annona muricata L. ( graviola , 6 citations) and Hancornia speciosa Gomes ( mangabeira , 4 citations). Scarce scientific evidence was found for the majority of plants referred by the ethnobotanical surveys, which
strengthened the need for more studies in this field. Interestingly, H. speciosa was the third plant more cited and the ethnobotanical surveys have demonstrated that the
bark of H. speciose is the part of the plant that is popularly used to treat obesity or induce body weight loss. As there are no study that support the possible actions of this plant on obesity and/or weight loss, the present study aimed to investigate the therapeutic potential of aqueous extract of the stem bark of H. speciosa (AEHS) on the glycemic and adipogenic profiles of obese mice. For this purpose, Swiss mice
were divided into four groups that received standard diet (SD), standard diet plus AEHS (SDE), high-fat diet (HD) and high-fat diet plus AEHS (HDE). The EAHS was administered in the drinking water for the last 8 weeks of a total period of 18
weeks that animals received their diets. At the end of the experiment, the water and food intake, body weight, weight of adipose tissue pads, blood glucose levels, insulin
sensitivity and glucose tolerance were evaluated. Data demonstrated the development of obesity in animals of group HD, which was associated to insulin resistance and
glucose intolerance, since this group showed increased area over the curve for insulin (p < 0.01) and glucose (p < 0.001) tolerance tests, along with augmented fasting
blood glucose levels (p < 0.05) when compared to SD group. Besides, HD group showed increased weight of retroperitoneal (p < 0.05), perirenal (p < 0.001) and periepididymal (p < 0.05) adipose pads, as well as augmented the adiposity index
(p < 0.05), in comparison with SD group. The addition of AEHS to mice did not changed the liquid or food intake, but it was not possible to observe difference between HD and HDE groups in the majority of the parameters evaluated. This
treatment only caused a reduction in the weight of perirenal adipose pad, without affection the adiposity index. In this way, AEHS did not change the effects caused by the induction of obesity in mice, in contrast to ethnobotanical studies that indicate the use of the bark of H. speciosa in obesity and body weight loss. / A obesidade é uma condição endêmica, de grande importância nos dias atuais e para seu tratamento muitas alternativas farmacológicas ou não-farmacológicas são utilizadas. Dentre estas alternativas, encontram-se as plantas medicinais. Várias
plantas são utilizadas para este fim no Brasil, mas os estudos etnobotânicos são restritos a regiões isoladas e não há na literatura estudos integrando estas informações para direcionar os estudos científicos. Neste contexto, no presente
estudo foi realizada uma revisão sistemática sobre o uso de plantas medicinais no Brasil para a obesidade e perda de peso. Foram feitas buscas em bases de dados científicos com os termos ethnobotanical , obesity , weight loss , Brazil e suas
variações em inglês e português e foram identificados 31 estudos que indicaram 43 espécies utilizadas popularmente para o fim proposto. As principais espécies encontradas foram Baccharis trimera (Less.) DC. ( carqueja , 14 citações), Annona
muricata L. ( graviola , 6 citações) e Hancornia speciosa Gomes ( mangabeira , 4 citações). Poucas evidências científicas foram encontradas para a maioria das plantas citadas nos estudos etnobotânicos, alertando para a necessidade de pesquisas para
este fim. De forma interessante, a H. speciosa foi a terceira planta mais citada e os estudos etnobotânicos têm demonstrado que a casca do caule desta planta é a parte utilizada pela população para tratar a obesidade ou produzir perda de peso corpóreo. Como não há estudos que comprovem as ações desta planta sobe a obesidade e/ou perda de peso, o presente trabalho teve como objetivo principal investigar o potencial
terapêutico do extrato aquoso da casca do caule da H. speciosa (EAHS) no perfil glicêmico e adipogênico de camundongos obesos. Para cumprir este objetivo, foram utilizados camundongos Swiss divididos em 4 grupos que receberam dieta padrão (DP), dieta padrão associada ao EAHS (DPE), dieta hiperlipídica (DH) e dieta hiperlipídica associada ao EAHS (DHE). O EAHS foi administrado na água de beber durante as 8 últimas semanas de um período total de 18 semanas em que os animais
receberam as respectivas dietas. Ao final do experimento foram avaliados o consumo hídrico e de ração, peso corporal, peso dos coxins adiposos, glicemia, sensibilidade à insulina e tolerância à glicose. Foi observado o desenvolvimento de obesidade nos
animais do grupo DH, associado à resistência à insulina e intolerância à glicose, pois este grupo apresentou maior área sob a curva nos testes de tolerância à insulina
(p < 0,001) e à glicose (p < 0,001), além de maior glicemia de jejum (p < 0,05), quando comparado ao grupo DP. Além disso, o grupo DH mostrou aumento da massa dos coxins retroperitoneal (p < 0,05), perirenal (p < 0,001) e periepididimal
(p < 0,05), bem como elevou o índice de adiposidade (p < 0,05) em comparação ao grupo DP. A adição do EAHS não alterou a ingestão hídrica ou consumo de ração dos animais, porém não foi possível observar diferença entre os grupos DH e DHE
na grande maioria dos parâmetros avaliados. Este tratamento apenas reduziu significativamente a massa do coxim adiposo perirenal, sem afetar o índice de adiposidade. Dessa forma, o EAHS não alterou os efeitos causados pela indução da
obesidade em camundongos, contrastando com os estudos etnobotânicos que indicam o uso da casca da H. speciosa na obesidade e na perda de massa corpórea.
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