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Manobra expiratória forçada em crianças pré-escolares: aplicação de critérios de aceitação e reprodutibilidadeFigueiredo Burity, Edjane January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / Objetivos: Através de revisão da literatura, avaliar as características gerais da manobra
expiratória forçada (MEF) em crianças pré-escolares e a aplicação dos critérios de aceitação e
reprodutibilidade testados nestes estudos. Por pesquisa original, avaliar a aceitação da MEF em
crianças pré-escolares saudáveis em relação aos atuais critérios padronizados pela American
Thoracic Society e European Respiratory Society (ATS/ERS, atualização 2005) e verificar o
efeito de modificações nestes critérios, aceitando-se curvas com expiração incompleta; avaliar a
reprodutibilidade da capacidade vital forçada (CVF), do volume expiratório forçado no primeiro
segundo da CVF (VEF1) e do volume expiratório forçado na metade do primeiro segundo da
CVF (VEF0,5), aos critérios já avaliados em outros estudos, de diferença ≤ 10% e ≤ 0,1 L, e, a
um novo critério sugerido por estes autores, de diferença ≤ 8%. Métodos: Revisão da literatura
nas bases de dados Medline, Scielo, Lilacs e Biblioteca Cockrane, de 1996 a março de 2006.
Descritores: espirometria, testes de função pulmonar, capacidade vital forçada, valores de
referência. Pesquisa por palavra: manobra, expiratória, forçada, espirometria. Estudo transversal
com dados coletados prospectivamente e amostra calculada de 225 crianças. Realizado MEF em
240 crianças pré-escolares (três a cinco anos) de escolas e creches da cidade do Recife, Brasil,
por amostragem aleatória simples. Os critérios de aceitação das manobras foram divididos em
três grupos: ATS/ERS de acordo com os atuais critérios padronizados. Parcial Tipo I grupo
com expiração incompleta, com término da expiração quando o fluxo era ≤ 0,3 L/s ou ≤ 10% do
pico de fluxo expiratório (PFE), o que for maior. Parcial Tipo II grupo com expiração
incompleta, com término da expiração quando o fluxo era > 0,3 L/s ou > 10% do PFE, o que for
maior; neste, foram consideradas apenas medidas do PFE e do VEF0,5. Utilizado o teste de Duncan para comparação entre os grupos e os testes kappa para avaliar a concordância entre os
diversos critérios testados. Resultados: A aceitabilidade da MEF variou, nos diversos estudos, de
40-92%, diretamente proporcional com a faixa etária e, inversamente com o rigor dos critérios de
aceitação adotados. O critério de reprodutibilidade para CVF e VEF1, de ≤ 0,1 L, foi considerado
o mais adequado. Foi demonstrada a reprodutibilidade do VEF0,5 e do VEF0,75 e comprovada a
utilidade do VEF0,5 na avaliação de resposta ao broncodilatador. Na pesquisa original com 240
pré-escolares, a distribuição por grupos foi: ATS/ERS (37,1%), Parcial Tipo I (13,7%) e Parcial
Tipo II (30,8%). As modificações aplicadas ao grupo Parcial Tipo I foram válidas para medidas
de PFE, VEF1, VEF0,5 e fluxo expiratório forçado médio entre 25-75% da CVF (FEF25-75), mas
não para medidas de CVF. A reprodutibilidade da CVF, VEF1 e VEF0,5 aos critérios ≤ 0,1 L, ≤
10% e ≤ 8%, foi maior que 89%, dentre as crianças que realizaram três ou mais curvas aceitáveis,
nos três grupos. Não houve diferença estatística significante entre os grupos, em relação à
aceitabilidade e reprodutibilidade. Conclusão: A revisão evidenciou a necessidade de
modificações nos atuais critérios de aceitação em relação ao volume retro-extrapolado e aos
critérios de final de teste, assim como de uma definição de critérios de reprodutibilidade para o
pré-escolar. A pesquisa original demonstrou a necessidade de adequações nos critérios de
aceitação (aceitando curvas parcialmente expiradas) e reprodutibilidade dos programas de
espirometria e dos programas de incentivo visual dirigidos ao pré-escolar. De acordo com o teste
kappa, recomendamos o critério de diferença ≤ 0,1 L ou 8%, o que for maior para CVF e VEF1, e
o critério de diferença ≤ 10% para o VEF0,5
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